Mau dia escrita por Dyryet


Capítulo 7
☷ Treino em casa. Intimidade?.


Notas iniciais do capítulo

(Desculpe pelo chixe de por os dois na mesma casa, mas o tempo de escrever era curo para poder fazer algo mais alastrado e diferente. T_T Issso me doeu muito pos a idéia original era ir aos poucos e fugir do maldito clixe que eu odeio! Estou meio que imitando o stawors... tipo fiz tudo bunitinho e depois vou relendo pra ver se na faltou nenhum detalhe como, cenário e aparência entre outras coisas kkk)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635783/chapter/7

O escuro apartamento dava um tom de cumplicidade ao local, um ambiente sinuoso.


Ele rosna entre dentes ao me fitar com ódio no olhar. ---- Você esta fedendo a homem. ---- pontua em meio a um rosnado tímido. Como um ser que nem nariz possuía podia ter um olfato tão apurado?

–--- Drago...eu... ---- por que eu estava querendo me explicar? Eu namorava Paco, não tinha dever algum de me explicar para ele. ---- Isso não é da sua conta. Não fique me farejando assim. ---- imponho-me com fervor e ele logo se assenta.

–--- Qual é o plano deles com isso? Aceitaram muito fácil. ---- ele argumentava com razão e lógica mas ainda rosnava enquanto olhava meu apartamento. Ciúmes?

–--- Eu não faço a mínima ideia; talvez só queiram me ensinar uma lição ou me manter sobre controle. ---- me sento sobre o sofá tentando manter a cabeça longe de minhas curiosidades, e logo pego meu aparelho telefônico para ver se encontro um local que poderia entregar comida. ---- Já é quase meio dia. Vou pedir uma quentinha pra nós... Que foi? Não me encara pocha! To com fome e não da pra te levar a um restaurante.

Mas ele não responde. Fica ali me encarando como se eu tivesse feito algo errado; e eu começava a me sentir como se realmente tivesse feito. Isso era mesmo muito irritante! Por que eu tinha de me sentir daquele modo?


Me levanto e vou ate a imensa janela puxando as cortinas junto dos vidros, deixando o sol invadir a casa, e logo me dou conta de que ainda estava com as vestes tradicionais que havia pego na loja do tio.

Arranco a primeira camada como se estivesse sozinha em casa e logo me recordo de que não estava, o vendo pegar o fino e delicado tecido rendado do chão.

–--- Você vai poder ir a locais públicos assim que sua imagem publica melhorar. ---- fazia toda força do mundo para não gaguejar ou me mostrar alterada naquele momento. Ele estava parado em frente aporta do meu quarto com aquele fino e delicado tecido entre as garras que o segurava de maneira delicada e majestosa.

–--- Tem câmeras aqui? ---- questiona ao dobrar a peça com o mesmo cuidado que a segurava pondo-a sobre a cama.

–--- P-por que você quer saber isso? ---- sem querer gaguejo demonstrando todo o meu nervosismo e ele sorri vitorioso já me alçando pela cintura como uma frágil taça de vinho.

Ele tinha estado em minha mente. Sabia exatamente onde tocar, como tocar e quando o fazer.

Era trapaça.

Sinto-me flutuar e quando sua presas recostam sobre meus finos lábios...


[Tok tok ---- Entrega para o 14A ----]

O empurro para longe de mim e me direciono a porta. ---- Já vou. ---- alerto antes de me sentir ser detida.

O encaro a ponto de esbravejar e o vejo apontando para meus trajes, seme- transparentes que deixavam mais do que deveria a mostra e ainda completamente desalinhados; o que poderia trazer ideias a qualquer um.

Paro um segundo.

Pego uma jaqueta jogo por cima e abro aporta. ---- Fica com o troco. ---- fecho e ponho a bandeja dobre a mesa de centro e fico a encara-lo. O que tinha sido aquilo?

Mas antes que pudesse cogitar uma resposta meu aparelho toca. ---- Algusto? Muito legal me deixar aqui com ele sem uma resposta, não sou baba de filhote de demônio. O que? Vai se lascar! ---- me revolto com sua resposta e desligo atirando o aparelho a um sofá. ---- Parece que agora eu tenho um pokemon...

–--- Pokemon não fala. To mais para digimon, eles tem inteligência humana.

–--- Desde quando você... ---- indago curiosa e me calo ao ouvir um murmúrio que soava como “seu cheiro esta melhor agora”. ---- Vamos comer. E você pode ir se trocar e ver se o uniforme te serve; fizeram uma abertura para a calda.

