Recomeçando - Peeta e Katniss escrita por Zoey


Capítulo 1
Reaproximação.




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Já passam das cinco da tarde e logo vai anoitecer. O sol começa a se pôr no horizonte, levando com ele mais um dia perdido da minha vida "feliz". Não conseguir muitas recompensas da minha nova pratica de ficar sentada o dia inteiro em frente à janela, além de juntas duras e muito doloridas. Teria sido mais útil e aproveitado muito mais o dia se eu tivesse ido para a floresta. Caçar.

Não que eu precise para me alimentar como eu fazia antes, mas para fugir um pouco desse vazio constante no meu peito. Contando com um pouco de sorte,agora estaria relaxada e como o meu corpo estaria dominado pelo cansaço, eu dormiria igual a uma pedra. Quer dizer, pelo menos até o próximo pesadelo chegar e me deixar completamente em claro pelo resto da noite como é o habitual.

Agora preciso pensar no que fazer. Preciso fazer alguma coisa para passar o resto das horas que me faltam antes de ir dormir. Esses ultimas dias em que fiquei dedicada a concluir o livro foram de grande ajuda para mim. Mantive-me ocupada a maior parte do tempo. Mas ainda sim, foi doloroso.

Lembrar de todos e saber que essas pessoas que de alguma maneira foram importantes para mim, mas que agora nao existem mais, se foram para sempre e que agora não passam de uma lembrança, é devastador. Todos estão mortos.Inclusive Prim.

Tenho vontade de chorar mas uma vez. Não, mas eu não quero. Preciso ocupar a minha mente. Lembro-me de Haymitch, ele deve está acordado e provavelmente só à base de álcool. Tiro Buttercup que ronrona no meu colo e coloco a bola de pelos amarelos em cima da cadeira. Vou ate a cozinha e separo algumas coisas que eu sei que Haymitch aceitara sem reclamar. Dentro de uma cesta coloco algumas frutas, queijo de cabra e uns bolinhos que Grease Sae fez pela manhã e saio.Todas as residências dos vitoriosos sao bem próxima umas das outras,então em menos de um minuto estou na casa de Haymitch .Quando não há respostas para minha batida ,giro à maçaneta e à porta como sempre esta destrancada. Entro, e imediatamente sou recebida pelo tao familiar cheiro ardido que faz o meu nariz torcer. Como de costume, varias roupas sujas estão espalhadas pelo chão. Garrafas de vinho e licor estão em cacos por toda a sala. Fezes de rato tem por todos os cantos. É inacreditável como Haymitch consegue se sentir confortável em um ambiente assim. Sacudo minha cabeça com desgosto e continuo andando pela sala. Quando me aproximo da mesa, o meu almoço ameaça fazer o percurso de volta. Em cima vários pratos com restos de comida estão espalhados sobre ela. Alguns estão ate transbordando mofo e fungos. Recolho todos os pratos e jogo em pilhas dentro de uma bacia. Deveria deixa-lo se afogar nessa sujeira. Na próxima vez trarei porcos para lhe fazerem companhia, afinal para um chiqueiro lhe falta pouco. O pensamento absurdo de Haymitch cuidando de porcos me faz rir. Ele não cuida nem dele mesmo,imagina cuidar de algum animal. Mas afinal, onde ele está?

—Haymitch?! Haymitch!-Eu grito, mas não tenho resposta. Continuo a gritar seu nome quando um estrondo que vem do andar de cima me assusta como o inferno. Coloco à cesta em cima do balcão e corro para escada. Subo correndo. No corredor não vejo ninguém, então sigo para o quarto e encontro Haymitch caído no chão, segurando uma garrafa de licor e bêbado como um gambá.

—Oh.Você. -Ele diz mal tendo forças pra levantar do chão.

—Sim. E agradeça por isso. -Digo e Haymitch faz outra tentativa inútil de ficar em pé.

Ele levanta a cabeça e um par de olhos vermelhos me encaram.

—Já que você está aqui me ajude a levantar, queridinha. -Ele diz.

Caminho até ele e agarro seu braço esquerdo. Ele apoia todo o peso sobre mim e o forte cheiro de álcool e suor rasgão o meu nariz. É inevitável que meus olhos não lacrimejem.

—Haymitch quando foi à última vez que você viu um chuveiro? Sabia que o seu corpo e o meu nariz iriam agradecer imensamente se você tomasse um banho? -Ele me olha pelo canto do olho vermelhado, mas eu o ignoro. Com muita dificuldade consigo leva-lo até à cama. Afasto à coberta e Haymitch cai igual uma jaca madura no colchão. Tiro os sapatos dele e sento na beirada da cama. Ele começa a me encarar de novo.

