Por Uma Lembrança escrita por Prisca, Najara


Capítulo 6
Tempo De Acreditar


Notas iniciais do capítulo

Apesar da demora, aqui está.
Boa leitura.



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Kurenai me deixou sentar na janela e eu agradeci. O ônibus saiu por volta as 5:30 da manhã e eu senti meu coração a mil ao pensar que logo chegaríamos a Santa Catarina. As paisagens me encantavam e não demorou muito para que eu dormisse. Na verdade, tirando as das paradas que fizemos, eu dormi a viagem quase toda.

- E então, para onde vai agora? _ Perguntou-me ela assim que desembarcamos.

- Eu tenho que encontrar o endereço da minha avó. _ Lhe disse eu.

- Trabalhei um tempo de vendedora ambulante, quer que eu ajude a encontrar o endereço? _ Imaginei que tipo de vendedora ela seria. Logo cheguei à conclusão de que não importava o que ela vendesse, deveria vender muito já que dificilmente alguém diria não pra ela.  Pelo menos não os homens.

- Tudo bem! Eu já dei trabalho demais sem contar que fui uma péssima companhia já que apenas dormi. De qualquer modo, obrigada. _A abracei peguei minha mala e sai andando.

- Espero que O encontre! Ele deve ser muito especial já que vale todo esse esforço. _ Eu estremeci e me virei para trás. Ela sorriu e vez um sinal para que eu olhasse em meu bolso da calça. Logo em seguida deu tchau e partiu.

Eu sai de dentro da rodoviária desnorteada. Só quando já estava lá fora, pus minha mão no bolso e encontrei nele em bilhete. Nele dizia:

“Não sou tão boba quanto aparento ser. Sei que não vai à casa de sua avó. Mais mesmo assim, acredito que tenha um bom motivo para vir pra cá de tão longe. Espero que tome cuidado, pois assim como São Paulo, Santa Catarina pode ser um lugar muito perigoso. Não confie tanto nas pessoas. Mais não importa o que aconteça, ao final do bilhete tem meu telefone e endereço. Será bem vinda a hora que precisar.

Ass: Kurenai.

Obs: Quero ter noticias suas em breve.”

Fiquei contente de ver como Kurenai era bondosa. Até hoje, ela é uma das pessoas mais bondosas que conheci.

Caminhei por um tempo depois de minha despedida sem rumo. Na verdade, nem sabia para onde deveria ir. Apenas queria encontrar Naruto. Por alguns momentos, imaginei que o encontraria na rua casualmente e ele viria até mim e me abraçaria. Sinceramente, esperei esse tipo de reencontro por anos. Mais como não aconteceu, entrei em um ônibus e perguntei ao motorista se ele sabia onde ficava aquele endereço.

Perguntei em uns 4 ônibus e nada. Entrava e saia deles constantemente. Na quinta e ultima tentativa, o cobrador disse que o endereço era perto de onde o ônibus passava e me aconselhou a ir com eles e ele avisaria em qual ônibus descer e qual deveria pegar depois. E foi o que eu fiz.

Era por volta das 11 da manhã do dia seguinte quando desci em uma rua que cruzava a que Naruto morava. Meu coração disparou ao ver uma viatura de policia e me escondi atrás de uma árvore. Depois que ela passou, eu sai e dei de cara com a casa que eu procurava. Minha alegria cresceu e fui ate a frente da casa, toquei a campainha e tentei contar minha ansiedade.

- Pois não? Em que posso ajudá-la?_ Disse uma senhora morena de mais ou menos uns 40 anos.

- Oi meu nome é Sakura e gostaria de falar com o Naruto.

- Naruto? Deve ser o garoto que mora com o Kakashi. Desculpe mais ele se mudou daqui a mais ou menos um ano. Até onde sei, ele esta morando em outra cidade.

- A senhora tem certeza? Perdão mais o tio dele entrou em contato com meus pais e deu esse endereço.

- Eu comprei essa casa a do próprio Kakashi. É muito importante o que você quer falar com ele?

- Nunca foi tanto! _ Eu disse abraçando o próprio corpo.

 - Entendo! Realmente você está passando por um momento bem difícil. Mais não precisa ficar com medo por que tudo vai se resolver. Tenho dois filhos e sei o medo que está passando agora. _ Ela segurou minha mão. Só ai eu entendi que ela pensou que eu estava grávida por isso estava com tanta pressa de encontrar o Naruto.  – Acho que meu marido tem o numero do telefone do Kakashi em algum lugar. Entretanto, ele só vai voltar amanhã de viagem. Poderia vir amanhã a tarde pegar?

Desisti de corrigi-la no momento em que ela se mostrou tão prestativa. Balancei a cabeça em afirmação e antes de sair, ela me deu um abraço e disse que tudo ficaria bem. Sai de lá triste por não ter encontrado Naruto e confusa sobre onde passaria a noite.

