Uncursed escrita por Kikonsam


Capítulo 21
O caldeirão mágico.


Notas iniciais do capítulo

Oiee, dez dias se passaram e aqui está mais uma nova fase para você, e também a última! Introduzi personagens novos, de filmes não muito bem sucedidos da Disney, mas acho que se encaixarão bem na história em si, e se quiserem ficar mais por dentro, vejam o filme "O Caldeirão Mágico", apesar de a história em si não necessitar de se assistir o filme... Espero que gostem!



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12 anos se passaram. 12 anos de pura felicidade para todos os moradores da Floresta Encantada. Branca de Neve e Encantado envelheceram com sabedoria, deixando seus cabelos ficarem brancos e vendo sua filha crescer com saúde, forte e sem medo do perigo. Tal coisa fora algo que eles presaram desde o momento em que souberam da gravidez. E agora, aqui está ela, Emma, cavalgando pela Floresta Encantada com seu cervo que viveu todos esses anos, podendo leva-la para todos os cantos que precisar. Bambi estava mais forte do que nunca. Afinal, sendo protegido por todos da Floresta Encantada, principalmente do reino de Agrabah. O reino por séculos abandonado estava mais com vida do que nunca. Pessoas de todas as partes iam visitar o incrível centro histórico cheio de magia e beleza, lar da família real mais amada de todas: rainha Jasmine, rei Aladdin, príncipe Mogli e princesa Lily. Tudo está indo muito bem. Tudo parece estar indo muito bem. O vento que bate nos cabelos de Emma enquanto ela cavalga pela floresta montada em Bambi faz com que ela se sinta revigorada. Sente-se viva, e sabe que algum dia irá achar alguém para compartilhar essa vitalidade. Apesar de princesa, Emma nunca achou alguém para amar, ou até mesmo alguém para quem cuidar.

Emma para no Reino Marítimo, deixa Bambi ao seu lado e senta-se na grama para ver o sol se por no horizonte do belíssimo reino governado pelo rei Eric e rainha Ariel.

– Sabe, Bambi. – fala Emma, enquanto Bambi come um pouco da grama no chão. – Acho que algum dia vo achar alguém que realmente goste de mim. Além de você, claro.

Emma olha para o cervo que não parece entender uma palavra do que ela diz enquanto pasta.

– Mas eu acho que eu simplesmente sou muito requisitada. Eu sou o motivo da alvação disso daqui! Eu não tenho nem 50 anos e já sou louvada por toda Floresta Encantada, e olhe que eu mal fiz algo naquele episódio com Rumplestiltskin e Pocahontas... Você sabe, você estava lá.

Emma olha novamente para o cervo que aprece não dar a mínima para o que ela fala. Nesse momento, o sol já está quase todo fora de vista, e Emma levanta-se para acariciar o cervo.

– Sabe, eu não te entendo, Bambi. – fala Emma, acariciando o belo cervo. – Você nos leva aonde queremos se nós sussurrarmos em seu ouvido, mas não parece entender nada se nós falamos com você normalmente. Eu, hein. Bem, acho que está na hora de voltar ao castelo.

Emma sobe no cervo e sussurra em seu ouvido que quer chegar até o castelo do Reino Central. E aí ela se sente viva, vagando pela noite montada em Bambi enquanto vai para sua casa encontrar-se com seus pais e alguns de seus amigos. Demora um pouco, mas ela chega ao castelo. Desce de Bambi, observa-o entrar na floresta e entra no castelo, indo até seu quarto.

Emma sabe que tem algo errado quando, ao entrar, um guarda a orienta para o salão principal do castelo. Chegando lá, Emma se depara com seu pai com seus cabelos brancos e sua mãe com alguns poucos cabelos brancos e poucas rugas nos olhos, comum par uma mulher se 55 anos. Sentada em um sofá, Emma vê uma mulher loira com um vestido de camponesa, com olhos cheios de lágrimas e um lenço para enxuga-las.

– Mãe, pai, o que está acontecendo aqui? – pergunta Emma, indo para perto de sua mãe.

– Filha, essa é a princesa Eilonwy, de Prydain. – fala Branca de Neve, introduzindo-a para a bonita mulher.

