Hogwarts: uma outra história escrita por LC_Pena


Capítulo 34
Capítulo 34. Uma escola de atores...


Notas iniciais do capítulo

Nossa, eu demorei! Desculpem por isso, não gosto de demorar, mas vou logo avisando que planejo postar outro cap logo mais, explicarei melhor lá embaixo.



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Capítulo 34

—Louise enviou uma nota. – Tony levantou a cabeça do que quer que ele estivesse lendo, concentrado. Estávamos apenas os dois na sala de estudos 3. Bem, isso não era completamente verdade, tinha um bando de gente sentado e conversando como só poderia se ver em Hogwarts ou em uma feira central, mas de relevante na vida, só eu e ele mesmo.

—O que diz? – Ele apoiou a mão no queixo, apenas levemente curioso. Não precisava dizer nada para justificar seu comportamento estranho, sabia que o que quer que todos eles fossem aprontar, seria feito hoje à noite. O pai de John vinha amanhã abrir o baú.

—Que devemos encontrá-la urgentemente.— Ele me olhou com o cenho franzido. – Pôs ênfase no urgentemente.

—E eu que pensei que a ênfase era toda sua. – O muito idiota respondeu sarcasticamente. Tony quando está de mau humor é o cão. Resolvi ignorá-lo.

—Ela ainda usa seu presente. – Ele fez um sim seco, com a cabeça. – Me pergunto como não pegaram o diário dela na busca... Não é possível que tenha passado despercebido.

—Ela teve tempo de esconder. – Tony me disse, já levantando e enfiando os papéis de qualquer jeito na mochila. – Era pra Rebeca ter te avisado também.

—Como vocês sabiam de qualquer forma? – Tony olhou seriamente para mim e depois deu uma rápida olhada ao redor.

—Sev nos avisou. – Ele saiu andando e eu tive que me apressar para alcança-lo. Já sabia que Sev ou Severus era Albus Potter, mas não faço ideia ainda de qual é o trabalho de cada um dentro do Ocaso, então fica um pouquinho difícil achar isso óbvio, como Tony fez soar. Aparentemente o meu trabalho era o de armar tretas, o que faço maravilhosamente bem em qualquer ambiente, claro.

—O que fazíamos exatamente no G.E.M.E.? – Tony deu uma rápida olhada para trás, mas sem diminuir o passo. – Eu e você, no caso.

—Não era algo muito definido, planejávamos e recolhíamos informações.... Escrevíamos também, mas nos últimos tempos você estava focado nas, você sabe, penas.

Fiz que sim com a cabeça. Tony não disse mais nada depois disso e eu levei pelo menos alguns minutos para perceber que nos encaminhávamos para o lado de fora, mas especificamente, para as estufas. Já sabia que a câmara secreta era o ponto de encontro, mas aparentemente temos outro menos secreto.

—Por que demoraram tanto? – Minha irmã estava com sua habitual cara de morcega zarolha, mas ao menos continuava prática como sempre. – Não importa! Preciso que leiam isso.

—O que é? – Tony perguntou, pegando o pergaminho estendido por Louise. Ela não se deu ao trabalho de responder, se posicionou no ombro esquerdo dele para ler o conteúdo e eu fui para o direito, já que ninguém havia me dito que não poderia saber desse segredo em específico.

—Eu diria que já leu tudo isso. – Tony falou olhando para Louise diretamente, o que fez com que seus rostos ficassem bem próximos, mesmo com a diferença de altura. Ela continuou com cara de quem não tinha entendido. – Então não precisa ler agora. – Ele esperou uma reação dela, mas nada aconteceu. Burra. – Assim não precisa olhar por cima do meu ombro.

Ele concluiu com um tom sem emoção, mas que bem poderia ter sido um tapa na cara tamanha era a obviedade das palavras. Ela se afastou como se tivesse sido queimada e eu disfarcei minha risada em uma tosse muito convincente. Sou todo um artista!

Louise não estava tão familiarizada com o mau humor de nervosismo de Tony. Acho que agora é a hora que ela percebe que é muito melhor ter ele enchendo o saco dela daquela maneira inconveniente e bem-humorada, do que a tratando com indiferença. Se não fosse pelas circunstâncias, diria que isso faz parte do plano dele de conquista-la...

