Recomeçando - Peeta e Katniss escrita por Zoey


Capítulo 13
Asas de borboletas.


Notas iniciais do capítulo

Oi! :)

Gente, eu demorei um pouquinho por causa do tempo. Eu faço de tudo para atualizar a cada sete dias, mas acabo passando disso. Mas não é de propósito não, é pq to corrida. To pior que ladrão.

Mas enfim...
Há! Já estou com o my baby em mãos ( traduzindo: meu ingresso). Nossa, to igual a uma ninfa saltitante. Não paro de da pulinhos. *0* kkkkkkk
E quero agradecer muito as meninas que comentaram no capítulo anterior, muito obrigada gente.



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A tempestade de neve demorou quatro dias para ir embora, foi uma das nevascas mais insistentes que eu já tinha presenciado. Quatro dias sem nem ao menos ter como colocar a cabeça para fora de casa, mas para falar a verdade também nem fez muito diferença para mim, já que Peeta e a medica do hospital estavam me obrigando a ficar em repouso bem antes da tempestade começar. A culpada disso tudo, eram as fortes e constante tonturas que eu vinha sentido todos os dias por causa da gravidez. Procurei não me opor muito a esse descanso forçado, afinal estava realmente me sentindo muito mal e incomodada com essa tonturas. Sem contar que quase cair da escada na noite passada depois que uma maldita vertigem me atingiu do nada, enquanto eu descia para beber água. Se Peeta não estivesse próximo... Hum...não quero nem imaginar como teria terminado.

Mas hoje amanheci bem, e pela primeira vez desde que descobrir a gravidez não sentir nenhum tipo de mal estar. Então, estando descansada, sem tontura e sem nevasca caindo lá fora, nada mais me impediria de sair. Pensando bem, ainda vou ter que passar por um último obstáculo. Um em especial de cabelo amarelo.

Depois de escovar os dentes e pentear o cabelo, desço as escadas na ponta dos pés na esperança de não encontrar Peeta na sala. Mas acabo dando de cara com ele e Haymitch sentados na mesa tomando café da manhã. Levei um susto tão grande que congelei na mesma hora. Droga.

—Aonde você vai? –Peeta fixa os olhos no meu arco e depois olha para o meu rosto.

—Vou caçar um pouco. –Disparo.

Peeta e Haymitch se olham assustados, mas contínuo.

—Antes que você diga qualquer coisa, aviso que estou me sentindo perfeitamente bem.

Peeta passa a mão entre os fios desalinhados e levanta da mesa, parando em pé bem na minha frente.

Lá vem sermão. Penso

—Katniss, você sabe que as vertigens não aparecem assim, elas surgem de uma hora pra outra e são perigosas. Você pode se machuca seriamente, olha o que quase aconteceu ontem. – Peeta franze a testa. - Só de lembrar eu estremeço.

—Eu também me assustei, mas as tonturas passaram e eu não posso ficar o tempo inteiro trancada por causa disso. Não adianta querer me privar de sair, eu não estou doente e sim grávida!

—Eu não quero privar você de sair. De onde você tirou isso? – Peeta segura a minha mão que esta livre na dele. – Por favor, só peço que você tenha um pouco de paciência e não se arrisque.

—Katniss? - A voz de Haymitch me obriga a olha-lo. -Não seja idiota. Escute o seu marido e uma vez na vida deixa de ser cabeça dura, garota. – Diz Haymitch.

Eu sobressalto e do um passo para trás surpresa. Ele me chamou de Cabeça dura? Eu não sou cabeça dura! Ou sou? Mais não importa se sou ou não, ele também não fica muito longe disso para vim falar de mim.

— Acho que você não tem muita moral aqui para ficar me acusando de alguma coisa, Haymitch. – Cruzo os meus braços, enquanto o encaro. -Ah, e você foi um belo amigo semana passada, fugindo de mim, quando Peeta contou sobre o bebê. –Digo, mas por algum motivo sinto uma ponto de arrependimento.

Haymitch pisca algumas vezes rodando a caneca entre os dedos e fica em silêncio como se estivesse pensando em uma resposta cautelosa para responder.

