Amandil - Sombras da Guerra escrita por Elvish Song


Capítulo 13
Na Floresta Sombria - parte três


Notas iniciais do capítulo

Sim, outro capítulo! Semana acabando, e eu correndo para adiantar a história o máximo possível! Tomara que gostem!



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Foi com certo receio que Amandil desceu até as masmorras: deixara Legolas ainda adormecido no quarto, e fora a seus próprios aposentos para chamar Bilbo, que a seguia de perto, invisível graças ao anel. A mente da elfa trabalhava a mil, imaginando como poderia falar com os anões. Certamente, tinha de falar a Thorin, primeiro.

Seus planos, contudo, foram frustrados ao passar diante da cela de Fili. O anão louro se levantou da cama onde estava deitado – as celas haviam sido deixadas com o aspecto e conforto de um verdadeiro quarto! Thranduil realmente estava sendo muito gentil com os anões – e correu até as grades, segurando o braço da moça quando ela passou.

– Amandil, o que está havendo? Por que ainda estamos presos, se você viaja conosco? – perguntou o guerreiro – por que consente nisso? Está nos traindo?

– Eu fiz tudo o que podia, Fili... Guiei-os por um caminho seguro, mas vocês se puseram nesta situação quando decidiram prosseguir sem mim. Tentei libertá-los, quando fomos encontrados... – respondeu a moça – mas as leis são bem claras. Para tirá-los daqui, terei de infringi-las outra vez, pois o rei não os deixará partir, se Thorin não aceitar o acordo que propôs!

– Então tire-nos daqui de uma vez! Thorin nunca vai ceder, e você sabe!

– Acha que é tão simples? – sussurrou ela, segurando de volta o braço do anão – Isto aqui não é uma masmorra orc! Não se trata de desembainhar a espada e sair matando o que vier pela frente; esta é a prisão do rei Thranduil! Precisaremos de um plano muito bom para tirá-los daqui.

– E que plano seria este? – perguntou o guerreiro, já a machucando com seu aperto.

– Eu juro que vou pensar em algo. Não quebro minhas promessas, e jurei que os levaria até a montanha. Só preciso de algum tempo.

– Não temos tempo, Amandil! Temos de encontrar a porta antes do Dia de Dúrin!

– Eu sei... – respondeu ela – Juro que chegaremos a tempo. Por favor, eu sei que é pedir demais, mas... Confie em mim. Confie em mim, porque sou sua única chance.

Olhando nos olhos da moça, o guerreiro pôde ver ali toda a sinceridade dela, e acreditou no que lhe era dito. Fechando os olhos, conformado, soltou-a e declarou:

– Sabe que não é a mim quem precisará convencer, não é?

– Sei, sim. – respondeu a jovem, enquanto alcançava a cela onde Thorin se encontrava. No caminho, falou a cada um dos companheiros, prometendo-lhes que os tiraria dali assim que tivesse um plano. Finalmente, chegou o momento de confrontar aquele que, se tivesse chance, a mataria.

Com cautela, a garota se aproximou da cela de Thorin, e chamou em voz baixa:

– Thorin?

Rápido como um raio, um braço precipitou-se para fora, agarrando-a pelo pescoço e puxando-a para junto das grades, obrigando-a a se ajoelhar enquanto o rosto do anão surgia das sombras, a pura máscara do ódio:

– Dê-me uma boa razão para não acabar com sua vida aqui, e agora, traidora.

– Não seja estúpido, Thorin! – gemeu a mulher, sentindo a respiração dificultada pelo forte aperto em seu pescoço – Matar-me não vai tirá-los daqui.

– Mas vai me trazer um enorme alívio.

– Não fui eu que os guiei aos elfos! Eu os estava levando por um caminho que teria passado bem longe deles, se você não houvesse... Ah! – ela teve de usar toda a sua força para respirar. Não queria agredir Thorin, pois isso pioraria a raiva dele – Se não houvesse tentado caminhar sozinho. Eu avisei que a trilha era enganadora! Que confundiria seus sentidos e o afastaria do caminho certo! Foi sua insensatez que nos pôs aqui! Acha que estou feliz com isso?!

– Deve estar muito satisfeita em presentear seu sogro com prisioneiros anões.

