Um Estudo em Fanfictions escrita por Mrs Neko


Capítulo 10
10. Algumas Anotações do Diário do Dr. John H. Watson


Notas iniciais do capítulo

Olá...? Tem alguém aí...? (~eco infinito)
Antes de mais nada, por favor, imploro perdão pela demora. Sério. Depois da minha mãe, meu noivo precisou ser operado por causa de um acidente de trabalho. Quando a poeira finalmente abaixou, foi a minha vez de ficar doente! :( Quando voltei, estava devendo uma fanart para uma autora no AO3, e promessa é dívida, né? :3


De novo, um capítulo vitoriano! Estou muito feliz pelo fato da TV Cultura ter transmitido Sherlock, (#TVCulturaSouFã) mas igualmente frustrada pela ausência de The Abominable Bride. Então, que tal revisitar os bonitões do século XIX, ou em outras palavras, do capítulo 6? (Embora seja impossível dizer se a ação se passará antes ou depois do romance daquele capítulo, quem me dera ser capaz de voltar a escrever coisas assim...)
Para quem precisa de uma referência visual, aqui temos uma imagem do teaser de TAB: http://lh3.googleusercontent.com/-r-ZIs8MP6Jw/VZ7F3Y2ZGSI/AAAAAAAAGOw/8HEBbPxFVUI/s640/_84168364_sherlock_pa_976.jpeg


Novamente, os avisos de praxe. Este capítulo não foi betado e está terrivelmente longo. Provavelmente as referências geográficas estarão todas erradas, já que eu só as citei aleatoriamente, com a consciência difusa que esses lugares realmente existem, em algum ponto da Inglaterra, Deus sabe onde. Notas sobre quaisquer detalhes de ambiente (ou erros) históricos, referências ao seriado moderno e/ou aos livros, estarão nas notas finais (com exceção de personagens reutilizados na maior cara de pau xD). Como a minha capacidade máxima de polir textos, no momento, não está lá essas coisas, para quaisquer erros de ortografia, incoerência ou chatice, é só avisar na caixinha de reviews lá embaixo, que eu venho correndo consertar! (~bate continência) Boa leitura :*



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O primeiro dia começou com toda a tranquilidade de um dia normal.


Bem protegidos da garoa fina e insistente que se mesclava à fumaça das fábricas, e se transformava num miasma escuro e frio, impregnando pessoas, casas, prédios, objetos e objetivos de trabalho por toda Londres, Holmes e eu estávamos sentados na frente da lareira, aproveitando o conforto das nossas poltronas favoritas, do calor do fogo, e da companhia da sra. Hudson.


Para ser sincero, Holmes aproveitava muito mais a companhia do palimpsesto [1] que um professor de Cambridge, anteriormente um infeliz e necessitado cliente de serviços investigativos, havia emprestado. Não que meu parceiro tivesse algum interesse em História; nada disso, as únicas artes que lhe interessavam eram a Música e o Teatro, e a única ciência que seduzia seu cérebro fantástico era a que ele próprio havia criado.


E esta leitura incomum do meu colega de apartamento era justamente para aperfeiçoar sua maestria na chamada Ciência da Dedução. Holmes costumava dizer que a Paleografia era bastante parecida com uma ciência forense. Através da observação de escritas antigas, era possível datar e determinar a origem e a composição de pergaminhos, papéis, tintas e instrumentos de escrita antigos (como as penas que antecederam nossos queridos e práticos lápis e canetas-tinteiro), se os materiais eram reutilizáveis e quantas vezes foi feito tal reaproveitamento, se a escrita foi feita por uma ou mais pessoas, se eram canhotas ou destras, qual a idade e estado de saúde destas pessoas, etc.


Um campo de pesquisa pronto a oferecer tal fartura de detalhes parecia perfeitamente interessante ao meu amigo, que volta e meia andava pela casa toda como um sonâmbulo, ou um místico em êxtase, sua voz ainda mais profunda que de costume, baixa e perdida num monólogo deliciado, enquanto seu Palácio Mental elaborava explicações detalhadas das informações que acabei de dizer, e o detetive se divertia com o seu exótico brinquedo novo, e toda a praticidade que tal ferramenta oferecia no momento em que seu único caso pendente era a evidência de um roubo ou falsificação de arte.