—O que você quer? -Pergunta.

—Não posso mais vim aqui? Tenho que ter algum motivo especifico agora?

—Não, não precisa. - Haymitch respira fundo como se tivesse cansado. - Cadê o garoto? Ele não está com você? -Haymitch pergunta e arrota enchendo o ar com bafo de licor me obrigando a fazer uma careta de nojo.

—Não. Estou sozinha. -Digo com a voz miserável e desvio os meus olhos do meu ex tutor. Não quero falar de Peeta. Só vai me deixar ainda mais deprimida esse tipo de assunto.Nesses últimos dias, Peeta esteva diariamente comigo, me ajudando com o livro, mas já faz quase dois dias que não o vejo. Provavelmente ele esta me evitando, querendo manter o máximo de distância de mim, ja que não tem mais motivos para me procurar. O pensamento é deprimente.

Ele percebe o meu desconforto e torce à boca de lado.

—O que é isso garota?

—O que?

—O que foi agora? Você é o garoto se desentenderam?

Eu não consigo deixar de revirar os meus olhos para Haymitch.

—Não sei do que você está falando. Eu e Peeta nem chegamos a nos entender como poderíamos ter nos desentendido?! -Digo com tristeza- Peeta me evita Haymitch,o máximo que ele pode.

— É isso o que você acha? Sinceramente não estou vendo ele evitar você. -Haymitch me diz com desdém. - Ao contrário, ele esta cada vez mais tentando se reaproximar. Ele vem se esforçando muito, lindinha. Isso é bem evidente. Você não conseguer ver? Só tenha um pouco de paciência e lhe der um pouco de credito.

—Então, eu sou a incompreensível da historia? -Eu retruco.

—Não, querida. Eu sei que você se importa com ele e ele também com você. Esse é o ponto, é isso o que eu quero dizer. Você acha que o garoto escolheu voltar para o distrito doze, só pra ficar olhando a minha bela cara? Não lindinha, ele voltou por você. Ele poderia ter recomeçado à vida dele em qualquer outro distrito, mas ele escolheu o doze por você, Katniss! -Haymitch diz e eu fico sem saber o que falar.

Haymitch me encara. Como ele pode afirmar isso com tanta certeza? Será que Peeta conversou com ele? Ou não passa de alucinações do álcool?

—Você esta bêbado. Não deveria está me dando conselhos sobre minha vida sentimental.

Haymitch começa a rir.

—Peeta voltou, porque aqui é o seu lar. Como todos os outros que voltaram. Da maneira que você diz, até parece que ele ainda esta apaixonado por mim. E à verdade é que Peeta não me ama mais. -Digo e as mesmas palavras me rasgam por dentro.

—Eu acho que você está errada, docinho. -Ele diz e inclina a cabeça de lado com os olhos franzidos, como se estivesse tentando ler o que se passa na minha mente.

Me sinto incomodada.

—Errada? - Repito sem entender.

Olho para Haymitch. Aonde ele que chegar com Isso tudo? Como a minha visita chegou no assunto Peeta Mellark? Porque Haymitch que me da esperanças?Eu não quero criar falsas expectativas. Será que ele não ver que isso me machuca além do reparo?

Minha vontade imediata é de levantar e ir embora, mas não quero voltar para casa agora. Não enquanto eu não estiver cansada o suficiente para dormir. Só me resta tentar manter a calma pra não perder a cabeça com Haymitch.

—Fizeram Peeta pensar que me odiava. Como você pode dizer o contrário? Acho que você bebeu além de todos os limites hoje. - Falo e levanto da cama.

Haymitch da de ombros e pega a garrafa de licor batendo os últimos pingos na língua.

—Eu já disse que ele esta mudado. No início tudo bem, mas agora não querida. O garoto esta voltando a ser quem ele era. - Rir. - Será que você é tão cega que não percebeu a atenção que ele te deu nesses últimos dias? Será que você nunca percebe garota? Peeta me surpreendeu, admito. Cheguei a pensar que ele não tinha recuperação. -Haymitch faz uma pausa e abaixa à garrafa vazia - E vamos colaborar que você também não é nenhum poço de doçura. E também ele está com receio e medo, Katniss.

—Medo?-Digo incrédula.

—Sim, medo. Medo de ter uma recaída e te machucar. E ao mesmo tempo medo que você machuque o coração dele, mas uma vez.

