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Chapter Four

Ryo se manteve em silêncio. Os olhos azuis da loira estavam ameaçando se fecharem novamente, mas com esforço continuaram abertos. Ele pode sentir a firmeza com a qual aquela mão delicada agarrava seu pulso...

Ryo sentou-se ao lado de Sayumi, que deitada ao seu lado, voltou a dormir.

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Sasuske estava horrorizado. Estava vestindo uma blusa branca e um casaco com touca, e, ainda por cima, estava usando uma gravata um tanto larga, com o colar repousando bem abaixo.

Por outro lado, Raizo estava adorando seu novo visual. As meninas o forçaram a vestir um dos ternos de Ryo. Estava um pouco apertado nos ombros, mas caiu perfeitamente em seu porte físico. Teve seu cabelo preto cuidadosamente penteado e repartido, com um lado caído sobre o olho.

– Uau! – Exclamou Reiko. – Se o Suke-kun sorrisse, eu poderia ter vontade de agarrá-lo!

Sasuske sentiu suas bochechas esquentarem.

– Eu também! – Riu Azumi. – Brincadeira, lindo!

Até Raizo riu. O albino estava começando a desconfiar que realmente ele não tivesse problemas ciúmes por ambas às partes. Talvez ele seja bem cobiçado, mas dê mais valor para a fidelidade.

– Onde estão Gin e Eri? – Perguntou Kaori.

Todos se voltaram para ela. Kaori nunca esteve tão ciente sobre o assunto que estava falando. Isso era, de certa forma, assustador.

– Não sei... – Respondeu Raizo. – Talvez estejam conversando entre si...

Kaori segurava firmemente Sukoshi. Ela parecia tensa de alguma maneira...

– Preciso ir... – A de cabelos roxos murmurou para si mesma, saindo em seguida.

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– “Kaori – chan...” – A voz continuava a chamá-la.

– Onde você está Teddy? – Ela perguntou ao nada.

– “Por aqui...” – Ele respondeu.

Kaori seguiu a voz até um dos corredores próximos dos quartos de hóspedes. Ela sabia que não deveria dar atenção a Teddy, seu pai iria ter um ataque de raiva caso soubesse. Mas, a curiosidade da roxa falou mais alto.

Lá estava ele: Um garoto baixo e muito magro, com cabelos castanhos e usando um tapa-olho. O seu olho aparente era negro, e Kaori nunca teve coragem de perguntar sobre a cor do outro...

– “Você demorou...” – Reclamou Teddy.

– Gomen... - Ela curvou-se.

– “Tudo bem...” – Disse o menino, tomando Sukoshi em seus braços. – “Está um pouco descosturado aqui, mas nada que interfira em nossa comunição...”

– Vou remendá-lo. – Ela disse confiante.

Isso fez Teddy rir. Ela era completamente diferente de Kanato, apesar das aparências serem iguais. Enquanto ele era um tanto insano, Kaori era pensativa e quieta. Ela conquistou o coração de Teddy, que passou a vigiá-la.

Assim, surgiu Sukoshi, uma pelúcia que serve para a comunicação dos dois, sem o conhecimento do pai da mesma. Kanato era extremamente ciumento e possessivo com seu único amigo, se bem que, para ele, Kaori é igualmente preciosa.

– Por que me chamou aqui? – Ela perguntou.

– “Senti sua dor, e achei melhor lhe ajudar, Kaori – hime.” – Ele explicou-se. – “ Deste ponto, podemos ouvir a conversa dos quartos próximos...”

“ Gin e Eri...” – Pensou Kaori. – Arigatou, Teddy...

Ela tentou abraçá-lo, mas seus braços transpassaram o rapaz. Afinal, ele era apenas um fantasma.

– Gomen! E-Eu... – Ela não sabia como fazer para desculpar-se.

Acabara de lembrá-lo de que ele era intocável.

– “ N-Não tem problema... Hime - sama... Arigatou...” – Ela pode observar as lágrimas se formando em seus olhos.

Teddy desapareceu como sempre fazia.

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– Por que me chamou para conversarmos a sós? – Perguntou Eri, direto.

– Não queria que Raizo interferisse... – Murmurou Gin.

Eles estavam sentados na cama de Gin. O quarto era realmente bagunçado, com uma pequena horta crescendo no parapeito da janela. Eri estava realmente desconfortável, principalmente sabendo qual seria o assunto.

– Sobre a Kao – chan... – Começou Gin. – Você sabe que eu estou com a Yumi – chan...

