Hogwarts: uma outra história escrita por LC_Pena


Capítulo 30
Capítulo 30. Uma pequena reviravolta


Notas iniciais do capítulo

Nem minha irmã poderá dizer que esse capítulo é de "transição". Rum.



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Capítulo 30

—Então, o que acharam da ideia? – Minha cara nesse exato momento é de “404 not found”, Tony e Scorp não estão melhores. – Eu sei que você e Rose não se dão muito bem, mas ela é muito legal e inteligente.

—É... – Eu fiz meu melhor sorriso, mas deve ter saído mais como uma careta, porque Claire, apenas riu, me deu um selinho e foi embora, provavelmente com a sensação de dever cumprido. Assim que ela saiu pela porta da sala de estudos, eu fui atacado por Tony.

—Merda, Cesc! Temos que eliminar a Weasley agora antes que seja tarde demais!

—Já é tarde demais, ela nasceu! O que precisamos é de um vira-tempo, uma pá e 10g de estricnina. – Scorp falou logo depois de Tony, com sua melhor cara de louco.

Eu como sou uma pessoa lúcida e não adepta dos planos definitivos e letais de Scorp, preferi respirar fundo e dar a minha própria ideia, que eu ainda não sei qual é exatamente...

—Tony, ache a Weasley e tente impedi-la de dar essa ideia horrível a algum professor. Scorp, ache a pequena cobra Potter.

—Lily? – Eu olhei pra ele irritado. Lily? LILY? O que Lily poderia fazer pra nos ajudar nessa calamidade?

—Claro que não, Malfoy! Estou falando de Severus! Ache-o e me encontrem na sede.

Não precisei falar mais nada para os meus dois melhores agentes, eles já estavam no caso. Eu tentaria encontrar o meu mais novo parceiro de crime, Westhampton, para podermos juntos pensar numa nova estratégia para tentarmos impedir a maligna Weasley de tentar seu mais novo crime.

Vejam só vocês, ela teve a terrível ideia de usarmos a câmara secreta de Salazar Sonserina como local de treino para os times de Quadribol, o que até teria sido uma boa se lá já não fosse a maldita sede do Ocaso.

Eu vou matar aquele furãozinho ruivo!

Mas nem eu, muito menos os caras fomos muito longe. Estava acontecendo um evento na entrada principal do Castelo e por evento eu quero dizer briga mesmo. Vi Scorp e Tony tentando se infiltrar na turba que assistia animada a luta lá fora.

Fiz a mesma coisa, não porque eu goste de assistir lutas, aqui no mundo bruxo meio que perde a graça, eu gosto de ver socos, chutes e rasteiras, o que sempre me faz dar risada, os duelos mágicos são muito civilizados para o meu gosto e...

Merda, é um dos meus jogadores!

Habermas estava se levantando, com as vestes escuras de Hogwarts completamente brancas por causa da neve. Não dava para ver muito bem, mas ele parecia estar limpando sangue da boca. Seu adversário estava levando vantagem, porque se não fosse pela manga das vestes soltando um pouco de fumaça, ele se passaria por um espectador, de tão calmo que estava.

Romeo estava atento ao duelo, nem parecia notar a aglomeração que se formava na porta da escola, mas o seu adversário sim e quando percebi que ele lançaria um feitiço mais definitivo, resolvi interferir em favor do sonserino, claro.

—HAARDY! – O idiota loiro se distraiu com o meu chamado, o que fez com que Romeo assumisse a vantagem e eu vou te dizer, palmas pra ele por admitir que feitiços não são seu forte e partir para a briga trouxa.

Meu artilheiro derrubou o corvinal no chão, como um jogador de futebol americano profissional e em outras circunstâncias eu teria vibrado com o golpe, mas hoje estou aqui para ser a voz da razão, então, relutantemente lancei no meu amigo uma azaração de impedimento, cortesia de tio Draco.

Pelo menos Romeo conseguiu desferir dois murros na cara de Haardy antes de ser atingido, que alegria, meu Deus! O corvinal com o nariz sangrando (hahahaha, pobre nariz de Haardy, porque todo mundo só o acerta aí?) já estava pronto para pegar a varinha e acertar um Habermas em câmera lenta quando eu coloquei a minha própria varinha no pescoço dele.

