Mentir assim é uma droga! escrita por Andie Jacksonn


Capítulo 3
Born on the seventeenth


Notas iniciais do capítulo

Oie, voltei uma semana depois, e decidi postar nesse momento por causa do comentário da Rob. Vc me deixou desesperada com o seu review, mas eu adorei. Expliquei porque tive que apagar a fic, e espero que as pessoas que já liam antes continuem comigo. Como a Rob. :D
E vamos ao que interessa...



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Born on the seventeenth

Nasceu no dia 17

Vai ser a primeira vez que eu verei o Scorpius depois daquele dia na minha casa. Eu espero que o meu pai tenha uma visão melhor dele agora, afinal o loiro gosta de carros e sabe jogar vídeo game.

Cara, às vezes eu me sinto muito estúpida, sabe? Eu nunca fui muito de acreditar em amores de verdade durante a adolescência, e sim, eu acho que a história dos meus pais foi uma exceção à regra, afinal as circunstâncias os obrigaram a crescer mais rápido. Além disso, fico imaginando se alguém que tem tanto a viver, como eu, poderia amar alguém a ponto de querer passar o resto da vida com essa pessoa. Mas eu não sei, sinto que aquele loiro oxigenado é muito mais que um romance de época de escola. Afinal, me apaixonar por ele foi fácil demais.

Eu quero beijá-lo. E muito. Contudo quero que ele só me abrace, e quero discutir quadribol, e ler para ele. Fazê-lo rir e rir com ele, sabe?

Eu sou boba, não é?

— Claro que é, Rose – falou Lily, tirando-me de meus devaneios. – Mas eu também fico toda boba quando vejo o Kurt.

Kurt? De quem essa menina está falando?

— Só por curiosidade, Lils. O que eu falei alto? E quem é esse Kurt? Você não está mais com ciúme do Hugo com a Clarisse?

Lily me fuzilou com os olhos e praticamente cuspiu as próximas palavras:

— Você disse que era uma boba. Eu concordo. O Kurt é um gato da Lufa-Lufa pelo qual eu estou apaixonada. E eu não estava com ciúmes do Hugo com aquela coisa loira oxigenada...

— Você quer alguma coisa comigo, Lils? – perguntou o ser loiro atrás de mim.

Lily revirou os olhos.

— Oi, Scorpius – dissemos juntas.

— Essa foi fraca – continuei, quase saindo de órbita por ele ter vindo falar direto comigo, apesar de ter achado a piada horrível. – Você acha que é o único loiro platinado que a gente conhece, Malfoy?

— Talvez não, mas com certeza o mais bonito, não é?

Antes que eu perdesse a fala, ou dizer algo estúpido, vimos o Albus subir em cima da mesa da Grifinória, chamando a atenção de todo o Salão Principal.

— Curtindo o almoço, galera? – perguntou ele, e acho que nunca precisará colocar uma varinha no pescoço para aumentar a voz, de tão alto que ele fala quando quer – Bom, para voltar às aulas com estilo, nada melhor que uma festa, certo?

Começou a gritaria no Salão e muitos murmúrios de concordância. As festas do Albus são as mais famosas. A Lily sorriu e chamou o Hugo, porque eles sempre se divertem juntos. Levei um susto quando o Scorpius se levantou, e chamou o Albus, mandando-o calar a boca. Nem preciso dizer que o meu primo o ignorou, não é?

— Pois é – continuou Albus, abafando a multidão. – Dia 17 desse janeiro é o aniversário do nosso capitão do time da Sonserina, Scorpius Malfoy, e todos os alunos a partir do quarto ano estão convidados, Sala Precisa às 22h. Festa a fantasia com direito a tudo, quero as meninas bem gatas para agradar o aniversariante e só entra se levar presente. Vamos começar o ano de 2023 com o pé direito, valeu?

Depois disso começou os burburinhos, as meninas excitadas e os meninos se programando.

Shouldn't I like your walk?
Eu não deveria gostar do seu caminhar?
Doesn't he know that I've had him memorized for so long?
Ele não sabe que eu tenho isso memorizado há tanto tempo?

