Amandil - Sombras da Guerra escrita por Elvish Song


Capítulo 30
Condenação


Notas iniciais do capítulo

Oi, meninas! Novamente peço perdão pela demora, mas cá estou! Tomara que gostem desse capítulo, apesar de ser meio triste.



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— Princesa Idril Amandil – começou Galadriel, de seu trono – está diante deste tribunal por vontade própria, para confessar e responder por seus crimes. São corretas estas afirmações?

— Sim, Majestade. – anuiu a jovem, vestida apenas com uma túnica simples de linho branco, sem tiara, adorno ou arma, submetendo-se ao juízo de Celebörn e Galadriel como qualquer outro elfo do reino o faria. – aqui venho para declarar meus crimes, e por eles responder.

Havia enorme pesar e dor nos olhos do rei e da rainha: julgar e condenar sua amada filha, que fizera o possível para salvar Arda, como se ela fosse uma criminosa qualquer... Porém, a lei era clara, e nem mesmo uma princesa poderia escapar a seu jugo, sob pena de desmoralizar todo o código sobre o qual se pautava a vida de todo o seu povo. Desse modo, o casal se obrigou a engolir as lágrimas não derramadas, e Celebörn ordenou:

— Que declare, então, diante deste conselho, os crimes que deseja confessar.

— Sou culpada por uma série deles, meu rei. Ocultei visões do futuro de minha rainha; deixei estas terras sem sua permissão, para juntar-me a uma comitiva cujos objetivos iam claramente contra aquilo que meu senhor e senhora considerariam sensato, e que certamente vetariam, se houvessem sabido. Por falha própria, não consegui matar Smaug, o que gerou grande carnificina antes que a fera fosse derrotada. Amaldiçoei Thorin Escudo-de-Carvalho, condenando-o a se ver sozinho em batalha, sem ninguém para vir em seu socorro, e com isso, causei sua morte... – ela respirou fundo, antes da última confissão – e finalmente, concedi a imortalidade a um anão, por meio das artes arcanas que domino.

Um burburinho geral de espanto, incredulidade, revolta e admiração se espalhou por entre os presentes, ante as duas últimas confissões, ao que Celebörn bateu com seu cetro no chão:

— Silêncio. – de imediato o silêncio reinou, e o monarca continuou – Analisemos cada uma de suas afirmativas, princesa da Floresta Dourada. Ocultar visões de sua mãe e rainha, sendo ela sua mentora, é algo grave. Porém, é antes assunto familiar do que um crime a ser tratado nesta corte. Ainda assim, será resolvido em particular. Quanto a tomar parte na companhia de Thorin, de fato, tratou-se de violação clara às ordens que daríamos, se tomássemos conhecimento de suas intenções. Alega ter cometido o crime consciente de que o fazia?

— Sim, meu rei. Considerei que seguir a lei, neste caso, seria um risco à sobrevivência da Terra Média. Superestimei minhas habilidades julgando-me capaz de matar o dragão, se a ele conseguisse chegar. Então, sim, foi em sã consciência e por vontade própria que cometi este delito.

O escrivão anotou cada palavra da jovem. Atrás dela, Haldir – capitão da guarda de Lothlorien, e grande amigo da princesa – conteve a respiração: vira aquela menina crescer, e seu coração estava quase tão partido quanto o do rei e da rainha, ou o de Arwen Undómiel – irmã de sangue da moça, que não tivera coragem de assistir ao julgamento.

— Afirma que não conseguiu matar o dragão... – continuou o soberano – que isso não conte nos autos como um crime. Poucos foram os que conseguiram fazê-lo e, se houve algum pecado, foi o de superestimar-se, ou o de subestimar o inimigo. Porém, não se trata de crime. Sua afirmação seguinte, contudo, confessa um crime grave; o que a levou a amaldiçoar Thorin Escudo-de-Carvalho? Que motivos levariam uma jovem treinada por Galadriel e pelos Istari a cometer tão baixo ato?

Amandil corou até a ponta das orelhas: estava diante de metade da corte, e obrigada por juramento a dizer apenas a verdade...

— Ele me insultou gravemente, meu senhor.  Mas nada alego em minha defesa.

— Para que haja justiça, é necessário que se saiba as circunstâncias dos fatos. Declare, portanto, que ofensa a levou a cometer seu crime, alteza. – disse o rei. Sem saída, a dama firmou os olhos e forçou-se a não fitar cada um dos presentes, mas apenas o rosto de sua mãe quando afirmou:

— Sofri uma tentativa de violação por parte do anão. Enlouquecido, sob efeito da Pedra Arken e do mal do ouro, tentou violentar-me quando estive nas prisões de Erebor. Eu o esfaqueei para impedi-lo, mas a raiva me moveu a amaldiçoá-lo.

