Hogwarts: uma outra história escrita por LC_Pena


Capítulo 31
Capítulo 31. Real ou não real?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo demorado, muita coisa acontecendo nesse fim de ano, sorry.



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Capítulo 31

Me diga uma coisa, você prefere estar certo ou ter paz? Eu particularmente gosto das duas coisas, mas não podendo escolher essa opção, voto em ter paz e é exatamente por isso que estou deixando meus três melhores amigos me “convencerem” da verdade.

—Eu vou meter uma imperdoável na cara dele.— Rebeca proferiu essa frase agressiva, mostrando que talvez eu não esteja parecendo tão convencido quanto pensei.

—Cesc, que parte você está em dúvida?— Scorp me perguntou com uma falsa paciência, eu sei que ele está bem perto do nível de frustração de Rebeca, o único que está tranquilo com tudo isso é Tony, deitado em sua própria cama.

—Achei estranho Louise quebrando regras e trabalhando com Rebeca, achei estranho eu estar perdendo meu tempo em uma coisa como o Ocaso e principalmente, achei muito esquisito MESMO Potter ter me lançado uma obliviate, quero dizer, o cara mal sabe fazer um leviosa!

Terminei meu pequeno discurso todo de uma vez, com um tom completamente neutro, veja bem, não estou dizendo que nada disso pode ter acontecido, apenas estou apontando a improbabilidade disso tudo ter acontecido.

—Certo, do começo então.— Scorp sentou na cama, respirando fundo, provavelmente tentando ver a melhor forma de me recontar a pior das histórias inventadas por ele desde sempre. Quero dizer, ele costumava ser melhor em pegadinhas, mas tenho que parabenizá-lo por ter conseguido incluir Rebeca nessa. — Louise gostou da ideia e ignora a parte das regras porque lhe convém, mas ela e Rebeca juntas ainda dá merda.

—Porque sua irmã é uma merda.— Plausível. Rebeca sentou do lado de Scorp na cama dele, cruzando as pernas. Scorp a empurrou de leve com os ombros e ela meio que rosnou para ele. Esqueça a cooperação entre ela e Louise, quero saber como esses dois toparam trabalhar juntos!

—Quanto a segunda dúvida... O seu eu do passado não sentia que era uma perda de tempo trabalhar no Ocaso.

—Você não disse nada com isso!— Cruzei os braços, dessa vez nada convencido e mostrando isso. – Eu saí do Hogs News, por que eu iria querer me envolver em outro jornal?

—NÃO É UM JORNAL!— Tony gritou me acertando com um travesseiro. Agora já chega, vou acabar com ele.

—Cesc, senta.— Scorp apontou para mim e deu O olhar para Tony. — Cara, não posso te dizer o que te motivou a criar e a ficar no Ocaso... Só você pode responder isso.

—Que poético.— Tony falou, finalmente deitando-se de lado para nos assistir.

—Que patético.— Eu disse, porque, sério? Eu tenho que me responder? Me ajuda em absolutamente nada. – E a terceira questão?

—Quando voltamos de férias, você nos contou como perguntou a Fred Weasley II sobre os negócios ilegais dele, assim como mostrou interesse na habilidade de Potter em poções, eles só precisaram ligar um mais um...

—Mas Potter é burro!— Essa é uma verdade que obliviate nenhuma poderia apagar, quero dizer, ele demonstra essa burrice só no respirar!

—De onde você tirou essa ideia? Ele não é burro! — Oh, que surpresa, Rebeca defendendo a quedinha dela...

—Claro que é, todo mundo sabe, né não, Tony?— Falei desviando um pouco a cabeça para encontrar os olhos de Tony lá no fundo do quarto.

—Ele não é burro, Cesc.— Estou cansado disso, cansado de ser traído por Tony!

—Argh, vocês são uns palhaços! Essa brincadeira não tem graça nenhuma!— Eu levantei, realmente irritado com tudo isso. Não estou acreditando que eles estejam levando isso para frente, mesmo me deixando visivelmente desorientado, qual a graça?

—Cesc...

—Não, Rebeca! Parou a palhaçada, vocês podem ficar aí se divertindo as minhas custas sozinhos, pra mim já deu!

Cai fora do quarto, porque realmente não estou mais afim de me estressar com esses caras, eles são sem sombras de dúvidas meus melhores amigos, mas às vezes passam dos limites nas brincadeiras.

