Mau dia escrita por Dyryet


Capítulo 9
☶Ops! Descobriram...


Notas iniciais do capítulo

(JÁ viu escritor desanimar pq não tem leitores? É eu tbm não sou de ferro, mas não costumo abandonar trama alguma mesmo que não tenha um misero acesso. Só demoro um pouco para postar, dando logicamente mais atenção as que tem mais leitores né.)



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Tinha visto todos os talismãs de Drago assim como muitas outras coisas...


Meu tio Jackie era de longe a pessoa mais confiável em toda face da terra, e estava casado com a pessoa menos confiável de todo universo. O que isso tinha haver com tudo? Bem... Viper poderia ir atras disto para mim enquanto eu não podia, e o tio Jackie ficaria de olho nela; sem falar que ele também possuía as suas habilidades.

Passei para todos o que havia descoberto.


Coatl
(serpente) podia controlar seu estado de espírito/ Tochtli (coelho) eu não tinha descoberto / Ozomahtli (macaco) era o fogo Ocelotl (jaguar) não tinha entnedido mas tinha haver com a energia ou coisa parecida / Cuauhtli (águia) voa / Calli (casa) força / Itzcuintli (cão) agilidade e...

Xochitl (flor), Ehecatl (vento), Quiahuitl (chuva) e Cozcacuauhtli (abutre) parecia dar a ele poderes excessivos que me faziam lembrar dos males que enfrentamos no passado. Como se fosse um aglomerado de tudo. E por fim Cipactli (crocodilo) parecia que dava forma monstro ao usuário. Só sei que quando tirei, ele se tornou um ser humano, irreconhecível.

Será que estavam mesmo incompletos pela falta de idade de Drago? Ri com esta possibilidade. Você pode imaginar isso? Um demônio também tem puberdade...

Seus talismãs combinados ao de seu pai podiam me levar a um novo reino que nunca imaginava presenciar.

=~^~ ºº~^~=

Como eles o enxergam era estranho, assustador e um tanto quanto curioso.

O mundo na visão dos demônios.

As casas, arvores e seres se descascavam como cebolas e voltavam a se regenerar a partir da própria destruição. Parecia que o tempo para eles era parado, ao mesmo tempo em que se acelerava.

Impossível de descrever.

Você tinha que sentir. Tinha que estar lá como eu estive.

Era como se pudesse enxergar o ar, e nele tudo o que trazia; cada coisa com sua devida cor. As pessoas eram horrendas, algumas deformadas outras faltavam pedaços, eu podia ver seu interior suas almas sofridas e tortuosas.

Entendi o porque eles nos achavam tão feios e concordei.

Não que eu não tivesse compreendido antes mas aquilo...


Foi como passar um dia do outro lado e quando voltei minhas energias estavam repostas.

~~ºº~~

Retorno com uma nova idéia do mundo em que vivia, e novamente sinto que passei horas, dias e anos junto dele. Isso não era boa coisa...

Mas ainda martelava a mesma ideia.

Mas paro por alguns segundos no saguão do prédio.

O dia tinha sido tão longo e percebia agora que começava a entardecer.


Pego novamente a bolsa, as escondidas de olhos curiosos em busca do talismã que me faltou segundo ate uma área pouco usada. Tochtli (coelho)

Era como se o mundo se abrisse ao meu redor, podia ver tudo; como tudo funcionava e se ligava. A água no ar indo ate as nuvens, o maquinário da minha moto. Foi incrível.


–--- Se divertindo muito as minhas custas? ---- o timbre nítido de uma voz masculina desconhecida me desperta e logo devolvo tudo na bolsa ficando a o encarar por alguns segundos.

Era bonito não podia negar.

Um rosto forte com um olhar penetrante moldado em um porte másculo com tom de majestade, e o modo de andar... Um gingado indescritível, parecendo alçar a cada passada.

–--- Eu perguntei se você esta se divertindo muito as minhas custas?

Ô se to.

–--- Claro bebe. ---- brinco mas logo pontuo de forma seria. ---- Drago... Com esta forma você pode ir a onde quiser agora. Pode viver livre sem ter que pagar pena e a seção 13 não terá muitos motivos para te perseguir. Se quiser posso te liberar.

–--- Por que esta fazendo isso?

–--- Você sabe.

–--- Não, não sei.

Ele me encara, e eu revido o olhar. Deve ter se passado horas mas não liguei, o tempo tinha parado ali.