Não adiantava tentar ser rude, grosa ou chama-lo de criatura depois do que permiti que ele fizesse. Ele apenas sorri e pega o envelope com seu nome o rasgando. Um traje negro semelhante ao meu estava dentro dele.

–--- Era criança na mesma época que você. Já se esqueceu? ---- argumenta já pondo a atenção sobre o traje que para ele era estranho. Admito que ri ao presenciar a sena.

Mas ele me surpreende e se despe na minha presença.

Fiquei sem fala e sem reação, não esperava por tamanha... O que? Nem sei como nomearia tal atitude.

Ele desata sua faixa de cintura vermelha a deixando cair sobre seus pés, retirando o imenso sobretudo negro; ficando desta forma por alguns segundos a analisar a peça sem me dar a mínima atenção ou levar a minha presença ali como relevante.

Por um lado aquilo era desrespeito por outro... estava mesmo curiosa em saber como seria seu corpo desnudo.

Com um porte de um homem bem torneado e escultural possuía a pele esverdeada em um tom escuro e pequenas escamas apenas em pontos estratégicos de seu corpo, como se estas viessem no lugar dos pelos que indicavam a maturidade. Mas as estacas pontiagudas em sua panturrilha e cotovelos juntamente com a forma “peculiar” de seus pés mantinham firme a idéia de que não se tratava de um ser humano, mas mesmo assim...

–--- Esta confuso quer ajuda?

–--- Esta coisa é muito pequena.

–--- Unf... esta acostumado com roupas “largonas”. ---- me aproximo e pego a peça de couro de sua mão. ---- Isso é tipo um colam, mas pode deixar não ficara marcado, só vai ter que se acostumar com uma coisa mais... “agarradinha”.

–--- Eu mereço... ---- ele bufa.

–--- Merece sim. ---- rio.

Ele toma a peça de minhas mãos e a encara como se não soubesse como se vestiria tal traje. Me ponho a rir descontroladamente com tal ato, e ele bufa mais uma vez.

–--- O bebe num sabi si vesti sozinu? Ont! ---- debocho ao fazer voz de neném, mas logo me recomponho ainda a falar com voz de riso. ---- Esquece isso um segundo. Vem aqui comer algo comigo antes que esfrie depois te ajudo. ---- não demora e ele se senta a meu lado e dividimos o prato. ---- Me diga que poderes você já consegue usar?

Ele me encara por falar de boca cheia e depois limpa a própria antes de responder. ---- Alem do fogo você diz? --- Era engraçado um ser como ele ter mais modos à mesa que eu, mas ele nasceu em um palácio e eu em... não interessa.

–--- Dã. Lógico! ---- dou uma ultima garfada indo ate o armário resgatando um velho livro empoeirado. ---- Pelo que vi na sua mente é difícil de se usar os poderes né. E se você for como seu pai? Podíamos tentar ver se gera talismãs diferentes e treinar fora para depois devolver.

–--- Opa opa! ---- ele se ergue indo para longe de mim como se eu fosse uma ameaça. ---- É este o seu plano? Me transformar em um estatueta pra você enfeitar a sua casa.

–--- Engraçado. Já me deram esta idéia ainda hoje. ---- volto a me sentar com o livro nos braços e o mostro algumas paginas. ---- Qualé? Não confia em mim? Se acontecer algo eu devolvo. A idéia seria tirar uma por vez e ver no que da. Isso se tiver algum talismã. Não sei por que não tentamos tirar de todos ao invés de ficar aprisionando. Teríamos uma galeria falante!

–--- Muito engraçado.

–--- Não seja chato. ---- murmuro ao ler o primeiro encantamento do livro com duvidas. ---- Lai Shui Zai?

–--- Bai Tza usou isso para tentar inundar San Francisco. Significa 'ocorrer, inundação "ou" Venha, inundação.

–---- Chato. E este? Kuai Kuai Qi Lai

–--- Rapidamente Fique rapidamente." meu pai usou este para abrir o portal para o Livro de Todas as Nações.

–--- Você sabe todos de cor? Nukeru, Ja'aku

–--- Quase... "Sai, feitiço do mal usado para aprisionar Tarakudo em sua máscara de Oni e para a remoção de máscaras Oni

–--- To cansando...Que tal o Qu Yiqi Bushi Ni?

–--- Genérico não? Gosto do Ya Gaa Mee Mo Ya Gaa Mee Chi Wa .

–--- Começa com isso que eu tenho o Mee-thana Chi. Chi-Chi Mee-thana

–--- Parei.