Saí completamente da Sonserina mesmo sabendo que as chances de me irritar aumentam exponencialmente lá fora, mas preciso encontrar uma pessoa que vai me provar que essa história toda é uma brincadeira de mau gosto.

Mesmo que eu não esteja cem por cento certo disso.

—Hey, Cesc! — Me virei para ver quem me chamava vindo do corredor noroeste. Lily e Aidan se aproximavam, a amizade deles sendo a epítome de um mundo em que as nuvens são feitas de algodão doce e isso é exatamente o que eu estou precisando para esquecer minha irritação atual.

—Onde os dois pufosinhos estão indo?— Lily revirou os olhos e Aidan fez uma careta engraçada.

—Colocar no diminutivo uma coisa já ofensiva é muito cruel da sua parte! — O lufano falou daquele jeito levemente divertido dele, suponho que ele já tenha se acostumado completamente com a minha maneira de ser à essas alturas.

—Estamos indo ver uma venda de garagem feita por umas meninas da Corvinal, lá no pátio central.— Lily me falou antes de explodir uma bola nojenta de chiclete. A cada dia que passa ela se parece mais uma daquelas adolescentes pentelhas de seriados teens, toda joelhos ossudos e atitude rebelde sem causa.

—O que seria uma venda de garagem sem garagem e o mais importante, tem comida?— Falei olhando para os dois, curioso, não é como se eu estivesse fazendo nada de interessante mesmo.

—É óbvio e não.— Eu olhei confuso para essa resposta de Lily.

—Óbvio que não?

—Óbvio que uma venda de garagem sem garagem é exatamente o que o nome diz e que não, não tem comida alguma.— Ela colocou as mãos na cintura. Que petulância.

—Lily alguma coisa Potter, você não ous...

—O nome do meio dela é Luna.— Eu não entendo isso, não entendo porque a entidade do mal, James Potter, sempre aparece sem ser invocada! Não deveria esperar a gente chamar o nome dele três vezes antes de vir? Isso não importa! Pelo menos dessa vez ele apareceu em um momento propício, ele era exatamente quem eu precisava ver para esclarecer minhas dúvidas.

—Que bom que está aqui, Potter, preciso tirar uma dúvida com você. — Ele me olhou curioso, sem entender uma frase simples. E todo mundo defendendo a não burrice dele...

—Fale.

—Não aqui.— Revirei os olhos para ele, que apenas sorriu da minha irritação. Idiota. Saí, me encaminhado para um lugar menos movimentado. – Encontro vocês mais tarde, unicórnios.

—São adoravelmente esquisitinhos juntos, já shippei!— Tanto eu quanto Potter paramos e a olhamos como se ela fosse uma mini alienígena, Lily arregalou os olhos. – Eu disse isso em voz alta?

Aidan deu risada e eu nem me dei ao trabalho de fazer um comentário para isso. Lily não precisa de asas para sua imaginação fértil, mas aí está um grande motivo para eu não acreditar que James Potter me enfeitiçou.

Ele teria apagado a suposta queda que ele demonstrou por mim naquela fatídica festa de Halloween.

Mas como eu não estou nem convencido de sua inocência, muito menos da sua culpa, resolvi fazer algo um pouco agressivo para descobrir a verdade. Esperei até termos chegado em um corredor mais vazio para pôr em ação mais um dos meus planos brilhantes à lá macarrão instantâneo, feito em 3 minutos.

—Estupefaça!— Potter desviou facilmente do feitiço, claramente assustado. Óbvio que não atirei para atingir, estou apenas testando ele.

—MAS QUE PORRA É ESSA, FÁBREGAS?— Hahaha, essa cara dele é impagável, mas estou aqui a trabalho, então...

—Anapneo*!

—PARA COM ISSO!— Ele mostrou que não era tão lesado assim, conseguiu se desviar do feitiço ao mesmo tempo que chegou mais perto de mim, me jogando na parede. Oucht, minha cabeça! – O que pensa que está fazendo, seu idiota?

Eu deveria estar preocupado com minha saúde, afinal James Potter parecia muito, muito irritado e estava louco para me enforcar, se o braço apertando meu pescoço dizia algo. Mas mesmo ele tendo sibilado agressivamente enquanto me imobilizava, eu continuei tranquilo.

—Não pegou a varinha.

—O quê?— Ele perguntou, me sacodindo, fazendo com que eu batesse minhas costas na parede de novo. Vou aceitar apenas pelo bem da conversação.