As palavras de Haymitch me atinge como um soco no meio do estômago. Isso me machuca de uma forma que ele não consegue imaginar.E desconfortável com o rumo da conversa, troco o peso de um pé para o outro encarando Haymitch.

—E agora é a parte em que você me lembra de que não sou digna de Peeta?!

—Não vou dizer nada dessa vez, mas que ele é o melhor de nos três, isso ele sempre foi. -Haymitch diz

—Eu sei. -Digo concordando e volto a sentar na cama.

Estou sobrecarregada com tudo. As lágrimas ameaçam a vim novamente,mas dessa vez eu não impeço que elas corram livremente.

Haymtch se aproxima e me abraça meio sem jeito. E seu abraço é mais do que bem vindo nesse momento. Não é típico de Haymitch demonstrações de afeto, mas mesmo sem nunca dizer nada, sei o quanto Peeta e eu somos importantes para ele. Somos a única família que ele tem, então não poderia ser diferente.

—Lembra que eu te disse uma vez sobre não desistir de Peeta?Pois então, não desista, porque ele nunca desistiu de você. -Ele fala. -Faça à matemática querida, agora vai depender mais de você do que dele.

Eu não respondo. Não sei o que dizer, as palavras como sempre me faltam. Eu só queria mais uma chance de ter ele comigo. Será que Haymtch pode ter razão? Peeta ainda me ama? Quero poder acreditar, mas é tão difícil. Vasculho, puxo as minha memória pelos últimos dias. Sim, ele esteve mais atencioso comigo. Principalmente o tempo em que ficamos trabalhando juntos no livro. Mas então, porque ele nao apareceu mais? Sinto-me completamente perdida. Eu não aguentaria sentir a rejeição de Peeta mais uma vez. Já tenho muita dor para à similar.

—Você sabe o que fazer querida. -Haymtch beija meu cabelo é se afasta. -Bem, agora eu preciso de outra bebida. -Ele diz enquanto caminha cambaleando ate o armário e pega outra garrafa de licor. —Porque você não passa na casa do garoto? É estranho ele não ter vindo me incomodar hoje. -Ele diz enquanto enche o copo. -Ele foi na sua casa hoje?

—Não.-Respondo

Não, ele não foi. E se também não veio aqui, algo deve ter acontecido. O pensamento me aperta a garganta. Haymtch tem razão, Peeta sumiu e não é típico dele fazer isso.

—Você acha que aconteceu alguma coisa?-Digo sem conseguir esconder a ansiedade.

—Bem, estranho com certeza é. Agora, só vamos saber se você for até lá. -Haymitch toma outro gole.

Concordo balançando a cabeça e Haymtch sorrir satisfeito. Levanto e quando já estou na porta lembro-me da cesta com alimentos na cozinha.

—Há! Eu trouxe algumas coisas para você.Elas estão em uma cesta em cima do balcão. Ver se come alguma coisa.

Haymtch revira os olhos e toma outro longo gole do licor.

—Vai logo garota!-Ele diz e se senta na cadeira.

Despeço-me de Haymitch e antes de sair lhe dou um breve aceno. Haymitch levanta sua garrafa e sorrir para mim.

Eu devo ir ver Peeta, minha cabeça começa a doer por causa da ideia. Saio da casa de Haymitch e ando até a casa dele. Olho ansiosa a frente do lugar e aproximando- me da porta, toco à campainha. Não demora muito e começo a escutar os passos se aproximando.

—Katniss?! -Peeta diz surpreso ao abrir à porta.

—Oi. -Essa é a única palavra que consigo pronunciar. Olho pra ele e imediatamente me arrependo,não deveria ter vindo. Lógico que Peeta está bem. O que eu pensei?Que ele estaria moribundo em uma cama?O que vou dizer agora?As palavras passam distantes de mim. Olho pra Peeta, seus olhos azuis me estudam cautelosamente.

—Aconteceu alguma coisa? Entre. -Ele diz. Entro e espero enquanto Peeta fecha a porta. -Esta tudo bem, Katniss?!-Ele insiste.

—Sim. -Eu digo. -Bem, é que Haymitch e eu ficamos preocupados com você. Não tivemos notícias suas ao longo do dia, então pensamos que você poderia esta doente, eu não sei. -Do de ombros. -Já que não é costume seu não nos levar pães pela manhã.

Peeta arregala um pouco os olhos,surpreso. Acho que o surpreendi ao dizer que me preocupei com ele. Ele olha para o chão e quando levanta à cabeça os nossos olhos se encontram. Ele tem um olhar confuso e perdido. -Desculpe, eu não queria preocupar você. É que, só machuquei um pouco à mão. Foi só isso -Ele diz.