Não havia palavras para descrever o ódio no rosto de cada um dos presentes: como um reles anão, uma criatura que vivia a rastejar nas profundezas, atrevia-se sequer a desejar deitar-se com a princesa do elfos de Lórien, a mais distinta dentre as damas? Quanto mais ousar tocá-la contra sua vontade! Cada um dos presentes parecia disposto a ressuscitar Thorin para mata-lo mais uma vez, e Amandil se sentiu no dever de defender a honra do amigo morto:

— Se isso importa ou não, não sei, mas Thorin era um bom homem. Até enlouquecer, era um homem justo e honrado, e peço que sejam clementes e menos mordazes em seus julgamentos quanto aos atos dele, pois foi guerreiro de enorme coragem e valor.

— Preocupa-se em defender seu atacante, mas não a si mesma, quando é você quem está sob julgamento, Idril Amandil? – perguntou Galadriel, mal disfarçando o olhar de orgulho.

— Não peço clemência para mim, senhora. Declaro meus crimes tal como os cometi, e por eles devo pagar como prevê a lei. Temo a punição, mas dela não fugirei.

Galadriel tinha uma expressão triste, mas orgulhosa: sua filha era forjada em aço, e sua honra e moral eram inquestionáveis. Porém, isso doía no coração da rainha, que sabia ser obrigada a punir sua menina...

— Então, isso nos leva a seu último, e mais grave, crime: conceder a imortalidade a um anão. Poucos têm poderes para tanto, e isto é uma deturpação inominável das leis naturais. Seus atos comparam-se aos de Aulë, quando criou uma raça sem a permissão de Ilúvatar. – Disse a Senhora da Luz – ou aos de Morgoth, quando deu vida aos orcs.

Amandil se indignou ante a última comparação, mas apenas baixou a cabeça, silenciosa. Punha-se à mercê do julgamento, e não se defenderia. Contudo, a rainha perguntou:

— O que a levou a cometer tal perversão das leis da vida, criança?

— Amor, senhora. Vi uma imortal apaixonada por um mortal. Ela deixou tudo por ele... Por ele, deixou seu reino, sua família, seu povo... Tornou-se uma errante. Meu coração se revoltou com a possibilidade de que, após tal sacrifício, ela o perdesse também, ficando sem nada em sua vida. Um crime, sim. Mas um erro? Não o considero como tal.

— Repetiria seus atos?

— Se fosse possível voltar no tempo e desfazer as coisas... Sim, eu repetiria meu crime.

O Conselho se entreolhava, preocupado, tenso, as opiniões diversas mostrando-se em cada olhar... Galadriel então se levantou, e declarou:

— Você disse não querer defesa, nem justificativa para seus delitos...

— Não preciso. Relatei exatamente a verdade, neste lugar, de modo que qualquer defesa seria uma tentativa de fugir à justa punição determinada pelo Conselho. – respondeu a jovem – eu já disse tudo o que tinha a declarar.

— Muito bem – ponderou Celebörn – se nada mais tem a dizer, o capitão Haldir a escoltará até seu quarto. Ficará em prisão domiciliar, até chegarmos a um veredicto.

A jovem se curvou diante de seu rei e rainha, e acompanhou Haldir para fora do grande salão luminoso.

— Princesa – começou o capitão, quando já estavam longe do salão – por que fez isso? Por que se denunciar deste modo, agravando seus crimes com seus próprio julgamento severo? Por que não apenas relatar o fato, e deixar que o conselho decidisse se houve ou não crime?

— Porque minha consciência sabe exatamente o que fiz, e como fiz, mestre Haldir. Eu sei que cometi os crimes. Estava ciente de os estar cometendo e, ainda assim, prossegui em meus atos. Agora, é justo que eu pague por eles, como sabia que deveria fazer, desde que tomei cada decisão.

O capitão parou à porta do quarto da princesa, e lhe fez uma reverência:

— Dentre todas as pessoas que conheci, não há nenhuma mais íntegra, honrada e valente do que Idril Amandil, de Lothlorien. Que nossos soldados tenham um terço de sua valentia, criança, e seremos um exército invencível.

A mulher sorriu, dando um abraço naquele que fora um de seus mentores de armas. Ele retribuiu o abraço, e declarou:

— Estou ao seu lado, menina, para o que precisar.

— Obrigada, Haldir. – sussurrou ela, antes de entrar em seu quarto. Era um espaço amplo, de cores claras e quase todo aberto: apenas a cama ficava dentro de um recinto de parede curvas, que a protegiam do vento e do frio; o restante do quarto era aberto para uma varanda, cuja vista era o jardim privativo da família; os pilares que sustentavam o teto, de madeira viva, eram galhos que se ramificavam, florindo em várias cores. Cortinas verdes garantiam privacidade à moça, fechando o caminho para a varanda, se quisesse. A mobília era em madeira castanho-clara, pintada à mão com desenhos de pássaros, flores e paisagens pela própria Amandil.