—Solta. – Ele me olhou transbordando ódio, mas eu não me assustei, por favor, não tenho medo desse cara. – Solta ou vou deixar  Romeo terminar o que começou.

O capitão da corvinal largou a varinha de volta na neve e eu tirei um Romeo muito indignado e lento de cima dele. Eu sei, cara, queria que você tivesse acabado com a raça de Martin Haardy também, mas não posso me arriscar a perder mais um jogador expulso.

Finalizei a azaração, bem a tempo de conseguir disfarçar para os monitores da Grifinória a situação e impedir que Romeo fizesse um escândalo.

—Haardy passou mal, ajudem ele.–Westhampton, a mente do crime que ocasionalmente servia para alguma coisa apontou para um Haardy ainda caído no chão. Encaminhei discretamente Romeo para dentro, fingindo que não, não estávamos nem um pouco relacionados com os eventos que aconteceram do lado de fora.

Assim que chegamos em um corredor menos movimentado, Romeo livrou o braço pelo qual eu o estava conduzindo.

—Por que merda você interferiu na minha briga? Eu tinha tudo sobre controle!

—Tô pouco me fodendo pra isso! Por que inferno você estava brigando, para início de conversa? - Falei igualando minha indignação a dele.

Essa é uma dica para vida, crianças, em discussão com sonserinos, o ideal é sempre se colocar em pé de igualdade, rebata desprezo com desprezo, indiferença com indiferença, raiva com raiva...

Na pior das hipóteses, você ganhará nosso respeito.

—Ele... – Romeo olhou para o corredor, onde alguns alunos que deviam estar assistindo o duelo anteriormente aguardavam para saber os próximos capítulos. Não vou chamar de fofoqueiro, porque essa palavra nem cabe mais aqui. – Eu estava errado, Fábregas.

Falei baixo dessa vez, dando completamente as costas para o grupinho de desocupados. Romeo baixou a cabeça para ouvir a minha pergunta. – Do que está falando?

—Ele não é usuário, Cesc. Ele é o fornecedor! – Eu olhei pra ele surpreso. Haardy e Potter estavam trabalhando juntos no fornecimento de poções ilegais em Hogwarts? – Ele tava oferecendo essas porcarias dele pra meu primo!

Eu não soube o que responder para Habermas naquela hora, apenas o olhei bem chocado. Eu sabia que Haardy tinha um caráter duvidoso, mas daí a ser um traficante... Esse era um salto muito grande.

—Você... Você tem certeza? – Ele fez que sim com a cabeça.

—O que a gente faz?

—Não há... Não há provas, mas acho que é uma acusação muito séria... Estaria disposto a testemunhar isso para o nosso diretor?

—Bradbury? – Agora fui eu que fiz que sim com a cabeça. Não confiava no vice-diretor Brenam. Bradbury era uma cobra, mas ao menos era uma cobra da casa – Claro.

—Então vamos lá.

***

O caminho para as Masmorras foi estranho, Romeo não estava com clima para conversa fiada. Ele foi espanando a neve das vestes com as mãos, era quase como se depois da briga ele tivesse esquecido que era bruxo e tinha uma varinha para fazer coisas como essas.

Ao chegarmos na sala do diretor da Sonserina, paramos e nos encaramos. Quem iria incomodar a fera?

—Vai você, você que tem algo a dizer! – eu apontei para porta e ele fez uma careta, o lado da boca começando a adquirir um tom arroxeado, que ótimo! Como vamos explicar isso para os monitores?

—Eu? Você que é o senhor da lábia! – Ele me disse cruzando os braços, aff, que cara difícil!

—Os dois ao mesmo tempo, no três. – Contamos juntos, mas ao final da contagem nenhum dos dois bateu na porta.

—Que truque velho, Cesc... – Argh! Bati com um pouco mais de força que o necessário pela frustração com Habermas e depois recolhi a mão como se ela tivesse criado vida própria. Maldita mão!

—Entre.

Eu olhei para cara de Habermas e ele fez um sinal com a cabeça para eu ir na frente, teria empurrado ele, se não achasse que isso só nos deixaria em maus lençóis com o nosso diretor.

—Boa tarde, professor Bradbury.

—Tarde. – Habermas é um bronco mesmo. O homem parou de escrever em seu pergaminho com cara de confidencial, largando a pena de uma maneira avaliadora. Depois de nos encarar enigmaticamente por alguns segundos mais, o cara finalmente falou.