Não parecia que fazia, entretanto. Tony estava com a cabeça nos eventos de mais tarde e eu também estava, deveria pedir um obliviate, porque no momento em que aquele baú fosse roubado, ia custar muito da minha boa atuação para fingir que estava surpreso.

Infelizmente, eu e Westhampton seriamos os principais suspeitos.

Parecia que o loiro já tinha tomado todas as providências, porque quando terminamos de ler o esboço da próxima edição do Ocaso, era quase como se estivesse nos inocentando, fiz um brinde mental em homenagem a John por isso.

—Consegue publicar pelo diário? – Louise fez que sim com a cabeça. Provavelmente até nisso Westhampton mexeu. Tony devolveu o pergaminho a ela. – Então publique.

A cara que Louise fez foi meio estranha, então, para que a torta deixasse de ter sabor climão, eu decidi me virar antes de sair e encarar minha irmã com um sorriso amigável.

—Bom trabalho, chica. – Ela sorriu.

Viu? Eu tenho meus momentos.

***

Estava em um banco qualquer do corredor, próximo as masmorras, porque não estava afim de entrar na Sonserina, sem Scorp e Tony, era provável que eu encontrasse com algum jogador cheio de ideias absurdas ou com uma garota qualquer querendo me tirar do sério, leia-se Lia e Rebeca ou ainda um...

—Amor, que bom que te encontrei. – Levantei a cabeça para uma Claire esbaforida. – Andreas Gate, compro ou não compro?

Ela apoiou as mãos no banco em que eu estava, com o rosto muito perto do meu, pulava um pouquinho, de ansiedade, suponho, e eu estava quase indo ver o quão interessante poderia ser essa visão por trás.

—Estamos falando do seu joguinho bobo? – Ela franziu o cenho e depois fez um sim risonho com a cabeça. QuadriManager deveria ser proibido pelo bem do futuro da comunidade bruxa.

—Disse aos garotos que iria ao banheiro resolver problemas femininos... – Olhei para ela, impressionado com a dissimulação, esse sendo provavelmente o único tema na vida que os nerds não iriam questionar. – Mas tenho que ser rápida, a janela de compra de jogadores vai se fechar!

—Na vida real ou no...

—CESC!

—Por mim não compra, Gate tá jurado de morte pelos Bats. – Ela me olhou, levemente duvidosa do meu veredicto. – Foi uma ofensa séria a dele, os caras perdem o jogo, mas não deixam uma dessas passar.

—Quadribol é um jogo estranho...

—É um jogo onde os patrocinadores não mandam... Não esperava que uma americana entendesse. – Ela fez a cara ofendida mais engraçada da história! Estou cerrando os lábios para não rir da cara dela. Obviamente Claire acompanha o jogo a tanto tempo quanto eu, mas adoro perturba-la mesmo assim.

— Claro, porque na Espanha não tem...

—Seu tempo acabou, não? – Ela parou o discurso com a boca meio aberta, depois fingiu um rosnado, mas de qualquer forma me deu um selinho e voltou correndo por onde veio. É oficial, minha namorada é maluca.

—Vocês até que são bonitinhos juntos. – Voltei a deitar no banco, sem deixar nenhum espaço para o inconveniente grifinório perdido (esta sendo a única razão lógica para ele estar tão longe da torre) que acabara de chegar. Ele empurrou minhas pernas para cima, forçando meus joelhos a dobrarem até ter espaço para se sentar. Respirei fundo para não o chutar. – Precisamos falar.

Levantei o tronco para encará-lo. James Potter estava sentado com as pernas cruzadas em uma posição quase aristocrática, sorrindo irônico, provavelmente rindo internamente da minha cara de desgosto.

—Certo, qual é a fofoca que quer saber da Sonserina? – Voltei a me deitar no banco. Ouvi-lo é uma coisa, vê-lo já é um excesso de tortura até para mim que estou precisando de uma autopenitencia.

—Preciso que verifique com quem Habermas está saindo. – Pera, o quê? Encarei o teto antes de responder a isso. Não quero que ele perceba a minha curiosidade, isso só o faria guardar mais informação.

—Isso será fácil, algum suspeito? – Desse jeito soou até como se fosse um crime namorar o cara. Qual é! Romeo não é assim tão mau. – Está interessado nele agora, é?