Então ele volta a se aproximar, daquele mesmo modo de antes; mas desta vez sem a cara de réptil crocodilano, apenas aquela sensação de o conhecer por toda uma existência.

–--- Você nunca beijou uma garota na vida não é? ---- brinco e debocho como sempre gostei de fazer, e ele abaixa a cabeça envergonhado. Muito fofo. ---- É assim que se faz, seu besta. ---- ponho minha mão por de trás de seu pescoço e o puxo para mim sem dificuldade; seus lábios estavam secos ate o momento e sentia um sabor que não pude descrever. Tentei identificar, talvez algo que comemos mais cedo; não me lembro de nenhum de nós ter parado para escovar os dentes.

Mas ele entende a idéia e invade minha boca com a língua. Desajeitado, mas muito divertido. Fui ensinando a ele o que tinha de fazer e ele me obedecia como um bom aluno. Ate perder a paciência e criar seu próprio modo, sua própria técnica.

Não era ruim.

Ele era bruto de um modo muito interessante, estava acostumada a toques leves e delgados, uma pele aveludada e não a... E descobri ali que gostava mesmo era de algo mais picante e forte.

Não sei se foi ele quem me derrubou ou se eu que o derrubei, mas caímos no chão sem no importar com estes detalhes. A coisa estava boa fazer o que.



–--- Silurians e Eocenes são seres fantasiosos de um folclores a muito tempo esquecido. ---- ele vem como se não estivesse acontecendo nada na sua frente e continua a falar. ---- Eles acreditavam que assim como nós os dinossauros também evoluíram, mas com medo do que ocorreu na superfície e acreditando que a terra inda estaria inabitável estes evoluíram no subsolo. Como um tipo de povo toupeira.

–--- Drew... ---- murmuro meio sem graça ao arrumar meus trajes que agradecia adeus por Drago não saber como se tirava. ---- Obrigada. Aonde descobriu isso? ---- e logo já estou a seu lado vendo o que ele havia trazido, tratando tudo como se ninguém tivesse visto nada.

–--- Eu sou muito bom admita. ---- ele comenta animado enquanto Drago o encarava como se não pudesse compreender em que idioma ele falava; estava tentando adivinhar de onde ele havia surgido. Não tinha como eu não pensar o mesmo. O horinha... ---- Acredito fiamente que Shendu e seus irmãos podem ter derivado deste conto.

–--- Conto? Silurians e Eocenes não são um conto. Silurians é o termo correto para Shendu e seus irmãos e Eoceno é um período da terra. Vai estudar!

–--- Revoltado o seu amigo, quem é? ---- ele me encara com um sorriso ardiloso, como se espera se uma deixa para perguntar isso, e logo se vira contra Drago. ---- Então explica ai.

–--- Silurians ou Eocenes tanto faz o nome que você de, é praticamente isso que você falou. Os humanos derivam de primatas e eles de répteis, tendo diferenças regionais por isso a aparência de cada um.

–--- Esta é a sua explicação de onde vieram aquelas coisas? Nossa que viagem. ---- ele ri e se apóia em mim, não dando a mínima atenção para a fúria que se instalava sobre Drago. ---- Tudo bem, então como eles podem ser irmãos se são de raças diferentes? E se foi só uma evolução por que eles tem poderes? E aquela coisa de talismãs? Explica ai vai.

–--- Pra que eu explicaria se você só quer debochar?

–--- Serio? Magôo fácil assim... Cara só estamos falando de teses sobre aquelas criaturas. ---- assumo que minha vontade era alertar Drew sobre com quem ele estava falando, mas quis sabre como Drago reagiria. Se fosse para ele viver como um de nós teria que saber lidar com este tipo de comentário. ---- Anda fala tua tese.

–--- Não é uma tese... ---- ele murmura para si mesmo e me encara como se me pedisse algum tipo de auxilio. ---- É verdade você querendo ou não. Não precisam ser irmãos de sangue droga é uma coisa tipo consideração... Não da pra explicar assim não.

–--- Tudo bem nervozinho. Mas então como os caras tem poderes? ---- ele logo começa a desdenhar como sempre fez comigo, era um descrente e gostava de pontuar suas observações de como tudo era impossível. ---- Se é tudo evolutivo e etc... Ei! Volta aqui não seja mal educado. Não me deixe falando sozinho.

