Amandil - Sombras da Guerra escrita por Elvish Song


Capítulo 17
Prenúncio de Guerra


Notas iniciais do capítulo

Bem, meninas, capítulo escrito rapidinho hoje, pois amanhã voltam as aulas, e sabe-se lá quando poderei postar de novo... (juro que vou dar o meu melhor). Tomara que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635840/chapter/17

Legolas se abaixou depressa, ocultando-se dos orcs que perseguia; naquele instante, lamentava que Tauriel não estivesse consigo – ela ficara para trás para curar o anão, algo sobre o qual ele conversaria com a irmã depois. Ela estava apaixonada por um anão? Isso era ridículo, absurdo e completamente impróprio! – Mas não havia tempo para pensar na capitã, agora, pois acabara de descobrir muitas coisas, mesmo que sua compreensão da língua negra fosse apenas básica. O que o alarmara, afinal, fora ouvir as palavras “Azog”, “Mestre” e “exército” na mesma frase.

O orc que seguira desde Esgaroth chamava-se Bolg – filho de Azog, o profano – e ordenava a seus soldados – os que Legolas não matara – que preparassem a armada em Gundabad, enquanto ele seguiria até Azog, em Dol Guldur. Então, havia DUAS bases de orcs, e não apenas uma, como imaginara! Ao ouvir o nome Gundabad, o príncipe sentiu uma pontada em seu coração: fora numa guerra contra os orcs daquele lugar que sua mãe falecera, morta por uma besta de guerra. O mal que ela dera a vida para destruir, agora se reerguia naquele lugar amaldiçoado! Ele não permitiria isso! Precisava voltar à cidade, encontrar Tauriel e Amandil, e retornar a seu pai; o rei precisava saber do que se passava, antes que fosse tarde demais!

Rastejando pela grama alta – não acreditava que estava fazendo aquilo! – ele se afastou lentamente, recuando no caminho que fizera. Furtivo, conseguiu seguir até atrás de uma rocha, mas quando achou que estava seguro, ouviu os gritos de Bolg – estavam mais para grunhidos – ordenando que seus orcs o matassem!

Sem flechas, o príncipe empunhou a espada na mão direita e uma adaga na esquerda, e saltou sobre a rocha que o ocultava; um arqueiro o mirava, mas teve a faca do guerreiro crava em sua garganta antes de atirar, e a flecha encontrou lugar entre as espáduas de um companheiro; outro orc avançou contra o elfo, que se esquivou por sob a espada curva do inimigo e golpeou de baixo para cima, rasgando-lhe o peito e o pescoço até atingir o queixo; no mesmo movimento arrancou a espada do cadáver e, puxando sua segunda faca, enterrou-a no olho de um terceiro orc, girando Orcrist – a espada tomada de Thorin, que agora o príncipe empunhava – para rasgar o ventre do oponente seguinte.

Vendo o modo como o príncipe elfo derrubava seus soldados, Bolg saltou sobre seu Warg e o incitou ao galope, seu imediato fazendo a mesma coisa, mas em outra direção. Ao ver aquilo, Legolas eliminou os dois oponentes restantes, recuperou sua segunda faca no cadáver do orc arqueiro e correu em busca do cavalo que roubara em Esgaroth. Precisava alcançar a cidade depressa – fazia três dias que estava em perseguição ao orc, e levaria pelo menos dois para retornar. No caminho, mil coisas passavam por sua cabeça, e em meio à preocupação com a guerra, com seu reino e com os exércitos de orc, uma coisa agia como uma faca em seu coração: onde estaria Amandil?

*

Presa no quarto sem janelas nem aberturas, iluminado apenas por uma vela fraca, Amandil tentava não entrar em pânico: sofria de acentuada claustrofobia, e o ambiente fechado dava-lhe a sensação de que, a qualquer segundo, não conseguiria mais respirar. Ali não tinha noção do tempo, e não sabia se haviam se passado algumas horas, ou mesmo alguns dias. Sentada no leito, trêmula e ofegante, fazia o possível para controlar a si mesma e não deixar que a situação a vencesse; ela era mais forte que seus medos. PRECISAVA ser mais forte que seus medos!

