Por Uma Lembrança escrita por Prisca, Najara


Capítulo 5
Decepção


Notas iniciais do capítulo

Gomem nasai pela demora.
Esta terminando Revogando e agora estou apenas aqui.
Sendo assim, vamos ao que enteressa.
Boa leitura.



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Não sei por quanto tempo chorei com a noticia de que Naruto já tinha sido adotado e que estava mais longe do que esperávamos. Na verdade, nem sabíamos onde ele estava. Na época não tínhamos telefone mais ele sabia o nosso endereço. Mais conhecendo ele como conhecíamos, sabíamos que ele não mandaria carta nenhuma. Para ele, isso apenas aumentaria a nossa dor.

A única coisa que me trazia esperança era agora esperar que ele fizesse dezoito anos. Isso fazia com que de certa forma minha dor aliviasse. Mas nunca a fazia passar.

Ino tentava de todos os modos aliviar minha dor. Ela poderia ser minha melhor amiga e amiga do Naruto também. Mais com certeza nunca entenderia pelo que eu estava passando. Só quando o perdi foi que percebi a falta que me fazia. Só quando o perdi, percebi o quanto o amava.

Meu pai perdeu por um bom tempo a vontade de jogar futebol, pescar ou mesmo ficar o fim de semana mexendo no carro como costumava fazer. Minha mãe chorou também por dias e posso dizer que ela que ela não demonstrava nenhuma vontade de fazer lámem. Esse é o prato favorito de Naruto e só de pensar nisso, ela já ficava triste. Era como se tivéssemos perdido parte de nós. Mais com os dias, se passando, aos poucos as coisas foram tomando um rumo inesperado. Meu pai começou a levar o carro na oficina ao invés de ele mesmo o fazer. Passou a ir pescar apenas algumas vezes ao ano e jogar futebol alguns dias por mês. Minha mãe simplesmente ignorava o fato de existir lámem. Nada que o lembrasse fazia bem a minha família. Mais nada o que o fizesse esquecer, fazia bem a mim.

Catorze, quinze, dezesseis, os anos pareciam passar tão devagar. A dor parecia somente aumentar. Naruto fora esquecido por todos nossos amigos. Ino assim como os outros, ignorava a existência dele e sempre me cobrava à alegria de quando nos conhecemos.  Mais por mais que eu tentasse, essa alegria estava adormecida.

Minha alegria apenas era vivida ao lembrar que estávamos a dois anos de nosso reencontro. Mais para minha surpresa, Sasuke veio até mim no dia que cometi algo que para todos, foi uma idiotice.

- Sakura! Temos que conversar.

- Pois não! Eu estou te ouvindo. Diga!

- Sinto que de algum modo, você está ficando cada vez mais distante não só de mim como de todos. Posso saber o porquê disso?

- Não acredito que não se lembre de Naruto.

- Não sou tão burro ou tenho a memória tão faltosa pra me esquecer daquele idiota boca aberta. Você sempre estava com e parecia mais duas crianças o tempo todo. Mais ele foi levado embora por ser órfão por não ter ninguém que ficasse com ele.

- Meus pais queriam adotá-lo.

- Mais não o fizeram. De todo modo não gosto de vê-la sempre tão sozinha e triste. Acredito que possa fazer algo para que você volte a ficar novamente feliz.

- De que está falando? Sabe onde está Naruto?

- Não! E acredito que depois do que eu disser o que tenho para dizer, nada mais que te lembre Naruto fará sentido.

- Naruto sempre estará em minha mente e em meu coração. Não importa o que diga ou faça.

- Nem mesmo se disser que eu quero que seja minha namorada?

Eu simplesmente fiquei sem reação. Todas as meninas desejavam ouvir isso de Sasuke. Eu desejei isso também por algum tempo. Não nego que as palavras deles pareciam-me tentadoras. Mais me senti também tentada a xingar ele.