—Ataquei você e você não revidou... Era tudo que eu precisava saber.— Ele me olhou confuso e eu simplesmente o empurrei, provando que não estava intimidado pela raivinha de Potter.

—O que isso quer dizer?— Ah bom, isso sim vai ser difícil de explicar...

—Que você é inocente, meus parabéns!— Eu disse, juntando uma mão na outra e recuando discretamente.

—Inocente de que acusação?— Meu Merlin, quanta pergunta! E isso importa?

—É irrelevante, você é inocente e eu nem atirei em você de verdade...

—Isso não quer dizer que não me deva respostas.

—Quer dizer exatamente isso, tchau!— Dei as costas, mas fui virado pelo ombro. Gente, que garoto mais irritante! – Potter, você me deu uma cantada bêbada, mandou seus trogloditas me atacarem durante a nossa partida, roubou meu celular... O mínimo que você poderia fazer era aceitar tudo isso numa boa!

—Eu me arrependi e pedi desculpas em pelo menos duas dessas coisas aí...— Ele me deu um sorrisinho sacana. Eu simplesmente encarei tamanha cara de pau. – Só me diz porque acha que eu tentaria machucar você...

Não adianta vir com essa conversinha mole não, Potter, nem com esse olhar de cachorro caído da mudança.

—Nunca achei, não de verdade, mas Tony e Scorp acham que você poderia ter apagado minha memória...— Dei de ombros e ele se encostou na parede, de braços cruzados.

—Porque eles acham que eu iria fazer isso com você?— Sério? Isso é óbvio, por Merlin!

—Porque você é meu inimigo, talvez?— Seu lesado! Ele me olhou como se eu tivesse cantado o hino de Hogwarts de trás para frente vestido de tutu rosa!

—Ainda somos inimigos? Achei que tínhamos melhorado isso aí!— Ele falou verdadeiramente surpreso, eu mereço.

—A questão toda é: meus amigos não prestam e aproveitaram para me pregar uma peça! — Dei de ombros mais uma vez, resignado. Esse tipo de coisa faz parte quando se vive com cobras.

—Talvez eu devesse dar uma surra nos seus amigos, ninguém coloca em cheque a honra de um Potter e saí ileso para contar história.— Ele me falou sendo a personificação da arrogância, eu mal posso acreditar que estamos mesmo tendo essa conversa.

—O que é isso? Viemos parar no século dezenove agora? Vai me atirar uma luva na cara em desafio?— Ele inclinou a cabeça para o lado, exatamente como um cachorro burro faria. – Não, não responda. Sinceramente não me importa.

—Que se dane o que te importa, quero saber exatamente porque seus amiguinhos acharam por bem me envolverem nessa brincadeirinha de vocês!— Passei as duas mãos pelo rosto, em um claro gesto de exasperação. Honestamente, um obliviate que me fizesse esquecer essa criatura lazarenta me cairia bem agora...

—Potter, eu...

—Aí está você, Cesc! Lily e Aidan me disseram que tinha vindo por esse lado e... Ah, oi, James!— Salvo pela minha adorável namorada! Claire me cumprimentou com um selinho e eu posso jurar que Potter fez uma careta para isso, se não burro, ao menos imaturo ele é, admitam!

—Oi, Claire!— James teve que engolir a tréplica que ele já devia estar preparando para me dizer, eu não o entendo, ele nunca me ouve! Reparem que ele já está pronto para retrucar o que quer que eu diga, não importa se o que eu disse encerra a questão ou não. – Está indo para a venda de suas colegas?

Claire fez uma careta divertida, me abraçando de lado para responder Potter de um ângulo mais apropriado.

—São da minha Casa, mas são umas coisinhas arrogantes, se me perguntar...— Ela levantou o rosto para falar diretamente para mim agora. – Mas estão vendendo algumas coisas bem interessantes, tem uns livros de feitiços da coleção de Merwyn*, o malicioso! Você não estava procurando por um desses?

— Com certeza! Eu estava indo para lá de qualquer forma, achar esses livros seria uma sorte só não maior do que você aparecer para me salvar das garras de Potter...— Os dois olharam surpresos com o tamanho da minha honestidade, mas eu terminei falando diretamente para o dito cujo que deveria estar ciente a essa altura do inconveniente que era. – Não se finja de ofendido.

—Não estou fingindo! — Potter fez uma cara de ultraje cômica, que teria sido mais engraçada se Claire não tivesse me dado uma cotovelada de aviso na altura das costelas, eu a ignorei e resolvi falar para quebrar o silêncio onde caberia uma possível retratação minha.