Ela já tentara se livrar das correntes de todos os modos possíveis: usara todos os encantamentos que conhecia, puxara com força, até a pele se esfolar, e tentara incandescer o metal, mas este parecia totalmente imune a qualquer feitiço! Nada sequer abalava a pesada corrente de ferro... E como iria escapar dali, se não podia afastar-se mais do que três metros da parede de pedras? Arrancando a pedra junto?

Desanimada, atordoada, imaginando mil planos de fuga – nenhum deles passível de pôr em prática – ela fitou o vestido que Balin lhe trouxera. O velho anão viera lhe trazer as notícias de que o dragão fora morto, e que o povo de Esgaroth se refugiava em Dale, agora, quatro dias após a morte da fera. Como se pedindo desculpas à jovem por mantê-la prisioneira, trouxera-lhe velas, livros para se entreter e roupas para se trocar, bem como água e comida. Com tom doloroso na voz, explicou à jovem que Thorin estava totalmente mudado, que parecia não ser mais ele mesmo, consumido pela mesma loucura que um dia assolara seus ancestrais; obcecado pelo ouro, mal compreendendo o que ocorria em seu entorno, exigindo aos berros que a pedra Arken fosse encontrada, desconfiando de tudo e todos. Depois disso, o ancião deixara a cela, pedindo à jovem que chamasse por ele, se necessário.

Já sozinha, ela matara a fome e a sede antes de observar as vestes que lhe haviam sido dadas: fora uma surpresa, para ela, ver que o anão lhe trouxera roupas élficas, mas então se lembrou de que, antes do dragão, o reino da floresta e Erebor mantinham relações comerciais. Talvez aquele vestido houvesse pertencido a alguma jovem mercadora, ou mensageira; era cinza-claro, com bordados brancos e dourados... Certamente, um vestido era melhor do que as roupas que usava agora, sujas de sangue, pó e suor.

Com alguma dificuldade, devido à corrente, ela se livrou de suas roupas sujas – rasgadas e inutilizadas por sangue de dragão - limpou-se como pôde com a água, rezando para que nenhum anão entrasse naquele momento, e envergou o vestido, que coube perfeitamente em seu corpo. Apenas o decote em V pareceu a ela acentuado demais para seu gosto... Mas era o que tinha, então, não podia se queixar.

Sentada na cama, ela sabia que não poderia simplesmente ficar ali, sem ajudar em nada, aguardando o desenrolar dos fatos; era hora de apelar à magia. Embora não houvesse a luz das estrelas para lhe dar uma Visão clara, a luz da vela certamente bastaria. A dama fechou os olhos, respirou fundo e se concentrou, entrando lentamente – lentamente demais para seu gosto - num transe profundo, enquanto sua pele se tornava luminosa como uma estrela, à noite. Imersa em seu encantamento, não percebeu os olhos enlouquecidos de Thorin a espiarem pela grade na porta, com uma emoção estranha neles estampada.

*

Tauriel cerrou os dentes: havia cinco dias, desde que o dragão destruíra Esgaroth. Ela salvara a vida de Kili e, depois, das filhas de Bard, ao conduzi-las por caminhos seguros para fora da cidade em chamas. Muitos haviam morrido nas chamas e desmoronamentos causados pelo dragão, antes que o barqueiro finalmente o matasse com a última flecha negra remanescente dos tempos em que Smaug chegara.

A morte da fera, contudo, fora só o início de uma verdadeira odisseia, pois agora estavam todos desabrigados, sem comida, com o inverno já iniciando. Ela ajudara como pudera, tanto no acampamento provisório – tinha prática em fazê-los – quanto depois, ao alojar os sobreviventes nas ruínas de Dale. Acompanhada de Kili, Fili, Bofur e Óin, aconselhou Bard – agora na liderança dos humanos restantes – quanto às estruturas seguras para serem usadas como abrigo, e caçou ela mesma algumas aves que foram usadas para alimentar as crianças. Mas não havia como continuar daquele modo por muito tempo! Logo, todos padeceriam de fome, antes mesmo que o frio se fizesse mais intenso! Ela tratara de enviar um pássaro a seu pai, falando da situação dos homens do lago; talvez Thranduil se apiedasse daquelas pessoas. Apenas talvez.