Eu me levantei para entrar na frente do Scorpius antes que ele acertasse um soco na cara do Al.

— Eu te disse que não queria que ninguém soubesse. E que eu não quero festa, Potter— rosnou o Malfoy. Ai, ele fica lindo nervoso.

Não acredito que pensei isso agora.

Nesse momento.

Ninguém merece.

Concentre-se, Rose.

Eu puxei os dois para um canto, onde espero que ninguém ouça.

— Deixa de ser chato, Scorpius, você está precisando se divertir. Rose, você pode parar de segurar esse idiota oxigenado, porque ele vai ser um bom menino.

Aí que eu percebi que estou praticamente abraçando o Scorp para ele não voar no pescoço do meu primo, e que boa parte do Salão está olhando para gente.

— Você convidou a escola toda... – começou o loiro.

— Só a partir do quarto ano...

— E não vai cobrar nada, não sei onde você vai arranjar tanto dinheiro. Vai roubar seu pai, é?

— Querido Malfoy – disse o Potter. – Só se faz 17 uma vez na vida. E os senhores Draco e Astoria Malfoy estão na Nova Zelândia curtindo o sol e o verão do Pacífico em férias, como um casal sem filhos. É claro que eles se sentiram culpados pelo único herdeiro, e fruto do amor deles passar o aniversário mais importante de todos sozinho – nessa hora eu e o Malfoy reviramos os olhos, imaginando em que universo paralelo Astoria e Draco diriam que Scorpius é o “fruto do amor” deles. – Então eles liberaram um número infinito de galeões para fazer a festa, sem que o melhor amigo Potter aqui se preocupe com as despesas.

— Eu não acredito que você envolveu meus pais nessas ideias ridículas. Eu disse a eles que não me importava sobre a viagem, para eles aproveitarem, e agora você pegou a droga do dinheiro para fazer uma droga de festa.

— Calma, Scorpius – interferi. – Eu sei que o Al exagera, mas pode ser divertido, e você merece.

Albus nem havia se abalado com a súbita explosão do amigo, mas quando eu falei, meu primo só balançou a cabeça, concordando.

— Você vai? – perguntou Scorpius, finalmente se dando conta que nós ainda estamos no Salão Principal.

— Claro, se você for legal, e prometer curtir a festa sem reclamação porque você está fazendo mais escândalo que a ex do Al.

Scorpius balançou a cabeça, e sorriu, mas tanto eu quanto Albus sabemos que ele não terminou.

— Tudo bem, lagartixa albina, sente-se para almoçar e diga suas condições – disse meu primo.

Eu me sentei ao lado de Albus, mas o loiro meteu-se entre nós dois.

— A nossa diretora deixou? E sabia que dia 17 vai dar em uma terça-feira? Duvido que isso vá dar certo.

Albus começou a gargalhar.

— Você acha que eu sou amador, por acaso? É claro que diretora Minerva já liberou, por que você acha que eu já convidei todo mundo? Só estou usando o seu dinheiro, e aniversário como pretexto para fazer a melhor festa que essa escola já viu, e no meio da semana. É tudo pelo espírito escolar, não se sinta tão importante, sonserino.

— Eu sei, Scorp, a modéstia dele é terrível – comentei.

Albus revirou os olhos, mas o Malfoy concordou comigo. É verdade.

— Não exagere nos preparativos, Potter – mandou Scorpius, levantando-se da nossa mesa. – E Rose, faz dupla em Herbologia comigo hoje?

— Claro – sorri.

E fiquei olhando para ele enquanto se dirigia à mesa da Sonserina, sem perceber que dei muito mole.

— Cuidado para não babar na mesa, priminha.

Eu me virei para o chato, filho de uma mãe... maravilhosa, ou Albus, e ele está rindo da minha cara. Idiota.

Eu fiz língua para esse metido à promoter, e me perguntei qual é o problema em gostar do caminhar do Scorpius.

Eu gosto da segurança dele.