Era até bom que Holmes estivesse tão distraído, pois se ele estivesse com a mente parada por mais de cinco minutos, ai de mim e da nossa pobre senhoria, já que da última vez que nosso companheiro desfrutou da inatividade por tempo suficiente para sentir tédio, ele escreveu o monograma real na parede da mesma sala em que estávamos sentados... a tiros. [2]


E se nosso caro Sherlock estivesse com o corpo e a mente inativos naquele momento, encontraria sua distração em perturbar a bondosa senhoria.
Já morávamos há tanto tempo no 221B que a sra. Hudson tornou-se a única mulher a ter uma presença permanente em nossa vida. Uma presença constante, acolhedora, hospitaleira, maternal, e acima de tudo, totalmente desligada das tragédias ligadas ao meu passado na guerra e ao trabalho potencialmente perigoso do meu companheiro. Em outras palavras, os anos fizeram dela mais do que uma mera senhoria, uma espécie de mãe adotiva para nós.


Por isso, frequentemente, quando chegava a correspondência semanal, eu me revezava com ela na tarefa de fazer chá, e ela trazia bolinhos ou biscoitos feitos na hora, e juntos, abríamos nossas cartas. Era uma tarde de conversa agradável, um momento caseiro e agradável, para compartilhar só entre nós, tudo que houvesse de bom ou ruim em nossas vidas cotidianas. Reclamar de contas ou dívidas, relembrar pessoas queridas ou nem tanto, distantes ou próximas, que ocasionalmente enviavam cartas, cartões postais ou lembranças em geral.


Além disso, eu podia aproveitar para me certificar que nossa amável senhoria não tocasse em nenhum item perigoso ou letal da correspondência infelizmente variada que costumava ter meu amigo e eu como destinatários.
Infelizmente, isto não significava que a correspondência da sra. Hudson fosse totalmente inofensiva. Havia, novamente, várias cartas de um tal Sr. Chatterjee, que cortejava nossa vizinha. Depois de deduzir que o homem era um rufião e tinha outras esposas, Holmes quase terminou sua carreira brilhante trespassado com o próprio arpão, da última vez que ele tentou aconselhá-la a desencorajar a abordagem do suposto namoro epistolar.


Não soubemos mais como aconselhá-la a desistir de uma ideia fadada tão infalivelmente ao fracasso, sem acabar vítimas da fúria da nossa boa senhora. Não importa o quanto Holmes zombe da minha "fama com o sexo oposto" e nosso ex-colega de estudo em St. Barts, o simpático Stamford, que Deus o abençoe, espalhe aos quatro ventos aquele apelido bobo de "Três Continentes Watson", eu sei muito bem o que é uma desilusão amorosa, e o quanto até a mais amável, piedosa, casta e composta das damas pode se tornar num furacão ambulante de violência e revolta sob a influência nefasta de um impacto desses.


No entanto, as piores notícias que nos chegaram por carta naquela tarde não foram as malditas cartas do Sr. Chatterjee, mas uma missiva de algum lugar no interior, na região de South Downs, o condado natal da nossa bondosa amiga. Segundo a família aflita informava, a irmã da sra. Hudson estava doente, em estado grave de tuberculose. Nem mesmo o clima ameno do sul fora capaz de curá-la.


O desaparecimento sutil e progressivo da voz da idosa, como uma nuvem de fumaça se dissipando no ar, chamou imediatamente a atenção de Holmes, despertando-o do seu transe de curiosidade científica. Ele parecia farejar a preocupação que atormentava a alma da nossa amiga, e imediatamente sugeriu que nós adiantássemos a ela dois meses de aluguel, com o digníssimo argumento de que era a opção mais lógica, devido à distância da viagem e o estado crítico não apenas da irmã da nossa senhoria, como também a necessidade da família inteira. Antes que ela pudesse responder qualquer coisa, ele também sugeriu que "o nosso médico residente" pudesse acompanhá-la, apelando para minhas habilidades profissionais. Lamentavelmente houve também um momento desnecessário de referência às habilidades que eu teria usado em três continentes. Apesar de tal citação fora de hora ser um golpe baixo da parte do meu companheiro, teve a vantagem de despertar o foco da nossa proprietária para a gravidade da situação atual, bem distante das lágrimas em que ela quase caía.


