Hogwarts: uma outra história escrita por LC_Pena


Capítulo 103
Capítulo 103. Reflexões de corredor


Notas iniciais do capítulo

Deixa eu dizer a vocês, esse capítulo e o 104 ficaram prontos antes mesmo de eu postar o 102, mas eu estou espaçando as postagens para não ficar um hiatus lá na frente, um dia que eu fique sem tempo.



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Capítulo 103. Reflexões de corredor

Já havíamos deixado Segundo para trás com sua maluquice de filme de terror e agora as duas mentes brilhantes - eu e Tony - estávamos pensando nas implicações do sussurro da caixinha de musica do capiroto sozinhos. 

— E se for cinco dias para o djinn se libertar das garras dos aurores? - Tony falou com as mãos no rosto e olhos arregalados. 

— E se for algo com Hogwarts? - Perguntei ainda mais desesperado, ele botou as mãos na boca. – E se for cinco dias antes de Hogwarts entrar em colapso?

— Não, calma, estamos sendo precipitados como Segundo disse que seríamos, não vamos dar esse poder a ele. - Tony falou sensato e eu concordei. – Ainda não sabemos se a caixa de música realmente nos dá as respostas para perguntas que ainda nem fizemos.

Encarei Tony e tenho que dar razão a ele, o mais óbvio é que seja uma dica do futuro como Fred disse, por causa do lance do jogo... Mas pode ser que não também.  Não vamos entrar em pânico a toa!

Deuses, estou entrando em pânico! 

— Vou perguntar a Enrique sobre Hogwarts. - Falei decidido, porque se é para me desesperar, ao menos que seja com embasamento. Tony me espiou pegar o pingente enfeitiçado que o meu namorado me deu e esperou pacientemente, parando no meio do corredor. 

Enrique, houve alguma alteração nos níveis de magia de Hogwarts? Algum soluço, como o djinn chamou?

Depois que Erick me contou como conseguiu prever os episódios de falha na magia de Hogwarts através desses tais soluços que só ele - o iluminado-  viu, os Dussel tem monitorado 24 horas por dia as assinaturas mágicas daqui. Vamos rezar para que Enrique esteja realmente trabalhando e possa me ser útil...

Que tipo de pergunta sem noção é essa, garotinho? 

Não pedi para julgar minhas perguntas, já não sabe que tem sempre uma razão de ser para elas?

Enrique demorou para responder e eu revirei os olhos para Tony, ele sorriu de lado, porque sabia como essa criatura do meu ódio podia ser irritante quando queria. Demorou alguns segundos, quase um minuto inteiro antes dele me responder.

Tudo na mais perfeita ordem, tem estado assim desde o seu pedido em Salem. Segundo Heitor, aparentemente a magia transferida foi o suficiente para estabilizar a escola. 

Ok, bom saber disso, obrigado.

Por que quer saber?

É o tipo da coisa que só dá para falar pessoalmente... Desculpe, me sinto idiota falando com a minha mente, câmbio, desligo.

E não se sente idiota falando “câmbio, desligo”? Não responda, a gente se vê amanhã. 

— O que foi que ele disse? - Tony me perguntou impaciente, provavelmente eu estava fazendo caras e bocas de novo, como sempre faço quando estou falando com Enrique pelo colar.

— Ele disse que a magia de Salem estabilizou Hogwarts, não é a queda da escola que veremos daqui a cinco dias... - Falei meio aliviado, mas um pouco decepcionado, porque eu não gosto de enigmas sem solução. 

— Ok, isso nos deixa com uma pista em mãos: qual foi a pergunta que você fez no subconsciente que gerou uma resposta como cinco dias? - Tony me perguntou como se eu soubesse a resposta para isso. – Talvez seja o prazo para, sei lá, você ganhar um bolinho de amora e a gente está aqui se preocupando por nada.

— Com nós dois envolvidos, Tony? Infelizmente nosso histórico diz que se há uma possibilidade do fim do mundo, vai haver um fim do mundo. - Falei categórico. – Você tem um pergaminho aí? Vamos descobrir se Fred tinha alguma pergunta em mente quando sonhou com Carl, o insectologista, já que era óbvio que na noite do jogo, ele estava pensando na vitória.

