Uncursed escrita por Kikonsam


Capítulo 17
O mundo comete erros com vilões.


Notas iniciais do capítulo

Oi, aqui vai mais um...



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Tiveram que esperar Branca de Neve e Príncipe Encantado antes de partirem em busca da surpresa de Aladdin em relação á “desejos”. Branca de Neve e seu marido pareceram muito preocupados com o paradeiro de Emma ao chegarem ao castelo da rainha Aurora e rei Phillip.

– Então estávamos certos! – falou David, após Emma explicar a situação. – Não se deve confiar em estranhos criados por lobos, Emma!

– Ei! – fala Mogli, os reprimindo.

– A Lily não tem culpa, papai. – fala Emma. – Ninguém sabe o que a Malévola colocou naquele fuso. Pode ter adulterado memórias.

– Mas isso quer dizer então que as trevas estavam em seu coração, Emma. – fala Branca de Neve.

– As trevas estão no coração de todos. –fala Jasmine. – Todos nascemos com potencial para trevas e para luz. Cabe a cada um escolher qual caminho tomar, ou então podemos ser estimulados a seguir um caminho, como acho que foi o caso da Lily.

– Por falar em luz. – diz Emma, se lembrando. – Vocês mentiram para mim. A flor mágica que destruiu o exército de vilões fora destruída!

Branca de Neve e Encantado pareceram desconfiados nessa hora, como se Emma tivesse descoberto um segredo obscuro deles.

– Sim. – diz Encantado. – Ela fora destruída para a proteção de todos. Um objeto de desejos não é muito seguro de se ficar intacto, podendo ser alcançado por qualquer vilão novo.

– Então por que disseram que ela estava inteira? – pergunta Emma, esperando uma resposta direta de seus pais.

– Por que não queríamos que você perdesse esperança. – diz Branca de Neve. – A flor é o maior objeto de esperança já existido em todo mundo mágico. Acontece que nem todos souberam manuseá-lo corretamente, mas não queríamos que você tivesse a impressão que esperança é algo ruim, pois não é. A esperança...

– Move o mundo. – completa Mogli, interrompendo Branca de Neve e fazendo com que todos os olhos se voltassem para ele. Ficam todos parados por alguns segundos encarando o pequeno menino antes que ele voltasse a falar: - Minha irmã e eu fomos achados em condições horríveis, nós dois passamos por coisas que nenhum ser humano deveria passar. Não aprendemos a ler, escrever ou simplesmente falar como homens. Mas a esperança nos deu uma família, que mesmo sendo de lobos, fora capaz de nos dar amor e alegria, coisas que se sobrepõem a bens materiais.

– Até que o moleque fala bem para quem foi criado por lobos... – sussurra Aurora ao ouvido de Phillip, enquanto os dois observavam a cena.

– Por favor, Branca de Neve e Encantado... – fala Mogli, agora segurando a mão de Branca. – Eu e minha irmã, desde que nossa família morreu, ouvimos histórias ao seu respeito. De como vocês dois pararam juntos por um acaso do destino, um destino que deu esperança de vocês lutarem. Um príncipe perdido que fora encontrado somente porque seu gêmeo morrera. Uma princesa injustiçada perseguida por anos na floresta, dependendo da boa vontade de anões, sereias e outras criaturas mágicas. Vocês nos inspiraram a ter mais esperança. Por favor, tenham esperança em Lily. Tragam-na de volta, por todos os anos que vocês dois sofreram.

Todos olham para o menino suplicando por esperança por parte dos maiores representantes disso. Branca de Neve e Encantado nunca pensaram em algum dia encontrarem um pequeno menino de dez anos capa dez se mostrar tão entendido sobre isso, capaz de mexer seus corações para que pudessem ajudar uma pseudo-vilã. Jasmine e Aladdin olhavam para seu filho pensando como uma família de lobos fora capaz de ensinar um amadurecimento que os dois nunca conseguiriam ensinar com um pequeno menino de dez anos de idade.

– Está bem. – fala Branca de Neve, sorrindo e olhando para David com seus olhos radiantes. – Aladdin, você disse que tinha uma maneira de ajudar com isso.

– Se tenho. – disse Aladdin, sorrindo.

. . .

Bambi corria pelas areias do deserto de Agrabah como se estivesse correndo de caçadores. O deserto estava mais quente do que nunca, e ainda com Branca de Neve, Encantado e Emma em suas costas era mais difícil ainda. Aladdin, Jasmine e Mogli estavam voando no tapete mágico acima deles em uma velocidade pouco abaixo da do cervo. Bambi estava mais do que cansado, estava exausto. Percorrer um deserto como esse é exaustivo. Qualquer cervo que se prese deixa de passar pelo deserto de Agrabah. Mas Bambi já havia percorrido ele duas vezes, e suas pernas não aguentavam mais. As cobras presentes ao longo do deserto somente dificultavam as coisas. Bambi não aguentou. Suas pernas esmoreceram, e ele caiu de vez no chão com se tivesse tropeçado em algo. Branca de Neve, Encantado e Emma caíram na areia do deserto de cara, engolindo areia como nunca. Aladdin e Jasmine, olhando a situação, desceram com o tapete até as areias do deserto, onde conseguiram levantar a família real do Reino Central.