Levantei de novo, com um sorriso malicioso, não podendo evitar a provocação. Potter apenas me encarou, fingindo-se de entediado. Eu sabia muito bem que não era esse o caso, ninguém que se interessa por alguém como eu iria olhar duas vezes para Habermas, óbvio.

Seria como sair do vinho para a urina de elfo.

Ele suspirou pesado, parecendo em dúvida se revelava ou não essa informação. Mudei minha expressão para uma de leve e respeitosa curiosidade. Ele pareceu acreditar nela. Viu? Ótimo ator aqui!

—Acho que Habermas está saindo com minha prima...

—Rose Weasley? – Falei em um tom de voz que não conseguiu esconder a minha surpresa e veia levemente fofoqueira. Potter me olhou como se eu fosse retardado.

—Claro que não, Rose tem juízo, estou falando de Molly. – Eu fiquei o encarando, tentando lembrar quem diabos era Molly. Um quartanista passou, disfarçando o olhar para a dupla estranha que devíamos estar fazendo naquele banco.

Era a loira francesa? A outra ruiva, que conseguia ser mais sem sal do que Rose Weasley? Ou era a negra, que falava como um marinheiro galês? Merlin, Potter tem todo o comitê da ONU como família!

—A quartanista. – Ele disse, sem emoção. Continuei sem ter ideia de quem. – A que tem o cabelo cumprido, ruivo e faz parte do coral de Flitwick. – Ele respirou fundo, pinçando a ponte do nariz com os dedos. – A que vomitou no clube de duelos no ano retrasado!

—Ahhhhh, Potter, por que não disse antes? – Eu lembro dessa garota, ela era a lufana com cara de boba, que parecia uma ruiva anônima de tão sem graça que era. Acho que troquei umas palavras com ela no Natal... – Hey, acho que você pode estar certo.

Ele me olhou, sem entender. Não o culpo dessa vez, às vezes nem eu mesmo acompanho meu raciocínio.

—Estou sempre certo. – O ignorei, me colocando na posição sentada, usando uma das pernas dobradas como apoio para a minha cabeça.

—Ela veio conversar comigo no Natal. – Potter parou de cutucar desinteressadamente a unha e me encarou. Sorri com minha melhor expressão de quem sabia que tinha encontrado algo valioso. – Parecia muito interessada...

Pausei minha fala, testando até onde ia a paciência dele. Ele continuou me encarando, esperando o final da informação, mas quando a demora ficou um pouco mais prolongada, ele escorregou o olhar para minha boca.

—Quadribol, Potter! – Ele levantou o olhar para meus olhos, assustado. – Sua prima queria saber o que eu achava a respeito da equipe de Quadribol da Sonserina esse ano. Tá aí sua resposta!

Ele recobrou a postura cética de antes, o que para mim é um alívio. Tenho que lembrar de parar de provoca-lo, diferente das pessoas normais, Potter acha que tudo que eu faço é um flerte.

—Isso não é o suficiente.

—Mas é um indício. – Disse satisfeito, o provocando a discordar. Ele não fez. – Sondarei com Romeo se ele está saindo com alguém, discretamente, claro, nós sonserinos não saímos por aí nos gabando.

—Ah não? – Ele falou com um tom que me fez olhá-lo. – Porque ouvi umas histórias a seu respeito que só poderiam ter sido inventadas por você.

Mas que droga, hein, Lia? Até no ouvido de Potter seus comentários foram parar! O encarei com a minha melhor cara entediada, não ia cair no joguinho estúpido dele. Um casal do sétimo ano passou por nós, me lembrando que nem sequer um soco poderia dar nele, caso ele continuasse por esse caminho.

—Já disse tudo que tinha para me dizer? – Ele encostou calmamente na parede, ainda me olhando com um sorrisinho de lado na boca. Sabia que Potter estava avaliando o quanto de merda eu ainda poderia engolir antes de perder a cabeça. Estou rezando para que ele chegue à conclusão de que é pouca.

Nenhuma, para ser mais específico.

—Frank me pediu para avisar que quinta-feira a câmara já vai estar liberada. – Ok, isso é uma boa notícia. – Esperava-se que estivesse ok apenas na próxima semana, mas o lugar estava estranhamente limpo.