— Vai ver que ele esteve se perguntando com quem a irmã dele vai fugir para casar escondido... - Eu ri de leve, enquanto aceitava o pergaminho de Tony e virava ele para usar suas costas como apoio. – Ou quem sabe ele perguntou qual bruxo da atualidade reflete sua futura profissão. 

— Fica quieto pra eu não borrar a mensagem! - Falei dando um peteleco na orelha dele, porque o idiota não parava de rir. Escrevi a nossa dúvida para Fred com a pena do Ocaso e assisti a mensagem sumir para reaparecer onde quer que Segundo esteja agora. – Pronto, agora só temos que...

— Senhores, posso saber o porquê de não estarem na aula? Ou melhor, o que tem no pergaminho? - No fim da primeira pergunta já havia virado para encarar Brenam e o bando de velhos apopléticos que o acompanhavam hoje. Meu azar não tem mesmo limites!

— Nada. - Disse rápido e ele estendeu a mão para que eu entregasse o papel, assim fiz, porque sou um bom garoto. Discretamente coloquei a pena do Ocaso escondida atrás das costas.

— De fato não há nada, mas o senhor não vai se importar se eu levar seu pergaminho para o meu escritório,  não é, criança? Para uma olhada mais profunda? - Ele perguntou naquele seu tom de professor paciente e eu sorri o meu sorriso mais inocente.

— Claro que pode levar, diretor, meu material escolar é seu material escolar. - Respondi simpático e Tony fez que sim com a cabeça. Ele ainda nos encarou por mais alguns segundos antes de seguir falando algo para seus amiguinhos igualmente sinistros. Tony fez a pergunta que estava na ponta da minha língua. 

— O que será que essa tarântula velha está armando dessa vez? - Já ia responder a minha hipótese mais forte, quando uma voz saída do nada falou por mim.

— Ele está mostrando ao conselho de Hogwarts que a escola está saudável, tentando evitar o inevitável. - Eu e Tony víramos para a voz grave que vinha de um senhor com um bigode que cobria até mesmo seu lábio superior. Senhor Monópolis sorriu para o nosso susto. – O retorno da diretora McGonagall, é claro.

Eu e Tony ficamos surpresos, mas ainda não sabíamos se aquele bigodudo estava do lado da velha dama de ferro ou se ele era um dos comparsas de Brenam entre os conselheiros. Tony o questionou educadamente. 

— O senhor sabe quando ela volta? - Ele me encarou antes de complementar a fala. – Por acaso seria em cinco dias?

— Não, será ainda hoje. - O homem se preparou para seguir os outros, que já viravam a esquina lá na frente. O corredor com os arcos elegantes de Hogwarts combinavam com mistérios e tretas políticas mesmo, franzi o cenho para o homem. – E a propósito... Ainda aguardo os dois para terminarmos àquela poção ridícula de vocês. 

O senhorzinho deu uma piscada travessa e eu arregalei os olhos. Puta merda, aquele era Ted Lupin usando seus dons naturais para o mal! Ou ao menos para uma contravenção leve, leve no meu dicionário de contravenções, claro. 

— Aquele era...

— Pode apostar que sim. - Dei risada e Tony me olhou divertido. – Só em Hogwarts mesmo para termos um professor substituto que é ainda pior do que os alunos!

— Cara, a gente tá perdendo de vista o mais importante do que acabou de acontecer: a diretora McGonagall vai voltar! - Tony falou empolgado e eu fiquei empolgado também! 

A melhor diretora do mundo vai voltar! E eu nem estou mais me importando que ela seja uma torcedora fanática e trapaceira da Grifinória, ela pode roubar os jogos quantas vezes quiser, aquela velha maravilhosa!

Nós dois começamos a fazer a nossa dancinha original do bem vence o mal na primavera, com patente pendente, quando um pigarro nos trouxe de volta a dura realidade. Ah droga, esse é o corredor deserto menos deserto que eu já vi em toda minha vida!

— Não se preocupem, vou fingir que não vi essa dança bizarra pelo bem da paz mundial. - Tracy Harmond falou cínica e eu e Tony cruzámos os braços automaticamente para ela e seus amiguinhos.– Na verdade, vou fingir que nem vi vocês, com sua licença.