—Não fale o que você não sabe. – Haymitch diz. - A sua gravidez me pegou de surpresa, nem em um milhão de anos esperei escutar essa notícia na minha vida. Você tem ideia do choque que isso foi pra mim? É, eu acho que você não tem, mas foi garota. Eu nunca imaginei que teríamos uma criança aqui depois de tudo o que aconteceu, e ainda... uma criança filho de vocês dois. – Haymitch limpa a garganta e continua.- E só mas uma coisa, queridinha. Suas prioridades agora terão que ser outras. E se você realmente que o bem dessa criança que cresce aí na sua barriga, então procure não se expor. Você não sentiu tontura hoje, ótimo. Mas se esperar mais um pouco pra ter certeza, será mais ótimo ainda. – Haymitch diz e vira a caneca de café na boça.

Eu levo alguns minutos para absorver as palavras de Haymitch. Olho fundo nos olhos dele, e aquilo fica martelando na minha cabeça. Eu jamais colocaria a vida do bebê em perigo. Como ele pode insinuar isso?

Cansada e sem querer discutir mais, fecho os meus olhos tentando respirar, mas os abro quando sinto um surto de náusea me atingindo como um soco no meio do estômago. Deixo o arco cair nos meus pés e cubro rapidamente a boca com as duas mãos.

Urgh! Vou vomitar?

Mal paro para pensar quando outra onda de náusea ainda mais forte me obriga a curvar o corpo. Peeta e Haymitch tentam me ajudar, mas corro tentando subir as escadas e rezando para conseguir chegar a tempo no banheiro.

E por muito pouco, quase não consigo.

Jogo rapidamente os joelhos no chão, sem me importar com a dor que a pancada me causa e inclino a cabeça na direção do vaso sanitário expelindo tudo o que havia no meu estômago, enquanto Peeta se aproxima e apoia a minha cabeça nas mãos.

—Odeio vômito. –Digo quando término.

Peeta me ajuda a levantar do chão, e Haymitch aparece na porta segurando um copo de água.

—Beba um copo de água gelada, Katniss. - Diz Haymitch.

Aceito o copo, e quando sinto o contato da água fresca com a minha garganta em chamas, a sensação é mais do que prazeroso.

—Como está se sentindo agora? –Peeta pergunta preocupado.

Respiro fundo antes de responder.

—Depois de quase ter colocado as minhas entranhas para fora, acho que agora estou bem.

Peeta afasta uma mecha de cabelo molhada da minha testa suada e sorrir de canto, torto e meio triste.

—Se você continuar desse jeito teremos que voltar na doutora. Não vou deixar você assim.

—Foi a primeira vez que tive esse ataque de vômito, vamos esperar primeiro. – Digo, mas suspiro com desgosto ao imaginar que poderei passar por mais situações iguais a essa. -Mas espero não precisar. – Digo por fim.

Mas precisei.

Na manha seguinte vomitei de novo. Depois na outra seguinte e de novo, de novo e de novo. Os meus dias foram seguindo todos assim, nada fáceis. O enjôos matinais,( foi como a doutora os nomeou)eram simplesmente insuportáveis. Passei dias sem conseguir me alimentar direito, nada conseguia ficar parado no meu estômago. Tudo o que batia lá, voltava em seguida. E nesse ritmo não demorou muito para que eu começasse a perder peso.

Faltando muito pouco para terminar o inverno, a minha barriga de gravidez já tinha começado a ficar visível. Era uma sensação estranha ver o meu corpo mudando, mas pelo menos a vertigem, os enjôos, o mal humor e o sono tinham aliviado consideravelmente depois dos primeiros meses. Quanto mais a gravidez evoluía, mas esses sintomas deprimentes foram desaparecendo, o que me proporcionou mais conforto no sentido físico. ***

Já era fim de tarde quando finalmente sair do escritório. Passei praticamente uma hora inteira conversando no telefone com a minha mãe sobre o bebê. Ela ainda não sabia sobre a gravidez e só agora resolvi contar. Nos duas choramos muitos, enquanto conversávamos sobre a minha pessoinha que estava a caminho e foi muito bom, sentir que eu conseguir de alguma maneira levar um pouco de felicidade para o coração angustiado da minha mãe novamente. E por fim, antes de desligar, choramos ainda mais quando lembramos da nossa menina. E não conseguir parar de pensar em como Prim ficaria feliz com esse bebê, com esse sobrinho que ela amaria e paparicaria como só ela poderia fazer. Mas Prim não estará aqui quando ele chegar e o meu filho nunca conhecera a tia... patinha dele.