Se Potter notou alguma coisa diferente na minha expressão com essa declaração, ele não disse nada. Somente se levantou e espanou uma poeira inexistente das vestes escolares.

—Então é isso, Fábregas, esperarei notícias suas. – Nem me dei ao trabalho de me mover do lugar parar dar um tchau, então o muito idiota completou. – Próximo encontro a gente conversa honestamente sobre as suas nêmeses...

—Você é o único para mim. – O interrompi, para deixar claro que não sou tão odiado assim como os grifinórios pintam, mas ele me olhou de um jeito bizarro. – Só tenho você de inimigo, quero dizer.

Ele acenou com a cabeça, nem se dando ao trabalho de me corrigir, como da última vez que o chamei de inimigo. Merlin, Potter é um garoto estranho mesmo.

***

Para quem estava com saudades, estamos de volta e agora oficialmente...

Ilegais.

Um momento único e marcante que só acontece uma vez na vida de um periódico de resistência, estamos todos muito emocionados aqui no Ocaso.

Afinal de contas, se estamos incomodando, é porque estamos fazendo algo certo.

Mas hoje não falaremos de pseudo-diretores dando chilique no meio do Grande Salão por se ofenderem com algumas palavras que, por Merlin, eram verdadeiras! Não, hoje falaremos das consequências de tais chiliques. Três alunos, de treze anos, do terceiro ano (ah, sim! Nós demos três informações para fechar a perfeição da linda tríplice que significa absolutamente nada em termos práticos) que foram acusados de serem iconoclastas.

Que honra! Para nós é claro, porque foram três suspeitos formidáveis. Então, vamos para a apresentação.

Rose Weasley da Grifinória, acusada de escrever o Ocaso por ter cópias de todas as edições do supracitado escrito, com exceção da primeira edição, a terceiranista insiste em dizer para quem quiser ouvir que foi pega de surpresa da primeira vez.

Nós ouvimos alto e claro, querida.

Weasley, além de filha de 2/3 do famoso Trio de Ouro, é a editora do nosso jornal oficial, Hogs News, e uma grande defensora da ordem, do ensino de qualidade e do direito dos estudantes à informação e nós, dos Iconoclastas, apoiamos pelo menos duas dessas coisas.

Adoraríamos tê-la aqui conosco, Rose. PRÓXIMO!

John Westhampton é outro aluno modelo de Hogwarts, dessa vez vindo da Corvinal e de uma tradicional família do País de Gales, seu pai sendo membro ativo do Conselho da nossa amada instituição de ensino. O senhor Westhampton Sênior, o conselheiro, foi o responsável por seu filho ter sido acusado (acusado? Não, sugerido soa melhor) de fazer parte do nosso grupo.

O caso é que John, o chamaremos pelo primeiro nome para não o confundir com seu nobre pai, recebeu uma relíquia de família mui antiga e cheia de feitiços de proteção, a qual também é um enigma (Corvinais...), que ele ainda não conseguiu solucionar. Tudo muito suspeito, logo, claramente um de nós.

Lógica para quê?

Westhampton é extremamente inteligente, tem interesse em feitiços de alta complexidade e até faz parte de um grupo de estudos de Magia Elementar.

Senhor Westhampton, gostaríamos de tê-lo na nossa equipe também. PRÓXIMO

Ah, esse é diferente! A última criança que foi capturada nem britânica é, pra começo de conversa!

O senhor Francesc Fábregas (Quase podemos ouvi-lo gritando que seu nome é CESC) é um sonserino nascido trouxa, vindo diretamente da Espanha... Como é exótico o nosso colega, não?

Diferente dos companheiros anteriores, Cesc não é um excelente aluno, suas notas são passáveis, mas o sonserino não é um aluno medíocre de maneira alguma. É também integrante do grupo de estudos de Magia Elementar, já fez parte do Hogs News (mas saiu de lá por opiniões que divergiam das da senhorita Weasley) e é capitão do time de Quadribol da Sonserina.

O espanhol foi parar na detenção justamente por estar tentando melhorar as notas e se preparar para os NOMS (assim disse ele), teve algumas penas, onde treinava feitiços mais complexos, apreendidas e seu extenso histórico de pequenas contravenções o deixaram em pior situação que os outros.