Ficamos em silencio por alguns segundo quando falamos em uníssono. Jiu mo gwai gwaai faai di Zau Caindo na risada juntos.

–--- O tio é impagável. ---- rio ao me recordar do passado vindouro, o vendo se aproximar de mim com a mesma ousadia de minutos atrás, já me distanciando e ponto uma barreira entre nós chamada almofada. ---- Quer que eu o chame? Ou prefere que tentemos sozinhos? Seria uma brincadeira divertida.

–--- Prefiro “brincar” só com você. ---- ele me corresponde de modo maldoso em atravessado. Pra que fui dizer aquilo? Estou “literalmente” brincando com fogo.


E desde quando não me diverti fazendo isso?

–--- Tudo bem vamos brincar. ---- me ergo e vou ate o armário, sigo as anotações do tio em como fazer o feitiço de extração enquanto ele assiste temeroso. ---- Certo. Vamos anotar o que descobrimos aqui. ---- ponho a poção em um mochila junto de um bloquinho enquanto voltava a vestir meus trajes. ---- Temos que ir para um terreno aberto para poder testar tudo. Você não vai se trocar?

–--- Vou... ---- ele resmunga e volta a pegar o traje que havia atirado ao chão.

Parecia mesmo possuir dificuldade em trajar a malha sintética que se tratava de uma única peça, e me sinto no dever de ajuda-lo.

Pelo menos desta vez.

Me aproximo cautelosa e ele sede a proximidade (claro). ---- Não tem como você deixar isso por baixo. Vai ter que tirar. ---- comento ainda sem graça, orando para que ele usasse algo por baixo nem que fosse um fundoshi.

Por sorte ele usava algo semelhante aquele chorte/saia de Shendu, coisa que me deixa muito aliviada, e um tanto decepcionada. Assumo que estava curiosa sobre certas coisas...

Mas após muita reclamação ele estava devidamente trocado.

–--- Agora podemos ir?

–--- Pare de rosnar e fique feliz de te fazerem uma regatinha. ---- ordeno ao sair pela porta e ele logo me segue. Claro que os vizinhos já estavam em polvorosa sobre o meu “novo colega de quarto” e podíamos ouvir seus murmúrios pelos cantos.

Não temia ser despejada por tão pouco.

O nome Chan se tornou famoso mundialmente após a descoberta dos demônios e meu rosto era algo idolatrado, já que ingressei nesta empreitada desde muito nova.

oOoOoOoOoOo

Atravessamos a cidade ate o único terreno baldio em quilômetros, coisa que em pouco tempo seria um novo conjunto de apartamentos ou qualquer outra porcaria desnecessária; a cada dia haviam mais prédios e menos praças. na verdade parecia que praça era algo do passado como leiteiros.

Ele parecia mais animado que eu em chegar lá.

Não por menos.

–--- Preparado? ---- indago e ele corresponde com um aceno de cabeça.

A brincadeira é muito interessante.

Cada vez que me aproximava com as mãos forradas do feitiço ele esquivava e eu ria. Mas mesmo assim primeiro a ser retirado é Coatl (que ele me traduziu como serpente) tento testar o poder que aquilo poderia exercer e acabamos brigando feio. Só depois que ele arranca o objeto da minha mão é que volto ao normal. Aquilo mexia com o estado de espírito, humor entre outras coisas de seu alvo e ate usuário.

–--- Isso explica muita coisa. ---- zombo e ele me encara pondo o talismã de volta em seu corpo, e eu aproveito sua distração para tirar Tochtli (coelho). ---- Estão bem parecidos com os de seu pai não? ---- mas ele não me responde. Fica a observar tudo assustado; acho que tinha ficado surdo ou algo assim então não me demoro a devolve-lo. ---- Desculpa.

–--- Nossa... isso foi horrível. ---- ele balança a cabeça para os lados como se desperta-se de um pesadelo. E eu aproveito sua distração para retirar o próximo Ozomahtli (macaco).

–--- O que sentiu? ---- questiono ainda me sentindo curiosa pelo poder que não testei enquanto já ativava o próximo. Soltando uma labareda. ---- Nossa. Legal... toma de volta.

–--- Horrível. Não faça isso de novo. Perdi a audição e... ---- enquanto o nervozinho argumentava eu retiro o próximo Ocelotl (jaguar) ---- Quer para com isso! Vai com calma, ta achando que esta em um mercado? É só sair pegando e passar no caixa?

Rio de sua advertência e logo disparos raios. ---- Que legal! ---- grito animada, mas ao tentar novamente não consigo. ---- Que droga o que esta coisa tem de errado? Seus talismãs tem defeito. Não estão maduros ainda? ---- debocho mais uma vez e ele retira o talismã da minha mão.

