Recomeçando - Peeta e Katniss escrita por Zoey


Capítulo 12
Gravida?


Notas iniciais do capítulo

Hay!

Olá pessoal! Terminei esse capítulo agora e vim postar para vocês. Pra mim agora se deu início a parte mais complexa do epílogo. A gravidez de Katniss.
Complicada pacas.

Enfim...

Meninas muito obrigada pelos comentários, vcs nem imaginam o valor que eles tem pra mim.


Então é isso.
Espero que gostem :)
Bjs



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Desespero e pânico, foi tudo o que sentir quando escutei a mulher de branco na minha frente dizer que eu estava GRAVIDA.

Estou gravida?

Encaro a minha barriga sem acreditar e o medo me paralisa. Meu estômago está revirando, dando nós e quero vomitar. Respiro fundo e solto o ar lentamente, mas o meu corpo começa a tremer em espasmos violentos e por um momento eu penso que vou desmaiar novamente.

Estou grávida! Eu me esforço acreditar, mas... não era isso que eu queria? Ter um filho? Então, por que esse desespero agora? Eu não consigo ordenar os meus pensamentos. A minha mente esta confusa, não sei, não imaginei que fosse acontecer tão rápido essa gravidez. Mas aconteceu, e agora tem alguém crescendo dentro de mim, uma pessoa minúscula, frágil e indefesa. O meu filho. O filho de Peeta!

Peeta!

O nome estala na minha mente, e giro rapidamente a cabeça para olha-lo. Ele continuava em pé próximo a minha cama, em choque, pálido, sem uma gota de sangue no rosto e com os olhos sobressaltados sobre a médica.

—O que a senhora acabou de dizer sobre Katniss? - Pergunta Peeta.

—Sua esposa está grávida. - Ela olha preocupada para ele. - Você está bem, senhor Mellark? Quer se sentar ou tomar um pouco de água?

Peeta nega com a cabeça e quando ele se vira, os nossos olhos se cruzam.

—Gravida? Katniss está grávida? A senhora tem certeza? - Ele pergunta sem acreditar, mas também sem tirar os olhos de mim.

—Sim, certeza absoluta. Ainda não sei o tempo exato, mas diria que sua esposa está na terceira semana de gestação. -Ela se vira para mim.- Marcarei algumas consultas de rotina para acompanhar a sua gravidez senhora Mellark. A sua alta e os seus exames já está assinados. Qualquer coisa que sentir basta retornar imediatamente e me procurar. - Um barulho baixo e agudo me faz sobressaltar e me coloca em alerta. A medica coloca a mão no bolso do jaleco e retira uma pequena caixa preta presa entre os dedos, que levanta na altura dos olhos. -Me desculpem, mas tenho outra chamada na emergência, vou precisar deixa-los. - Ela nos deixa um sorriso piedoso e sai fechando a porta devagar.

Volto toda a minha atenção novamente para Peeta que continua parado diante de mim sem mover nada, nem mesmo um dedo, mas então ele muda. De repente, Peeta fecha os olhos e quando os abre, lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto. O meu coração se aperta ao ver Peeta desse jeito, e os soluços que estavam adormecidos se manifestam acompanhando o meu choro angustiado. Ele estica a mão pegando a minha, e gentilmente me puxa em seus braços, me beijando, e me apertando com força contra o seu corpo. Eu passo os meus braços ao redor dele e choro em seu pescoço, sentindo o seu cheiro, sentindo o seu calor, e me sentindo segura.

—Foi um acidente? - Ele pergunta depois de um tempo.

Afasto o meu rosto do peito de Peeta, e enxugo algumas lagrimas que insistem em descer dos olhos dele.

—Não, Peeta. Não foi um acidente. -Sussurro. - Eu comecei a aceitar essa possibilidade por nos dois. Eu sei o quanto você queria ser pai e,...e alguma coisa acabou mudando em mim também nesse meio tempo, mas agora...estou apavorada.

Peeta segura o meu rosto entre as mãos e me olha surpreso.

—Então, não foi mesmo um acidente? Você quis ter esse filho? Foi desejo seu?

—Sim. Eu quis. - Murmuro chorando. - Eu não te contei nada, porque eu não sabia se daria certo essa ideia. Imaginei que fosse demorar a acontecer, mas foi tudo tão rápido. - Digo e as lagrimas me vencem novamente, mas começo a sentir raiva de mim mesma por não conseguir parar de chorar.