Foi com um suspiro de alívio que a jovem adentrou seu santuário particular, fechando a porta atrás de si; ao se virar, porém, para sua completa surpresa, sentada no leito estava a última pessoa que esperava ver: Aren Undómiel.

*

— Irmã! – exclamou a moça de cabelos castanhos, quando a mais velha a envolveu num abraço apertado – que bom que está aqui! – ela retribuiu o abraço e, por longos segundos, as irmãs estreitaram uma à outra contra o peito, felizes com o reencontro. Finalmente Arwen se afastou: seus cabelos negros continuavam luzidios como sempre, e os olhos azuis como duas safiras... Mas havia algo de estranho na elfa... Uma enorme tristeza.

— O que houve, Arwen? Por que tanta tristeza?

— Ainda me pergunta, Amandil? – a mais velha reteve a custo as lágrimas – o que o Conselho decidiu?

— Não sei. Declarei meus crimes, e eles iriam deliberar.

— Pelos Valar, irmã... Cometeu tantas loucuras! Por que não pensou...

— Arwen, nós duas vimos o que teria acontecido se Smaug se aliasse à Sombra. Eu lhe mostrei minha visão. Eu não podia simplesmente ignorar isso... Tinha de fazer algo.

— E quase morrer por isso? E estar agora sob julgamento, para isso?

— Valeria à pena, qualquer que fosse o preço. – ela viu o semblante obscuro da outra, geralmente tão radiante e suave quanto uma flor a desabrochar – Existe algo mais, não é? Você viu algo que eu ainda não vi.

— Sim... – murmurou Undómiel, andando até a mesa de centro da sala privativa da irmã. Pousou as mãos sobre a madeira clara, e acariciou o cristal no centro – há uma lua, pouco antes dos exércitos se baterem contra os orcs.

— E o que você viu? – os ombros de Amandil ficaram tensos como a corda de um arco.

— A destruição que virá. A morte de Smaug, o começo de uma aliança entre as três raças... Foram ganhos valiosos. Mas Ele está se recuperando, irmã. Fugiu para o Leste, e está reunindo aliados. Seus orcs se multiplicam, sua fortaleza se reconstrói... – ela fitou a irmã intensamente – fez bem em deixar o Um Anel com Bilbo. – Amandil não perguntou como Arwen sabia: ambas as irmãs possuíam o dom da vidência, herdado de seu pai – Todos procuram por essa peça, mas é certo que quem a encontrasse, iria tentar usá-la, e acabaria por leva-la ao Inimigo. Mas agora, com Mordor ocupada pelo próprio Sauron... Não consigo imaginar como poderíamos destruir esse objeto maligno. Ele está mais seguro como você o deixou, oculto no Shire.

— Mas isso não nos mostra como derrubar Sauron. Ele so´será destruído definitivamente se o Anel for destruído... E para isso, é preciso adentrar a Terra-Negra. Então, só resta uma alternativa: cortar a cabeça de cada orc, e incinerar cada Nazgûl, para abrir caminho até a Montanha da Perdição.

Arwen deu um sorriso triste, e respondeu:

— Tarde demais para fazê-lo. A guerra já começou, irmã. Aqui, em Lórien, no norte e no oeste da Terra-Média, ainda estamos seguros... Mas não será por muito tempo. Sauron está muito mais forte do que todos pensam. A guerra começou.

A Filha das Estrelas baixou a cabeça: sentia em seu coração a veracidade das palavras da irmã, e nada podia fazer. Especialmente agora, quando seria condenada e, provavelmente, passaria anos sem ver a luz do Sol.

— Queria ter podido impedir isso. – disse a mais jovem.

— Não creio que o próprio Gil-Galad pudesse tê-lo feito. Algumas coisas estão marcadas para acontecer, e o destino é inexorável. – Arwen abraçou a irmã – vamos enfrentar cada coisa, à medida que os desafios surgirem. Estou com você, Amandil de Lothlorien.

— Juntas, - sorriu a mais moça, segurando a mão da morena. Trocaram um sorriso tenso, e sentaram-se juntas no sofá verde-musgo, apenas compartilhando da companhia uma da outra.

*

Amandil se ajoelhou diante de Galadriel, que se obrigou a manter o rosto impassível enquanto pronunciava:

— Idril Amandil, de Lothlorien: você foi julgada, e condenada culpada de desobediência,  mau uso de sua magia, e deturpação de leis mais antigas do que você pode compreender. Seus atos vão não apenas contra a lei de nosso povo, mas contra as leis da vida. Você nega esses atos?