–--- Maduro... Isso não é brinquedo, nem fruta. ---- ele briga e eu rio mais ainda caindo ao chão, mas neste segundo o talismã puxa a energia de todos os postes a nossa volta e solta um raio maior que o anterior destuindo uma coluna. ---- Ops.

–--- Ops? Olha só o que você fez! Me da isto aqui. ---- pego o talismã e ponho de volta já tirando o segundo. ---- Ah! Este é fácil saber o que faz. Ele voa! ---- argumento ao mostrar o que havia pego. Cuauhtli (águia). ---- Depois brinco de voar toma. Quero outro. ---- o entrego um retirando o próximo e ele tenta mais uma vez se defender.

–--- Chega desta arruaça com o meu corpo tudo bem! ---- ele me segura pelos pulsos ao me deter, imobilizando-me por completo.

–--- Para de ser cricri. Esta dando certo não é? Não ta dando para você treinar muito mais fácil assim?

–--- Sim. Mas...

–--- Então cala a boca. ---- retiro Calli (casa) e logo escapo dele com grande facilidade, ele tenta me pegar novamente, mas a facilidade que ele tinha em me segurar tinha passado para mim. ---- Ont que fofo! Perdeu a força foi? Espera é mais que isso também sou resistente? Que tema estranho em... ---- brinco um pouco com sua cara e ele usa o vôo para tentar me pegar o que era inútil sem força para me manter parada. Gargalho alto ao retirar o próximo. ---- Os talismans do seu pai eram mais... heteros! ---- o mostro Xochitl (flor) e ele cora. ---- Quer me dizer algo Drago?

–--- Cala boca! ---- ele grita e o deixo tomar os talismãs.

Parecia que a florzinha tinha o poder do demônio da terra e tudo se estremece, começo a indagar que Drago poderia ser mais poderoso que os oito e me aliviava por estar aceitando mudar de lado. Coisa que se comprova quando testamos Ehecatl (vento) e Quiahuitl (chuva) elementais tão poderosos que estremeço relembrando o medo que seu pai me trazia.

–--- Nossa que feio. O que isso faz? ---- questiono sem a mínima intenção de ser a primeira a testar Cozcacuauhtli (abutre), que ele facilmente utiliza para convocar um exercito deformado e grotesco. ---- Shado Khan? Acho que estes sim não estão maduros.

–--- Sou obrigado a concordar. ---- ele afirma sem graça o guardando novamente. ---- Será que é por idade mesmo? Meu pai tinha mais de mil anos...

–--- Não sei. Mas é possível...

Testamos os anteriores mais algumas vezes e voltamos a treinar, assim como: Itzcuintli (cão) me deu sua grande agilidade e me divertir muito mas ao tirar o ultimo... Cipactli (crocodilo) drago se converteu em humano e todos os outros talismãs saíram de seu corpo assim como acontecia com seu pai.

~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~

–*-Ratsu*-

Eu já vi muita coisa nesta vida.

Não tive uma infância fácil sabe. E logo me juntei a pessoas más e cada vez piores ate me juntar ao Mão Negra e assim entrar neste mundo estranho de magia e feitiços.

Mas eu achei muito legal.

Me divertia com as aventuras e tudo mais.

Então quando fomos presos e nos foi dado esta chance de pagar pena, nenhum de nós hesitou. Ficamos famosos!

Foi legal.

Mas ainda não tínhamos uma vida ou liberdade, foi depois que Jade e Drago começaram a revolucionar tudo que pude começar a imaginar uma vida normal no meu futuro.

Quem sabe ate me casar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

(Kimonos tradicionais possuem varias sobreposições de peças sendo muito trabalhados. A peça de cima costuma ser rendada ou desenhada enquanto as sobressalentes ficam em um tom de nude ou ate mesmo transparência. Jade nasceu em Hong Kong mas por algum motivo nao encontrei o local em que se passa a trama. T_T) Qu Yiqi Bushi Ni - O principal encantamento utilizado pelo assistente chi mal Iso. Ele a usa para fazer uma variedade de coisas. Mee-thana Chi. Chi-Chi Mee-thana - soletrar Tohru utilizada para absorver todos os 8 demônio chi de Drago. Ya Gaa Mee Mo Ya Gaa Mee Chi Wa - soletrar Drago utilizada para absorver demônio chi do Grupo Ice. Fundoshi é a veste intima tradicional japonesa, praticamente uma cueca que se amarra.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mau dia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.