Peeta fica parado, me olhando, acho que com algum tipo de admiração nos olhos. Com certeza ele nunca imaginou que escutaria isso de mim, e para ser sincera também nunca esperei que um dia eu falaria algo parecido, mas as coisas mudam. As coisas sempre estão mudando comigo. E eu não tinha ideia de qual seria o meu próximo passo agora que me tornaria mãe, tudo seria novo e desconhecido. Mas um medo insano me atingia quando eu pensava que poderia falhar com essa criança.

—Estou com tanto medo, Peeta. -Digo entre os soluços.

—Vai ficar tudo bem, Katniss. Temos um ao outro meu amor, e agora teremos o nosso filho. - Eu sinto os pingos das lagrimas de Peeta escorregando pelo meu ombro. -Vamos ter um filho, eu nem consigo acreditar direito. Um filho! Uma prova real do nosso amor. -Peeta chora e rir ao mesmo tempo. -Eu te amo tanto, Katniss.

Aperto os meus braços com mais força em volta dele.

—Também te amo, Peeta. -Respondo.

Afundo o meu rosto sobre o peito de Peeta e fico ali, aninhada e sem vontade nenhuma de me afastar. Uma das minhas mãos escorregam do corpo dele, e em um gesto protetor a coloco repousando sobre a minha barriga, o abrigo do meu filho. O local onde ele está se preparando para vim enfrentar o jogo da vida.

°°°

Quando voltamos para casa o tempo já tinha começado a mudar, e os primeiros vestígios de neve já tinham começado a cair sobre a grama verde da vila. Era inverno. A estação mais triste e melancólica que poderia existir.

Quando sinto o cansaço vencendo o meu corpo e a minha mente, me encolho no sofá e cubro o meu rosto com uma das almofadas que Greasy Sae fez para mim. As ultimas informações sobre a minha vida estavam girando sem parar na minha cabeça. Era difícil de acreditar que me tornarei mãe em breve, nunca pensei que sentiria tanto medo, mesmo depois de todo o inferno pelo qual já passei, nada se comparava a isso. Mas eu sei que precisava ser forte. É dentro de mim que ele está se desenvolvendo, e ele não pediu por isso. Ele não pediu para vim a esse mundo de pessoas perversas e cruéis, a culpa foi minha e eu tinha a obrigação de ser forte, e vencer esse medo de qualquer maneira pelo meu filho.

—Você se jogou aí desde que chegou. - A voz de Peeta me traz de volta a realidade. Eu tiro a almofada do meu rosto e vejo ele me olhando preocupado.

—Só estou cansada.

—E não está sentindo nenhuma dor, enjoo ou alguma outra coisa parecida? - Ele insiste.

—Não, Peeta. Estou bem. - Mas então me lembro que não como nada desde o desmaio, e não acho que gravidez e fome são duas coisas que combinam. - Aliás, pensando melhor estou sentindo uma coisa, sim.

—Sentindo o que?

—Fome. –Sorrio.

—Fome? -Ele me olha surpreso, mas em seguida ri aliviado. - Realmente você não comeu nada no hospital. Vou preparar alguma coisa bem rápida pra você. -Ele deixa um beijo nos meus lábios e sai.

Enquanto Peeta entra na cozinha, eu fecho os meus olhos tentando relaxar, mas algumas batidas insistentes na porta me obrigam a mudar os meus planos. Relutante, jogo a almofada de lado e levanto descalça do sofá, mas a porta é aberta antes que eu a alcance e Haymitch entra na sala.

—Ora, ora. Vejo que já está ótima. Então, o que aconteceu ontem? Peeta quase me enlouqueceu quando te encontrou desacordada. O que você andou aprontando dessa vez?

Olho para ele em dúvida, eu conto pra Haymitch? Hum...não. Descido deixar a bola da vez com Peeta, não estou preparada e muito menos com ânimo para conversar com ninguém.

—Você sabe o quanto Peeta é exagerado. -Murmuro voltando para o sofá.

Haymitch franze a testa.

—As vezes, mas não sei se dessa vez foi o caso. E por falar nele, cadê o garoto?