– Nome difícil, não? – fala Emma, dando um sorriso, mas ninguém parece achar graça. – Tá bom. Parei.

– Não, está tudo bem. Eu ouço muito isso. – fala a princesa Eilonwy, levantando-se e apertando a mão de Emma. – Você deve ser Emma, ouvi falar muito sobre você.

– Mas receio que nunca ouvi falar muito sobre você... – fala Emma, olhando para a princesa de forma estranha. – Que reino é esse? Prydain?

– É um Anti-Reino, vizinho ao Reino Anti-Central. – fala Encantado.

– Reino Anti-Central? – fala Emma, olhando com um rosto de susto para seu pai. – Mas então esse é um reino das...

– Trevas. – completa a princesa Eilonwy. – Sim. Mas não seguimos o padrão do Reino Anti-Central, somos um reino sem árvores de folhas roxas, muito obrigada.

– Desculpe-me, mas preciso perguntar o que está fazendo aqui. – fala Emma, sem entender nada do que está acontecendo.

– Basicamente, há muito tempo, no reino de Prydain, havia um rei muito odiado. – fala Branca de Neve, começando. – Até que jogaram ele em um caldeirão borbulhante e o mataram. Esse caldeirão mágico, então, passou a ter o poder de ressuscitar pessoas.

– E, a uns dez anos, quando eu tinha 13... – continua Eilonwy. – Um terrível vilão quis dominar o mundo com esse caldeirão, mas juntamente com meu atual marido e mais alguns amigos, conseguimos impedi-lo, e o caldeirão fora guardado á sete chaves em nosso castelo, já que ele é indestrutível. Mas...

A princesa Eilonwy pareceu pensativa, e depois deixou lágrimas escorrerem de seus olhos.

– Mas... – pergunta Emma, assustada com o que pode vir.

– Mas alguém o pegou. E infelizmente não se sabe quem foi. – fala Encantado.

– Mas... Como não se sabe quem foi? – fala Emma, agora definitivamente confusa.

– Por que deixaram uma carta. – fala Eilonwy. – Uma carta dizendo que haviam pegado o caldeirão, e iriam usá-lo para...

A princesa Eilonwy definitivamente está aos prantos.

– Para o que? – grita Emma, ecoando por todo o castelo. Ela está apavorada.

– Para ressuscitar a Rainha Má. – fala Branca de Neve, consolando Eilonwy.

Emma não acredita no que ouve. Toda sua vida só existe por conta da morte de Regina, a Rainha Má. Se não fosse por isso, eles seriam amaldiçoados e sabe-se lá o que aconteceria com todos. Emma não fala nada, apenas deixa as lágrimas escorrerem pelo seu rosto e sai correndo da sala. Ouve os gritos de seus pais para chama-la, mas ignora-os, só quer ficar sozinha, longe de tudo, para esfriar sua cabeça e poder pensar em algo. Poder pensar em algo que possa acontecer que seja piro do que o que está acontecendo agora. Sabia que tudo o que passou quando era mais jovem não era nada comparado ao que iria acontecer. Mas no meio do caminho, enquanto quase chega ao seu quarto, esbarra em alguém. Olha para cima e vê o rosto de Pinóquio, bonito como sempre, desde que eram crianças, com sua barba bonita e seu corpo malhado.

– Pinóquio! – fala Emma, enxugando as lágrimas dos olhos.

– Oi, Emma. Por que você estava chorando? – pergunta Pinóquio, segurando-a pelos ombros.

– Algo horrível vai acontecer. – fala Emma, que sabe que não pode esconder isso de Pinóquio.

– O que? – pergunta Pinóquio.

Emma abriu a boca para falar, mas sente uma forte luz bater em seu rosto. Olha para o lado, onde vê uma janela no corredor que dá para o sentido do reino da rainha Ella e rei Thomas. Vê um imenso rastro de luz verde sair do chão e em linha reta subir ao céu escuro.

– Está acontecendo. – fala Emma, deixando mais lágrimas caírem.

– O quê? – pergunta Pinóquio, olhando diretamente para a terrível luz.

Emma apenas olha para o rosto de Pinóquio e diz:

– Regina.


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Notas finais do capítulo

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