Doce neve escrita por A menina dos livros


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

- Espero que gostem
— Continuem a acompanhar, vai acontecer de tudo...
— Plágio é crime



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Estava quase na hora e eu já tinha tudo pronto, a roupa, os sapatos e um bolo que a minha mãe insistia que eu tinha de levar.

Ela sempre gostou muito do James, sempre me disse que ele era um bom partido e, por sua vez, um bom rapaz para mim.

Sempre que ela me dizia esse tipo de coisas eu fazia-me de desinteressada, mas na verdade… eu nunca deixei de ter aquele fraco por ele… sei lá… sempre esteve presente em mim algum sentimento, mais forte que amizade, em relação a ele… e não passou nem com o facto de não nos vermos á um ano.

Nunca contei a ninguém sobre esse meu ‘fraco’ pelo James, nem mesmo á minha melhor amiga, Jess, mas embora ela nunca tenha tocado no assunto, acho que ela percebeu.

A Jess e eu conhecemo-nos á uns 13 anos e sempre fomos melhores amigas.

Os nossos pais andaram juntos na escola, sempre se deram muito bem e nunca perderam o contacto (o que é ótimo).

Nunca lhe contei sobre o meu fraco pelo James porque sempre o achei demais para mim.

Era o rapaz mais popular da escola (antes de mudar), tinha todas as raparigas a babar por ele, era lindo, inteligente, interessante… e ao contrário da maior parte dos rapazes populares, não se achava melhor que ninguém nem se metia com os menos populares.

Eu admirava isso nele.

A Jess conheci-o á tanto tempo como eu, quando eramos pequenos brincávamos muitas vezes os três, já que vivíamos perto uns dos outros.

Eles afastaram-se um bocado quando tínhamos uns 6 anos (ele 7), porque ele lhe pregou uma partida que ela não gostou nada.

A partir de aí, eu e ele começamos a brincar sozinhos, e… foi por essa altura que comecei a sentir o que sentia por ele.

Sem dar por isso, já eram 19:30, e como a casa dele ainda era um bocadinho longe da minha, decidi meter-me a caminho.

Chamei a minha mãe, perguntei-lhe se ela estava pronta, e metemo-nos no carro para não atrasarmos a ceia dos pais do James.

– Então, querida… estás ansiosa por voltar a ver o James? – perguntou a minha mãe com a cara de casamenteira que tinha a mania de fazer.

– Sim, quer dizer… já não o vejo á bastante tempo e isso…

– Lá isso é verdade, afastaram-se um bocado quando ele mudou de escola.

– Pois…

– Achei bonito ele ter-te convidado – disse-me enquanto olhava para mim pelo espelho do carro e sorria.

– Ao inicio achei meio estranho… sei lá… já não nos falamos á tanto tempo… nem sabia que ele ainda se lembrava de mim.

– Querida, um amor verdadeiro nunca se esquece – disse-me enquanto parava o carro á frente da casa do James, e se virava para trás com o famoso sorriso de ‘casamenteira do ano’.

Estava para responder, mas já estava atrasada o suficiente para perder tempo a dizer-lhe o que lhe dizia sempre, coisa que como devem ter reparado, não servia de nada.

Saí do carro, despedi-me da minha mãe, avancei devagar e bati á porta.

Quem abriu foi a mãe do James.

– Emily! Á tanto tempo que não te via minha querida! Olha só… estás tão bonita!

– Obrigada Sr. Donovan…

– Emily, por favor! Conheces-me á tantos anos meu amor. Trata-me por Candice.

– Sim… eu… desculpe!

– Não tem mal querida, vá entra! Deves estar gelada!

Entrei.

A casa estava exatamente como me lembrava.

Por fora tinha os mesmos arbustos enfeitados que, normalmente, eram feitos por mim e pelo James e os mesmos gnomos horríveis que a mãe dele insistia em meter no jardim, todos os santos Natais.

Por dentro, continuava a ter aquelas longas escadas em caracol, o mesmo sofá de pele, os mesmos quadros, cadeiras e mesas, os mesmo enfeites e… o mais engraçado de tudo… a mesma arvore de Natal, exatamente como eu e o James a tínhamos feito, na ultima vez que a fizemos juntos.

Olhei para tudo com a máxima das atenções, para ver se encontrava alguma diferença, mas não consegui.

– O James deve estar quase a descer… mas bem, senta-te querida! – disse-me enquanto apontava para o grande sofá de pele ao qual eu já estava habituada.

– Sim… eu… vou sentar-me.

Andei em direção ao sofá, tirei o casaco e pousei-o num dos braços dele, de seguida pousei a mala e sentei-me.

Era bastante confortável, aliás, sempre o foi.

Lembro-me de muitas das brincadeiras que eu e o James fazíamos naquele sofá… para nós, era como andar em cima de uma nuvem, e acreditem que levávamos isso a sério.

Pouco depois ouvi passos apressados vindo das escadas, nesse momento achei que o meu coração fosse saltar-me da boca.

Se antes estava nervosa… nesse momento fiquei em pânico.

Tudo á minha volta ficou silencioso nesse momento, nem passos eu ouvi mais.

– Emily! chegas-te!

É verdade, era o James… e antes que me perguntem como é que ele estava… bem, estava exatamente como me lembrava.

Cabelo escuro com o seu topete, olhos verdes cintilantes e… o estilo não tinha mudado nada, continuava a andar cm as suas roupas a imitar o Justin Bieber, e posso dizer-vos… ficava-lhe muito bem.

– James! Sim… eu… fiquei aqui á tua espera.

– Desculpa a demora, mas estive a arranjar umas coisas para mais logo.

– Tudo bem, não cheguei á muito tempo e a tua mãe recebeu-me muito bem, como sempre.

– Ela gosta bastante de ti… tal como eu…

Nesse momento acho mesmo que corei, mas eí ?! não sou nenhuma melosa entenderam? Ótimo.

– Então e… que tal vai tudo? Já não nos vemos á bastante…

– Tudo bem, estudar, ser capitão de equipa e blá blá blá… e tu? Como estás?

– Tudo ótimo, continuo a fazer o que fazia antes. A minha vida não mudou muito.

Ele baixou a cabeça.

Não percebi o que aquilo significou, mas quando estava prestes a perguntar, chamam-nos para jantar.

E bem… já estava com fome.


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Notas finais do capítulo

- Comentem o que acharam, isso ajuda-me muito.
— Obrigada



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