—Na cozinha.

Ele senta na poltrona que está de frente para mim, e pela primeira vez em muito tempo me surpreendo por Haymitch não esta cheirando a álcool. O que deu nele?

—Mas, o que falaram no hospital, querida? - Pergunta me encarando.

Eu abro a boca para tentar responder alguma coisa, mas Peeta aparece na sala com duas canecas de caldo quente nas mãos. Eu pego uma e a outra ele entrega a Haymitch que aceita sem reclamar.

—Beba tudo, Katniss. Ficar com fome em seu estado não é bom, sem falar que pode acabar desmaiando novamente.

Eu giro os meus olhos para as recomendações de Peeta, mas bebo o meu caldo todo sem hesitar. Realmente estava morrendo de fome e não tinha nenhuma vontade de acabar perdendo os sentidos de novo.

—Que estado você estão falando? - Haymitch toma um gole, olhando fixamente para nos dois.

Peeta se vira para mim com o sorriso mas abobalhado que existe no mundo inteiro, mas sei que foi um aviso me alertando o que ele estava prestes a fazer. Balanço a minha cabeça concordando então ele dispara:

—Katniss esta grávida, Haymitch.

Haymitch começa a tossi sufocado com o caldo e quando Peeta percebe que ele não está respirando, imediatamente pula do sofá para ajuda-lo a desengasgar. Depois de vários tapas fortes nas costas, Haymitch volta a si e me olha vermelho igual a um dos camarões que tem no distrito 4.

—Você o que? -Pergunta assombrado.

Mordo o meu lábio e olho para ele hesitante.

—Estou grávida.

Os olhos de Haymitch param fixos em mim e depois correm para Peeta, seguindo de uma gargalha forçada.

—OK! Essa brincadeira não tem graça nenhuma.

—Não é brincadeira. Não tem ninguém brincando aqui, foi por isso que Katniss desmaiou. - Peeta explica sério.

Mas Haymitch se nega a acreditar. E olho confusa aquela cena, será essa a reação que vou causar em todos, quando descobrirem a minha gravidez? Minha gravidez é uma notícia tão espantosa assim?

—Não vou cair nessa fácil, a quem vocês querem enganar? – Haymitch fala.

Peeta solta um suspiro pesado e estica o braço na direção da mesa pegando uma folha de papel. Então eu reconheço, é o meu exame.

—Aqui. -Peeta coloca a folha na frente de Haymitch. - Veja você mesmo.

Haymitch pega o papel das mãos de Peeta e começa a ficar pálido depois que ler.

—Você está mesmo grávida. -Diz com um olhar perdido.

—Agora está convencido? - Peeta pergunta.

Mas Haymitch não responde nada, a única reação dele é me fitar pasmo, com a boca aberta. Os olhos dele brilham, por algum sentimento mal disfarçado que não consigo descobrir qual seja, mas eu poderia jurar que além do brilho, também vejo lágrimas prestes a descer. E essa ideia não me ajuda muito, ao contrário, me faz ganhar um nó apertado na boca do meu estômago, e me sinto obrigada a desviar os meus olhos dos Haymitch. Voltando do choque, ele pigarreia forte e levanta rapidamente do sofá.

—Eu preciso ir. Tenho algumas para fazer em casa. - Ele diz com a voz contida e caminha saindo pela porta, sem nem olhar para trás.

—Haymitch, espere! - Peeta grita, mas a porta já está fechada e ele se vira me olha boquiaberto. - O que deu nele?

Do um sorriso de canto, meio triste.

—Ele fugiu de nos dois ou melhor de nos três. - Explico.

—Por que? Será que ele não ficou feliz em saber que seremos país?

Eu olho pensativa para Peeta.

—Não acho que seja isso. Só foi muito para Haymitch assimilar de uma única vez, Peeta. -Defendo. - Afinal, foi uma notícia que nem ele e nem ninguém esperava ouvir. Não é mesmo?

—Isso é verdade, mas foi a melhor notícia que eu já recebi em toda a minha vida.- Peeta se aproxima e me abraça. -Você pode me da quantos noticias dessas você quiser, não vou me incomodar nem um pouco. -Brinca.

Eu giro a minha cabeça olhando aterrorizada para Peeta. Ele só pode está ficando louco!