Fábregas precisa se apresentar aos professores no final de cada aula, mandar relatório das atividades do time da Sonserina e tem que levar sua varinha para uma inspeção todo fim de tarde (qualquer ser humano com ouvidos nessa escola sabe o quanto o senhor Fábregas AMA a sua varinha).

De qualquer sorte, sem provas, mas com punição, hummm... Muito justo e nem um pouco arbitrário, não é?

Senhor Fábregas, você é um líder nato, desordeiro nato e feiticeiro nato, sinta-se abraçado e acolhido por nós, seu convite para escrever o Ocaso com a gente já foi enviado.

Quanto a vocês, que não são Fábregas, Westhampton ou Weasley, mantenham os ouvidos abertos, continuem o processo para a constituição do Grêmio Estudantil, parabéns Lisa McAllister pela iniciativa, e aguardem notícias.

Os Iconoclastas.

Sorri para Scorp que estava do meu lado indo para a mesa do jantar, lendo o pergaminho do Ocaso pelo caminho. Vários alunos estúpidos, de diferentes Casas, me cumprimentaram com solidariedade e deferência só porque o Ocaso disse que eu prestava.

Velho, como o povo aqui é influenciável!

—Gostei da parte que diz que você é escandalosa e espalhafatosa. – Scorp disse rindo, enquanto espanava as cinzas do pergaminho das vestes.

—Não teve nenhuma parte que dizia isso! – Falei indignado e sem poder consultar de novo o jornal, já que tudo sempre desaparece num passe de mágica. Eu vi o texto antes da correção final e não me lembro de nada dizendo que eu era barraqueiro, mas tendo sido escrito por Louise e Rebeca, tudo é possível. – Pare de ser a semente da discórdia, Malfoy.

—Mais fácil você pedir para eu parar de respirar! – Ele disse feliz com a ideia de que era tão treteiro que morrer era uma opção melhor de que parar de fazer treta. Céus, o diabo em forma de lombriga platinada.

Deixei Scorp sentado na mesa da Sonserina com seu sorrisinho satisfeito e fui para a mesa da Corvinal jantar com minha namorada, fingindo que o burburinho ao nosso redor não era incomum, tão pouco irritante. Era os dois e eu não sou conhecido exatamente pela minha paciência, então...

—Fábregas, você viu o Ocaso? – Levantei a cabeça, depois de ouvir um sussurro engraçadinho de Claire, para encarar um Westhampton, se eu não soubesse que era de mentira, super empolgado. Deus, só trabalho com excelentes atores! – Falaram de nós! Falaram de nosso grupo de estudo, DUAS VEZES!

—Esse tipo de publicidade não dá para comprar, cara. – Respondi o cumprimentando, afinal, tínhamos plateia. – Mas Scorp disse que eles me chamaram de escandaloso, você viu isso?

Algumas pessoas deram risadas com minha pergunta e eu tratei de ignorá-las, não queria fazer jus à fama. John apenas meneou a cabeça sorrindo e se sentando ao meu lado, sem me responder. Louise e Rebeca vão ver só.

Creio que o diretor não tenha tido tempo para ver o Ocaso, porque não houve discurso nenhum essa noite, só o maravilhoso cheiro da comida de Hogwarts surgindo magicamente na mesa.

—Olha só, eles têm vegetais gratinados com gruyere! O que esses elfos não conseguem? – Falei com o apetite realmente aberto, mas até aí, qual a novidade? Servi um prato que envergonharia a minha mãe, mas novamente, qual a novidade?

Coloquei um bom bocado na boca e quando ia colocar a segunda garfada, sem nem pausar para respirar, o burburinho começou.

—AI MEU DEUS, AI MEU DEUS, CESC! – Olhei assustado para a cara empalidecida de Claire, ela parecia que tinha visto...

—Vermes. – Sussurrei horrorizado e sem nenhuma reação no meu corpo. As travessas de TODAS as comidas de TODAS as mesas do Grande Salão estavam repletas de pequenos, gosmentos e pálidos bichinhos se remexendo entre os alimentos. – Meu Merlin, eu comi vermes.

Antes que pudesse dar um escândalo, porque venhamos e convenhamos, estava no meu direito, eu percebi uma coisa: o grande plano estava em ação.

Vou matar Tony, ele me fez comer VERMES!


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo é o desenrolar do grande plano e não vai ter pov Cesc, o q é sempre um desafio.



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