Não bastassem as preocupações com os humanos – não era da natureza da elfa ficar alheia ao sofrimento dos demais – ainda havia a permanente angústia que a assombrava: Legolas ainda não retornara da perseguição aos orcs – nunca se perdoaria por tê-lo deixado ir sozinho, ainda que fosse o preço para salvar Kili – nem tampouco Amandil – estaria presa ou morta, naquela maldita cidade encravada na montanha! Pensou em pedir ajuda a seu rei quanto a isso também, mas como poderia confrontá-lo, sem Legolas e Amandil? Não... Precisava ir ela mesma ao encontro dos dois!

Estava sentada no alto da torre semidestruída que escolhera para seu abrigo – preparando suas armas para a viagem à montanha - quando, subitamente, o som de alguém escalando a tirou de seus pensamentos. Virando-se, viu que era Kili quem subia pelo que restara dos degraus, indo ao seu encontro; apesar de toda a tensão, foi impossível não sorrir. Ele se recobrara totalmente da ferida de flecha e do envenenamento, mas tinha o semblante preocupado, que se fechou ainda mais ao ver a elfa começar a encordoar o arco:

– Aonde vai?

– Atrás de Amandil. – respondeu ela, com simplicidade, encaixando a corda na primeira ranhura – Ela está naquela montanha há seis dias; ou está morta, o que muito duvido, ou prisioneira. Seja como for, hei de trazê-la de volta.

O anão meneou a cabeça, sério, e segurou o pulso da elfa, impedindo-a de terminar sua tarefa. Ela puxou a mão, fitando-o com apreensão – ser tocada não era algo natural, para a capitã – e declarou, séria:

– Faria o mesmo por Fili, então, não tente me impedir.

– Não tentar impedi-la de quê? De entrar num labirinto cheio de armadilhas que você não conhece, armadas por pessoas que a matariam assim que a vissem? – perguntou o anão – se entrar naquela montanha, não vai ter tempo de encontrar Amandil, antes que matem você.

– Não tenho escolha, Kili! – ela se levantou, as armas prontas – Amandil precisa de mim! – ela suspirou – se ela estiver prisioneira... Você não tem do que significa, para um elfo, perder a liberdade. Não poder ver o céu nos aflige mais do que a morte, e só em pensar que ela pode estar... – sua voz se embargou de raiva, e ela bateu os punhos cerrados nas ameias da torre.

– Escute-me – o guerreiro segurou delicadamente os ombros de Tauriel, virando-a para si – Partirei para Erebor ao amanhecer. Não sei que força há em mim, mas juro por minha vida que, se Amandil estiver viva, farei o impossível para libertá-la, está bem? Eu juro em nome de Aulë, se isso a fizer confiar em mim e desistir deste plano tolo, que só trará sua morte.

– Por que se importa? – perguntou a mulher, confusa - Por que iria contra as ordens de seu rei, para libertá-la?

– Não pense que é a única a se preocupar com Amandil. – respondeu o anão, acariciando a mão da elfa – ela é minha amiga, devo a ela minha vida, e mais de uma vez. Também sei que veio dela a iniciativa de nos tirar da prisão de Thranduil, então, meu débito para com ela é bem grande. – ele tomou a mão de Tauriel na sua, apertando-lhe os dedos esguios nos seus – mas, mesmo se não fosse este o caso... Eu faria qualquer coisa para fazer sumir o desespero que vejo em seus olhos, agora.

Aquelas palavras surpreenderam a moça – ela sabia que amava Kili, mas nunca esperara que ele lhe retribuísse de qualquer forma que fosse! Estaria ele dizendo o que ela pensava ter ouvido?

– Por que, Kili? Por que se preocupa com o que sinto?

– Temo que um beijo para o resto da eternidade não basta, Tauriel – respondeu ele, acariciando o rosto da elfa – Lutei com todas as forças para negar o que sentia, mas não consigo mais! Você me faz sentir vivo. Quando estou com você, não tenho medo, nem dúvidas... Eu moveria os céus, apenas para vê-la feliz, amrâlimê (meu amor).