—Machucou? Como? -Pergunto e observo que à sua mão direita esta enfaixada com ataduras.

Peeta levanta sua mão direita e observa as faixas.

—Eu me queimei ontem à noite. Enquanto preparava o meu jantar. Nem eu mesmo sei como isso foi acontecer. Anos de experiência lhe dando com fornos e por um descuido de minha mente, acontece isso. Por isso que não levei pão nem pra você e nem pro Haymitch hoje. Não conseguir terminar de preparar com a mão assim. Um padeiro se alto assando. Isso chega a ser cômico. -Ele rir.

—Posso ver sua mão? -Estendo minha mão para Peeta. Seu sorriso se desmancha e ele me olha apreensivo. Não gosto de machucados. Principalmente queimaduras. Meu corpo está cheias de marcas delas. E o corpo de Peeta também. Marcas que nos lembrarão para sempre de quem fomos e o que vivemos, e por mais simples que seja, não me agrada de ver Peeta ganhando mais uma por sua distração. E é inevitável não me lembra da minha irmãzinha se tornando uma tocha humana na minha frente. Tomada pelo fogo das bombas. Fecho meus olhos para tentar controlar minhas emoções,mas não ajuda muito. -Por favor. -Eu insisto. Ele fica quieto por alguns segundos, mas acaba cedendo. Peeta coloca sua mão queimada sobre a minha e esse simples gesto faz todo o meu corpo estremecer. Respiro fundo. Eu tiro a tala enfaixada na mão e analiso a lesão. Toda à palma da mão brilha igual a um pimentão vermelho. Sem falar nas bolhas que fazem uma decoração infeliz. Ele tocou em alguma superfície muito quente. Como isso foi acontecer com Peeta?! Com certeza ele não ligou de passar nada para acelerar a cicatrização.

—Aqui é uma queimadura de segundo grau, Peeta. O que você usou nela?!

—Por enquanto, não passei nada. Não tenho nada aqui que sirva pra queimaduras, Katniss. -Ele diz encolhendo os ombros.

—Vamos até minha casa. Eu tenho alguns itens de primeiro socorros. Eu posso cuidar de você.

—Não precisa se preocupar, Katniss. Eu vou ficar bem. Amanhã deve está melhor.

—Peeta, amanhã ela não estará melhor. Não, se você não cuidar para que ela não inflame mais do que já está.

Peeta continua calado. Pela sua fisionomia, eu diria que esta analisando as minhas palavras. Eu sei o quanto o seu trabalho é importante para ele, mas no estado em que sua mão está, Peeta ficará mais de uma semana sem solar uma massa. Então, com um pensamento rápido decido usar o pão como uma arma de defesa para pressionar Peeta emocionalmente.

—Você que voltar a assar o seu pão o mais rápido possível, estou certa? - Pergunto.

—Sim. Lógico. -Ele responde.

—Então o primeiro passo é você parar de reclamar e o segundo é você me deixar cuidar de sua mão. Vamos fazer um acordo? Se as suas mãos não estiverem boas eu e Haymitch não teremos pães. Então, eu cuido de sua mão agora e depois você estará novinho em folha para nos reabastecer. OK?

Ele sorrir de canto.

—OK. -Ele responde.

—Então vamos. -Eu digo e antes que ele possa protestar seguro em sua mão sadia e o guio porta a fora.

Em menos de um minuto chegamos em minha casa. Peeta se senta no sofá, enquanto subo até o banheiro e pego os materiais necessários para o curativo. Recolho tudo o que preciso e desço as escadas. Assim que entro na sala, sinto os olhos de Peeta me seguirem por todo o trajeto até o sofá. Sento-me ao seu lado e com cuidado, pego a sua mão machucada colocando-a sobre as minhas pernas com a palma virada pra cima. Ele não hesita, então continuo. Lavo sua mão com bastante soro e depois enxugo suavemente. Peeta continua quieto. Pego uma pomada apropriada para queimaduras e espalho delicadamente sobre a palma de Peeta. E pra finalizar, enfaixo toda a mão com faixas estéreis. Quando termino, levanto minha cabeça e encontro Peeta me observando.

—Pronto. Terminamos. -Eu digo

—Obrigada, Katniss. A dor aliviou bastante. -Ele responde e sorrir.

—Amanha trocaremos as bandagens.

—Tudo bem. -Ele diz. -Aonde você conseguiu esse material?