– Acredite, não estou. Se quisesse presenteá-lo, seria com sua cabeça e as gemas brancas de Doriath, e não com prisioneiros. Se eu quisesse traí-los, teria esperado que matássemos o dragão, primeiro, para poder recuperar as gemas. Você não me serve de nada, nesta prisão. – respondeu ela, com o que lhe restava de ar. Pareceu funcionar, pois Thorin a lançou ao chão, fazendo-a rolar dois degraus antes de se segurar; massageando a garganta ferida, onde já apareciam marcas roxas de dedos, ela voltou a encarar o rei anão, desta vez de uma distância segura – Por que me odeia, Thorin? Todos os demais compreenderam que não tive culpa no que ocorreu. Escute: vou fazer todo o possível para tirá-los daqui. Bilbo está livre, e seguro... Vai me ajudar a libertá-los.

– Eu não acreditaria em suas palavras, mais do que nas de seu querido sogro! – devolveu o anão, furioso – suma daqui, bruxa, ou torcerei seu lindo pescoço até ver sua vida se esvair!

Com raiva, Amandil deixou os corredores da prisão e começou sua subida, falando indignada a si mesma – pois sabia que Bilbo teria ficado lá em baixo, junto dos anões:

– O que mais ele queria que eu fizesse? Guiei-os à salvo, tentei nos salvar quando nos acharam... Mas Amálië tinha a lei a seu lado... – ela ia dizer mais alguma coisa, quando a voz cortante de Amálië se fez ouvir, parando a jovem no meio dos degraus desertos:

– Como ainda tenho. – a guarda das fronteiras tinha a chave das celas em seu cinto, e aproximou-se da princesa a passos largos – o que fazia aqui, perto dos prisioneiros, alteza?

– Não é de sua conta. – devolveu a jovem, fria e ríspida como não era com mais ninguém.

– Quem a visse conversando com anões, poderia pensar que talvez esteja tramando algo mais sombrio... Traição, talvez. – disse a elfa mais velha, venenosa.

– Escute aqui, Amálië – começou a morena, furiosa - eu sei que não me aprova, que considera um erro Thranduil ter me aceitado como noiva de seu filho, que me acha uma elfa sem classe e indisciplinada. É direito seu não gostar de mim, mas não é decisão sua se fico ou não nesta cidade. E nem pense em me acusar de traição: falsa acusação tem punição bem grave, e você o sabe.

– Você me ameaça, princesa? – havia lâminas de gelo nos olhos azul-claros.

– Não. – havia uma chama poderosa nos olhos de Amandil, a chama que Amálië temia, e que era a origem de todo o temor, raiva e desconfiança em relação à mulher que um dia fora sua discípula; pois a elfa loura temia Amandil acima de todas as coisas. – É uma promessa. Deixe-me em paz, e não levante falsas acusações contra mim! Lembre-se de que só por minha causa seu amado rei ainda está vivo; se eu o quisesse trair, por que o salvaria? – ela viu a outra empalidecer, e sorriu de modo perigoso – achou que eu não sabia de sua paixão pelo rei? Pois sei bem dela, há muito tempo.

– Como... – a outra arfava, paralisada como se pregada ao chão – Como...

– Sou a filha de Galadriel. Herdei os poderes de minha mãe. – respondeu a jovem – assim como seu senso de justiça e honra. Portanto, Amálië, não ouse questionar minha lealdade. – ela passou pela outra subindo as escadas – já tive pessoas demais o fazendo, para aturar também você pondo minha honra em dúvida.

Enquanto a princesa de Lothlorien desaparecia pelas escadas, a chefe dos Guardas da Fronteira permaneceu ali, quase pregada no chão. Sempre avisara a Thranduil que aquela mulher era perigosa, que não era confiável, que nada, nem ninguém podia controla-la... Mas agora ela salvara a vida do rei – os boatos já corriam pelo castelo – e seria impossível fazer com que Thranduil visse o quão imprevisível e ardilosa era a jovem Amandil... Teria de encontrar um meio de mostrar a ele o erro que cometia, mas até lá, estava sob as ordens do príncipe e, portanto, de Amandil, que manipulava a todos como fantoches de sua vontade. Maldita dama de Lórien!