Os olhos da elfa lacrimejaram um pouco ao ouvir aquelas palavras – ela não precisou que ele traduzisse o termo em khuzdul - enquanto a moça rezava para que fossem verdadeiras. Olhando fundo nos olhos do anão, viu naqueles lagos negros uma sinceridade quase vulnerável. Ele se expunha totalmente a ela, deixando bem claro o que estava dentro de si. Não se tratava de desejo, nem de paixão, nem mesmo de um romance passageiro... Era amor. Amor em sua forma mais pura, como se ele a houvesse procurado por toda uma vida, e só agora a encontrado. Os olhos dele refletiam os sentimentos da própria Tauriel.

– Kili – ela suspirou, tocando a fronte dele com a sua – nós não podemos...

– Estou dizendo que amo você, Tauriel. E por você eu irei contra as ordens de meu rei, e farei o que é certo, não importa como. – ela ia dizer algo, mas ele a silenciou – não estou pedindo nada em troca; nem mesmo que me corresponda. Só o que quero é vê-la feliz. Um beijo roubado, que deveria ser a despedida, me fez aceitar tudo aquilo que tentei soterrar. É você, Tauriel, e só você, a eterna dona de meu coração.

Uma lágrima brilhante escorreu dos olhos da elfa, que pousou as mãos no peito de Kili e, num gesto lento, levou seus lábios aos dele. Beijaram-se pela segunda vez em suas vidas, mas este não foi apenas um beijo casto: foi um beijo de amor, onde um correspondia ao outro, seus lábios se movendo em sincronia, as mãos abraçando o outro com força, tentando segurar para sempre aquele breve momento. Quando se afastaram, ela sussurrou:

– Meu coração é seu, Kili. Você o roubou durante esses meses passados, e agora ele é seu, para sempre.

Trocaram mais alguns beijos apaixonados, que foram interrompidos quando uma voz feminina soou na noite:

– Tauriel! Tauriel! – reconhecendo a voz de Amandil, a elfa se pôs a olhar em volta, chamando:

– Amandil! Amandil, onde está você?

Em resposta à pergunta da ruiva, a filha de Galadriel pareceu se materializar do nada, bem no meio da torre semidestruída; era apenas uma imagem da guerreira, e não ela em corpo e alma, e por um instante a Filha da Floresta temeu que sua irmã de criação estivesse morta.

– Tauriel – disse a imagem, olhando direto para a capitã – não tenho muito tempo, pois o feitiço consome minhas forças: você precisa encontrar Legolas, depressa, e voltar para Mirkwood. Precisam encontrar um modo de trazer os exércitos de Thranduil até a Montanha Solitária, ou uma tragédia acontecerá!

– O que está havendo? – perguntou a elfa mais velha, enquanto Kili assistia assombrado ao bizarro diálogo entre a mulher de carne e osso e a imagem fantasmagórica de sua amiga.

– Minha Visão me mostrou: exércitos de orcs marcharão em breve sobre a Montanha. Chegarão com a primeira nevasca de inverno. Thorin convocou os exércitos das Colinas de Ferro, mas eles serão massacrados, sem reforços! A seguir, os orcs atacarão os homens, e então as Florestas. Sozinhos, os exércitos não terão chance alguma, mas se lutarem juntos, poderão ser vitoriosos! Precisa voltar para Mirkwood, e convencer seu pai!

– Thorin nunca concordará em lutar ao lado de elfos. – Manifestou-se Kili – haveria uma guerra entre nossas raças, Amandil, antes que se batessem contra os orcs.

– Enquanto eu estiver aqui, na montanha, Thranduil não atacará os anões. Eu sou o trunfo que vocês possuem para impedir este confronto. Mas preciso que venha, Kili, e urgentemente: seu tio está sendo afetado pela Doença do Dragão, e já não o reconhecemos como ele mesmo. Os demais começam a teme-lo... Talvez você e Fili possam trazê-lo de volta à razão! – a imagem tremulou – estou enfraquecendo, não há muito tempo! Tauriel, você encontrará Legolas na margem norte do Lago; diga a ele que estou viva, e bem, e vão para Mirkwood tão rápido quanto puderem. Kili... Preciso que venha. Que venha agora. Não espere o amanhecer. – Tauriel ia fazer uma pergunta, mas o feitiço consumia cada vez mais as forças da outra elfa, que se despediu – Não consigo mais manter o encanto. Vão! Partam agora, e talvez haja salvação para nossos reinos!