—Dr. Aurelius mandou para mim da capital. Para que eu pudesse tratar das queimaduras que foram abertas naquele dia com os guardas. - Digo e desvios os meus olhos do par de olhos azuis.

—Entendo.

Ficamos calados por alguns intermináveis segundos, ate Peeta ser o primeiro a quebrar o silêncio.

—Bem, acho que já vou indo. -Diz Peeta
Estranhamente eu me desespero ao ouvir que ele ja esta indo.

—Peeta, espere. -Eu seguro à sua mão esquerda como um pedido discreto, silencioso e urgente de sua atenção. Seguro antes que ele decida partir. Ele me olha sem entender muito bem minha reação e a confusão fica visível em seus olhos. - Peeta, se eu te pedisse pra você dormir hoje aqui comigo, você dormiria?!

Peeta muda de postura imediatamente, ele está nitidamente tenso. Vejo que ele ficou inquieto com o meu pedido e os seus olhos azuis estão duas vezes maiores que o normal.
Eu sei que ele não reagiria dando pulos, mas vê - ló tão assustado me deixa aflita. Ele torna a abaixar à cabeça e fecha os olhos. Parece esta em um conflito interno. Eu observo cada reação dele. Será que ele está tendo uma recaída? Se assim for, estou decidida a não fugir. Mas para minha surpresa ele levanta à cabeça. Sua fisionomia está mudada, mas não igual à de alguém tendo um ataque de fúria, mas de alguém angustiado.

—Dormir aqui? Por que, Katniss? -Ele pergunta com a tristeza estampadas em seus olhos.

Eu respiro fundo

—Por quê? Porque, Peeta, eu sinto a sua falta. -Peeta pisca os olhos várias vezes ainda mais confuso.

—Katniss, você sabe que isso não é uma boa ideia.

—Por quê? Você esta com medo de me machucar?De ter uma recaída? É isso?

Ele confirma balançando a cabeça desolado

—Mas eu confio em você, Peeta.-Digo calmamente.

Peeta me olha incrédulo.

—Como você pode dizer isso!Eu já tentei matar você várias vezes. Nem eu mesmo confio mim. -A voz de Peeta é angustiante e triste.

—Você que me machucar agora?

—Lógico que não. Mais isso não que dizer que eu não posso ter uma recaída a qualquer momento.

—Peeta, você não tem uma recaída desde a capital. Você está conseguindo. Suas memórias estão voltando. E também tem a questão de que não estamos passando por nenhum tipo de stress que possa trazer à tona essas lembranças ruins. -Eu aperto sua mão com mais força. -Fique Peeta. Deixe-me tentar te ajudar. -Respiro fundo - A gente faz assim. Se você sentir alguma mudança no seu comportamento, você só precisa me dizer. Eu me afasto imediatamente e me tranco em algum cômodo.

Peeta levanta as sobrancelhas ligeiramente. Sinto que ele está muito assustado. Se pelo menos concordasse em ficar, seria uma luz no fim do túnel para nossa relação. Mesmo que seja somente uma relação de amizade. O importante é esta com ele. Ter Peeta mais uma vez comigo, mesmo que isso possa parecer egoísta da minha parte, mas eu preciso senti o calor dos seus braços mais uma vez.

—Katniss, eu... - Ele insiste.

Ele vai tentar resistir e eu não quero que ele faça isso. E impulsivamente me inclino para frente e beijo ele, interrompendo suas palavras. Depois de tanto tempo sinto novamente o gosto dos lábios de Peeta nos meus. Ele não recua, mas sinto todo o seu corpo tremer. Como a última vez que nos beijamos.
Movida pela à angústia e o desejo, aprofundo ainda mais o nosso beijo. Peeta começa a corresponder o nosso contato íntimo com a mesma urgência, e isso só faz aumentar ainda mais à minha cede por ele. Coloco meus braços ao redor do seu pescoço e Peeta apoia suas mãos em minha cintura. Mesmo com a camada de roupa sobre minha pele é inevitável impedir que o seu simples toque queime todo o meu corpo. Quando interrompemos nosso beijo. Ele inclina sua testa para baixo e encosta na minha e me puxa para mais perto. Eu fecho os olhos absorvendo o calor que transborda do corpo de Peeta.

—Fica comigo? -Eu peço mais uma vez.

Ele levanta à cabeça e olha para mim.

—Sempre. -Ele responde.


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Notas finais do capítulo

Então é isso.Deixo o primeiro capitulo da minha fanfic. Se vocês gostarem comentem para que eu possa saber se foi aprovada e assim poderei postar o próximo. Beijosss
Muita luz para vocês!