— Ao contrário, majestade, assumo-os todos. Compreendo que uma princesa que viola a lei de seu povo é três vezes mais criminosa do que qualquer outro. – respondeu a moça, impassível, mesmo sabendo qual era a punição.

— Por ter ousado dar a imortalidade a um mortal, por ter usado seus poderes para lançar uma maldição, por ter agido sabendo que seus atos iam contra as ordens de seu rei e rainha, a punição deveria ser a morte. Contudo, isso geraria uma crise sucessória nos três reinos élficos. Portanto, você receberá a Marca da desobediência, e será confinada nas prisões, longe do céu, sem poder ver o Sol, a Lua ou as Estrelas... – ela hesitou, mas então firmou a voz – por dez anos.

A pronúncia da punição enregelou o coração de Amandil, e Arwen, que viera com a irmã à corte, pra suportá-la, se manifestou:

— Senhora, isso não é...

— Arwen Undómiel, você abriu mão de seu direito de falar, neste julgamento, ao não participar do tribunal. A decisão foi tomada. – A elfa morena deixou verter uma lágrima, em desespero pela sorte de sua irmãzinha, a qual vira crescer, e se voltou para Amandil, que obrigava-se a manter o semblante tranquilo:

— Perdoe-me, irmã...

— Não há o que perdoar, Arwen. – disse a jovem, enquanto aceitava as amarras postas em suas mãos. Não haveria qualquer privilégio por ela ser uma princesa. Ainda assim, Haldir tinha puro desgosto no olhar quando conduziu a moça aos calabouços.

As celas há muito não eram ocupadas. Já fazia algumas dezenas de anos desde que houvera um prisioneiro ali, e a dama não se lembrava da última vez que descera àquele nível subterrâneo da cidade. Mas antes das celas, havia a sala de punição, onde ela receberia a marca de desobediência... Uma punição severa. Uma queimadura feita com ouro fervente, que se entranhava na pele de tal modo que muitas décadas se passavam, antes de a marca começar a sumir... Sem mencionar na dor do processo, que era insuportável. E o pior: Galadriel e Celebörn, como rei e rainha, tinham o dever de assistir ao procedimento.

A câmara de punição era feita em pedra, circular; em seu centro havia um braseiro aceso, onde uma haste de ferro com ponta em bebida em ouro chiava de tão quente. A elfa sentiu suas pernas tremerem, e achou que ia desfalecer ao ver aquilo, mas obrigou-se a ficar parada, e ser firme. Celebörn estava pálido, e Galadriel não conseguia conter as lágrimas silenciosas que escorriam por seu rosto... Pelos Valar, aquela era sua filhinha! Sua pequenina, que, mesmo não tendo saído de seu ventre, era em tudo o mais sua filha! Ela amamentara aquele bebê, cuidara, vira seus primeiros passos, vira-a se tornar mulher... A ideia de assistir a tal punição torturava muito mais a mãe do que a filha!

A princesa, percebendo o sofrimento da mãe, forçou um sorriso e falou:

— Está tudo bem, mamãe. Eu sabia que seria assim. – E então olhou para Haldir, que estava mortificado – dê-me algo para morder, por favor.

Ele pegou um pedaço de couro, que trouxera para este fim, e o pôs entre os dentes de Amandil. Então, o elfo encarregado de executar a ordem – Arahir – cuja expressão não era menos infeliz que a dos outros, tirou o ferro das brasas, e aproximou-se da dama; num gesto único, por saber que não teria coragem de fazê-lo lentamente, empurrou a peça contra a pele da menina. Mesmo sendo dura, ela urrou ao sentir o ferro quente afundando em sua carne, e o ouro derretido penetrando a pele, alojando-se dentro dela.

Quando o ferro se afastou a elfa caiu sobre os joelhos, trêmula como uma vara verde. Não se lembrava de já ter sentido tanta dor! Seu ombro inteiro latejava, como se ela o houvesse enfiado nas chamas, e foi impossível reter lágrimas que escaparam pelo canto dos olhos. Ainda assim, ergueu a cabeça, orgulhosa, e se obrigou a ficar em pé. Galadriel olhou para a filha, e quase não suportou ficar em pé: mesmo discretamente, teve de se apoiar na parede, em desespero por não poder dar conforto ou alento à princesa.

Uma vez marcada, a dama foi conduzida à cela. Dali, não podia ver sequer um pedaço do céu... Não era uma cela grande, mas não era a menor que já vira, e pelo menos era quente e tinha uma cortina de musgo para lhe dar alguma privacidade... Contudo, quando a grade se fechou às suas costas, e seus pais e amigos foram obrigados a sair pelas regras, a moça se deixou cair no catre com colchão de folhas, palha e musgo – até que era quente e macio... – chorando. Seria um longo aprisionamento.


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Notas finais do capítulo

Reviews, por favor? Amo reviews, tanto quanto amo vocês!
kisses!



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