- Agradeço por querer de algum modo me dar um motivo para que eu me anime mais, sinceramente, eu prefiro recusar. Não que eu não goste de você. Longe disso! Você tem se mostrado um ótimo amigo. Mais eu prefiro continuar como estamos e...

Ele cortou o que eu dizia e me beijou. Não posso dizer que foi ruim. Sasuke beija bem. Mais um forte sentimento de raiva e culpa logo tomou conta de mim. Eu estava ali a poucos segundo lembrando-me da falta que Naruto me fazia e de repente estou com outro cara? Isso não era certo.

Empurrei Sasuke e lhe dei um tapa na cara. Arrependi-me no mesmo instante mais já era tarde e sai correndo. Eu estava sufocando ali. Era como se tivesse cometido um erro grave. Era como se naquele momento, tivesse assinado minha condenação.

Corri pra casa e me tranquei no quarto. Ouvi minha mãe me chamando mais não consegui ficar para atendê-la. Joguei-me na cama e chorei ate dormir.

Horas depois acordei ainda mais angustiada do que quando tinha subido para dormir. Ainda sentia-me culpada pelo meu ato e acreditava não merecer perdão. Desci as escadas apenas para tomar um copo de água. Tinha cansado de chorar mais por mais que não quisesse, eu precisava tomar água. Meus pais estavam na cozinha e cochichavam.

 - Mais você tem certeza? Quero dizer, Naruto daria um jeito de entrar em contato se estivesse tão perto. _ Eu fiquei atrás da porta. Se eles estavam falando tão baixo com certeza não queriam que eu ouvisse.

- Santa catariana não é assim tão perto. Com certeza Naruto teve algum impedimento. No entanto, com dezesseis anos o tio dele teme que ele tente fugir. Não entendo bem o porquê já que eles estão se dando bem, mas segundo ele, Naruto esta muito rebelde.

Meu pai tinha noticias de Naruto? Por que ele não queria que eu soubesse nada dele? Meu pai sabia o quanto eu sentia a falta dele. Mesmo assim, não queria me dizer nada sobre ele. Por que disso?

- Talvez Sakura possa falar com ele e ...

- Não! _ Respondeu meu Pai. – Sakura sente muito a falta dele e com certeza se ele tem a idéia de fugir e vir para cá ela não hesitaria em apoiar. Ela o ajudou a esconder que ele morava sozinho. Não pensaria em esconder que ele estava por aqui.

- Tem razão. Fico sempre preocupada com ela. Ela não é a mesma desde que ele partiu.

- Acredito que nenhum de nós somos. Ele foi uma parte de nossas vidas muito importante. Nada mudará isso. Mais o mais importante agora é saber como ajudar ele sem que Sakura descubra nada. Daqui a algum tempo, quem sabe, quando Naruto estiver melhor, poderemos combinar com o tio dele pra trazê-lo para cá por uns dias. Ele nos procurou para ajudar o Naruto. Não é possível que nos negue este favor.

- Vai ser tão bom vê-lo depois de tanto tempo. _ Disse minha mãe feliz.

- Então, vamos manter isso em segredo. Amanhã veremos como agimos.

- Mais como é o nome do tio do Naruto? Ele deixou endereço ou algo pra mantermos contato?

- O nome dele é Kakashi! O endereço está na cômoda dentro da segunda gaveta do quarto.

Sorri. Meu pai poderia não querer que eu encontra-se em contato com Naruto por uma bom motivo. Mais meus motivos para reencontrá-lo eram maiores. E agora, eram mais fortes do que nunca.

Esperei o anoitecer e enquanto meus pais assistiam TV juntos, eu disse que estava com muita lição e subi para os quartos. Procurei e achei o endereço de Naruto e assim tomei minha decisão.

- Naruto me aguarde: se Maomé não vai à montanha, montanha vai a Maomé.