Caminhei por alguns quarteirões observando crianças brincando nas ruas e relembrando do meu amigo de infância. Por mais que o tempo passa-se, eu sempre o via no lugar de outros meninos que brincavam sorrindo pela rua. Aquele olhar malandro e sorriso contagiante que aqueceu meu coração por tanto tempo não me saia da mente. Por muito tempo, esse rosto foi o que morou em meus sonhos quase todas as noites.

Depois de um longo tempo caminhando, eu me lembrei do bilhete que tinha no bolso. Ainda me restava um pouco de dinheiro de modo que eu corri ate um estabelecimento e comprei um cartão telefônico. Logo depois liguei para Kurenai.

- Pois não? _ Disse ela assim que atendeu o telefone. Respirei fundo antes de dizer o que queria.

- Oi Kurenai. Sou eu Sakura. Desculpe pelo incomodo...

- Não é incomodo nenhum querida. Algum problema?

- Sim. _ Tornei a tomar fôlego. – Eu não tenho onde passar a noite.

- Como não tem? E seu amigo? Não vai ir pra casa dele?

- Eu não sei onde ele mora. O endereço estava errado.

- Que pena! Você não pode ficar na rua. Vamos fazer o seguinte: Vou te dar um endereço e te espero lá. Logo você vem pra minha casa e amanhã veremos o que fazer ta bom?

- Tudo bem! Obrigada Kurenai.

- Não me agradeça ainda. Até mais.

Esperei por um tempo no endereço marcado e logo Kurenai apareceu e me levou a sua casa. A casa dela era um pouco afastada da cidade e ficava em uma fazenda. Era aconchegante e quentinha. Parecia aquelas fazendas chiques de filme americano. Tinha ate mesmo uma lareira na sala de entrada.

Kurenai me contou que morava sozinha há dois anos já que seu pai morreu em um acidente de carro junto com sua madrasta. Quanto à mãe dela, morreu ainda quando ela era pequena. Ela havia herdado a fazenda e cuidava dela.  Não recebi visitas já que morava sozinha e passamos a noite mais conversando do que dormindo. Acho que só dormimos por que eu cai no sono por volta das 5 da manhã.

Contei a ela tudo o que estava acontecendo. Kurenai me repreendeu por minhas ações mais também entendeu o que eu tinha feito. Disse-me que eu estava apaixonada por Naruto. Eu não acreditei na época mais vejo as coisas mais claramente hoje.

Logo quando eu acordei, por volta de 3 da tarde, ela me serviu o almoço e nós fomos até a casa da senhora tentar pegar o endereço novo do Naruto. Mais não esperava a surpresa que me aguardava lá.

Assim que chegamos vimos uma viatura policial. Antes que pensássemos em algo os policiais nos abordaram nos fizeram descer do carro em que estávamos. Logo que descemos colocaram algemas nela e me puxaram para dentro. Lá, sentados em um sofá, estavam meus pais.

- Sakura filha graças a deus está bem! _ Disse minha mãe vindo em minha direção e me abraçando. – Não sabe como ficamos preocupados.

- O que tem na cabeça para sair de casa assim? Sem contar que fingir que uma estranha é sua irmã mais velha e viajar com ela. O que você estava pensando? _ Perguntou meu pai nervoso.

- Kurenai não tem culpa! Menti para ela e ela somente quis me ajudar. Por favor, deixe-a ir. _ Pedi olhando para os policiais parados na porta.

Expliquei tudo o que tinha acontecido. Gravações da estação de trem ajudaram todos a ver que eu e Kurenai nos separamos na plataforma assim que chegamos a Santa Catarina e as câmeras de segurança da casa dela confirmaram minha versão. Sem contar que o que a senhora da casa onde Naruto morou anteriormente também serviu de testemunha.

Com tudo esclarecido, meus pais agradeceram a Kurenai pelos cuidados que teve comigo e hoje sempre que vem a São Paulo ela passa em minha casa. Sem contar que por duas vezes eu pude ir vê-la em sua fazenda. O tio de Naruto nunca mais entrou em contato. Pensei que a dona da antiga casa dele tinha dito algo que o fez pensar que seria melhor me afasta de Naruto mais ele disse que perdeu nosso numero e depois de ele ter entrado em contato com meus pais, dias depois, Naruto melhorou depois de passar uma dia na farra com amigos.

Passaram-se mais dois anos e fiquei ansiosa para finalmente reencontrar Naruto. Mais por alguma razão que ainda não descobri, ele não veio. Esperei até meus vinte e um anos e nada. Naruto havia esquecido de mim.