—No que posso ajuda-los, garotos?

—Temos uma denúncia a fazer. – Ele levantou uma das sobrancelhas negras em sinal de interesse para a minha declaração. – Na verdade, Romeo tem. Fala. – Essa última palavra eu sussurrei para o dito cujo.

—Err... Então, é sobre um aluno e... – Fiz minha melhor cara incentivadora “DESEMBUCHA, SEU MERDA!” – Haardy está contrabandeando poções ilegais para dentro da escola.

Olha só! Isso foi mais fácil do que eu achei que fosse!

—Professor, não tenho prova disso, mas acho inclusive que foi ele que forneceu para o nosso time as poções ilegais naquele evento fatídico temporada passada. – Completei, decidido a jogar toda a merda no ventilador.

—Não tem provas... – Bradbury mexeu na pena, com sua sempre indecifrável expressão. Ele não estava perguntando, apenas avaliando a informação.

—Não temos provas sobre isso, mas sobre ele estar fornecendo agora... Ele ofereceu para meu primo, senhor! – O professor largou a pena na mesa, este sendo o único gesto dele que revelava algum sinal de que a história o tinha atingido. – Marco está querendo entrar muito no time e Haardy ofereceu uma porcaria de uma poção para melhorar o desempenho dele, a mesma que Streck...

—Um momento, senhor Habermas. O senhor sabia de um colega de time que estava fazendo uso de substâncias ilegais e não contou a ninguém? – Romeo olhou assustado para o professor e depois para mim. Não amarele, macho!

—Não temos certeza sobre Streck e não queríamos prejudica-lo por causa de boatos. – Romeo se defendeu espertamente, o que foi um milagre. O professor continuou sem esboçar nenhuma reação, mas suas mãos diziam muita coisa, ao invés de pegar sua pena encantada, ele pegou a varinha e começou a mexê-la de leve na mesa.

—E têm certeza sobre Haardy? – Nós dois fizemos que sim com a cabeça, sincronizadamente. Cara, Bradbury é muito intimidador! – Contaram para mais alguém?

Habermas fez que não, mas eu hesitei, por dois motivos: primeiro porque não queria que Romeo soubesse que eu contei o segredo dele para outras pessoas e segundo, que tipo de pergunta suspeita é essa? Fiz um não tardio com a cabeça e minha suspeita se mostrou justificada.

— LOCOMOTO MORTIS GEMINUM!— Antes que eu pudesse pensar em fazer qualquer coisa nosso, até então, confiável diretor nos lançou um feitiço de paralização duplo. Provavelmente os meus olhos eram as únicas coisas que demonstravam todo o meu espanto. – Habermas, estou começando a ficar cansado de ter você por aqui. Obliviate.

Vi, impotente, o olhar de Romeo ficar completamente desfocado. Meu Deus, eu já vi esse olhar antes! Quando eu fui falar com Streck era exatamente essa expressão perdida que ele tinha e ele estava saindo justamente das masmorras...

Céus, como eu pude ser tão burro?

Quando os sábios dizem que as respostas para os problemas mais complexos podem estar nas coisas mais simples, eles não estão querendo apenas soar poéticos! Quem poderia trazer ingredientes, poções, ter acesso aos alunos, influência e estar acima de todas as suspeitas?

Não, não era Potter, seu burro! Claro que só podia ser ele, o maligno professor de poções! Ok, a parte do maligno soou como definição de vilão de novela mexicana, mas você tem que admitir, Bradbury é maligno, sempre tirando ponto dos aluninhos e passando provas irrespondíveis...

O que diabos eu tô dizendo? Esse era o lado bom dele! O lado mau é esse, o traficante de poções que está limpando a memória de um de seus alunos!

Ai meu Merlin, ele tá vindo para o meu lado agora!

—E quanto a você, Fábregas? Acho que vou apagar tudo relacionado à hoje, a mim, Haardy, Streck e poções, toda vez que se lembrar dessas coisas, terá o sentimento de não poder se importar menos... Isso será fácil pra você, parece que é assim que sua mente funciona, não?

Que coisa mais vilanesca de se fazer! Discursinho ofensivo sem que o mocinho que, o apocalipse está chegando, nesse caso sou eu, não pode responder da maneira adequada! Por isso que vilões se dão mal, é nessa hora que o herói recebe uma ajuda do destino e consegue se libertar, desmasc...

