Para sempre Levi escrita por Pégasus


Capítulo 8
Vingança




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Enquanto andava rápido, Eren seguia Erwin esforçadamente. Erwin caminhava dizendo:

– Esses três garotos estão no segundo ano da minha escola. Depois do dia que Levi esfaqueou um dos deles acabei descobrindo os seus nomes. O que foi machucado se chama José, não mora muito longe daqui – Disse tirando uma foto do bolso e entregando a Eren. Eren observou o garoto ruivo sardento. - ele tem dois amigos “fieis”, um se chama Dorian e o outro Abraão. Vamos fazer uma visitinha para cada um deles, e destruir essa amizade de uma vez por todas.

Eren acompanhava o que Erwin dizia perplexo.

– Como você descobriu isso tudo?

– Isso não importa. Agora vou dizer o que nós vamos fazer.

Eren ouviu boquiaberto, surpreso com a inteligência de Erwin que havia planejado um plano perfeito.

Chegaram à frente da casa de José, as janelas estavam fechadas e parecia estar vazia. Erwin comentou.

– Por incrível que pareça a família desse garoto é muito religiosa. Essa é a hora em que eles vão para igreja, toda semana. – Erwin pulou a cerca da casa, logo sendo imitado por Eren.

Ambos seguiram para o fundo da casa aonde não seriam notados e Erwin quebrou o vidro da porta dos fundos e abriu a porta por dentro. Subiram as escadas e procuraram pelo quarto de José. Ao encontrar, Eren sentiu o estomago revirar. Em cima da mesa havia varias fotos de Levi, Erwin pegou uma delas.

– Meu Deus. Ele deve ser obcecado com Levi.

– Isso não faz sentido, por que então machuca-lo? – Questionou Eren.

–Acho que nem todas as pessoas que veem a pessoa amada com outro lidam com essa situação da mesma forma, ainda mais se você for gay. Acho que esse garoto estava confuso e magoado e fez todas as escolhas erradas pra se vingar.

Eren entendeu o loiro, mesmo assim não aceitava de jeito nenhum aquela desculpa.

– Seja o que for, é imperdoavel. – Disse Eren mais para si mesmo.

– Sim – Erwin concordou.

Erwin pôs a foto de volta no lugar. Tirou uma chave do bolso e a jogou no chão da sala. Aquela era a chave do armário escolar de Abraão que ele havia tirado uma copia e colado um adesivo com o numero do armário igual a de abraão. Essa seria a pista do suspeito de ter invadido a casa de José.

– Pegue tudo de valor. Eletrônicos, dinheiro, joias ... Temos que fazer parecer um assalto. Temos 30 minutos.

Os dois garotos vasculharam a casa recolhendo tudo que se encaixava no conceito de “valioso” enfiaram na mochila e deixaram a casa pelos fundos.

– Próxima parada, escola. – Falou Erwin.

Na antiga escola de Levi, os dois garotos pularam o muro e entraram com a desculpa de que fariam um trabalho, a moça da portaria estranhou, mas deixou que os garotos entrassem. Erwin foi até o armário de Abraão e o abriu um clip, enfiou tudo o que tinha na mochila dentro daquele armário, o trancando em seguida. Eren fez o mesmo no armário de Dorian.

– Precisamos esperar aqui um pouco, senão a mulher da portaria vai acabar desconfiando de nós.

Os dois esperaram no banheiro. Eren finalmente tomou coragem para questionar o plano.

– E se não der certo?

– Claro que vai dar.

– Admiro sua confiança, mas e se eles não brigarem?

– A ideia do plano é causar desconfiança entre eles. Abraão será o primeiro a ser descoberto. Dorian Provavelmente acreditará em José inicialmente, então abrirá seu próprio armário e verá que armaram para ele, mas não contará nada a ninguém pois saberá que José não ira acreditar nele. Além do mais, ainda acredito que ele irá adorar ficar com as coisas de José, afinal ele é esse tipo de pessoa. Ele irá se afastar de José com medo de ser descoberto, e também de Abraão, achando que ele é o culpado. Eu venho estudado eles há um tempo. Sei o que estou fazendo Eren.

Enquanto o tempo passava os dois conversavam baixo, ate que se passaram 40 minutos e os dois saíram da escola. Na saída Erwin disse a Eren:

– Amanhã na escola eu te conto o que aconteceu.

Eren sorriu.

– Obrigado.

Erwin voltou ao hospital e se sentou novamente a frete de Levi segurando sua mão. Surpreendeu-se ao ver Levi abrindo os olhos devagar.

– Levi! – Disse mais alto do que queria.

– Oi – Disse com a voz baixa.

Uma lagrima caiu do rosto de Erwin. Ele se levantou e beijou a cabeça de Levi.

– Você foi vingado. Ninguém mais te fará mal.

– Obrigado.

Erwin continuou ali abraçando Levi que respirava com dificuldade. O rosto machucado do garoto era posto contra o peito de Erwin, e permaneceram assim por um bom tempo.


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