— Ah não, Tracy, para ser sincero, você nos poupou o trabalho, já íamos atrás de você. - Tony falou com seu melhor sorriso tubaranino estampado no rosto e eu sorri como uma criança que se comportou bem o ano todo e finalmente colheu os frutos em uma linda manhã de Natal.

— Tracy, se quiser, a gente... - Um dos amigos da garota começou a se voluntariar, pra quê, meu Deus? Para levar um tiro por ela? Mas ela o impediu de terminar de falar com um gesto de mão que eles devem ter ensaiado.

— Não, Kyle, eu posso lidar com esses dois sozinha. - Que convencida ela! Tony a olhou com aquela cara de “Nossa, a madame está cheia de si hoje!”.

— Mas amiga e se... - Uma garota baixinha começou a argumentar e tentar colocar bom senso na cabeça de Harmond, mas mal sabia ela que eu estava disposto a testar a minha mais nova fama dada por Rita Skeeter e seu artigo comprado pelos Dussel baseado em fatos reais.

— Vocês estão me irritando, eu desejo... - Os três corvinais saíram correndo, com medo de serem transformado em alguma coisa nefasta vinda da mente de um garoto que fora capaz de dominar um djinn.

Honestamente, emoldurei esse último artigo de Rita, está maravilhoso! Voltei a ser fã. 

Assim que ficamos só nós três no corredor - Tony muito feliz com esse novo poder e Tracy me olhando com tédio - resolvi completar minha frase em suspenso. 

— ... Que vocês sumam. Nossa, com grandes poderes, vem grandes responsabilidades! - Falei irônico, porque sei bem que sou a epítome da irresponsabilidade.  – Não teme o meu djinn também não, ô, obtusa? 

— Você não tem mais djinn, se tivesse ainda com ele, você pediria um cérebro novo para compartilhar com seu comparsa aí... - A olhei questionador e ela revirou os olhos. – E meu pai ajudou a fazer o contentor de magia da criatura, minha mãe me contou tudo por carta ontem.

— “Minha mãe me contou tudo por carta ontem”. - Tony a imitou de uma maneira nada lisonjeira, Tracy fez uma careta irritada para isso. – Olha aqui, garota, você parece que se esqueceu da situação em que estamos: nós mandamos em você e você fica com medo da gente, entendeu?

— Então me ajudem, porque vocês são tão patéticos que não tem como ficar com medo. - Ah, mas que garota filha da puta, viu? Ela olhou para mim diretamente. – Vamos lá, me chantageie, Fábregas, com você ao menos eu senti um arrepiozinho de medo...

— Ok, vamos falar sério agora: posso saber por que está tão confiante e afrontosa? - Coloquei uma mão em cada lado da cabeça dela na parede e quase encostei o meu nariz no dela. Ela me olhou meio surpresa com a mudança súbita de posição. – Estava falando ainda agora com Tony que na verdade não temos nada para te chantagear, o que nem de longe é tão ruim, quero dizer, vou sentir um imenso prazer em te denunciar para Gooding.

— Você não faria isso, eu sei que está blefando e vai prolongar essa idiotice o máximo que puder... - Ela falou consertando os óculos que haviam ficado levemente embaçados com sua respiração acelerada.

— O plano original era esse, mas, como eu disse, ver você sendo suspensa ou até mesmo expulsa vai ser bastante divertido. - Me virei para meu melhor amigo, que assistia tudo de longe, muito satisfeito. – Acha que conseguimos uma expulsão, Tony? 

— Hum... Ah, se ela tivesse apenas colado, mas eu ouvi dizer que ela vendeu cópias para os amigos dela! Acho que dá para conseguirmos uma expulsão... Brenam está com tolerância zero para trapaças, ouvi dizer. - Ele disse em um tom falsamente chateado e eu virei para ela com minha melhor cara de “Oh, nossa! E agora, Tracy?”.

— O que vocês fizeram? - Ela sussurrou baixinho e eu apenas apreciei ver o desespero no fundo de seus olhinhos apertados.

— A gente não fez nada, Tracy, a gente só viu você saindo do escritório de Gooding em um momento suspeito e investigamos até descobrir que você e mais três corvinais acertaram todas as questões da prova. Da super e mais difícil prova do ano! - Sorri para Tracy, me afastando dela, ela estava corada e parecia... Decepcionada. – Que horrível ver o que você se tornou...