Ao amanhecer do segundo dia, nossa amiga adotiva arrumou as malas enquanto Artie providenciou um cocheiro, e, pouquíssimo tempo depois, nós nos despedimos da sra. Hudson, enquanto ela nos acenava da janela do primeiro trem que saía da estação de Charing Cross.


Graças ao bom Deus que a sra. Hudson usava os serviços do garoto quase tanto quanto nós. Assim, ele pôde nos ajudar com os serviços domésticos, e realmente não havia tanta necessidade de organizar os cômodos, depois do excelente serviço e das sábias precauções da nossa senhoria.


Infelizmente, Holmes acabou com qualquer semelhança de ordem na casa, entre o segundo e o terceiro dias, com a desculpa esfarrapada de que "era tudo pela ciência", e o próximo encharcado e pálido sol londrino nos encontrou às portas da Scotland Yard, com vestimentas nem um pouco passadas ou engomadas, uma expressão de profundo cansaço e frustração em meu rosto, e um misto de sorriso de criança peralta com a dignidade de um lorde na face triunfante, de alegria quase maníaca, do meu amigo.


Nem Gregson, nem Dimmock, que inicialmente haviam nos passado o caso, estavam no Distrito, mas Lestrade estava. A despeito de sua ocupação afogá-lo em dezenas de outros casos, a possibilidade de superar seus colegas que, "rivalizavam com ele como beldades profissionais" [3] nas palavras quase ofensivas do consultor irregular, fez o homem da lei providenciar o primeiro mandado de busca e apreensão do dia, e rumamos mais que depressa para a Sotheby's [4].


Apesar das acusações de Sherlock para com a vaidade profissional de Lestrade, os anos de trabalho conjunto acostumaram o policial à personalidade e aos métodos de trabalho do meu companheiro de apartamento, então, desta vez em específico, o agente da Scotland Yard foi completamente sincero, em suas declarações aos jornalistas, sobre a mente brilhante que destruiu o esquema maquiavélico em torno da venda do falso Códice do Rei Arthur. Mesmo assim, todas as versões publicadas das entrevistas coletivas fizeram silêncio absoluto sobre o detetive consultor.


Passei todo o terceiro e o quarto dias na escrita da verdadeira narrativa, brevemente julgada e condenada por meu parceiro, que me chamou de "sensacionalista", e ainda se recusou a me ajudar com o título! Ao contrário de Holmes, no entanto, não fui nem ingrato e nem apressado. Para não sujar o nome da casa de leilões, posso demorar todo o tempo necessário para pensar num nome cativante e adequado para esta última aventura.


Ao quinto dia, de tanto viver à base de café, chá, nicotina e ovos, já estávamos quase cacarejando. Felizmente, Stamford nos salvou com um convite para almoçar no Criterion, seguido de um agradável concerto de Liszt [5]. Quase fomos jogados para fora do teatro pelas nossas aparências não muito decentes, mas a música era, apesar de diferente e desafiante, encantadora.


Mais encantadora ainda era a notícia, que nos chegava por um telegrama, de que a sra. Hudson estaria de volta o mais breve possível, pois sua irmã se recuperava maravilhosamente, a olhos vistos.


Na manhã do sexto dia, Holmes nos surpreendeu com um farto e quase milagroso café da manhã, um discurso sobre o fato de "a Alquimia, antepassada da Química moderna, ter nascido na cozinha", e nenhuma desculpa ou argumento por ter nos explorado nos dias anteriores. Artie e eu estávamos muito famintos para revidar, e comemos até ficarmos tão satisfeitos quanto a família do funcionário do sr. Scrooge, ao final do conto do Natal do Avarento. [6]Quando insisti em interrogar o inesperado cozinheiro sobre suas habilidades, a única resposta que recebi foi que ele as desenvolveu durante o Hiato, o período em que eu o lamentei como morto, e ele perseguiu Moriarty pelo estrangeiro. Qualquer assunto morreu ali mesmo, com os olhos baixos e desanimados do meu amigo, e a minha resolução de fugir da conversa que virou um monólogo, para tentar deixar a casa - e principalmente a cozinha - em qualquer semelhança com o estado anterior à influência hiperativa e quase destrutiva do nosso gênio residente. Em outras palavras, foi uma faxina que durou até à noitinha, e ajudou a nos poupar da fúria da sra. Hudson quando ela retornasse.