—Então tá, né? Foi um prazer falar com você, Potter, obrigado pelos esclarecimentos.— Ele teria levantado uma sobrancelha indagativa se pudesse, tenho para mim que grifinórios são inexpressivos no sarcasmo.

—Quer nos acompanhar à venda, James?— Pelo amor de Deus, mulher, deixe de ser tão simpática! O quase ruivo, porque para mim ele não é ruivo, já disse isso, sorriu preguiçosamente, porque essa expressão de cruel satisfação ele sabe, né? Idiota.

—Claro, adoro comprar bugigangas, talvez eu encontre algo que me interesse lá.

—Talvez encontre uma focinheira...— Murmurei para mim mesmo, mas Claire ouviu e me deu um beliscão de leve, que quase não senti através do casaco. Sorri inocentemente e ela retribuiu com um sorriso conhecedor.

Bem, a culpa é toda dela por ser tão educadinha com estranhos, os pais dela nunca disseram para não falar com estranhos? E sim, Potter é conhecido, eu já até estive na casa dele, mas eu não estou falando desse tipo de estranheza, se é que me entende. O ditado deve se aplicar para caras esquisitos e insuportáveis também, estou bem certo disso.

Assim que Claire se separou para cumprimentar uma amiga que ela deve ter visto há apenas uma hora, James Potter achou interessante se aproximar e me sussurrar no ouvido com um tom mandão.

—A nossa conversa ainda não acabou, Fábregas.— Ele me disse, depois saiu de cena, não sem antes ler nos meus lábios um “Vai se foder”. Virei bem a tempo de convencer Lily a não comprar um inútil lembrol que parecia ter visto dias duros na boca de alguma besta doméstica.

Eu devia ser canonizado, sinceramente!

***

Estava pensando seriamente em sentar com Claire hoje na mesa da Corvinal simplesmente para mostrar o meu ponto para meus amigos: brincadeiras tem limites, mas Lily me convenceu a sentar com ela para ensiná-la a reforçar o feitiço aquecedor nas suas luvas que trocam de cor, mas que não são lá muito úteis já que é só isso mesmo que elas fazem.

— Ainda não acredito que pagou 25 nuques nessas luvas inúteis que nem servem para aquecer, isso é quase um sicle!— A ruiva me olhou desdenhosa, colocando as peças para ficarem da cor de seu cardigã lilás com a mera aproximação da roupa.

—Mas agora elas estão bem quentinhas, então foi um ótimo investimento!— Ela me sorriu, enquanto piscava um olho. Essa menina está cada dia mais parecida com a doida da Rebeca!

—Graças a mim! Sinceramente, estou arrependido de ter te ajudado, você não aprendeu lição nenhuma com isso, Lily!

—Não estamos aqui para aprender lições, meu caro.— Lena falou polindo seu mais novo broche de prata em formato de... Sei lá, me parece um urubu, que Victoria Heyes garantiu ter pertencido ao especialista em aves mágicas, Gulliver Pokeby. Nunca vi uma amizade mais adequada do que a dessas duas, vou te contar...

—E eu achando que era exatamente para isso que servia a escola, para aprender lições...- Falei enquanto terminava de mastigar com a boca aberta meu pedaço de codorna, só para causar. Lena me olhou com cara de desprezo, como a boa puro sangue que é. Tão nova e tão cheia de si...

—Não se faça de desentendido, isso nem lhe cai bem... Rebeca, senta aqui! — Ela cortou seu sermão ao ver sua “ídola máster”. Me recusei a dar uma resposta a garotinha atrevida e também não me dignei a largar meu jantar para saudar a monstra.

—Que bom te encontrar aqui, Cesc, temos assuntos a tratar.— Eu a respondi ainda sem tirar os olhos da comida.

—Você é muito besta mesmo se acha que vou cair... — Ela cravou as unhas compridas no meu ombro, ganhando minha atenção no processo.

—A coisa é séria, preciso falar com você! — Eu estreitei o olhar para ela, mesmo sabendo que minha intimidação não funciona mais com a senhorita Wainz, mas antes de eu perguntar a ela se ela tinha tomado alguma poção estragada, percebi um movimento na mesa dos professores, o diretor interino parecia se preparar para falar.