– O que houve? - perguntou Branca, ao se levantar.

– Bambi! – falou Emma, ao se levantar, indo em direção ao cervo, que bufava de cansado no chão. – Não, por favor, Bambi.

– Ora, queridinha, não se preocupe. – falou a voz reconhecida de Rumplestiltskin ás costas de Emma. – Ele não está morto. Ainda.

Emma se vira, e vê a imagem horrorosa de Rumplestiltskin sorrindo com seus dentes podres ao lado de Lily, que está com um vestido preto que cobre todo seu corpo, com um cabelo preso num rabo de cavalo alto e um cajado negro. Ao olhar aquilo, todos notaram que ela parecia a...

– Malévola. – falou Branca de Neve, pensando alto.

– Não, querida. – fala Lily, dando mais alguns passos na areia do deserto. – Sou eu, só dei uma melhorada no visual.

– Rumplestiltskin, seu... – começou Emma, fazendo fogo com suas mãos enquanto se aproximava dos dois, mas Rumplestiltskin apenas estalou seus dedos e fez com que todos caíssem no nas densas areias do deserto desmaiados.

. . .

Emma acordou e sentiu um chão de ferro enferrujado abaixo de seu corpo. Ao se levantar, sentiu o chão balançar. Demorou alguns segundos antes dela se situar dentro de uma imensa gaiola pendurada por um penhasco. Olhou aos lados e viu mais gaiolas, com todos que estavam junto com ela na ida até Agrabah acordando. Viu, além disso, um homem grande e robusto preso em uma outra gaiola.

– Gente! – gritou Emma. – Estão todos bem?

– O que é isso? – perguntou Jasmine, enquanto sua gaiola balançava e ela olhava ao redor.

– Que lugar é este? – perguntou Branca de Neve, olhando ao redor e vendo a gaiola maior com um Bambi exausto deitado dentro dela.

– Gênio! – gritou Aladdin, olhando para o homem robusto na outra gaiola.

– Ali? – perguntou o Gênio, olhando para Aladdin e Jasmine.- Ali! Jasmine!

– Gênio, é você! – falou Jasmine, sorrindo.

– Quem é esse? –perguntou Mogli em sua pequena jaula.

– Hamed, esse é nosso velho amigo Gênio.

– Hamed! – falou o Gênio, olhando para Mogli. – Você está vivo!

– Mas, Gênio, o que houve com você? – perguntou Jasmine. – Você não está azul, parece até um...

– Humano. – falou o Gênio. – Sim, Jasmine. Sou um humano.

– Mas, o que aconteceu? – perguntou Aladdin, confuso.

– O Senhor das Trevas aconteceu. – disse o Gênio. – A invasão, não passou do Senhor das Trevas trazendo um exército para me raptar. E conseguiram. Prenderam vocês dois naquela lâmpada e me raptaram. Pelo que me lembre, levaram o Hamed, mas não entendo como ele ainda tem a mesma idade...

– Isso ainda precisamos descobrir. – fala Aladdin. – Mas, você ficou preso aqui esse tempo todo?

– Sim, - falou o Gênio. – Posso ser livre, mas tenho que obedecer ao Senhor das Trevas se não esse abismo me engole e sou destinado á passar a eternidade em uma dimensão chamada de Fantasia, com monstros horríveis e figuras abstratas que não fazem sentido. A pior dimensão para se viver seria esta.

– Gênio, eu sinto muito. – disse Aladdin.

– Ele tirou tudo de mim. – disse o Gênio, deixando lágrimas escorrerem de seu rosto. – Agora só posso realizar seus desejos e manter minha imortalidade sofrendo, mas pelo menos é melhor do que a dimensão Fantasia.

– Que bom que deu as boas vindas aos convidados. – disse a voz de Rumplestiltskin, enquanto ele entra em uma espécie de cais, só que com terra e um abismo abaixo.

– Rumplestiltskin! – fala Emma, furiosa, tentando jogar labaredas de fogo no Senhor das Trevas, falhando.

– Ora, nem tente, querida. – fala a voz de Lily, e mais posteriormente ela aparece. – Olá, Emma.

– Lily, por favor, pare com isso. – fala Emma. – Não cometa os erros de sua mãe!

– O mundo cometeu erros com minha mãe! – gritou Lily. – Aliás, o mundo comete erros com vilões. Eles são incompreendidos. São amordaçados, torturados, e os que saem bem na fita são os pseudo-heróis. Não, chegou a hora do basta. Vocês morrerão aí, nem que seja a última coisa que eu faça.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler, comente suas impressões! Próximo capítulo em no máximo cinco dias!



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