Capítulo 48. Em perfeita sintonia.

NOMs e NIEMs para uns, provas regulares para outros. Fui o primeiro a acabar a prova de Feitiços - Chupa, Westhampton! - então pude me dar ao luxo de ficar no corredor, sem fazer nada.

É isso que ganho pela minha genialidade.

Me sentei no chão, pronto para ligar meu celular e ficar ouvindo umas musiquinhas aleatórias, quando a porta da sala de aula se abriu novamente, mas não foi o garoto de óculos azuis que saiu. Nem mesmo Weasley ou Scorp...

— Severus? Não imaginava que fosse tão bom em feitiços para acabar a prova cedo assim. - Minha capacidade de embutir elogios para mim mesmo em simples frases não tem limites. Ele se jogou ao meu lado, tomando isso como um convite para se sentar comigo.

— Não sou, mas não podia perder a oportunidade. - A oportunidade de quê? Ele pareceu ler a pergunta em meus olhos, porque deu um risinho suspeito. – A oportunidade de te achar sozinho, digo. Precisamos falar sobre o G.E.M.E.

— Depois. Antes vamos falar de você, minha irmã e o porquê do seu estúpido irmão acreditar que vocês são um casal! - Ele fez uma careta desgostosa. Ah, então ele sabe! Claro que sabe, ele "não negou nada", não foi?

— Você falou com James sobre isso? -  Ele me perguntou frustrado e eu apenas meneei negativamente a cabeça. Ele não precisa ficar sabendo das minhas coisas, esse fofoqueiro.

— Todos na escola já estão falando sobre isso, Albus, minha irmã está sendo execrada em praça públi...

— Ninguém está falando nada, as pessoas adoram Louise! - Eu olhei cético para Potter.

— As pessoas são falsas. Não me surpreende que não tenha chegado em seus ouvidos, não nos ouvidos do "inocente filho de Harry Potter". - Falei com ironia. Sev revirou os olhos, como se não pudesse acreditar no meu drama.

— Eu estou muito bem informado, como sempre, Cesc e... Quer saber? - Eu fiz que não com a cabeça, mas ele continuou mesmo assim. – Essa conversa é uma perda de tempo e eu não chutei as últimas 3 questões para isso!

Ele chut...

— Precisamos falar sobre o Intercolegial que vem por aí! - Olhei interessado, mas atento ao fato de que ele não confirmou nem negou o romance, esse sim é um Potter sorrateiro. Ele pareceu um pouco menos estafado com a minha distração. – Eu consegui alguma in...

Westhampton saiu da sala de aula teatralmente, com um sorriso convencido que murchou um pouco ao me ver, mas ele disfarçou bem. Ás vezes me pergunto o que se passa na cabeça desse ser... Logo em seguida me pego tremendo, porque eu não quero nem saber!

— Fábregas, você foi o primeiro a sair, mas com certeza não vai ter a melhor nota! - Pff, coitado, vou sim. Mas deixa ele se iludir, eu trabalho com pergaminhos para esfregar na cara dos meus adversários. – E Potter, como conseguiu acabar tão rápido?

O Potter em questão fez um gesto de "não importa", chamando John para nossa reuniãozinha de corredor nada suspeita. Só vou continuar aqui porque fazer merda é mil vezes preferível a fazer nada.

— Estava falando a Cesc aqui sobre o Intercolegial de Quadribol, as outras escolas... - Ele tossiu um pouco, provavelmente aspirou poeira, sei lá, eu e o corvinal nos entreolhamos sem paciência. Severus Potter é o rei do desperdício de tempo! – Estão tentando tirar Hogwarts da competição.

— O QUÊ? - Eu e Westhampton gritamos, melhor, falamos um pouco mais alto, ao mesmo tempo. Albus aproveitou que estava no meio pra empurrar nós dois pelo ombro.

— Pelo amor de Cliodne, fiquem quietos! - Ele sussurrou raivosamente e nos fez aguardar 20 segundos, para ver se algum professor viria nos castigar. Não veio ninguém. – O que esperavam? Metade dos times de Hogwarts é mundialmente conhecido como trapaceiro e não ajuda que Bradbury esteja foragido.