—Que estranho...— Eu falei mais para mim mesmo do que para os outros. Rebeca me soltou e se espremeu para sentar entre mim e uma setemanista folgada que a olhou de cara feia.

—POR FAVOR, PEÇO A ATENÇÃO DE TODOS.— O salão inteiro foi cessando o barulho rapidamente e pelo uso desnecessário da varinha para ampliar a voz, sabia que o quer que o diretor atual, para mim ainda vice, estivesse dizendo seria transmitido para todas as dependências da escola. – CHEGOU AO NOSSO CONHECIMENTO A PRÁTICA DE ALGUMAS ATIVIDADES ALGO CONTROVERSAS NESTA ESCOLA.

O homem fez uma pausa encarando a todos, como se de alguma forma pudesse olhar um a um nos olhos. Quando seu olhar chegou na mesa da Sonserina me vi obrigado a desviar o rosto meio intimidado, Rebeca apertou minha perna como se quisesse me dizer alguma coisa.

—HÁ ALGUMAS SEMANAS FOMOS COMUNICADOS DE QUE UM PEQUENO JORNAL ALTERNATIVO ESTAVA CIRCULANDO NAS MÃOS DE NOSSOS ALUNOS, OPTAMOS POR NÃO INTERFERIR NESSE ASSUNTO, JÁ QUE TUDO PARECIA MUITO INOFENSIVO.

Lily revirou os olhos para essa fala de Brenam, todo mundo ainda comentava da ousadia do Ocaso em falar mal das intenções do vice-agora-quase diretor na última edição, então esse plural que ele usou com certeza não o inclui.

—PARECIA INOFENSIVO... ATÉ AGORA.— Não disse?

Opa! Não gostei do jeito que ele falou isso. Foi seco, sem nenhum traço da condescendência tão comum à McGonnagall. Brenam não parece ser o tipo de pessoa que leva bem críticas ou que atribui à juventude as besteiras que os alunos fazem.

— OFICIALMENTE A DIREÇÃO E CONSELHO DE HOGWARTS DECIDIRAM REPUDIAR TAIS ATIVIDADES E CONSIDERAM AGORA TODOS OS ESCRITOS SOB O NOME DE "OCASO" TRANSGRESSÕES, ASSIM COMO CONSIDERAM O GRUPO QUE SE AUTODENOMINA "ICONOCLASTAS" INFRATORES, CABENDO ÀS PUNIÇÕES DEVIDAS A TODOS OS ASSOCIADOS.

Rebeca não me tocou dessa vez, mas eu nem precisei olhá-la para sentir sua tensão. Ela estava respirando superficialmente do meu lado, como se essa notícia mudasse tudo. Comecei a ficar nervoso também, será que...

—GOSTARÍAMOS DE PEDIR A COLABORAÇÃO DE TODOS VOCÊS PARA QUE AGUARDASSEM ENQUANTO OS DIRETORES DE VOSSAS CASAS FAZEM UMA BREVE BUSCA NO DORMITÓRIOS PARA GARANTIR QUE OS ARTEFATOS UTILIZADOS NESSA ATIVIDADE SEJAM ENCONTRADOS. NÃO PRECISAM FICAR NERVOSOS, APENAS OS ENVOLVIDOS DIRETAMENTE COM O OCASO SERÃO PUNIDOS.

Todo mundo teve a atenção desviada para John Westhampton que parecia ter se engasgado lá na mesa da Corvinal. Se eu não tivesse trabalhado com ele em algumas pesquisas, que nem lembro porque fiz para início de conversa e visto o quanto ele é chato e certinho, até suspeitaria dele como um dos Iconoclastas.

—ISSO É TUDO, PODEM VOLTAR A VOSSA CEIA AGORA, OBRIGADO PELA ATENÇÃO.

Todo o Salão parecia ter soltado o fôlego ao mesmo tempo. Velho, que tenso!

—Minha Morgana...— Rebeca sussurrou parecendo bastante alterada, me abaixei para deixar minha boca na altura da orelha dela, de um jeito que mais ninguém pudesse me ouvir.

—Não era uma brincadeira, não é?— Ela fez que não com um simples aceno que me fez perder completamente o apetite.

Por Merlin, onde foi que eu me meti?


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Notas finais do capítulo

Anapneo - Um feitiço aleatório que apenas desobstrui as vias respiratórias, Cesc escolheu porque mal não ia fazer.

Merwyn, o malicioso - Feiticeiro medieval conhecido por seus muitos feitiços e encantamentos.



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