Fui ao meu quarto e arrumei as minhas coisas, assim que meus pais forma dormir, eu sai com meu cofre em mãos. Não podia quebrá-lo dentro de casa ou seria ouvida e com certeza impedida de realizar meus planos. Assim que cheguei ao portão e o fechei, corri. Não me perguntem por quanto tempo o fiz só sei que a minha determinação de reencontrar meu antigo amigo me fez tão forte como nunca e corri cerca de oito quadras. Nem preciso dizer que meu fôlego chegou a seu limite. Quando parei, olhei para ambos os lados e como a rua estava deserta, senti um pouco de medo. No horizonte, vi um ônibus e sem pensar duas vezes dei o sinal. Entrei nele e me senti receosa ao entrar e me ver a única mulher lá dentro. Meu medo apenas passou quando a maioria agarrou no sono e duas mulheres também entraram nele.

Cheguei a rodoviária por volta das 3:20 da manhã. Fui ao banheiro e antes de entrar, certifiquei-me de que estava sozinha. Assim que comprovei, joguei com força meu cofrinho no chão. Ele quebrou em partes afiadas o suficiente para fazer um corte feio e profundo mais eu nem me importei em me machucar enquanto pegava e contava o dinheiro. Surpreendi-me ao contar setecentos e dezenove reais e trinta e cinco centavos. Sorri e fui ao clichê de vendas.

Não esperava que logo no caixa tivesse uma plaquinha: “Menores de 18 anos poderão viajar apenas apresentando a assinatura com consentimento dos pais perante o juiz.” Por um tempo, acreditei que assim como eu, mesmo por mais esperto que Naruto fosse ele nunca conseguiria chegar até mim. Mais quando eu estava pensando em desistir e voltar pra casa antes que meus pais dessem falta de mim, uma mulher veio em minha direção.

- Algum problema mocinha? _ Ela tinha uma aparência bela e dócil. Era linda também com longos cabelos repicados caídos pelos ombros. Com olhos que eu nunca tinha visto antes, cor de fogo, ela conseguiu captar minha atenção com facilidade.

- Estou indo pra Santa Catarina mais não posso comprar minha passagem por que sou menor de idade. Agora não sei o que fazer. _ Minha sinceridade ultrapassou meu bom senso e logo depois me xinguei mentalmente.

- Para que quer ir a Santa Catarina? _ Perguntou ela sentando-me ao meu lado. Não queria mentir para ela. Mais se não o fizesse, meus planos iam por água a baixo antes que eu realizasse meu sonho.

- Minha avó esta doente e eu queríamos muito vê-la..._ Comecei a mentir. – Mais meus pais não têm dinheiro suficiente para ir comigo e por conta disso eu vim por conta própria. Quero tanto conhecê-la. _ Senti-me mau por mentir mais os olhos da mulher olharam-me com carência.

- Sabe, eu odeio viajar sozinha mais não encontrei ninguém para vir comigo. Gostaria de fingir que é minha irmã e me acompanhar nessa viagem?

- A senhora me ajudaria? _ Ela afirmou com a cabeça e eu me senti muito feliz. – Claro que gostaria.

- Só não me chame mais de senhora. Preciso que venha comigo ao caixa e me de o seu dinheiro para que eu possa pagar.

Eu entrei sem fazer nenhuma pergunta. Hoje vejo como eu fui tonta e inocente de fazer isso. Sorte a minha que ela era honesta e cumpriu o que disse. Compramos as passagens e fomos à plataforma de embarque. Enquanto caminhávamos, ela disse-me seu nome: Kurenai. Acredito que se não fosse por ela, eu nunca tinha chegado a lugar nenhum e até hoje, somos amigas apensar de tudo que eu a fiz passar.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Longe dos seus lhos e perto do coração.
Sakura esta vivendo essa palavras.
Agora encontrou uma aliada que a ajuda: Kurenai.
No proximo capitulo, saberemos se ela encontrou ou não o loiro.
Besitos.