Espera aí... Decepcionada? Por que ela parece decepcionada? Tony riu e eu o olhei confuso.

— O quê? Esperava que nós confessássemos a culpa por algo que você fez? - Tony falou debochado. O olhei surpreso, mas ele não se abalou. – É aquela coisa, Tracy, talvez a gente se prejudique por não ter contado tudo logo que desconfiamos, mas não foi a gente quem colou, você sabe, foi você. 

— Como descobriu o meu plano? - Ela perguntou recomposta e eu fingi que estava na mesma página que os dois.  Mas eu não estou, estou perdido, na verdade. Do que eles estão falando?

— Que você estava gravando na memória uma confissão falsa para manipular a nossa querida professora Gooding? -  Ele sorriu antes de dar o bote final. – Acontece que eu aprendi ver quando você está fingindo

Ela corou e eu tive que dar risada, Tony é tão vulgar, pelo tom que ele usou, ela fingia outra coisa quando ainda namorava com ele. O que deve ser verdade, já que ela o odiava e só queria vingança, não é mesmo? Mas no fim das contas ela se empertigou e cruzou os braços enfezada.

— Ok, vocês me tem nas mãos, o que querem? - Tony me olhou sorridente e eu devolvi a cortesia, adoro ter amigos mais inteligentes do que eu.

— Não sei, Cesc, o que Tracy pode fazer por nós? - Ele me perguntou e depois se virou para ela, inocentemente.  – Quero ouvir suas sugestões, querida, só para garantir que fique claro que nós somos os bonzinhos aqui.

Ela revirou os olhos e olhou de mim para Tony e depois o caminho inverso. 

— Para o meu adorável ex, aquela pesquisa sobre os sistemas de navegação dos escravos bruxos nas pirâmides egípcias como crédito extra em História da Magia. - Tony tocou o próprio peito, lisonjeado com um presente tão bem escolhido. – E para Francesc, seu maravilhoso amigo, o meu projeto de Herbologia sobre o crescimento dos botões-de-prata, que por sinal, acabaram de começar a florescer no meu experimento controlado.

— E você vai abrir mão do seu trabalho de, sei lá, semanas, assim? - Confirmei com suspeita e ela deu de ombros. E sim, ignorei o uso do meu nome completo, não darei esse gostinho para ela.

— Melhor do que ser denunciada por roubar e revender provas, não é mesmo? - Ela falou displicente e eu olhei para Tony, desconfiado.

— A gente aceita, mas é melhor se apressar com os nossos trabalhos, porque não importa se Longbotton ou Binns vão achar que está tudo bom demais para ser nosso... A opinião que importa aqui é a de Gooding, não é mesmo?

Tracy revirou os olhos para o discurso final de Tony e seguiu o caminho que seus amigos fizeram há alguns minuto. Fiz um biquinho para o estrategista da dupla.

— Era para eu ser um ser humano melhor, eu prometi a meus pais! - Falei inconformado. Ele deu risada.

— A gente tenta no próximo ano.

Suspirei pesado, com pena desse Cesc e desse Tony do próximo ano, eles vão ter muito trabalho para se tornarem versões melhores da gente,  mas isso não é problema meu, ao menos não ainda.

Fomos caminhando pelos corredores de pedras claras e descascadas de Hogwarts, observados por alguns quadros levemente irritados por não terem sido convidados para o banquete diário oferecido na pintura de Elfrida Clagg e sua eterna reunião para definição do que é ou não um “ser” mágico. 

Eu e Tony rimos da indignação de Pilliwickle, cuja a obsessão por segurança mágica gravada em seu retrato fez dele um convidado muito chato, segundo a escandalosa Mulher Gorda, do Sétimo andar.

Isso tudo - a briga de pinturas, porque sou assim de profundo - me fez colocar a minha vida em perspectiva: em um futuro próximo eu serei um desses retratos esquisitos na casa de alguém, possivelmente um Sir Cadogan gravado em um momento de tolice, eternamente caindo de seu cavalo e desafiando as pessoas para um duelo, uma figura bidimensional...

Mas eu quase perdi essa chance fantástica em troca de quê? Pedidos de poder imensurável? Fama, fortuna e possivelmente a paz mundial? 