Passei exatos 2 anos a mais para me recuperar disso. Apesar de tudo, meus amigos sempre estiveram ao meu lado me dando apoio. Sasuke foi quem mais o fez. Por conta disso, ano passado quando ele me pediu desculpa por tudo e me pediu em namoro de novo, eu aceitei.

No ultimo ano meu namoro co Sasuke foi de vento em poupa. Ele tem sido um ótimo namorado. Tirando os últimos meses no quais ele tem estado extremamente nervos. Acredito que seja por conta dos estudos já que ele esta cursando engenharia na faculdade. Eu entrei para medicina e estou muito feliz com isso tirando que passo 90% por cento do meu tempo estudando e no estagio. Mais como sou uma aluna muito dedicada, ganhei alguns dias em casa. Dias que sinceramente, não foram bons para mim

Eu não tinha absolutamente nada pra fazer em casa.Ajudava minha mãe mais assim que tudo acabava, minha vida voltava ao mesmo ponto: Nada pra fazer.

Subi para meu quarto e botei uma roupa que minha mãe chamava de “maloca”. Era uma calça bem folgada preta, com um baby look azul e uma blusa vermelha por cima. Amava usar essa roupa e minha mãe sabia por que. Ela ótima para dançar.

Pensei em mil coisas para dançar. Mais algo por um motivo que ainda mexe comigo eu acabei por escolher o cd combinação perfeita do Sampa Crew.

A primeira musica com a qual me identifiquei foi Mais uma chance - Vida. Por algum motivo, ainda senti que traia Naruto e isso doía muito. A parte da musica que diz: “Por nada/não vou deixar de amar você por nada/Você é minha luz,é minha estrada/Eu vou lutar pra te fazer feliz!” Me deixava completamente envolvida.

Logo depois, comecei a ouvir Alguém Vai Sofrer e descobri que na verdade, eu quem tinha que passar realmente por aquilo. “Se pra você é um jogo,pra mim não vai ser assim/Por isso devo partir/Se pra você sou um tolo,pra mim você vale ouro” Eu era um jogo para Naruto. Éramos crianças e eu tinha que ver que nada daquilo era serio. Mais por mais que o tempo passasse Naruto para mim valeria ouro.

Mais foi quando a musica tema do cd começou a tocar que as coisas realmente aconteceu.

Ao ouvir o toque de Combinação Perfeita eu fui ate o radio com a intenção de mudar a musica. Mais como ele fica ao lado da janela, pude olhar para fora e ver um homem parado na porta da antiga casa de Naruto. Ela olhava para dentro da casa e depois de observar por algum tempo, tirou as chaves do bolso e abriu a porta. Meu pai que chegava do trabalha naquele momento e minha mãe que por algum motivo estava do lado de fora foram ate ele. Depois de um tempo o cumprimentaram e sorriam amigavelmente. Meu sangue ferveu e sai furiosamente. Não me importava como e onde ele havia conseguido as chaves. Na verdade, isso nem me passou pela cabeça. Eu só queria que ele saísse de lá.

- O que faz aqui? Não tem o direito de estar aqui! Essa casa não é sua! _ Gritei entrando furiosa.

- Sakura acalmasse._ Disse meu pai.

- Ele não tem direito de estar aqui. Essa casa é do Naruto.

- Este senhor é o Kakashi, Tio do Naruto.

- Tio? _ Ele balançou a cabeça afirmando e sorrindo.  Ele me pareceu mais um assaltante cobrindo metade do rosto.

- Muito prazer! Naruto falava muito de você.

- Onde ele está? _ Perguntei sem dar muita atenção para o que ele dizia.

- No carro mais....

Não dei tempo de dizerem mais nada. Sai correndo em direção ao carro mesmo meu pai e minha mãe me pedindo para esperar. Cheguei ate o carro e abri aporta rapidamente. Ele se virou para mim rapidamente e antes que dissesse algo eu pulei dentro do carro e o abracei.

- Naruto não sabe quanto senti sua falta. Por que não deu noticias? _ Meu sangue ferveu e ia bater nele mais assim que me afastei notei seus olhos perdidos olhando para mim. Ele parecia tão confuso. – Não se lembra de mim? Sou eu Sakura! _ Ele continuou me olhando.

- Eu não sei quem é você! Quem é ela Kakashi? _ Olhei-o incrédula.

- Há um ano ele perdeu a memória. Não se lembra de você! _ Disse Kakashi aparecendo do lado de fora do caro.

 

Combinação Perfeita,você e eu assim
Combinação Perfeita,o amor chega no tempo certo
Combinação Perfeita,é ter você pra mim
Combinação Perfeita,te quero sempre aqui bem perto
Mais perto


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Notas finais do capítulo

Finalmente cheguei onde quero.
Agora, é que vamos ver a fic ficar boa.
Besitos