Furiosa e revoltada, a guerreira loura tomou seu caminho, indo cumprir seus outros deveres. Amandil não perdia por esperar: em algum momento, não conseguiria manter sua farsa, e então a guardiã estaria lá para desmascarar a mentirosa.

*

– Aonde foi, tão cedo? – perguntou o príncipe, encontrando sua esposa no corredor que conduzia aos aposentos de ambos.

– Ver os anões. – respondeu a moça, que escondera com um feitiço as marcas roxas em seu pescoço, para que Legolas não descesse às masmorras e quebrasse cada osso de Escudo-de-Carvalho. – Meu amor, precisamos conversar. – pediu ela, sentindo o braço do príncipe delicadamente envolver sua cintura. – Em meu quarto, onde não nos ouvirão.

– Tem de ser rápida, querida... Estão me solicitando no grande salão.

– Serei extremamente breve, acredite. – respondeu ela, puxando o jovem consigo para o quarto. Não tardou para que Tauriel também surgisse, chamada aos aposentos da outra princesa por uma das aias desta.

– O que houve, Amandil? – perguntou a ruiva – por que nos chamou com tanta pressa?

– Preciso que me ajudem. – disse a moça – tenho de libertar os anões, e é claro que não farei isso antes de nosso rei estar curado... Mas precisamos traçar um plano. Preciso que me ajudem a pensar em algo.

– É claro, mas isso já nos havia dito. – falou Legolas – o que mais aconteceu?

– Amálië suspeita de mim. Quando os anões fugirem, vai me acusar de dupla traição: por tê-los trazido aqui, e por tê-los libertado. Se o Conselho acatar suas denúncias, então não poderei mais voltar aqui.

– Aquela filha-de-uma... – Tauriel ia xingar, mas Legolas tapou-lhe a boca:

– Agradeceria se não anunciasse sua revolta para todo o reino ouvir, irmãzinha.

Recompondo-se, Tauriel se manifestou de modo mais cordato:

– Temos de fazer isso de modo que nenhum de nós esteja envolvido. Tem alguma idéia?

Amandil mordeu os lábios, antes de se decidir por contar sobre Bilbo:

– Tenho um amigo aqui no castelo. Um halfling, que viajava conosco. Ele pode transitar por qualquer lugar sem ser visto, e poderia abrir as celas, mas os anões não são exatamente invisíveis. Precisaremos de uma ocasião onde ninguém os veja escapando, e não podemos estar envolvidos.

– Sabe que o que estamos tramando é alta traição, não é? – perguntou Legolas – só porque não será provada, não quer dizer que deixará de ser traição.

– Não será traição, se eu puder convencer o rei... – disse a moça.

– O quê?! – perguntaram os filhos de Thranduil, confusos – Mas se puder convencê-lo...

– É só uma idéia que tive, mas depois explico. Por hora, só pensem num modo de tirar os anões daqui, por favor. – e assim dizendo, levantou-se para deixar o quarto – ah, e nós nunca tivemos esta conversa!

– Com certeza – disseram os irmãos, outra vez, também deixando o quarto e cada um tomando seu rumo: Legolas e Amandil para o grande salão, e Tauriel para a Casa da Guarda. Estava pensando em aumentar o tempo de vigia de Amálië... Talvez uns três meses direto... Será que algum dos comandantes se oporia?

*

Uma lua depois

Já por várias vezes Tauriel visitara Kili no calabouço; já não eram estranhos um ao outro, e mais pareciam velhos amigos quando conversavam, ele dentro da cela, ela sentada na escada do lado de fora, contando um ao outro sobre as coisas que já haviam feito e visto. Depois de uma lua inteira ter-se transcorrido, nenhum dos dois podia negar o interesse mútuo que começava a surgir. Mas como poderia ser isso? Ela era uma elfa, e ele, um anão! Não, aquilo nunca poderia passar de uma breve amizade, que cessaria quando o jovem partisse.

Por algum motivo, entretanto, a ideia da partida do jovem era muito dolorosa para a jovem capitã, que nele encontrara uma alma como a sua: tal qual ela mesma, Kili não se conformava com a forma como seu povo se preocupava apenas com os próprios assuntos, fechando-se em suas montanhas, sem sequer procurar saber a respeito do mundo em que viviam. Assim como ela, já fugira várias vezes e andara muito além dos limites de sua terra, investigando, procurando, tentando ser, de alguma forma, útil. Isso lhe rendera broncas, e o título de irresponsável; a ela, porém, rendera a confiança de Thranduil, que ao mesmo tempo censurava e apreciava o espírito corajoso e investigativo de sua filha adotiva.