Quando volto para o quarto descido tomar um banho. O meu rosto já estava inchado de tanto chorar e uma ducha faria muito bem para o meu ânimo. Deixo as minhas roupas jogadas no canto do banheiro e antes de entrar no box, vejo o meu reflexo e paro em frente ao espelho observando o meu corpo nu.

Fecho as mãos em volta dos meus seios que estão enormes e resmungo ao sentir o quanto estão doloridos. E para completar percebo pela primeira vez, que os mamilos tinham começado a escurecer. Porque ficaram escuros? Penso. E uma ponta de tristeza aparece em mim. Eu queria saber mais sobre esses assuntos de gravidez. Estão acontecendo transformações no meu corpo que não tenho ideia de como explicar. É muito frustrante

Suspiro e viro o meu corpo de lado olhando a minha barriga. Distraidamente escorrego o meu dedo indicador sobre o ventre que está levemente esticado. Subo e desço o dedo até o meu umbigo, mas de repente eu paro quando sinto uma estremecida leve no interior da minha barriga. Os meus olhos ficam sobressaltados e quando eu menos espero sinto novamente. Levanto as duas mãos para cima na altura dos ombros e fico quieta, só escutando o meu coração acelerando contra o meu tórax. Prendo a minha respiração e com a mão tremula tateio o meu dedo sobre o ventre inchado, então lá está o mesmo movimento de asas de borboletas voando dentro da minha barriga. Eu entro em pânico.

Dessa vez eu grito por Peeta, e em seguida cubro a minha boca com as mãos começando a chorar assustada. O que foi isso? Foi o bebê? E se foi, porque ele mexeu? Será que o machuquei?

—Peeta! -Grito novamente, mas ele não aparece.

O que vou fazer gora?

Começo a chorar ainda mais desesperada, porque eu não tenho noção do que preciso fazer.

Desorientada, me encosto na parede fria e me deixo escorregar até o chão. Então, só então, me dou conta da dimensão real do meu pavor. Sinto como se eu tivesse sido picada por várias teleguiadas de uma só vez, e uma onda de imagens horripilantes vem a minha mente, me fazendo relembrar tudo o que passei e temendo tudo o que o meu filho possa vim a passar. Tudo fica passando como um filme de terror na minha frente, conspirando contra a minha sanidade mental.

Ainda sentada no chão do banheiro, afundo o meu rosto sobre os joelhos e aperto as minhas orelhas com as mãos. Quando finalmente eu sou erguida, a minha mente começa a registrar tudo a minha volta e percebo Peeta me carregando de volta para o quarto.

Ele me coloca deitada na cama e sem se afastar de mim, me aninha nos braços enquanto choro desconsoladamente agarrada nele.

—Estou aqui. Não chore meu amor, não chore, por favor. - Sussurra me apertando contra os seus braços. – O que aconteceu? Quer que eu te leve pro hospital? –Pergunta angustiado.

Levanto a cabeça e pisco os meus olhos embaçados.

—Não. Sem hospital. –Soluço. Eu não quero ir pra lugar nenhum. Só quero ficar aqui com ele, que é o único local que pode me trazer de volta do meu mundo escuro.

—Mas me conte o que aconteceu, Katniss. Você caiu no banheiro?

Eu olho pra Peeta e engulo a saliva. Tudo bem, Katniss. Você pode fazer isso. Penso e falo.

—O bebê mexeu. Ele mexeu várias vezes seguidas e,...e eu fiquei desesperada. – Sussurro chorando.

Peeta congela e começa a empalidecer.

—O bebê mexeu?

