Mau dia escrita por Dyryet


Capítulo 2
妖 Aliviando a Pressão


Notas iniciais do capítulo

(Como tive de fazer muita pesquisa para este cap em diante, vou por entre as explicações nas notas de rodapé para não atrapalhar a trama. ^_^ afinal ninguém é obrigado a saber o que nem eu sabia né)



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Havia tido um longo dia de trabalho, e tinha planejado passar uma noite agradável e desestressante junto de meu namorado mas...

Quem foi que disse que a vida era assim fácil?

Na mesma madrugada estava em plena agencia junto de vários colegas encarando uma criatura aterradora bem a minha frente, esta, que estava a se saciar em um glorioso banquete de vitimas. E isso estava sendo o melhor da minha semana.


–--- Jade. Você não estava de folga hoje? Pensei que tinha saído há meia hora. ---- um dos membros da tropa especial para atrás de mim e me atrapalha a concentração. Tinha de ser um deles...

–--- Não foi algo agradável... Ai vim me divertir. Algum problema com isso Finlandes? ---- o respondo de atravessado ao sacar minhas ZF-1 voltando a meu posto.

É... como já havia dito; parecia que vários nerdes se juntaram e criaram esta nova organização. Finlandês o Finm como você já deve ter se lembrado era um dos caras idiotas que me atrapalhava na infância. O ruivo, magro com roupas brancas. Pois bem... agora tinha de usar o negro uniforme que o dava uma aparência digamos... mais seria.


E agora todos os criminosos mais hábeis ou notáveis pagavam pena como uma divisão especial, e se continuassem vivos após 10.000 missões estavam "livres".

Ideia feita por culpa da super lotação em cadeias. Creio...

Mas por algum motivo que desconhecia, a coisa a nossa frente não nos ataca; porem sou a única a notar isso, pois todos começam a disparar assim que o tem sobe mira. Entretanto sua resistente couraça a qual erroneamente chamávamos de pele, parecia carecer de muito mais que meros disparos de feiser para ser rompida.

E ele escapa.

Não revida, simplesmente foge e escapa.

Mas aquela noite eu estava atrás de confusão e encontraria!

Não era a única a estar atrás da criatura, e também não parecia ser a única animada com a atividade. Mas ele era muito mais rápido e ágil que qualquer ser humano poderia sonhar em chegar e logo nos despistando dentro da imensa construção.



–--- Como meus melhores homens e mulheres perdem um único ser assim? Quanta incompetência! ---- ele esbraveja enquanto todos ouvimos em completo e total silencio. ---- Aquela coisa matou dezesseis de seus colegas e vocês o deixam fugir assim! ---- esbravejava e cuspia, mas minha atenção novamente estava em outro lugar. (Em momento algum a criatura atacou) De que adiantava ficar ouvindo aquele lenga lenga enfadonho e interminável?


Sim eu havia subido de posto rápido com minhas credenciais, mas não era a chefe de todo o quartel (ate por que isso é chato e burocrático.)

–--- Ei piveta. ---- ele me cutuca com o cotovelo assim que o chefe partia ainda a balbuciar reclamações ao ar, como se esse pudesse o explicar melhor do que uma pessoa. ---- Esta afim de se divertir não é mesmo? ---- dizendo isso o ruivo me mostra uma tela escura com marcações de mapa e um único ponto brilhante, provavelmente um localizador que havia posto na criatura.

Finlandês... sempre foi muito inteligente.

Partimos na mesma hora; sabíamos que mesmo a couraça escamosa sendo resistente a ponto de não notar o objeto que a perfurava, seu dono não era assim tão ignorante.


A noite cálida de ventos suaves vinha me agraciar com promessas de um dia ávido por surgir. E caminhávamos cautelosos por ela ate encontrar nosso alvo.

Este mais uma vez me surpreendeu.

Escondia-se absorto pelos escombros de uma antiga construção. Parecia ser capais de sentir o que aquelas paredes haviam contido há muito tempo atrás. Uma estatua em forma de dragão.

Se recolhia como a um pequeno filhote tremulo envolvendo-se com a própria calda. Inofensivo e assustado; esta era a minha visão. Mas não a de Finm que dispara sem qualquer hesitação.


Ele grita desperta e tenta revidar, mas com inumemos disparos no local correto, acaba por tombar a segundos do rosto de Finm.

–--- Incrível. ---- comento em tom baixo praticamente inaudível, ainda pasmada; a melhora destes três desde que os enfrentava junto de meu tio era esplendida. Inegável.

–--- Valeu. Agora vamos embora. ---- ele comenta ao passar por mim já ligando o comunicador com a central. Não tinha a mínima intenção de efetuar a prisão, e também não era a obrigação de sua repartição ou da minha.

Mas por algum motivo permaneço lá.

A criatura me fazia relembrar a época em que tudo começou.