John me olhou como se dissesse "viu o que você fez?" e porque não sou obrigado a acompanhar esse raciocínio acusatório capenga, joguei a primeira coisa que vi nele, esta sendo a mochila de Albus.

Acertei ele na cara, entortando os óculos do garoto - não me orgulho disso - mas John é tão escroto que jogou a mochila do grifinório pra longe, achando que era minha.

— HEY, ISSO É MEU!

— Shiiiiiiiii! - Dessa vez quem mandou Potter falar baixo fomos nós. O corvinal me olhou divertido e eu retribui. É assim que a gente descobre que já está pronto para chamar o outro de amigo.

Pelo menos no meu mundo!

Albus voltou da sua saga de recuperação de bolsas arremessadas porque, assim como Lily, ele esquece que tem varinha às vezes.

— Continuando... Estava uma briga louca na comissão de eventos internacionais, o pai de Zabini está envolvido, a propósito... - Argh, ninguém merece. –  Mas tudo bem, porque McGonagall interferiu, disse que já tem uma solução para o problem...

— Minerva vai voltar? - Falei mais animado do que deveria, mas gente, eu ia rir pouco da cara de Brenam tendo que voltar para seu cargo de vice? Iria rir até vomitar! Fora que ela é melhor que ele em todos os aspectos.

— Ainda me lembro dos tempos que você dizia que frases tinham começo, meio e...

— Deixe de sandices sem propósito, Potter, continue! - John foi grosseiro, mas para a nossa sorte, Albus é um cara prático e continuou.

— McGonagall ainda não vai voltar, afinal, Brenam fez com que as coisas de Hogwarts parassem de dar pane e o caso de Bradbury foi na gestão dela, mas...

— Mas... - Eu fiz o gestual para que ele continuasse. Ele sorriu assim como Aidan fez antes dele, feliz com a atenção. Essas crianças carentes ainda vão me tirar do sério.

— A velha dama conseguiu que participássemos da competição, por toda a nossa tradição e força política no mundo bruxo, sei lá, mas com uma condição: - Mais uma pausa dramática desnecessária, só porque ele pode. – A seleção de Quadribol de Hogwarts será escolhida pela comissão do evento.

— O QUÊ? - Novamente eu e John gritamos juntos, mas Albus não ficou para ver se alguém tinha nos ouvido, ele saiu correndo desembestado, bem a tempo de se safar da cara de raiva do professor Flitwick.

— Menos 10 pontos para a Sonserina e Corvinal pela balbúrdia! - O cara mal abriu a porta para falar isso pra gente. E a bateu, fazendo mais barulho do que nós dois fizemos antes.

Hipócrita.

— Isso significa menos 5 pontos para cada? - Eu perguntei e Westhampton parou de passar a mão nervosamente no rosto, ele não estava acostumado a perder pontos para sua Casa, coitado.

— Será? Tomara! - Ele falou esperançoso, já eu, perdi toda a esperança de entrar para a seleção de Hogwarts, a menos que...

— Eu tenho que ganhar a final do campeonato de qualquer maneira!

***

Não aguentei ficar esperando Tony e Scorp terminarem a prova e fui obrigado a declinar o amável convite de Westhampton para ir estudar para o exame da tarde, logo, estava vadiando pelos corredores.

Quase uma sina, todo ano é a mesma coisa, eu soli... Mas dessa vez foi diferente! Que fortuita coincidência encontrar Tracy Harmond sozinha, também tendo acabado a prova muito cedo!

Não faço ideia de quais são os planos de Tony para lidar com ela, mas uma travessurinha nunca é demais, né? É.

Ela ainda não havia me visto, então me escondi na quina do corredor e aproveitei sua distração - estava conferindo algumas anotações bem concentrada - para transformar o chão a sua frente em um rinque de patinação.