Estavam juntos outra vez, sentados lado a lado – separados pela grade como sempre – conversando sobre amenidades e dividindo um pequeno odre de vinho que a jovem levara consigo, quando o anão indagou, um pouco mais íntimo do que devia devido ao álcool:

– como veio parar aqui, Tauriel? Sei que é filha adotiva do rei, mas como acabou aqui, na floresta? Um espírito como o seu deveria correr livre pelo mundo, e não estar cercado por uma gaiola dourada. – aquilo causou um sorriso triste na elfa, que respondeu:

– esta é minha casa desde que eu me lembro... Meu rei pode não ser meu pai no sangue, mas criou-me como sua filha, do mesmo modo... Sei que ele é difícil, às vezes, e que discordamos em praticamente tudo... Vivemos brigando, mas... Mas ele é minha família. Todos no reino são. Por isso ainda não tive coragem de partir.

O moço compreendeu as palavras dela: o que a mantinha no Reino da Floresta eram os mesmos laços que o prendiam a Thorin. De algum modo, ele e aquela elfa, com histórias e vidas tão diferentes, eram também iguais. Após tantos dias convivendo, ela aprendera a conhecer a elfa por seu olhar, e podia ver a divisão que havia dentro dela: a ânsia por ver o mundo, por lutar em nome de algo, por se fazer útil... E, ao mesmo tempo, o desejo de proteger seu lar e sua família, de não desapontar aqueles a quem amava tanto, de não falhar. A mesma dúvida que havia dentro de si, com a diferença de que ele não tinha um lar para defender. Ainda assim, podia compreendê-la muito bem.

– E como se tornou filha do rei? Imagino que muitas ambicionem esta posição. – brincou, fazendo-a sorrir genuinamente:

– Eu não me lembro. Só sei daquilo que me contaram, pois era só uma garotinha... Devia ter... Cem anos ou menos. – aquilo fez o anão quase engasgar: quase cem anos, e era só uma menininha?! – Minha vila foi atacada por orcs... Era distante demais para que o socorro chegasse a tempo. Só sobrevivi porque minha mãe escondeu-me sob seu corpo. Thranduil diz que, quando ele e a rainha chegaram ao lugar com os soldados, tentei lutar com a espada de minha mãe, que era até maior do que eu mesma. – os dois riram, imaginando a cena – fui trazida para cá, mas não me lembrava de nada, nem de meu nome; foi então que minha mãe adotiva, a rainha Aireen, deu-me o nome de Tauriel, que significa Filha da Floresta.

– Parece-me uma espécie de brincadeira cruel... Filha da Floresta, seria o mesmo que filha de ninguém.

– É um nome de honra! – respondeu a moça, levemente ofendida – Simboliza a mulher que é acolhida pela floresta como sua filha, que pode domar as feras e dobrar as próprias árvores à sua vontade. Era isso o que ela desejava para mim, quando me deu este nome.

– Perdoe-me... – desculpou-se o guerreiro – são estranhas, para mim, estas sutilezas de sua linguagem.

A jovem sorriu e, pegando o odre da mão de Kili, levou-o aos lábios; naquele instante um pensamento a atingiu: se estavam bebendo da mesma garrafa, isso devia contar como um beijo, não é? O QUÊ?! Mas o que ela estava pensando! Não mesmo, Tauriel, nem em sonhos podia considerar uma hipótese dessas! Ela sabia que tais pensamentos não eram oriundos do pouco vinho que tomara – tinha uma enorme resistência ao álcool, como todos de sua raça – mas isso só os tornava mais perigosos! Não! Não mesmo!

– Não há o que perdoar. – falou ela – acho que sua situação atual lhe permite me dizer o que quiser, na verdade.

O anão riu, e continuou com as perguntas, desejoso de conhecer mais sobre a vida de Tauriel:

– Bem, então você virou princesa. Como acabou sendo a chefe das armas de seu pai?