Eu gosto do jeito que ele anda. Eu tenho observado por tanto tempo, e não me canso de vê-lo andando, às vezes com as mãos nos bolsos ou com aquela pose de quem não liga para nada. Às vezes, dirigindo-se rápido para o jantar.

Eu gosto dele. Não tem jeito.

He'll never fall in love
Ele nunca vai se apaixonar
He swears, as he runs his fingers through his hair
Ele jura, enquanto corre seus dedos através de seu cabelo

I'm laughing 'cause I hope he's wrong

Eu rio, porque espero que ele esteja errado...

A única coisa que eu fiz nos dias que separaram o anúncio do Albus, e o aniversário do Scorp foi treinar e estudar. E treinar mais, porque a aposta subiu à cabecinha do James, e ele está planejando fazer o anúncio principal para a escola toda durante a festa. A única vez que eu conversei com Scorpius mesmo, o Albus estava com a gente, uma semana antes do aniversário.

E o meu primo queria a minha ajuda com a festa linda que ele está organizando.

— Sabe Rose, você é ótima em organização, nem sei por que você não é a capitã do time da Grifinória, afinal Rose Weasley nasceu para brilhar...

Scorpius sussurrou ao meu lado:

— O que isso tem a ver com ser boa em organização?

— Então você também não entendeu? – sussurrei de volta, e ele riu.

Al parou de falar, e eu perguntei:

— O que você quer?

Ele fez cara de ofendido.

— Por que você acha que eu quero alguma coisa, Rose, amor da minha vida? Não posso te elogiar, linda?

Revirei os olhos e continuei:

— Claro que pode, Potter, mas seja direto.

— Você vai me ajudar, não é?

— Na terça, não.

— Segunda? – pediu ele com uma carinha que convenceria a tia Ginny num passe de mágica. Como eu já estava esperando um pedido como esse porque eu sou a única prima dele que diz “sim” sem pensar, afinal não me preocupo muito com a roupa que devo vestir, e por isso fico disponível nas vésperas das tais festas, não vejo problema em ajudar. Mas nos meus termos.

— Depois do jantar, e no domingo à tarde.

— Só isso, Rose? E no sábado?

— Não. Tem treino.

— Eu vou matar o James por ficar te ocupando assim.

Revirei os olhos e olhei para o Scorpius, ele começou:

— Eu ofereço a minha ajuda...

— Não quero você, Malfoy, e não adianta insistir, só vai ver o resultado.

— Mas aqui, Albus – disse eu, mudando de assunto, – vai ser mesmo festa a fantasia? Que clichê.

— E daí? – disse ele – Todo mundo gosta de festa a fantasia e o Scorpius nunca foi a uma.

— Sério? – perguntei surpresa – Mas e aquela que teve há três anos no Ministério?

— Eu estava viajando com os meus pais – respondeu Scorpius.

— Eu não fui também – falei. – A gente foi visitar o tio Carlinhos na Romênia.

— Viu, Rose? Você está reclamando, mas os dois nunca foram a festas desse tipo. Agora vão se divertir crianças, porque eu tenho trabalho para fazer – Albus empurrou a gente, e virou em um corredor que dava na cozinha.

Eu e Scorpius sorrimos um para o outro.

— Ele é uma figura, não é? – comentou o Malfoy.

Concordei e rimos.

— E aí? Com que roupa você vai, Rose?

— Você acha que me deixariam entrar se eu fosse de trouxa? – perguntei.

— Eu te deixo entrar. O aniversário é meu, não é?

— Claro. E você? Como vai?

— Não decidi ainda. E nem sei para quê isso tudo só para ficar com uma garota.

— O quê? – perguntei surpresa, e decepcionada. O Al estava fazendo isso para o Scorp ficar com alguém?

— Você não sabia que a Katherine nunca foi a uma festa fantasia?

— Quem? Aquela menina da Sonserina? A única ruiva que não é uma Weasley dessa escola? – perguntei triste.

— Exatamente.