Se eu tivesse escolhido os meus pedidos com um pouquinho menos de sabedoria - porque vamos combinar, alguns dos meus amigos podem achar que eu fui manipulado pelo djinn, mas muito pelo contrário, fiz tudo certo - eu poderia ter perdido muita coisa...

Tipo Tony e sua risada de porco asmático, ou as sombras dos arcos de Hogwarts no chão daqui algumas horas, dando um efeito misterioso em minhas fotos de perfil em todas as redes sociais já inventadas pelo homem ou até mesmo o canto agourento de uma coruja infeliz mandada para entregar cartas fora de seu horário comercial...

Teria sido uma perda horrível. 

Bem, mas vamos voltar ao problema que temos em mãos agora: olhei para Tony, tendo uma ideia levemente tortuosa, como a maioria das minhas ideias pensadas de última hora. Sorri em antecipação.

— E se nós manipularmos os resultados da vida? - Ele parou de assobiar distraidamente para me olhar com um bico ainda nos lábios. 

— Do que você está falando? - Tony soou meio assustado com o rumo da minha conversa e eu só revirei os olhos para idiotice dele.

— Estive aqui pensando no que você falou para Lupin sobre McGonagall voltando em cinco dias, coisa que ela não está, já sei, mas... E se nós fizéssemos uma coisa grande acontecer em cinco dias? - Tony piscou sem expressão, como se eu não tivesse terminado a frase com uma interrogação. – E se a gente fizesse os enigmáticos “cinco dias” ganharem um significado controlável? 

— Você escapou por um triz do djinn e tá realmente achando que pode controlar o futuro? - Ele me olhou desdenhoso e deu uma vontade de apertar o pescoço dele até os olhos saírem das órbitas! 

— Não, idiota! Estou pensando que talvez eu tenha ouvido da caixinha que algo iria acontecer em cinco dias, para eu poder providenciar algo mesmo, tipo, veja o caso de Fred, ele ouviu o nome de Carl Dolus e foi assistir o show, ele ouviu para aguentar firme e foi lá jogar o jogo! E se o objetivo da caixinha for nos dizer o que precisamos fazer para conseguirmos o que queremos? 

Perguntei cada vez mais certo que minha teoria recém-criada era melhor do que teoria nenhuma, que é o que temos baseado nos fatos reais. Tony franziu o cenho, refletindo.

— Mas Fred não queria e nem precisava assistir o circo de pulgas, ele nem sequer gostou! - Tony apontou uma verdade, mas eu já havia me convencido, fim de jogo.

— Talvez ele precisasse estar naquele lugar, ainda que não tenha conseguido entender o porquê!  - Falei com convicção, mas Tony continuou me olhando em dúvida. – E a gente tem sempre que lembrar que a caixinha de música foi encontrada em uma espécie de aterro de coisas que os professores de Uagadou consideram inúteis, ela bem pode estar avariada...

— Sendo assim, a gente não deveria fazer nada pelos próximos...

— Já sei! Vou marcar um amistoso entre a escolinha e a seleção para daqui a cinco dias, vai ser bom para sacudir um pouco as coisas aqui na escola e vai me garantir muitos clientes no próximo ano, assim que as pessoas virem como os meus catarrentinhos são talentosos...

— Você ouviu o que eu disse? E outra, não pode organizar um...

— É isso, Tony, em cinco dias teremos um jogo maravilhoso, aberto até mesmo para o público de Hogsmeade, que irá mostrar o poder da nossa escola para o mundo! - Falei animado, mas Tony continuou resmungando algo que eu não dei importância. Ele estalou os dedos na minha cara.

— Você não pode marcar uma coisa dessas para daqui a cinco dias! - Ele falou exasperado e eu sorri animado.

— Numa altura dessas do campeonato e você ainda acha que eu não posso fazer alguma coisa!

Bem, caixinha de música aloprada, vamos ver se eu não posso pegar o meu futuro pelas rédeas e colocá-lo nos trilhos, rumo ao... Ok, referências misturadas de novo, qual é o meu problema?

 


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Notas finais do capítulo

Cesc está indo pelo mau caminho de novo? Eu acho que não, é só um jogo inocente dessa vez.

Bjuxxx



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