—Você só pode está de brincadeira. –Digo seria.

Peeta rir, mas o ignoro.

—Fiquei preocupado com Haymitch. Amanhã vou passa cedo na casa dele, mas agora eu quero ver você descansando. –Diz Peeta.

Concordo com a cabeça.

—Eu queria dormir pelo menos um mês inteiro. -Falo com a testa apoiada no peito dele.

Ele rir de novo.

—Acho meio difícil essa façanha de dormir por um mês, mas por hoje já chega. Vamos subir, você precisa descansar. - Peeta fala guiando a minha mão na direção das escadas e subimos juntos para o quarto.

°°°

Acordo assustada com os meus próprios berros. Os meus olhos estão cerrados e sinto todo o meu corpo tremendo. Os meus batimentos acelerados me deixam com muita falta de ar e aos poucos a minha visão ganha foco, e vejo o rosto de Peeta aflito na minha frente.

—Meu Deus, Katniss. - Ele me abraça, apertando o meu rosto contra o seu peito, mas contínuo tremendo com as imagens do pesadelo na minha mente. Imagens aterrorizantes que queria esquecer a qualquer custo, mas sei que elas me visitarão pelo resto da noite.

—Peeta? - Minha voz sai trêmula.

—Shhh. Só foi um pesadelo meu amor, calma. -Peeta beija o meu cabelo e me embala nos braços.

—Eu sei, mas...- Eu queria falar, mas não conseguia. As lagrimas e o nó na minha garganta não colaboravam.

—Por favor, não chore.

As lagrimas escorreram mais forte pelo o meu rosto, tento enxuga-las com as mãos, mas é inútil. Pareciam mais duas fonte de água minando sem parar.

Ele se afasta um pouco e olha para mim.

—Converse comigo, me conte sobre o pesadelo, quem sabe te ajuda se acalmar. -Diz beijando os meus olhos.

—Não quero falar sobre o pesadelo. - Não quero contar a Peeta, porque se não estarei revivendo todas as cenas horríveis de novo. Ver o meu bebê morto no chão e cercado por rosas brancas e poças de sangue, não são imagens boas de se relembrar. - Será que vou ser uma boa mãe, Peeta? Tenho tanto medo de falhar com o nosso filho. Tenho medo de falhar, assim como eu falhei com Prim. - Soluço.

Peeta pressiona o dedo nos meus lábios, me impedindo de continuar a falar.

—Não diga isso. -Me repreende. - Você não falhou com Prim, o que aconteceu não foi culpa sua. -Peeta levanta o meu queixo, me fazendo olha-lo. -Você é uma mulher extraordinária, e o nosso filho será privilegiado com a melhor mãe que poderia existir. -Sorrir. -Você será uma mãe fantástica, Katniss.

—Você acha? Eu não tenho tanta certeza assim. - Falo com a voz trêmula do choro.

—Pois eu não tenho dúvida alguma.

Sorrio triste.

—Preciso tanto de você. - Sussurro.

Ele sorrir e roçando os lábios nos meus.

—E eu de você, Katniss. Sem você eu não sou nada. -Peeta abre os dedos sobre a minha barriga.- Ou melhor, sem vocês dois eu não sou nada.

Lentamente ele suspende a minha camisa e abaixa a cabeça deixando leves beijos sobre o meu ventre que ainda está liso, e as minhas lágrimas voltam a fluir.

—Obrigado por esse presente maravilhoso. -Sussurra ele com os olhos marejados. - Eu vou fazer de tudo para manter vocês dois seguros, manter a minha família protegida a qualquer custo, eu prometo. Eu te prometo, Katniss.

Ele me beija e depois deita a cabeça no meu peito. Ficamos deitados, abraçados em silêncio, e o único movimento no quarto era a mão de Peeta acariciando o meu ventre. Desse mesmo jeito, eu fecho os meus olhos para tentar dormir, sabendo que agora se dava início a uma grande e nova etapa da minha vida, e no calor do corpo de Peeta o sono me embala novamente.


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Notas finais do capítulo

Então foi isso.

Me digam o que acharam. Mesmo estando ruim ou bom comentem. Eu sempre respondo a todos os comentários e sempre responderei. Eles são muito importantes e valorizo muito cada um deles.

Beijaoooo ;)



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