“William Shakespeare escreveu: ‘Amor não é amor que se altera quando encontra alteração. Ou uma marca rígida, que aparece numa tempestade e nunca se abala. Amor não se transforma de hora em hora mas surge mesmo à beira da morte”_ Lucas :One Tree Hill

Com um passe de magica o fogo começou a subir e a consumir tudo que tinha na cabana, minha vida passava diante dos meus olhos, tudo estava cinza mais uma vez, o Impossível voltou a se tornar parte do meu cotidiano.

Eu tinha certeza apenas de uma coisas, O ser humano tinha sido feito para amar e adorar! Isso ninguém podia negar ,por mais que a louca da Judith continuasse a rir feito uma capivara engasgada, , ela só queria ser amada, ser alguém melhor.

Olá
Sou eu
Eu estava imaginando se após todos esses anos
Você gostaria que nos encontrássemos
Para superarmos
Tudo
Dizem que o tempo supostamente lhe cura
Mas eu ainda não fui completamente curada

Nada justificava o que ela fazia, quem era eu para jugar, ela era louca o suficiente para fazer isso com ela mesma, morrer queimada era um dos piores jeitos de se morrer, mesmo assim ela foi mais corajosa do que eu.

Eu não lutei por amor, assim como ela me machucaram, eu estava machucada, eu estava cansada de tapar o sol com uma peneira, fingir que esta tudo bem!

Eu lembro de quando eu era criança e pedia colo ao meu pai, eu era apenas uma garotinha de cinco anos que não tinha os dente da frente ,ele me acolhia entre seus braços e dizia que me amava, sempre vinha com uma mine de torta de morango para mim, e aos poucos isso foi acabando, tinha vezes que dizia ter esquecido ou apenas estava cansado demais para me por para dormi.

E a minha mãe sempre me fazia de sua boneca vivia trançando meus cabelos, eu fui crescendo e ela simplesmente não tinha tempo para pentear meus cabelos .

Olá
Você pode me ouvir?
Estou na Califórnia sonhando com quem costumávamos ser
Quando éramos mais jovens
E livres
Eu esqueci como era antes do mundo cair aos nossos pés

Há uma baita diferença
Entre nós
E um milhão de milhas

Eu estava cansada de ser a vitima, de esta sempre quebrada e ter de recolher os pedaços sozinhas!

Enquanto Judith ria descontroladamente eu chorava em silencio, temendo não por mim e sim pelos meus bebes que ainda iam nascer, a louca da Judith acabou tropeçando e caindo no cão bem na minha frente desacordada.

Suspirei e o coloquei na pia, me sentei no chão e minha amiga Amanda me encarou, ela estava encostada na pia, e disse:

— O que você vai fazer agora se der positivo?

—Eu não sei, e tudo tão complicado. —fui sincera, e a cada minuto que passa fico mas apavorada.

—Você vai ser uma daquelas mães que é mais amiga do que mãe, vai ser muito fofo te ver barriguda.

—Não Mandy, não tem nada fofo nisso.—Fiz uma pose dramática fazendo minha amiga rir.

Tentei me soltar a todo custo das corda que prendiam minha mão, mais foi em vão, meu braço já doía e estava dormente, mais eu seria forte pela meus filhos, Sophia e Oliver, e lutaria também por Scorpius.

—Pra mim você tirava essa criança. —Com as palavras de Gina me fazem refletir.

As palavras de Gina ecoavam em minha mente ,fazendo com que a adrenalina do meu corpo fosse indo embora e minha visão ficasse turva.

—Qual o seu lado bom da vida?— Perguntei.

Todos os diálogos de conversas viam em minha mente.

— Eu fui pra cama com o Nando.—Amanda despejou tudo escondendo o rosto em um travesseiro.

Olá do outro lado
Devo ter ligado umas mil vezes
Lhe dizer que sinto muito
Por tudo o que fiz
Mas quando eu ligo você parece
Nunca estar em casa

Tentei mais uma vez me soltar das cordas que pareciam se afrouxar, tentei ficar o mais calma possível ,mais minha vida passava diante dos meus olhos.

—Vamos refrescar sua memória, na páscoa quando vocês resolveram fugir pro pais das maravilhas, brincaram de montanha russa, e do nada resolveram se beijar.—Amanda disse segurou Lily pelos ombros.

A corda pareceu que ia afrouxando cada vez mais, e as lagrimas ainda caiam deixando minha visão turva, queria gritar de dor devido a corda machucar minha pele sensível, com certeza estaria vermelha e totalmente machucada.

