Uncursed escrita por Kikonsam


Capítulo 10
A batalha final começou.


Notas iniciais do capítulo

Sei que disse ontem que não postaria muito, mas acontece que eu achei um jeito! Espero que gostem deste capítulo curtinho...



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– Malévola! – nesse momento consegue se ouvir um grito feminino ecoando pela caverna negra, onde Malévola e sua tropa de criaturas mágicas moram.

Neste momento, Malévola desvia seu olhar de um livro de feitiços e olha para a direção de onde a voz veio. Era Cora, que havia acabado de sair de uma fumaça azul escura e aparecido em sua caverna.

– Cora. – fala Malévola, afastando o livro de si e se levantando de sua poltrona. – A que devo a honra?

– Vamos começar esta batalha agora! – fala Cora, se aproximando de Malévola e colocando olhos arregalados para intimidá-la, o que falha drasticamente.

– Querida, pode parar com sua tentativa de me assustar. – fala Malévola, saindo da frente de Cora. – Se tem alguém que não vai se assustar é uma bruxa capaz de se transformar em um dragão. E não, não irei começar esta batalha.

– Mas... – Cora acabou com sua tentativa de intimidar Malévola. – Você prometeu no enterro de Regina que a vingaria.

– Você acha mesmo que eu me vingaria de Regina? – fala Malévola, agora olhando nos olhos de Cora. – Eu só tentei intimidar Branca de Neve e o Príncipe Encantado, e devo dizer que consegui. É uma coisa que sei fazer que você nunca conseguirá fazer como sua filha sabia também.

– Mas pensei que quando você fizesse uma promessa você cumprisse... – fala Cora, começando um possível discurso que foi interrompido por Malévola:

– Cora, desculpe interromper um belíssimo discurso. – fala Malévola, interrompendo Cora. – Mas você se esqueceu de que nós somos vilãs? Vilãs não fazem promessas que pretendem cumprir. Só querem espalhar o mal por todo lugar. E era exatamente isso que sua filha ia fazer comigo, por que ela ia roubar minha maldição negra para lançar por toda Floresta Encantada e banir todos nós aqui para um lugar horrível. Me desculpe, mas não vou vinga-la, com licença Cora...

Malévola sai andando, mas Cora não iria deixar a conversa terminar por ali. Ela fala:

– Mas Malévola, é minha filha e...

– Então se vingue dela você mesma! – grita Malévola, correndo e chegando cara a cara com Cora com seus olhos amarelos de dragão. – Não me meta nisso, por que não tenho nada a ver!

– Na verdade você tem... – fala Cora calmamente.

– Ah é? Então me diga!

– Acho que você se esqueceu da criança... – fal Cora, lentamente ainda olhando bem no fundo dos olhos amarelos de Malévola.

– Criança? – pergunta Malévola, entendendo o que Cora estava falando, ou pelo menos achava que entendia.

– Exato. – fala Cora. – A criança na qual você está chocando. O pequeno dragãozinho que em pouco tempo aparecerá. Esta criança irá viver em um mundo onde os heróis ou pseudo-heróis dominam tudo. E será temida por tudo e por todos. Você quer isso, Malévola?

– Como você sabe... – Malévola começa, mas se lembra de que está de frente com a Rainha de Copas, e fala: - Não importa. Eu mesma vivi em um mundo como esses.

– Sim, e você perdeu. – fala Cora, vendo finalmente que os olhos de Malévola estão voltando ao normal. – Neste momento a princesa Aurora e o príncipe Phillip estão tendo seus “felizes para sempre”. Não é isso que você quer para você? Afinal, não é para isso que todos os vilões vivem? Você, eu, Regina, Cruella, Úrsula, Jafar... Todos nós só queremos viver felizes para sempre do nosso próprio jeito? E, afinal, o que define um vilão e um herói? Seriam suas ações? Por que se for, você estaria fazendo o melhor em vingando Regina desses pseudo-heróis que a mataram somente por uma ameaça.

Malévola para pensando nos momentos dela junto com Regina. Apenas duas vilãs em busca de uma vingança por tudo que de mal fizeram com ela. Regina, separada de seu amor verdadeiro por conta de Branca de Neve. Malévola, uma fada, apenas teve suas asas cortadas para o Rei Stephan governar o Reino Noroeste, e com isso amaldiçoou sua filha em busca de vingança. Quem estaria com a razão? De fato, não exista justiça na Floresta Encantada. Pois, se existisse, ela quem deveria ter seu “felizes para sempre”, não a princesa Aurora e o rei Stephan. Se ela vingasse, não estaria apenas vingando a Regina, e sim todos os vilões incompreendidos. Cruella havia sido injustiçada ao ser trancada em um pequeno quarto por toda sua vida, Úrsula foi traída pelo Capitão Gancho, Regina perdeu seu amor verdadeiro e ela perdeu suas asas.

– Certo. – fala Malévola, andando em direção ao seu caldeirão de feitiços.

– Só isso? – fala Cora, sem acreditar que seu discurso funcionara com tanta rapidez.

– Sim. – fala Malévola. – Vamos vingar todos esses vilões incompreendidos. Cora, vá atrás de Cruella, Úrsula, Jafar, e todos os outros que você puder.

– Certo. – fala Cora, desaparecendo em sua fumaça azul escura.

Malévola começou a andar em direção a seu caldeirão, apenas pensando em todas as injustiças que ocorreram em sua vida que ela iria vingar. Mas, por outro lado, era bom estar de volta á ativa. Lembra-se muito bem do quão realizada se sentiu quando disse aquelas palavras no batizado da princesa Aurora:

“Mas, antes do por do sol de seu décimo sexto aniversário, a princesa espetará o dedo no fuso de uma roca e cairá em um sono profundo no qual nunca poderá ser acordada.”

Malévola foi até seu caldeirão e pegou todos os ingredientes possíveis para criar armas letais capazes de não só adormecer, mas também de matar. Malévola se sentiu realizada. Cada ingrediente que colocava em seu caldeirão era mais uma brisa de trevas subindo em sua direção. É, definitivamente era bom estar de volta á ativa.

Neste momento, uma fumaça verde sai do caldeirão, se espalhando por toda a caverna. E neste mesmo momento, a mesma fumaça azul escura apareceu em outro canto de sua caverna, e dela aparecendo Cora devidamente acompanhada de Cruella de Vil, Úrsula, Jafar, Madame Mim e Shan Yu, aparentemente surpresos.

– Já? – pergunta Malévola, se virando para Cora e suas companhias.

– Sim, só precisei pegá-los pelo caminho. – fala Cora, indo em direção ao caldeirão.

– O que está acontecendo? – pergunta Cruella, ainda zonza do efeito da fumaça.

– Querida Cruella, e todos os outros vilões... Está na hora de nos vingarmos de tudo que fizeram por nós. – fala Malévola, colocando seu último ingrediente no caldeirão e agora espalhando de vez sua fumaça verde pela caverna, com seus olhos amarelos de dragão e dizendo:

– A batalha final começou!


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Notas finais do capítulo

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