– Acredite, ele tentou me tornar outra coisa. Na verdade, ele e nana (mamãe) queriam me casar, quando cheguei próximo à idade adulta... Mas os pretendentes não... Bem, sigamos que eles não me agradaram. Cheguei a considerar a hipótese de aceitar Elladan... Ou seria Elrohir... Nunca sei quem é quem! Bom, quase aceitei um dos gêmeos de Elrond como noivo, mas eles esperavam uma esposa que fosse uma dama refinada, para passar o dia em meio a leituras, música e atividades delicadas. – ela bebeu outro gole, antes de passar a garrafa para Kili – e isso não é para mim. Sempre gostei das armas, do raciocínio lógico, de lutas, armadilhas e emboscadas. Comecei a ser treinada para ocupar meu atual posto, depois que o chefe das armas anterior se feriu gravemente em combate. Quando ele deixou o cargo, eu assumi, para desespero do rei. Mas foi a melhor escolha: eu acabaria matando um dos pretendentes que ele me apresentou.

O anão riu sonoramente – ele estava começando a ficar embriagado com o vinho forte – e perguntou:

– Por que tanta ojeriza a casamento?

– Porque todos eles me queriam por minha posição, meu rosto ou meu corpo. Nenhum deles estava interessado em minhas vontades, em quem eu era... Bom, os gêmeos até se mostraram bem gentis... Mas a vida de dama refinada não é para mim. Sair de uma gaiola dourada para entrar em outra, muito menor? Estou melhor aqui, onde, pelo menos, estou presa por vontade.

– Mas aceitaria voar, se conhecesse alguém com quem isso valesse à pena?

Ela fingiu não compreender a leve insinuação daquelas palavras, e respondeu:

– Vou voar, em algum momento, acompanhada ou sozinha. Alguma hora, nenhum laço será forte o bastante para prender meu coração. O mundo me chama, Kili, e eu quero ir além das fronteiras deste reino, ou da segurança dos palácios de Lórien e Imladris. – havia tanta paixão nas palavras dela, que refletiam exatamente o que o jovem sentia em relação à própria vida! Como não se entusiasmar, não se deixar encher de esperanças e sonhos, ante aquelas voz intensa e aqueles olhos sonhadores, tão verdes e profundos quanto o mar? Um mar onde Kili queria desesperadamente se afogar... Espere, o que estava pensando?! Não bebera o bastante para chegar àquele ponto! Que loucura era essa! Tauriel era uma elfa!

– Vou acabar me libertando de meus laços, também. Um dia. – disse ele, entregando a garrafa quase vazia à jovem, antes que sua fala começasse a ficar estranha por causa da embriaguez. Melhor parar enquanto ainda agia dignamente – Talvez, depois que recuperarmos Erebor, então eu sinta que já cumpri meu papel para com minha família, e tenha coragem de deixar tudo para trás e buscar a mim mesmo.

Buscar a si mesmo... Aquela parecia a definição perfeita para o que Tauriel mais desejava. Ela se virou para o anão, e ia dizer-lhe algo quando, de repente, soou a voz de um dos guardas – Elros, se ela não se enganava – quebrando toda a emoção que se formara naquele momento, e que poderia tê-la levado a cometer alguma besteira:

– princesa Tauriel, o rei Thranduil a aguarda na sala do trono.


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Notas finais do capítulo

Nossa, Thorin está mesmo com ódio! Quem acha que isso não vai prestar levanta a mão! o/
Ele teria matado a Amandil, se tivesse chance, e a louca continua disposta a libertar seus amigos; mas e quanto ao rei? Bom, parece que Thranduil está de volta, meninas (ouço gritinhos de alegria por isso?). Em que vai resultar a conversa de Amandil com o soberano? E por que ele teria chamado Tauriel à sala do trono?
Bom, com certeza foi uma sorte o guarda ter chegado no momento certo, pois o clima entre Tauriel e Kili estava ficando mais quente... Quem sabe o que poderia rolar entre os dois, não é?
Por último, mas não menos importante... Alguém querendo matar a Amálië, além de mim? hahaha! Gostaram do segredinho dela? Acham que ela vai tentar machucar a Amandil?
Bom, me despeço por aqui, deixando esse monte de perguntas. Beijos grandes, e uma ótima noite para vocês, flores do meu jardim
Namárië



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