— Quer dizer que o Al vai te ajudar a ficar com essa garota na festa porque é um clima que ela gosta?

— O quê? Fala sério, Rose, é o Albus que quer ficar com ela. Ele sabe que eu gosto de… Quero dizer, eu não gosto de ninguém.

Eu suspirei aliviada, e sorri.

— O meu primo é exagerado, acho que é síndrome de irmão do meio. Gosta de chamar atenção. Então essa festa não é pelo espírito escolar, nem para você, é para a Katherine. Os Potter sempre tem que ficar com as ruivas? – ri – Estranho.

— Pois é. Bom, isso é a cara dele – falou Scorpius. – Essas pessoas apaixonadas sempre exageram, e fazem besteira.

Só balancei a cabeça, concordando.

— Eu estou te dizendo… – começou ele, passando os dedos pelo cabelo loiro – Eu nunca vou me apaixonar.

“Quero dizer, eu não gosto de ninguém.”

“Eu nunca vou me apaixonar.”

O quê?

Eu parei de andar, e depois pisquei umas duas vezes voltando à realidade porque Scorpius estava estralando os dedos na minha frente.

— Tudo bem, Rose? Você parou de repente…

Eu comecei a rir.

— Preocupe-se apenas consigo mesmo, Malfoy – falei. – Sabe que essas pessoas que dizem que nunca vão se apaixonar são as primeiras que se casam.

— Isso só acontece nos contos de fadas.

Eu apenas sorri, e dei uma desculpa esfarrapada para ir para o Salão Comunal. Eu devo estar passando muito tempo com a Lily, é ela que acredita em comédias românticas, não eu. Argh! Quero socar muito alguém agora.

Eu estou apaixonada, quase fazendo besteiras, e ele diz que não vai se apaixonar. Nem por mim, nem por ninguém. Pois é, sorte no jogo, porque quadribol é comigo mesmo, e azar com loiros. Ou algo do tipo.


So I put on my make-up and pray for a miracle
Então, eu coloco a minha maquiagem e rezo por um milagre.

— Lily, você quer ajuda? – perguntei ao entrar no quarto dela depois das aulas de terça-feira, e depois de ter dado uma passadinha na cozinha também. A Lily estava saindo do banheiro, e o quarto está uma loucura. As meninas estão jogando roupas umas nas outras, e brigando pelo espelho, mesmo que ainda falte três horas para o início da festa. Eu prefiro encarar a equipe Falmouth Falcons sozinha, e olha que eles são famosos por arrebentar os adversários.

— Oi, Rose! – exclamou minha prima – Só vou pegar a minha fantasia e a gente se arruma no seu quarto.

— Tudo bem.

As meninas do quarto da Lils me cumprimentaram, e estão perguntando o que elas podem esperar da festa. E o que vai ser servido. E se um kit para cuidar de vassouras é um presente legal. E se tudo está mesmo perfeito. E como a comida vai ser servida. Ainda bem que, antes que eu enlouquecesse aqui, ou respondesse qualquer pergunta, a Lily disse para as garotas se acalmarem, e conseguiu me tirar de lá.

Eu imaginei que o meu quarto estaria todo bagunçado também, por isso não entendi por que a minha prima queria ir para lá, mas assim que entramos, percebi o que está acontecendo.

O meu quarto estava vazio, exceto pela Dominique, e isso explica porque as outras garotas saíram. A loira monopoliza tudo que toca.

— Rose – falou Nick, – você vai como jogadora do Harpies?

— Eu ia – respondi. – Mas o Jay já vai como jogador profissional.

— E você, Lils? – perguntou a loira.

— Pirata.

— Adorei. Eu te ajudo a se arrumar. O que você vai fazer, Rose?

— Como você tirou as meninas do quarto, Nick? – perguntei.

— Não se preocupe, eu não chutei ninguém, só mandei aquelas vacas passearem, com mais educação do que elas mereciam, priminha. O quarto é nosso, não é?

Revirei os olhos.

— Não é nosso.

— Deixa isso para lá, ruiva, e me diz se eu vou precisar salvar a sua pele.