Não pude ver o final do voo da chinesa, mas seu grito já será o suficiente para embalar meus doces sonhos. Sim, que delícia. Já estava empreendendo minha fuga, quando percebi que não estava sozinho. Droga! Quais as chances?

— Eu vi isso, Fábregas. - Weasley me disse, braços cruzados e cara séria. Droga ao cubo!

— Quais as chances de você “desver”? - Ela me olhou sem paciência, mas depois abriu um sorrisinho que me deu um frio na barriga. Que medo, minha gente! 

— As chances estão até que boas, devo dizer. - A olhei desconfiado. Desde quando Rose Weasley se mostra disposta a participar de acordos levemente errados? – Estava a caminho de te fazer uma proposta, que agora vejo, é irrecusável.

— Que proposta? - Ela fez menção de falar, mas Tracy Harmond a interrompeu, com os cabelos muito lisos apontando para todos os lados e as vestes - ainda com aquele caimento engomadinho de coisa recém-comprada - toda amassada.

— Fábregas! Eu devia imaginar! Como ousa me azarar no meio do corredor assim? - Eu encarei a garota com a minha melhor cara ofendida, uma muito boa, devo dizer. Era muita cara de pau dela sair acusando os outros assim, mesmo que, nesse caso, seja tudo verdade.

Mas não precisei me defender dessa vez, porque Weasley veio em meu resgate. Quando que eu imaginaria uma coisa dessas?

— Não foi ele que fez isso, Harmond, Cesc esteve comigo todo o tempo. - Olha, se eu não soubesse melhor, até teria acreditado na ruiva.

Mas Harmond é feita de um material mais barato - desculpa, não pude evitar a analogia com os produtos Made in China— então ela não acreditou em nenhuma palavra dita por uma das garotas mais certinhas de Hogwarts.

— Pois bem, Fábregas, veremos a sua inocência na inspeção de sua varinha mais tarde. – Nossa, isso soou meio sujo... E ela sorriu vitoriosa, se parecendo muito com uma das harpias que vemos nos livros de Tratos das Criaturas Mágicas.

— Minha varinha não passa mais por inspeção, Harmond, sou oficialmente inocente das acusações do Ocaso. - Dei o meu próprio sorriso vitorioso, que a fez muito infeliz. Amo esse meu poder.

— Pois então só me resta esperar que seus dentes caiam como os de Zabini. - Eu a olhei sem entender e impressionado com a falta de sutileza dela, corvinais são coisinhas cruéis quando provocados, não? – É um dos sintomas da Borreliose de Lyme, se não sabe.

— E eu espero que você tome cuidado nas férias. - Ela franziu o cenho e eu completei minha retórica cheia de veneno. – Ouvi dizer que adoram comer perninhas de grilo na China, se não sabe.

Nem mesmo a estóica Rose Weasley resistiu, mas ela disfarçou bem a risada com uma tosse. Tracy olhou de mim para ela e saiu batendo os pés, presos nas perninhas de grilo, como a boa fresca que ela é.

— Fábregas, sua inspeção diária não foi suspensa. – Rose me disse divertida, como se precisasse mesmo me avisar isso. Eu sorri inocentemente para ela. A ruiva fez uma cara de compreensão engraçada depois. – Você descobriu como apagar o histórico da sua varinha, não foi?

— Pense numa pessoa feliz! - Apontei para mim mesmo. Ela revirou os olhos, mas ainda parecia bem-humorada. Que milagre! Antigamente já teríamos trocado ofensas desagradáveis a essa altura. – Agora, sobre aquela sua proposta...

***

Assim que encontrei com os L.P's tratei de esfregar as duas mãos no peito de Tony e depois passar em mim. Fiz isso do nada e a cara de ambos foi impagável!

— O que diabos você pensa que está fazendo? - Ele falou irritado, se desviando quando tentei fazer de novo.

—Pegando um pouco do seu mojo fantástico! Cara, acabei de encontrar a Weasley e ela tá toda docinha, molinha, cremosa...

— Por que a está descrevendo como uma sobremesa? - Scorp perguntou ainda sem entender nada, no seu melhor tom “Não gosto de ser deixado de lado”, mas Tony sorriu todo satisfeito, ele havia entendido.