―Ela é o motivo de muitas desgraças na sua vida, ela usou da minha inveja um motivo pra se vingar de você, mas eu me arrependi por isso ela tentou me matar, ela não conseguia te ver continuar bonita e ela sendo um mostro desfigurado. Eu nunca amei de verdade Scorpius Lily, me perdoe, por favor. ―Rose implorou no final. ― Por favor?

A Ultima conversa com Rose veio a minha mente e depois de muito esforço conseguir me soltar. Não tive tempo de pegar a varinha e puxei Judith pelas pernas a arrastando para fora da cabana, onde o fogo ainda não tinha passado.

Conseguir sair da cabana puxando Judith Lenore ,parei de puxa-la a largando no chão, me sentei no chão, e encarei o lugar a minha volta estávamos na floreta proibida.

—Eu te amo malinha.

A voz de Scorpius me fez me desligar de tudo, quando vi Judith se tentando se levantar.

Peguei minha varinha dentro da minha bota esquerda.

—Crucio.—gritei vendo a urrar de dor.

Levei minhas mãos ate minha cabeça tentando não ouvi os gritos de Judith, passei a mão por minha barriga volumosa e senti meus bebes mexerem, e um arrependimento se apossou de mim.

Fiz com que seu sofrimento acabasse e ela me encarou com raiva e ódio.

Olá do lado de fora
Pelo menos posso dizer que eu tentei
Lhe dizer que sinto muito
Por partir seu coração
Mas não importa, isso claramente
Não lhe deixa mais em pedaços

Ouvir passos vindo ate onde estávamos era Scorpius vindo junto a Albus, Fernando e Rory.

Scorpius me olhava com os olhos vermelhos e cheios de culpa, ele correu ate onde eu estava e me abraçou ,com cuidado por causa da minha barriga.

—Eu te amo minha malinha.—Falou em sussurros no meu ouvido.

—Eu também....Eu também te amo.—Falei deixando as lagrimas caírem livremente.—Eu sei de tudo ,Foi só a Judith.—Sussurrei em seu ouvido o olhando sorrindo.

Judith tinha cavado sua própria sepultura e agora tinha que deitar sobre ela,ela colheu o que plantou e ninguém podia dizer ao contrario.

Ele sorriu e tentou limpa as cinzas do meu rosto e me pegou no colo, antes de Scorpius começar a andar eu pude ver os professores do colégio junto a outros alunos fui ficando cada vez mais fraca até que apaguei.

Olá
Como você vai?
É tão típico de mim falar sobre mim mesmo
Me desculpe, espero
Que você esteja bem
Você já conseguiu sair daquela cidade
Onde nada nunca aconteceu?

Abrir os olhos lentamente por causa da claridade, minha visão estava turva e embasada, com uma lentidão totalmente exagerada conseguir levar minha mão ate o meu rosto, meus dedos tocaram a região próxima ao meu olho esquerdo onde tinha uma ferida, gemi de dor ao senti meu corpo dolorido.

Os flashs dos momentos aterrorizantes que vivi vieram a minha mente, me dei conta que estava na ala hospitalar de Hogwarts, olhei para os meus pulsos os sentindo doloridos apesar de esta cicatrizando.

Fechei os olhos sentindo as lágrimas caírem dos meus olhos, agradecendo a Merlin e a Morgana por ainda esta viva, passei minhas mãos sobre o meu estômago inchado, meus bebes como eu os amava mesmo ainda estando na minha barriga.

Sequei minhas lágrimas, quando ouvir passos vindo até a cama, a qual estava instalada ,me senti um pouco chocada ao ver quem estava vindo, ou melhor as pessoas que estavam vindo.

—O que estão fazendo aqui?—Perguntei ríspida enquanto tentava me senta na cama.

Gina e Harry me olharam, seus olhos transmitiam arrependimento ou talvez tristeza, eu não sei, eles estavam de mãos dadas, e dava para ver as enorme bolsas roxas abaixo dos seus olhos.

—Lily...nos queríamos no desculpa com você.—Harry tomou a atitude.

Uma Liliam de quatro anos de idade corria pelo quintal de casa, usando um lindo vestido cor de rosa de babados e sapatos de boneca pretos, seus cabelos trançados em duas chiquinhas, ela segurava as pontas do vestido para não cair.

Olhou para trás vendo os irmão correrem em sua direção, ao avista o pai sentado rindo na varanda da brincadeira dos filhos, ela correu em sua direção pulando nos seus braços, como ela confiava naqueles braços.