— Não, loira. Eu vou pegar uma roupa de gangster com o Jay, e apertá-la.

— O quê? – perguntou Lils – Você vai com a roupa do James?

— Não se preocupe, Lils, euzinha aqui já sabia que a Rose ia precisar da minha ajuda, então vou dar um jeito na roupa dela – Dominique disse enquanto mexia no próprio malão – Nem parece que nós temos a mesma idade, Rose. Você não entende nada de moda. É um desperdício, sabia? Ter esse corpo, esse rosto, esse cabelo, e viver jogando bola igual a um moleque. E nem venha reclamar falando que mulheres jogam quadribol também porque eu sei, mas ninguém precisa andar mal-vestido.

Eu ignorei os resmungos da Nick enquanto a Lily ria dos comentários dela, e saí em direção ao dormitório dos meninos.

Como eu esperava, aqui ninguém está se arrumando. O Albus nem apareceu ainda e o Jay está jogado na cama, lendo um livro de quadribol.

Os meninos no quarto dele me cumprimentaram e apenas sorriram para mim. Eu tenho que comparar com o modo como fui recebida no quarto da Lily, o pessoal aqui tá bem mais tranquilo.

— James – falei. – Por que você não quer ir de gangster mais?

— Ah, Rose, o Albus tinha dado a ideia, mas eu fui assim naquele natal do Ministério.

— Entendi. E então? Onde está a sua roupa?

— No malão.

— E você não vai pegar para mim? – perguntei sorrindo, e esperando a gentileza.

Ele suspirou e se levantou da cama. Eu fui até a cama dele, sentei e peguei o livro que ele estava lendo. É sobre jogadas de quadribol e o meu primo riscou várias páginas, acrescentando comentários e os nomes dos jogadores do nosso time. Procurei saber na primeira página se o livro é da biblioteca, esse era o meu medo, Jay sabe que não pode riscá-los. Felizmente, o livro é dele.

— Você não achou que eu iria riscar um livro da escola, não é? – perguntou meu primo de braços cruzados, próximo a mim.

Eu ri.

— Eu esperava que não.

— Olha, a tia Mione me ensinou a cuidar deles direito, sabia? – brincou ele.

— Ela ia ficar desolada se acontecesse o contrário.

James se sentou ao meu lado, tirou o livro das minhas mãos, e colocou um embrulho e um chapéu cinza escuro com risca de giz no meu colo.

— Muito obrigada, Jay. Tem certeza de que você não vai precisar mais dessa roupa?

— Absoluta, mas você vai mesmo usá-la?

— Claro – respondi. – Vai ficar legal!

Ele apenas deu de ombros.

— Ah, quer dar umas olhada nas minhas novas ideias para o time?

Tirei o chinelo e cruzei as pernas em cima da cama dele. O Jake, um dos batedores do nosso time, aproximou-se também e a gente começou a discutir o que o James tinha em mente.

— O que vocês acham? – perguntou ele, ao me mostrar uma nova tática para os artilheiros.

— Eu achei ótimo – falou Jake. – É antiga e a Grifinória vai surpreender com essa.

— É muito boa, mas não vai supreender – discordei. – Scorpius usou-a contra a Corvinal. Ele tem estudado tanto quanto você para ganhar essa bendita aposta, Jay.

— Droga! – exclamou meu primo. – Ainda bem que você presta atenção nas jogadas dos adversários.

Eu sorri, deixando-os acreditar que eu presto atenção nos jogos e não no capitão do time. É menos constrangedor.

— Ainda bem que você vai aos jogos. Eu só durmo até mais tarde – disse Jake.

Nós rimos e continuamos conversando. Eu já mencionei que adoro garotos? Eles são divertidos e não se preocupam com muita coisa, só o básico. E tenho certeza que eles não fazem essa cara feia que a Dominique está fazendo na porta do quarto agora.

Eu sorri sem-graça para ela e só assim os meninos perceberam que ela está aqui. E estão tentando segurar a risada. A Nick está enrolada em um robe roxo grosso e com bobes no cabelo todo.