— Porque estou com fome! Sabem que ela me convidou para escrever um artigo especial no Hogs junto com Corpman da Lufa-lufa? - Scorp parecia impressionado, mas Tony mantinha sua cara convencida de antes. – Ela pediu uma retrospectiva do campeonato, sob o ponto de vista dos finalistas.

— Eu sei, fui eu quem dei a ideia a ela. - Tony soprou os dedos e esfregou nas vestes, naquele gesto que é o suprassumo da arrogância. Olhei impressionado. Desde quando Rose Weasley ouve um sonserino?

— Você o qu... - Agora era Scorp que estava esfregando o braço de Tony e passando em si mesmo. – Cara, eu preciso do que quer que seja isso que você tem.

— Eu sou o cara e um dia, jovem Malfoy, te ajudarei a trilhar o caminho da perfeição.

Ninguém teve argumentos hoje para negar isso. Ele fez o impossível.

***

— Ok, Lily, agora para de chorar. - Minha cota de irmãs chorando o Nilo já estava esgotada, mas Pottinha continuou o seu lamento largada na vida, literalmente, mesmo eu já tendo gastado três barras de chocolate com ela.

— Mas... Mas..  Como pooooodeeee? - Controlei meu impulso de jogar uma almofada na cara dela, só porque sou um ser humano do bem. – Bradbury está estragando minha vida mesmo não estando aqui!

Ela fungou de uma maneira nojenta, esfregando as vestes no nariz. Meu Merlin, eu vou deserdar essa garota! Lena a olhava com um misto de pena e irritação. Eu nem sabia que essa era uma combinação de sentimentos possível!

— Lily, dificilmente você pode culpar alguém, além de si mesma, pelo seu péssimo desempenho nas provas. - Ela olhou pirada para Scorp, mas eu complementei a fala dele, antes que ela fizesse alguma coisa.

— Eu me lembro bem dos seus deveres de poção, pareciam ter sido feitos de olhos fechados. Com as mãos amarradas. Em coma. - Eu disse tudo inexpressivamente, mas para Lily soou como a pior das ofensas.

Lena tapou a boca e virou para a lareira em brasas, para disfarçar o riso. Ela deveria saber melhor do que ninguém o quão ridículo eram os hieróglifos de Lily.

— Poxa! - Ela fungou novamente e fez biquinho. – É assim que vocês dão apoio?

— A gente não dá.

— É o melhor que temos para oferecer... - Eu e Scorp falamos ao mesmo tempo, deixando a cara dela ainda mais magoada, que pena. Sério, sinto muito mesmo.

— Devia ter ido estudar com o seu irmão, como eu te avisei lá no início do ano. - Eu apontei para ela o óbvio e a cobrinha me deu língua. O Potter mais velho é tudo de ruim na Terra, inclusive bom em Poções.

— Ah bom, agora não tem mais jeito! -  Ela me disse dando de ombros, em uma postura estranhamente conformada. – Vamos falar de coisas mais práticas e animadas então: agora que Scorp é goleiro, a vaga de apanhadora é minha?

— Olha, Scorp, a garotinha mal subiu no trem e já quer sentar na janela! - Pottinha cruzou os braços e Scorp soltou um riso irônico pelo nariz, não passou despercebido para ele o fato de que Lily torceu pelo seu mal. – Você vai fazer o teste junto com as dezenas de criancinhas ambiciosas da nossa Casa, no próximo ano.

— Mas Scorp nã...

— Scorp era do time, Scorp fez dois testes antes e você não é Scorp. - Ela franziu o cenho, mas não disse nada, pelo que sou grato. – Ademais, não é como se eu tivesse o colocado por um simples capricho, não tenho tempo ou disposição para ficar avaliando um bando de marmanjo desengonçado em cima de uma vassoura agora!

— Mas essa é uma das principais atribuições de um capitão! - Eu olhei minha pseudo-irmãzinha com o desdém merecido. Os genes Potter da cabeçudisse são fortes nessa aqui.