—Papai me protege! O Jay e Albus esta querendo suja meu vestido novo.—Falou em desespero o agarrando pelo pescoço.

—Voce confia no papai Lilypad?—Harry perguntou olhando nos olhos da pequena garotinha em seus braços.

—Sim papai.—falou com sua vozinha de criança.

—Então o papai sempre vai estar aqui pra te proteger.—Afirmou beijando ambas as bochecha da filha, que pulou de seu colo, gritando pela mãe.

Ele tinha prometido me proteger, mais não cumpriu.

Aquela cena que passou pela minha cabeça ,me fez ficar com os olhos marejado.

— Por que perdoaria vocês dois? Depois de tudo que eu passei, sozinha! —minha voz falhou devido as lágrimas que queriam sair.—Não obrigada! eu passo.

Gina começou a chorar copiosamente na minha frente.

—Lily por Merlin, você não sabe o quanto estamos arrependidos pelos que fizemos, fomos manipulados pela Rose, ela sempre nos contava barbaridades sobre você, antes de você vim para cá eu pedi para ela cuidar de você por mim. —Sua voz mostrava desespero.—Eu não queria.. Se eu pudesse eu mudava tudo, todas as minhas atitudes, a Rose... ela me mandava cartas me falando horrores sobre as pessoas que andavam como você e como se comportava como uma qualquer.

—Você não devia ter acreditado nela, você tinha que vim até a mim e pergunta não a ela. —tentei grita mais minha voz estava roca demais.—Eu precisei de uma mãe pra me explicar muitas coisas, mas não tive... eu precisei de um pai e não tive.. Você tinha prometido cuidar de mim Harry você disse que não importava a casa que eu entrasse você me apoiaria. —falei em meio as lágrimas.

—Lily eu...—Harry estava sem palavras.

—Eu era só um criança mais eu lembro ,você prometeu cuidada de mim e me proteger.—As lágrimas não me permitiam falar.

—Eu falhei com voce Lilian.—Harry admitiu tirando os óculos.

Sem aviso previu Gina me abraçou forte, igual quando no meio da noite eu acordava com medo dos trovoes e ia ate seu quarto em meio as lagrimas, tentei me soltar mais a carência falou mais altos, parei de me debater sentindo o perfume gostoso dos cabelos de minha mãe.

Eu adorava afunda minha cabeça eu seus pescoço para senti seu perfume doce de rosas.

Ela acaricia meus cabelos, fechei os olhos sentido como era bom o cafune da minha mãe, abri os olhos e olhei para Harry que nos olhava com os olhos vermelhos, estendi a mão em sua direção ,emocionado veio para se juntar ao abraço.

—Por favor me ajudem a cura o meu coração desse machucado,por favor.—Pedi em meio as lagrimas.

Gina me largou e Harry me abraçou com força e beijou minha testa.

—Nos vamos Lilypad.—Sorri ao ouvir meu apelido.

Não é segredo
Que nós dois
Estamos correndo contra o tempo

Então olá do outro lado
Devo ter ligado umas mil vezes
Lhe dizer que sinto muito
Por tudo o que fiz
Mas quando eu ligo você parece
Nunca estar em casa

A primeira semana de Julho chegou e com eles a N.I.E.M.s ,hoje começava as provas eu tinha passado o final do mês passado todo estudando, eu queria passar com muitos ótimos e um dia eu conseguiria ser uma medi-bruxa, hoje começaria com herbologia.

Eu e Scorpius estávamos indo em direção ao salão principal, nos encontra com Amanda e Nando, Rory e Dominique.

De mãos dadas entramos no salão e demos de cara com uma movimentação próxima a mesa da grifinoria,dei de ombros para Scorpius que me olhou sem entender,eu rir de sua cara de surpresa ao ver Rose junto aos pais e Hugo.

Voces devem estar se perguntando ,o motivo deu estar tão feliz e animada num momento de tanta tensão como agora, devido as provas, minha vida finalmente esta entrando nos eixos meu relacionamento com a minha família vem melhorado relativamente.

Estamos sempre nos comunicando por cartas via coruja, eles tem me apoiado muito em relação a tudo, agora que eu ia me forma eu iria voltar para casa e iriamos recomeçar.

Quando estávamos indo para nossa mesa para tomarmos nosso café da manhã, ouvi alguém me chamar era Rose, com aquela cara de sofrimento.

—Oi Rose.—falei categórica.

—Eu voltei para fazer as provas.—Ela esta envergonhada.

Senti Scorpius me segurar pela cintura, e também pude ver minha tia Hermione e meu tio Rony se aproximarem da gente.