–--- Pra que eu explicaria se você só quer debochar? ---- ele logo vem em minha direção demonstrando querer ir embora de lá. Não podia negar, Drew era mesmo muito irritante quando queria.

Era engraçado como ele não estranhava este mundo louco em que viveu, afinal ele havia crescido em um tempo quase medieval e agora... tinha carros voando pelos céus. Ele estranhava apenas as pessoas e suas reações a sua raça, apenas isso.

E eu concordava com ele.

–--- Você falou serio sobre me deixar ir?

–--- Ah? Sim por que não? ---- respondo ainda grogue dos devaneios. ---- Olha. Você ágil muito bem agora dom o Drew e eu não conheço ninguém pior que ele para irritar alguém. Então... ---- o entrego o controle que possuía e ele me encara ainda descrente. ---- O que foi? Sei bem que você não é má pessoa.

–--- Não sou uma pessoa.

–--- Teimoso. Mas e ai? O que é mais importante pra você, ser livre ou... ---- me calo instantaneamente ao olhar em seu semblante.

Como eu pude ser tão errada? O problema não era perder os poderes, os talismãs! Oferecer uma liberdade em troca de sua identidade, de quem ele era; sua raça seu eu. Seria como se alguém me oferecesse o oposto; você pode fugir se virar um demônio. Silurians!

Ele para por alguns segundos e vem pegar o objeto da minha mão, mas eu o impeço. Tinha entendido o seu lado e agora era a hora de fazer algo com relação a isso.

Me lembro de Valmont.

Aquele desgraçado tinha notado tudo, mas era inteligente a ponto de conseguir me ajudar com uma pequena coisa; e quem sabe eu não conseguia fazer um acordo com ele?

Nenhum deles havia notado minha ausência, estando tão introspectos em seu debate que quase me sinto em progressão astral.
Então saio a repensar o que havia dito a Valmont, permanecendo de canto a penas a remoer meu próprios atos. E se i Tio estivesse certo desde o começo? Se o contato mental com um demônio mexeu com a minha mente e eu não estava mais agindo conscientemente?

Eram tantas perguntas.

E nenhuma resposta...

–--- Tha, mas isso ainda não explica os poderes. ---- ele era tão cético que chegava a fazer o maior dos crentes duvidar de sua sanidade.

–--- Tudo bem... não explica. ---- ele respira fundo e depois encara o horizonte como se este pudesse o dar um pouco mais de paciência com o moreno. ---- Você sabe o que são tacions, elétrons e ate mesmo células certo? Mas não tem como você explicar este tipo de coisa a uma criança não alfabetizada ou uma pessoa que tenha este mesmo nível. Certo? Bem pra mim te explicar a “ciência” da magia seria a mesma coisa.

–--- Ta me chamando de burro?

–--- Se a carapuça servil...

–--- Meninos calma! ---- me ponho entre eles antes que aquilo desse muito errado. ---- Drew ele entende muito de como os Silurians funcionam e se você deixar ele pode te explicar com todo prazer, mas se continuar com esta temosia nunca vai conseguir compreender. Nem que o próprios cientistas venham te fazer uma palestra pessoal.

–--- Esta bem saquei... ---- ele se fecha em um “bico” infantil e logo me encara com vigor, depois olha para Drago de soslaio e depois volta a me encarar. ---- Saquei mesmo. Especialista é?

Nesta hora eu gelo como nunca senti em toda minha vida.

Ele possuía em suas mãos o dispositivo que havia entregado a Drago para que ele fugisse.


~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~

–*-Finm*-

Não vou negar. Desde o começo achei tudo muito estranho, mas não vou me meter em algo que não é da minha conta; só sei que agora as coisas estão muito melhor para mim. A mudança de rumos que a Seção 13 tomou após a ascensão da guria foi ótimo, chega de... Tanta coisa pra comentar aqui que não vai caber. Mas desejo tudo de bom para ela e sua nova família que esta por vir.


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Notas finais do capítulo

(Alem do tempo dado o que me atrapalhou um pouco foi o próprio titulo que dei.
Tipo eu teimei que tinha de ser o jargão Mau dia. Então tudo tinha que se passar em um dia, mas isso tirou um pouco do que eu podia fazer com a trama... Pq fazer uma garota ter um namorado terminar e já PIN com outro no mesmo dia fica... tenso. Mas me perdoem por favor.)



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