— Era para você demorar 05 minutos – começou ela, estressada, – e não 35, garota.

— Eu me distraí, Nick, mas ainda faltam mais de duas horas para a festa.

Ela revirou os olhos.

— Anda, vamos sair daqui.

Eu dei de ombros, peguei a roupa de gansgter e sorri, me despedindo dos meninos enquanto eles tentavam não rir muito.

— Podem rir, seus idiotas – falou a minha prima. – Na festa, vocês vão morrer para ficar comigo.

— Eu não – comentou James como quem não quer nada.

— Ah, é mesmo. Esqueci que você vai passar a festa toda levando foras da Alice Longbottom.

Depois disso, o James fuzilou a Dominique com os olhos e os caras riram abertamente. Nós saímos do dormitório deles e a Nick foi reclamando de mim até chegarmos ao nosso quarto. A Lily passava a própria roupa e só me mandou tomar banho.

— Eu pensei em apertar a calça e a camisa primeiro – falei.

— Você faz isso depois – disse a loira, – já está atrasada.

Eu suspirei, mas decidi não retrucar e entrei no banheiro.

Quando saí, peguei a Dominique segurando um short de cintura alta.

— Achei que você usaria um vestido – comentei.

— E vou, isso é a calça do James. Ou era.

Um alarme soou na minha cabeça e eu tomei o short da mão dela, nervosa.

— Por que você fez isso, Dominique? – Eu olhei para o lado e as partes da calça estavam jogadas no chão e na minha cama – Eu não vou conseguir consertar direito a tempo! Que droga!

Eu não acredito. Lily, por que você deixou?

— Você vai ficar mais bonita asssim, calma, amiga.

— Fala sério, Lils. É lógico que não – contrapus. – Eu queria paracer alguém perigoso, e com uma coisa desse tamanho, eu sei lá. Gangsters não usam roupas curtas. Será que eu posso ir vestida de trouxa?

— Não! – gritaram Nick e Lily ao mesmo tempo.

— Rose, lembra quando aqueles idiotas da Lufa-Lufa me xingaram o ano passado?

— Claro, Dominique – falei, ainda nervosa, e sem entender porque ela estava introduzindo esse assunto – O que que tem?

— Eles estavam mexendo comigo e falando coisas que a minha boquinha linda não ousa pronunciar e você chegou, mandou-os calar a boca, deu um soco em um deles tão bem dado que o cara perdeu um dente e você ficou em detenção.

— Eu sei, e daí? O idiota merecia até mais que isso. O Scorpius até falou que eu deveria ter socado o retardado no estômago que a minha mão doeria menos.

— Você me ajudou naquele dia, me deixe te socorrer hoje? Por favor, te garanto que ninguém vai falar do short porque você vai usar uma bota acima do joelho.

— Acho que não é uma boa ideia – falei meio com medo da minha prima. Eu não quero virar cobaia, mas sei que também não vai adiantar resistir muito. – Eu não consigo andar com um salto de 20 centímetros, Nick – tentei justificar.

— O salto só tem 10 centímetros, Rose – falou ela como se não fosse nada. Talvez para ela não seja nada mesmo.

Revirei os olhos e suspirei.

Não sei como ela pôde comparar a surra que eu dei naquele Lufa-Lufa com picotar a minha roupa e me encher de maquiagem, mas ok, né?

— Ninguém merece, mas tudo bem – falei, suspirando. – Hoje eu vou ser a sua Barbie em tamanho real, Dominique. Só me deixe dormir pelo menos uma hora e você tem que prometer não exagerar, ok?

— Eu nunca exagero – disse ela, trocando olhares super estranhos com a Lils, que estava vestindo uma saia preta e uma blusa branca.

— Tanto faz – falei, indo para a minha cama antes que ela mudasse de ideia.

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Notas finais do capítulo

Gente bonita, fiquem com a Rose e o Scorp, e a festa de aniversário, okay?
E deixem reviews!
xoxo
AJ



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