—Não se preocupe Malfoy não vou fazer nada a Lily.—Rose falou olhando para baixo.

—Olá Lily.—minha tia Hermione me saudou pela primeira vez em anos

Suspirei.

—Olá tia.—Disse forçando um sorriso de lado que não parecesse ironia.

—Eu queria que você me perdoasse Lilian, da ultima vez eu te pedi desculpa mais dessa vez eu peço perdão.—Ela fungou.—Eu descobrir a verdadeira diferença entre perdão e a desculpa.

Sequei meu rosto de um a teimosa lagrima que insistiu em cair e observei Rose atentamente.

—Ela esta sendo realmente sincera Lilian, ela esta tentando mudar.—Tio Rony assegurou abraçando tia Hermione.

Olhei para Rose novamente, a abracei do mesmo jeito que minha mãe me abraçou a algumas semanas, a soltei e sequei suas lágrimas com meu polegar direito.

—Eu não tenho nada mais para te perdoa.—Tentei parecer convicta.

Ela me olhou surpresa e animada.

A parti de hoje eu não ia guarda rancor de mais nada, eu era uma nova pessoa, e tentaria perdoa Rosalie Weasley de coração.

—Agora eu tenho que ir, minha primeira prova começa em cinco minutos.—Olhei para o meu relógio e sequei novamente as lágrimas que teimavam em cair.

Olá do lado de fora
Pelo menos posso dizer que eu tentei
Lhe dizer que sinto muito
Por partir seu coração
Mas não importa, isso claramente
Não lhe deixa mais em pedaços

Desembarquei do trem junto a Scorpius e Amanda Fernando, estávamos na mesma cabine, assim que pisamos no chão da estação puder ver os olhares de minha família sobre mim e Scorpius que estávamos abraçados.

Podia-se disser que quase todos os Weasley estavam ali, inclusive minha avó que já não estava tão nova assim, faltava apenas meu avô que já tinha ido embora a alguns anos.

Amanda me abraçou apertado colidindo com minha barriga e a sua em formação.

Amanda estava linda usando um vestido colado na cintura que destacava sua barriga de quatro ,ela me soltou e piscou para mim.

—Eu espero que não se esqueça da gente madrinha.—Fez graça.
Ri e também entrei em sua brincadeira.

—Também não se esqueça da gente sua madrinha bobona.—Falei.
Ela me abraçou forte novamente.

—Temos que ir Amanda.—Rory falou abraçando Amanda pelos ombros.
Ela se despediu meio chorosa.

Era a primeira vez em anos que a gente ia de separa, sempre fomos grudadas e continuaríamos unidas.

A família de Scorpius se aproximou da gente, assim tive a oportunidade de agradecer tudo que fizeram por mim,e expliquei porque não iria com eles e me despedi de todos.

Scorpius me beijou e ele e sua família se foi aparantando.

Assim que mi aproximei de minha família sorri envergonhada e minha avó me abraçou apertado e depois de longos segundo me agarrando começou a bronca por causa da minha gravidez.

Pela primeira vez em anos me senti em família com a minha família.

Oohh, não mais
Oohh, não mais
Oohh, não mais
Não mais

Um meses depois...

Scorpius segurava minha mão enquanto olhávamos para tela, a medica trouxa passava o aparelho por toda minha enorme barriga, e indicava cada pedacinho do bebe. Meus pais e os pais do meu namorado também estavam na sala, exprimidos tentando olhar a tela.

—Ouou.—gemeu a medica.

—O que foi doutora?—Perguntamos todos juntos.

—Acho que ouve um engano, não são um casal.—Ela finalizou —São dois meninos, como tinha dito antes.

Olá do outro lado
Devo ter ligado umas mil vezes
Lhe dizer que sinto muito
Por tudo o que fiz
Mas quando eu ligo você parece
Nunca estar em casa

Suspirei e ri, com toda situação no fundo eu já sabia que não tinha nenhuma menininha ali, eu acho que isso era carma pois desde criança eu era cercada por meninos.

—Eu meio que sentia isso.—Falei olhando para minha barriga.—Sejam Benvindo Oliver Draco e Alexander Harry Malfoy.

Draco e meu pai nos olharam com os olhos brilhando.

Sim meus meninos nasceriam forte e saudáveis e tudo valeria apena, logo eles estariam nos meus braços.

Olá do lado de fora
Pelo menos posso dizer que eu tentei
Lhe dizer que sinto muito
Por partir seu coração
Mas não importa, isso claramente
Não lhe deixa mais em pedaços