— Lily, querida, vá tirar o cheiro de leite antes de vir falar das minhas atribuições de capitão! - A boca dela fez um O perfeito e depois todo o rosto ficou vermelho de raiva. Ruivos são criaturas esquentadas por natureza, ouvi dizer. Algo relacionado a cor vermelha, acho.

— Não fale mais comigo, seu, seu...

— Lindo?

— Engraçado? – Lena tentou e eu mandei um joinha para ela.

— Modesto, talvez? - Tentou o loiro, fazendo Lily dar um grito de raiva e subir para os dormitórios louca da vida. A nossa querida Anabelle, boneca possuída, versão Sonserina - que perigo - a seguiu, para dar seu apoio ou continuar a zoeira, não sei.

— Não faço ideia do que seria dela sem a gente... - Malfoy suspirou feliz ao meu lado. Ela provavelmente seria uma pessoa mais relaxada, com certeza.

A entrada do Salão Comunal se abriu e Tony chegou ao mesmo tempo que Rebeca, mas parecia que tinham vindo de lados diferentes, porque ele entregou um papel para ela.

— Drakkar mandou te entregar. - Ela pegou o bilhete, curiosa. – O Drakkar da Corvinal.

Agora sim ela estava animada, olha que avanço. O cara era um partido quase tão bom quanto eu, sendo artilheiro e tudo mais, pena que era um artilheiro da corrupta Corvinal, mas ninguém é perfeito.

Scorp se mexeu incomodado ao meu lado e não esperou a monstra terminar de ler e nos dizer o que tinha no recado, ao invés disso, ele sacou seu próprio pergaminho do bolso, limpando a garganta para falar.

— Que bom que estão todos aqui, estou precisando de conselhos. - Ele desamassou o papel, agora que pude ver que se tratava de uma carta. – Escutem só: "As coisas não podiam estar melhores, querido, fomos contemplados com as bênçãos de Circe nessa primavera, mas peço que tenha paciência ao voltar, pois nem tudo se apresenta como uma dádiva ao primeiro olhar."

— Quem escreveu isso? - Tony perguntou, mas a resposta interessava a todos.

— Minha vó! O que vocês acham que ela quer dizer com isso de “bênçãos”?

— Eu acho que ela encontrou um novo amor! - Rebeca parecia encantada, no mesmo tanto que Scorp parecia horrorizado. Mas provavelmente ela está errada, já sabemos o quão boa a monstra é em palpites. – Isso seria maravilhoso, ela é uma dama fantástica!

— Nada disso! Tenho certeza que é algo completamente diferente! – Scorp pareceu verdadeiramente perturbado. Ele guardou o pergaminho de volta nas vestes.

— Mas veja bem, Scorp, ela disse que está muito animada, logo não é tão descabido assim o palpite de Rebeca. - Tony tentou apaziguar o coração do loiro, mas sem muito sucesso, mesmo ele sendo o neto que mais teve que lidar com casamentos de vó que se tem notícias.

— Ora, Malfoy, não quer que sua avó seja feliz? - Rebeca falou daquele jeito mandão dela, com direito a mão na cintura e tudo.

— Ela já é feliz, não precisa de macho algum. - O loiro agora está soando igualzinho a Lily de 10 minutos atrás: mimado e birrento. Não vou dar chocolate a ele, que fique bem claro.

— Não é você quem decide isso. - A monstra estava bem feliz em colocar lenha na fogueira.

— Ela tem razão, a propósito, parabéns pelo vodrasto novo. - Se os bruxos tivessem a habilidade de matar com a força do pensamento, eu já estaria morto. Mas é aquela coisa, não é? Perde-se o amigo, mas não a piada. – Convide-nos para o casamento.

O loiro saiu furioso, seguindo o exato exemplo de Lily, para você ver o nível de maturidade dele!

— Não faço ideia do que seria dele sem a gente. – Olhei para a fala de Tony impressionado pela leitura de mente. Essa sim pode ser considerada uma amizade com a sintonia perfeita.