– Se for sobre esse assunto, eu estou saindo... – Disse Eri, afiado como uma faca.

– ...Só queria que soubesse que a Kao está apenas me ajudando... Com esse lance do Ryo... – Disse.

Eri não queria admitir que estava aliviado com essas palavras, mas ele sabia que estava. Seu coração estava acelerado do dia em que havia a conhecido... Seu lado sadomasoquista berrava a cada segundo, implorando para que ele se aproximasse. Mas a última coisa que ele queria era um suposto relacionamento sério...

– Tudo bem... – Ele sorriu forçadamente.

Gin estava aliviado em explicar tudo, mas ao mesmo tempo com um peso em seu coração. Mentiu para seu irmão e para si mesmo... No fim, haveria alguma consequência. Mas ele amava Sayumi, e não era Ryo que a tiraria dele.

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– Posso tirar essa roupa agora? – Sasuske estava a beira de um ataque tsundere por culpa daquele visual.

– Quer acabar com a minha obra de arte? – Rebateu Reiko.

O que ele não faria por ela? Estava com uma roupa apertada e horrorosa somente para apreciar seu sorriso. Sasuske deveria receber alguma espécie de prêmio por isso.

– Você ficou uma gracinha... – Zombou Azumi.

Sasuske e Azumi pareciam ter desenvolvido algum tipo de amizade desde o incidente das panquecas. Eles se alfinetavam, mas ao mesmo tempo ajudavam-se.

– Amiguinhos é? – Perguntou Reiko, com aquele sorriso malicioso de sempre.

Mas nem sempre Reiko realmente demonstra o que realmente sente. Ela estava realmente incomodada com o fato de Suke – kun estar tão próximo de outra garota...

– Sim! – Respondeu Azumi, devolvendo o sorriso.

Akari sentia a tensão pairando entre ambas...

– Rei – chan! Por que não vamos buscar Takoyaki na cozinha? Estou com fome! – Disse a ruiva para sua irmã, tentando evitar uma verdadeira guerra.

– Tudo bem! – Respondeu Reiko.

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Sasuske observou as suas irmãs saírem, completamente confuso.

‘ - “O que aconteceu?” – Ficou perguntando-se mentalmente.

Azumi estava agora conversando com Raizo sobre o tamanho de suas mãos. Rindo, ela colocou sua mão sobre a dele, medindo o tamanho. Esse era realmente um mundo estranho na visão do albino. Como duas pessoas poderiam se amar tanto?

A resposta às vezes parecia muito perto, como se pudesse tocá-la. Sasuske sabia muito bem quais eram seus sentimentos por Reiko, e o quanto pagaria de idiota apenas para vê-la sorrindo sempre.

Ele simplesmente saiu correndo.

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Akari e Reiko já estavam voltando. A ruiva de tom mais forte parecia satisfeita com sua montanha de Takoyaki. Elas avistaram Sasuske vir correndo. Reiko já se preparava para fazer algum tipo de comentário ou risada, mas foi pega de surpresa com o abraço que recebeu.

– S-Suke – kun?! – Ela gaguejou.

– Calada! – Ele foi frio.

Agora as risadinhas viam de Akari, que ao ver seu irmão encarando-a, subiu a escadaria o mais rápido possível, de volta ao quarto de Ryo.

– Q-Que foi? – Ela tentou perguntar novamente.

– Baka! Eu mandei ficar calada! – Ele a soltou, mas não pode olhá-la.

Ele estava muito corado.

– Eu mereço uma explicação! – Reclamou Reiko. – E Baka é você!

– Estou brincando com os seus sentimentos. – Ele riu.

Reiko ficou extremamente irritada.

– E quem é você para ter esse direito?! – Ela estava irada. – Eu te odeio!

Ela saiu correndo, e não voltou para o quarto de Ryo. Foi direto para o seu. Reiko estava odiando- se. Odiando – se por ter se iludido tão facilmente, por seu coração ter batido forte por um completo idiota...

Mas ela era Sakamaki Reiko, e nada vai poder calá-la.

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“Hime – sama... Perdoe-me... Não pude conter meus próprios sentimentos e menti para mim mesmo. Usei a desculpa de proteção para esconder minha paixão. Ah... Kanato – sama não vai me perdoar! Porém estou mais preocupado com você... Quando irá olhar para mim? Será que se eu matá-los, você poderá me amar? Farei de tudo por você... Por nós...” – Teddy.