Além disso, a ausência de casos, além do Códice falso, nos deixou com a mente orientada apenas para a casa, ao invés da vida exterior e suas aparências (exceto pela intervenção bondosa de Stamford no dia anterior).


Por isso, minha moral de bom porte militar lembrou-me, quando o canto de um Capricho [7]me acordou numa hora bastante indigna e distante da manhã do sétimo dia, que eu precisava me barbear. Artie havia providenciado roupas limpas para nós, então não tive problemas para me vestir; embora a perspectiva de um bom dia de preguiça em casa me fez trocar o terno pelo robe. Holmes teve a mesma ideia, porém já fazia um tempo considerável que ele esquecera-se de pentear o cabelo. Ou de cortá-lo.


E a visão de uma figura morena, felina e graciosa, estendida no sofá da nossa sala, espalhando uma melodia sutil como um perfume afrodisíaco, não era uma imagem muito decorosa para começar o dia.


Não que Holmes houvesse esquecido de se vestir, ou que houvesse algo de sujo, desarrumado ou indecente em suas simples meias de lã, na calça do conjunto de tweed que ele usara no dia anterior, em sua camisa branca, ou no robe-de-chambre quase igual ao meu, exceto pelo tecido de melhor qualidade. Até a postura em que se ele se reclinava no sofá, com o violino no colo, era a mesma de sempre, com o típico repouso tranquilo e preguiçoso de um gato doméstico.


Qualquer anormalidade, qualquer problema estava em mim. Em meus olhos, e nesta maldita malícia que teimava em aparecer nas horas mais inoportunas. Era verdade que a letargia e o sossego, em uma forma rara e saudável, anuviavam os olhos do meu amigo, que estavam mais cinzentos do que azuis. Era verdade que ele havia esquecido o pente e a brilhantina, de modo que seus cabelos escuros pareciam querer se espalhar pelas almofadas, em ondas artisticamente rebeldes, que quase formavam uma moldura de cachos sobre o rosto de escultura elegante.


E também era uma maldita verdade que minha mente traidora me assaltou com a sugestão de que Holmes teria aquela aparência numa manhã que se seguisse a uma noite em que eu o houvesse agradado de todas as formas obscenamente possíveis, e depois passado horas infinitas acariciando seus cabelos macios como seda.


Meus esforços em sufocar tais pensamentos, até que nunca mais sentissem o ar livre, eram completamente inúteis, e pareceram ainda mais embaraçosamente fracassados, no momento em que meu amigo ergueu os olhos quase prateados de tão cinzentos, com uma expressão totalmente desperta e quase predatória, de tão interessada. Aquela expressão por onde o poder de sua mente fantástica extravasava para o mundo exterior, e dava a impressão de penetrar os segredos mais profundos e ocultos de qualquer pessoa, viva ou morta, na face do Universo.


No entanto, tal olhar fixo não era destinado a mim, mas a uma mulher pequena e desesperada, e roupas e sapatos tão velhos e gastos que não serviriam sequer para uma mortalha, das olheiras enormes e da respiração arfante que podia ser um sinal alarmante de pneumonia, quase derrubou o pobre Artie da escada do 221B, numa pressa agoniada, para implorar pela consultoria do meu amigo.


E antes que pudéssemos nos recompor da noite bem-dormida, ou acalmar o menino que nos ajudava a manter a casa, ou sequer dar bom-dia para a mulher desamparada e mal-vestida que depois conheceríamos como a sra. Mary Crawford, que apesar da sua condição social deplorável, trazia um caso que capturaria a curiosidade de meu colega de apartamento no instante em que ela nos dissesse sua primeira palavra - os detalhes da solução do triplo assassinato, ocorrido sob portas trancadas, dos apostadores azarados, e o terrível segredo que eles tentaram levar para o túmulo, já foram esclarecidos no último de meus contos que foi publicado na Strand [8]- outro pequeno furacão, personificado por outra mulher, irrompeu pela nossa porta: era a sra. Hudson, brigando conosco por, entre outros motivos que jamais citarei aqui, não termos ido buscá-la na estação de trem.