Balanço a cabeça confirmando e o par de olhos azuis me olham marejados. Peeta sorrir e espalha a mão sobre a minha barriga.

—Ele nunca tinha feito isso. Foi uma sensação tão estranha, será que eu o machuquei? - Agarro o pescoço de Peeta com força e enterro meu rosto nele.

—Não. Não, Katniss. Os bebês fazem isso. É normal. – Peeta rir. – Ele só quis mostrar mamãe dele, que ele está bem. Só foi isso. – Peeta me beija e sorrir de novo.

Eu tento controlar o choro, mas ele só faz piorar.

—Foi por isso que você ficou daquele jeito? – Peeta pergunta enxugando as lagrimas que descem dos meus olhos inchados.

Balanço a cabeça em concordância.

—Eu não quero que o nosso filho passe pelas mesmas coisas que passamos. Quero que o futuro dele seja diferente, mas tenho medo. Tenho medo que as arenas voltem um dia, e que alguém acabe tirando ele da gente, Peeta.

—Não. Ninguém nunca vai tira-lo de nos dois. O nosso filho estará seguro e será feliz, Katniss. - Peeta segura o meu rosto nas mãos e olha fundo nos meus olhos. –Eu.te.prometo. - Diz e beija a minha cabeça.

Eu quero tanto acreditar nisso, mas eu não consigo. Não por Peeta. Porque sei que assim como eu, ele fará o possível para proteger essa criança, mas se isso não for o suficiente para assegurar que o nosso filho esteja seguro?

—Katniss?

Levanto o meu rosto e esfrego o meu nariz melado com as costas da mão.

—Oi. – Respondo.

Peeta rir.

—Já pensou quando alguém perguntar ao nosso filho quem é a mãe dele, como ele vai responder?

Eu franzo as sobrancelhas. Peeta quer tentar me distrair.

—Não, e como ele vai responder? – Entro na conversa de Peeta.

Peeta rir de novo e fala orgulhoso.

—Ele dirá: Minha mãe foi a mulher que sobreviveu a duas edições seguidas dos jogos vorazes e foi a líder da revolução que salvou esse país da tirania de um presidente cruel! - Peeta saboreia cada palavra. –É assim que ele vai dizer. Nosso filho terá muito orgulho da mãe dele, assim como eu tenho muito orgulho da minha mulher. Porque ela é a mulher mais perfeita que existe. – Ele me aperta nos braços e me beija nos lábios.

Eu forço um sorriso e toco no queixo de Peeta. E olho aqueles olhos azuis, que são tão puros como a água do lago. Aquele par de olhos que são o meu equilíbrio para a sanidade. O que eu faria sem Peeta?

Eu sou casada com o homem mais generoso, bondoso e honesto que eu conheço. E tenho muito orgulho em dizer pra qualquer um que ele é o meu melhor amigo, o pai do meu filho e o meu grande amor.


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Notas finais do capítulo

Gente eu tava esquecendo de uma coisa, eu preciso compartilhar uma coisa com vocês. Sério, muito serio! Fugindo dois segundos do universo de jogos vorazes. Gente, VCs já leram o livro" duas vezes amor" de Katie Cotugno.? Oh my god! Que livro é aquele! Gente é muito bom! Eu li a sinopse e fiquei balancada, mas a curiosidade falou mais alto e fiquei tão empolgada com os personagens, com o enredo que li o livro todo em uma tarde. Eu estou completamente apaixonada!!!!! A história é simplismente linda. A única coisa ruim foi que eu me apaixonei pelo personagem masculino principal e foi mais um para a minha lista de paixões platônicas. Kkkkkkkkkkkkkkk
Mas é perfeito. Eu não resistir e comprei ate o livro físico. Pq primeiro eu leio em PDF, se eu gostar tenho que comprar. Se vcs quiserem ler, tenham certeza de que não vão se arrepender. É perfeito.

Mas então...
Voltando ao universo de jogos vorazes. Kkkkkkkkkkk

Meus fantasminhas amados do meu coração, comentem. Conversem comigo, eu quero muito escutar vocês.
A autora é louca, mas é boazinha! Ta certo? :)

Beijaoo pessoal! _lll_



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