–--- Por que fazem isso? ---- questiona em um tom tão baixo que mal escuto, tenho de me aproximar para ter certeza de que falava.

–--- Por que você é um monstro, horas bolas. ---- respondo com desdém.

–--- Eu? Eu que sou? ---- seu questionamento é tão profundo que me faz duvidar por alguns segundos. Do que esta coisa esta falando? Ele me encarava com seu olhos rubros no tom de couro, semelhantes a seu pai, mas assim tão diferentes.

E um disparo logo me rouba a atenção.

O grupo que iria efetuar a prisão já havia chego, mas tinha sido surpreendido por um grupo de... Honestamente não sei como chama-los.
Os próprios se intitulavam “rebeldes” (iam contra a ditadura e bla bla bla), mas a mídia estava os tratando como “resistentes” (se negam a evoluir e aceitar o pregresso tecnológico). Eu mesma os chamava de “idiotas”. Idiotas por que ficavam de frescura com uma coisa ridícula que não era obrigatória.

Mas estes idiotas tinham muitas armas, armas que um dia aterrorizavam ruas, pos seus disparos errôneos não se diluíam em pleno ar; acertavam casas e tiravam vidas inocentes.

A época das “balas perdidas”.

Não entendi bem o que eles faziam ali; o que queriam ou como chegaram, mas não iria ficar parada em devaneios por muito tempo.

Os disparos da ZF-1 superavam os deles em velocidade (alcance e tempo), força (alcance e impacto) e trajetória; então não é assim tão complicado me livrar de todos eles.

–--- Mas que porra vocês estão fazendo? ---- questiono ao recolher um deles do chão com toda a delicadeza de um mastodonte, quase o destronco. Me espanto ao perceber que se tratava de um senhor de idade muito magro e franzino. ---- Tinha que ser... Vai velho, abre logo a boca. Que mérda foi esta?

–--- A jovem tem uma boca muito suja para uma agente. ---- ele retira o capacete deixando sua pele escura a mostra e me encara com fervor. ---- Não iremos deixar que vocês usem este ser. Não importa para o que seja.

–--- Deixa eu ver se entendi... ---- murmuro em sarcasmo. ---- Vocês nem sabem do que se trata e já querem meter o bedelho? É isso mesmo?

–--- Garota insolente! Você...

Nunca gostei que levantassem a voz para mim.

Assim que isso ocorre saco minha arma e a encosto em sua testa enrugada.

–--- O que disse? ---- ele engole ceco ao ouvir esta pergunta. ---- Pelo que sei o insolente aqui é você. Eu sou a autoridade e você assim como o resto aqui presente são criminosos e estão presos.

Eu estava me achando o maximo por ter conseguido resolver tudo sozinha. Ate que noto que a criatura havia aproveitado toda a baderna para fugir. ---- Merda!


Claro que tentei ir atrás, agi por instinto como uma criança, assim como fazia na infância. E o que acontece? Claro que me dou mal.



Sinto o golpe em meu abdômen com um incrível impacto, mas não tombo. Não por que sou uma "super heroína", mas sim por que o mesmo objeto que havia me acertado estava a me manter em pé; me laçando como um presa frágil.

Posso ver aquelas laminas serrilhadas a poucos centímetros da minha face enquanto a criatura retirava sem dificuldade as armas das minhas mãos. E demonstrando a mesma facilidade as amaça como simples bolas de papel, que explodem em sua mão como biribinhas.

–--- Jade... eu sou o monstro não é? ---- ele sussurra a meu ouvido com sua voz firme e áspera e logo me arrepio.

O que pretendia fazer?

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–*-Capitão Algusto Black -*-

Na verdade o problema começou quando decidimos deixar ela se tornar uma agente. Jade sempre foi rebelde e independente e teve vários problemas por não saber seguir ordens e não lidar muito bem com uma figura de autoridade.

Mas ela sempre foi muito inteligente e carismática e isso agradou a promotoria que quis fazer dela nossa "garota propaganda", o que na minha opinião foi o segundo grande erro.

Para a população ela se tornou quase que imediatamente o rosto da companhia. explicava sobre tudo de um modo agradável, dinâmico e interessante; sempre pulando de maneira estratégica as partes maçantes ou confidenciais.


Mas quando ela começou com isso... Imaginei que seria a nossa ruina.


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Notas finais do capítulo

(1 ZF-1 já tinha dito, mas borá repetir. Esta é uma arma de raios feita em base de tramas cientificas. Sim ela existe mas não tem utilidade para exércitos pois sua fabricação é dificultosa. Assim como os sabres de luz ^__^ 2 a HQ a que ela se refere é "Esquadrão suicida. Vai sair em filme em o/ com uma mistura de Gantz que é um manga. Biribinha é o nome dado a um tipo de brinquedo de festa junina. Ele explode mas não machuca só arde.)



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