Assim como surgira, a imagem se desvaneceu no ar, como uma névoa fina. Atordoado, Kili perguntou:

– O que foi aquilo?! – já terminando de se aprontar para fazer como a irmã dissera, a elfa respondeu:

– Amandil usou um encanto que deve tê-la deixado inconsciente, para nos mandar essa mensagem. Faça como ela disse, Kili: reúna os outros, e vá agora mesmo para a Montanha. – ela viu certo ceticismo no rosto de seu amado – Acredite, as visões dela nunca falharam. Se ela diz que é urgente, então realmente é. – ela lhe deu um último apressado beijo, e ia descendo quando ele a segurou. Não disse nada, mas colocou-lhe na mão uma pedra oval: a pedra que sua mãe lhe dera; aquele pedido silencioso de que ela voltasse para ele comoveu a moça, que tirou seu colar, a jóia que a acompanhara por toda uma vida, e o colocou na mão do anão. A gema em forma de estrela brilhou com todas as cores do arco-íris, reconhecendo em Kili a alma à qual Tauriel estava ligada por forças maiores que o próprio destino.

– Guarde-o. Como uma promessa. – sussurrou ela, consciente da loucura que revirara sua vida num tempo tão curto.

– Guarde-a, como uma promessa – repetiu ele, referindo-se à runa, mas antes que pudesse beijar sua amada outra vez, esta já desaparecera pela escadaria em ruínas. Ao anão, cabia apenas cumprir o que Amandil pedira, e esperar que a sorte os favorecesse, pois Thorin jamais o escutara antes... Não como poderia escutar agora, desprovido da razão?

*

À distância, Legolas reconheceu os cabelos ruivos da irmã adotiva; indo em sua direção, viu que ela estava preocupada. Num salto ele desmontou do cansado animal e deixou-o partir de volta aos pastos onde o pegara, enquanto perguntava:

– O que houve?

Tauriel explicou rapidamente o que acontecera, ressaltando o fato de Amandil ter dito que estava bem, e insistiu com o irmão para que retornassem o mais depressa possível a Mirkwood. Dividido entre o desejo de proteger sua amada – queria entrar em Erebor, matar cada anão lá dentro e resgatar sua noiva a qualquer preço! – e a certeza de que devia fazer o que ela pedira, perguntou:

– Como sabe que ela vai ficar bem?

– Ela sempre foi a mais forte de nós. Ela vai ficar bem. E Kili me prometeu que a libertaria – antes que Legolas protestasse, ela mostrou a pedra rúnica que o anão lhe dera, e apontou para o próprio pescoço, onde já não estava a joia cintilante. A raiva ferveu nos olhos do príncipe:

– Você se comprometeu com aquele anão?!

– Depois podemos brigar com chutes e socos – respondeu a moça – o que importa é que ele cumprirá a palavra, e agora, nós dois temos uma missão a cumprir. – a renitência do elfo foi vencida com apenas duas palavras – por Amandil.

Sabendo que, se os orcs vencessem as armadas anãs e tomassem Erebor, sua amada seria morta, o príncipe encontrou motivação para querer cumprir a tarefa que a princesa de Lothlorien lhes dera, pois não cria realmente que a hostes de orcs pudessem vencer o exército élfico, como sua noiva afirmara. Por amor a ela, e nada mais, ele tomou outro cavalo nos pastos – havia muitos por ali, que haviam fugido durante o ataque de Smaug – e seguiu Tauriel, que já galopava às costas de um garanhão cinzento em direção à floresta. Não importava de que modo, nem quais argumentos tivesse de usar, ele convenceria seu pai a levar os exércitos para a Montanha. Faria isso, pois, de outro modo, sua amada, sua luz, aquela que levava uma parte de si mesmo, morreria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Se acharem que tem alguma coisa errada, destoante ou faltando, por favor me avisem, ok? Este é só um capítulo de ligação com tudo que via acontecer a seguir. Torço para que tenham gostado e, por favor, deixem reviews!
kisses



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amandil - Sombras da Guerra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.