Obliviate.

Vi pela última vez memórias chaves passando e indo embora: a primeira vez que segui Rose Weasley e Haardy pelos corredores, minha negociação com o loiro, a criação do Ocaso, minhas discussões com o capitão da Corvinal, minhas conversas sobre o assunto com Habermas, Streck, Tony, Scorp, Rebeca, tudo sobre as poções ilegais e por fim, a memória da última hora.

—Dispensado, senhor Fábregas.

***

Merda de exercício cabuloso de Aritmancia! Aparentemente depois que o diretor Brenam assumiu a direção, sua substituta à séculos, a intragável butijãozinho Wespurt percebeu que não poderia nos deixar faltar a aula o quanto quiséssemos e apenas pedir pequenos resumos sobre os temas “ensinados” e nos passou um questionário sem fim para a próxima semana.

Eu nem sequer a conhecia! Ela era aquela senhora gordinha que tomou meus binóculos no jogo da Grifinória contra a Corvinal em setembro. Olha a que nível a melhor escola de magia e bruxaria do mundo chegou!

Veja bem, eu estava crente e abafando que a coisa ia ser fácil, geralmente prova com consulta é muito fácil para mim que já dominei a arte da leitura dinâmica, mas hoje, por alguma razão, meu cérebro não estava muito cooperativo.

—Mas que merda, Cesc! Ficamos te esperando por mais de uma hora na câ... Sede! – Olhei para um Tony muito revoltado, Scorp não parecia muito mais feliz.

—Do que diabos você tá falando? Eu estava aqui o tempo todo, fazendo meu dever de Aritmancia! – Falei igualmente irritado. Porra, já não estou muito concentrado e Tony ainda vem gritar no meu juízo? Só dando um soco nele mesmo!

—Você mandou a gente parar a Weasley e buscar Severus para uma reunião, seu lesado, lembra? –Scorp falou tudo em um sussurro irritado característico.

—Severus? – Eu falei quase gritando com meu bocão, Tony tapou minha boca, procurando algum fantasma espião, só pode! Tirei a mão dele de mim, sabe-se lá Deus onde elas andaram passando... – Quem é Severus? O falecido diretor?

—Cesc... Para o quarto. – Scorp mudou sua expressão confusa para uma determinada. Eu estava pronto para mostrá-lo o dedo do meio, mas ele foi enfático. – AGORA.

—Tá, tá, mamãe! Não precisa gritar! – Juntei todas as minhas coisas com um accio não verbal, estava ficando bom nesses feitiços simples e acompanhei as duas criaturas loucas que chamo de melhores amigos para o dormitório.

—Ok, Cesc, agora nos diga, que merda você pensa que está fazendo? – Joguei minha mochila de qualquer jeito no chão, do lado da minha cama e encarei um Tony muito sério. Ok, isso tá estranho.

—Eu não... Me desculpe, mas não lembro de ter marcado nada com vocês... Foi sobre o time? – Tony desanuviou a expressão, mas manteve a mesma postura atípica.

—Está me dizendo que não lembra de nos ter dito para encontrar Albus e John para discutirmos a ideia da Weasley de fazer a câmara secreta de campo de treino de Quadribol?

—Porra! Essa ideia da Weasley é muito boa! – Falei verdadeiramente empolgado. Velho, a Weasley é uma criancinha insuportável, mas eu tenho que admitir, ela é muito inteligente! A ruiva me poupou um trabalho lazarento de achar boas opções de locais de treino...

Tony e Scorp se entreolharam, como se eu tivesse acabado de fazer um strip-tease ao som de Lady Gaga, ou qualquer coisa que os jovens bee estejam ouvindo hoje em dia.

—Cesc, você tá bem? – Eu olhei divertido pra eles. Não era eu que estava agindo todo esquisito, então essa pergunta era no mínimo descabida.

—Qual o problema de vocês dois? Sério? Desculpa ter faltado nessa reunião aí... Podem me falar o que aconteceu. Quando a gente vai poder começar a treinar na birosca de seu Salazar? – Falei me jogando na cama, folgadamente.

—Cesc... Err... Você poderia nos dar licença, por um minutinho? – Olhei estranhamente para os dois, apoiando a cabeça nas minhas mãos cruzadas atrás dela. Espera, eles estão falando sério?