E ao fim da nossa primeira discussão doméstica, depois de uma longa semana, com o retorno de nossa jamais assumida mãe adotiva, nossas vidas voltaram ao normal.



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Notas finais do capítulo

1. Palimpsesto é um tipo específico de pergaminho (o couro que servia de papel durante a Idade Média europeia) usado em livros e anotações passíveis de serem reescritas e/ou corrigidas muitas vezes, como cartulários ou livros contábeis. A cada vez que era necessário corrigir alguma coisa escrita, o couro era raspado e outra camada de texto era escrita por cima da que havia sido raspada. Sherlock realmente começa seu dia com uma leitura dessas, no conto "O Pincenê de Ouro", do livro "O Jogador Desaparecido e Outras Aventuras".


2. Ah, o monograma real... O episódio "The Great Game" (último da primeira temporada) não começa com Sherlock atirando na parede (ou pichando a carinha sorridente) por nada. =D Nos livros, o dr. Watson sempre se queixa dos modos nada prendados de seu companheiro de apartamento, especialmente no conto "O Ritual Musgrave"; onde o médico desabafa que entre as esquisitices do nosso querido detetive, está o desafortunado episódio em que ele escreve a bala, na parede da sala de estar, as iniciais V.R., em referência ao nome da rainha Vitória em latim ("Victoria Regina").


3. Outra citação de "Um Estudo em Vermelho": as palavras muito delicadas que Sherlock usa para zombar da rivalidade profissional de Lestrade e Gregson. Embora este livro tenha sido uma fonte inesgotável de inspiração para mim, lamento profundamente em informar que o Lestrade do livro não se parece nem um pouco com o bonitão do Rupert Graves, mas vamos usar a licença poética!


4. Sotheby's é uma famosa, respeitada, tradicional e extremamente luxuosa empresa de leilões, que opera desde o século XVIII, com sede em Londres. Trabalham com comércio de mansões, fazendas, e objetos de luxo e arte em geral, e pasme! tem 8 filiais no Brasil.


5. Franz Lizst, compositor húngaro, revolucionou a maneira de tocar piano, com, entre outras coisas, suas peças cuja melodia pode variar... conforme a distância a que o ouvinte está do instrumento! Desde o século XIX, quando fez várias turnês pela Europa, é extremamente famoso e conceituado.


6. O Natal do Avarento (ou Conto de Natal, Os Três Espíritos do Natal, entre outros títulos conforme a publicação e data) é a tradução do livro A Christmas Carol, de Charles Dickens (outro autor muito famoso na era vitoriana) publicado originalmente em 1843, e adaptado para inúmeras mídias inúmeras vezes, incluindo animações da Disney, filmes de Hollywood etc., etc. Conta a história do avarento Ebenezer Scrooge, visitado na véspera de Natal, pelos espíritos do passado, presente e futuro.


7. Caprichos são composições clássicas feitas a partir de improviso, que tiveram seu auge como forma de fazer e escrever música entre os séculos XVI e XVIII. O compositor de mais destaque na composição de caprichos para violino foi o italiano Nicolò Paganini, que começou sua carreira como criança prodígio, no começo do século XIX, e era tido como o melhor violinista do mundo, cuja técnica virtuosística serviu de inspiração para muitos outros músicos e até hoje requer uma prática absurda para ser domada. É quase uma arte ninja. =D Aqui está uma demonstração de um dos seus Caprichos: https://youtu.be/PZ307sM0t-0


8. Strand era uma revista mensal, fundada em 1890. Continha, além de notícias, reportagens e artigos, cruzadas com números (uma grande novidade para a época) e contos de suspense. Estrelas da literatura como Agatha Christie e o próprio Conan Doyle ficaram famosos publicando suas obras nela. Infelizmente, faliu em 1950, mas foi relançada em 1998, nos Estados Unidos, e continua na ativa.


9. Santa Chatice, Batman, pra que tantas notas?! xD Para chamar a atenção para o monte de trabalho em que a Neko se dedicou, durante 2 semanas, escrevendo esta monstruosidade, só pra depois pedir reviews na cara dura! Será que vai dar certo? ~.^



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