—Vocês estão falando sério? – Os dois fizeram que sim com a cabeça. – Querem que eu saia do quarto?

—Por que você não vai dar uma volta? Encontrar com sua namorada... – Scorp falou naquele mesmo tom que ele usa quando está querendo sondar o terreno, ver se a gente ainda está irritado com ele por alguma coisa que ele aprontou.

—Tá! Eu verei minha namorada sim, mas não pensem que isso vai ficar assim! – Falei me levantando raivosamente, mas que caras perturbados! Eles me chamam para o dormitório e depois me pedem para sair! – Não vou aceitar vocês ficando de segredinhos!

Tony fez um gesto de dispensa, sem nem olhar para minha cara, como se estivesse muito concentrado em alguma coisa. Que vadio! Eu vou achar a pessoa que está azarando ele secretamente e vou dar uma gratificação a ela, junto com um pedido para me juntar ao time, ele vai ver.

Sai batendo portas, mostrando que sou bem filho de minha mãe mesmo, dramático até o último fio de cabelo. Me direcionei para a biblioteca, lugar onde minha ratinha loira de livros deveria estar a essa hora, mas antes disso me deparei com uma ratazana desagradável de verdade.

—Então Fábregas, soube das novidades? – Potter me parou com Weasley II me encarando emburradamente logo atrás. Eu hein! Mal dou bom dia para esse moleque pra ele tá me encarando assim...

—Que você morreu? Não, pera. Droga. – Ele deu um risinho cínico. Já falei hoje o quanto odeio James Potter? Bem, porque me sinto na obrigação de me lembrar disso todo santo dia, devido ao seu nível de idiotice. Tanta idiotice assim tem que ser recompensada com um ódio igualmente acachapante. – Se está se referindo a ideia da sua prima, sim, eu já ouvi.

—Você não parece irritado... – Eu olhei para ele confuso. Mais uma criança com comportamento estranho, meu Deus?

—Por que eu estaria irritado? Provavelmente é a melhor ideia que sua prima vai ter na vida!

—É que Claire nos deu a entender que você e seus amigos não tinham gostado muito... Rose até disse que Zabini foi procurá-la, zangado! – Potter explicou realmente parecendo confuso sobre a situação toda. Tá vendo, meninos e meninas? É nisso que dá cheirar cola e acreditar em fofocas dos alunos de Hogwarts, você vira um energúmeno igualzinho a James Potter.

Passei as mãos nos cabelos exasperadamente, não tô com saco para grifinório hoje. – Tá bom então, Potter, que seja! Você viu Claire por aí?

—Na biblioteca com sua irmã, mas eu...

—Acabou seu tempo, cara! – Ele tentou me interromper daquele jeito inconveniente dos Potters tão comum a... Bem, acho que a Lily, porque sei que os Potters são uns intrometidos. Sim, Lily é quem fica me interrompendo toda hora, quem mais poderia ser? – Só vai poder falar comigo próximo mês, combinado?

—Mas eu...

—Combinado. – Sai quase correndo, porque tenho certeza que James Potter continuaria seu discurso irritante até eu morrer de tédio ou raiva, o que acontecesse primeiro.

Encontrei minha doce namorada entretida num debate acalorado, porém sussurrado com outros corvinais na mesa mais distante da biblioteca. Consegui tirá-la de lá com uma piscada e um aceno de cabeça.

Deus sabe o quanto estou precisando de uma distração, já que eu tenho certeza que Claire não vai agir como se tivesse batido a cabeça contra uma árvore que nem o restante dos alunos dessa escola!

Depois de um tempo de qualidade com minha namorada, peguei um pedaço de pergaminho no bolso para mandar um recadinho carinhoso para minha irmã, porque não sou de ferro! Vou comentar como eu quase tropecei no namorado dela jogado no chão...

Estranho... Tinha um recado de Tony num pedaço de pergaminho que nem tinha visto ele colocar no meu bolso, quer dizer, esse moleque além de esquisito virou ninja agora? Quanto tempo eu dormir que não vi essa evolução dele?

Que seja, vamos ver o que aquelas duas criaturas tem a me dizer.


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Notas finais do capítulo

E aí? Alguém sabia? Provavelmente sim, Cesc q é burro como uma pedra... Comentem!