Dia 31 de Janeiro – 6ª Gala

Na gala passada foi Itália que deixou o programa, faltam mais duas e vamos ver quem é o vencedor, bem na semana passada, o Taylor foi-me por a casa, e durante a semana saímos algumas vezes, okay, saímos todos os dias, e ficávamos imenso tempo juntos, mas agora não é isso que interessa, a Julie o Bill tinham se aproximado mais, se é que isso é possível, estou contente por eles.

[Kelly Off/ Julie On]

Falta 3 horas, para o meu encontro com ele, pensa Julie, pensa, o que é que vais vestir? Não podes ir muito destapada, para não pareceres uma prostituta, mas também não podes ir á freira… Vou pedir ajuda á Kelly, sem dúvida.

Sai do quarto com um vestido preto na mão direita, e um vestido branco na outra.

Entrei desesperadamente pelo quarto dela adentro. Kelly estava com o telemóvel na mão, possivelmente a trocar mensagens com alguém que sinceramente, não me interessa. Eu sei que estou a ser egoísta mas neste momento o meu problema é único.

-Kelly…preto? – Mostrei-lhe o vestido. – Ou branco? – Mostrei-lhe o outro.

Ela finalmente tirou os olhos do maldito telemóvel, e começou a olhar atentamente para os dois vestidos.

Levantou-se e começou ver os decotes, via o preto e sorria, e olhava para o vermelho e olhava-o com reprovação, talvez esteja a imaginar alguma coisa menos própria.

-O preto! – Finalmente disse-me.

-Porque o preto?

-Porque é sexy, elegante, e o decote é médio, vai-te favorecer o corpo e pode ser que tenhas sorte hoje! – Um sorriso trocista preencheu-lhe os lábios. Ela aproveitava sempre para me mandar á cara que eu sou virgem e que ela sempre teve mais sorte nesses assuntos, ela e o Tom merecem-se.

-Depois não me venhas perguntar porque é que eu acho que devias de ficar com o Tom! – AH consegui, ela já não tem aquele sorriso irritante. Agora olhava para mim de uma forma que me metia medo. – Desculpa Kelly, eu só não gostei do que tu disseste.

-É…okay, se não precisas mais da minha ajuda podes te ir embora.

-Kelly, eu não queria…

-Querias sim…boa sorte para o encontro. – Colocou os phones nos ouvidos, e voltou a mexer no telemóvel. Mesmo que eu quisesse apagar o erro que fiz, não podia, porque ela iria me ignorar e porque eu estava com muita pressa.

Sussurrei um obrigada para ela mesmo ela não me estando a ouvir, sai do quarto de Kelly, e fui para o meu, mal cheguei lá, despi-me e fui tomar banho, quando acabei coloquei uma lingerie preta com renda branca. Coloquei o vestido, estiquei o cabelo, não me maquilhei porque não me maquilho. Calcei umas sandálias pretas também. E pronto estava pronta, faltava a pequena mala mas isso está na sala e quando passar por lá pego-a.

Olhei para as horas e o Bill estaria quase a chegar, desci até á sala, procurei a minha carteira, o meu telemóvel, coloquei na pequena mala, e fiquei á espera dele.

Finalmente, a campainha toca, fui abrir e era ele, estava sensualmente normal, calças justas pretas, cinto com a caveira, uma t-shirt branca com detalhes a preto, cabelo arranjado, maquilhagem abusiva como ele sempre usa, e cheiroso, aquele cheiro envolve-me de uma tal maneira que se fechasse os olhos caia sobre ele.

Coloquei a mão de leve sobre o ombro dele, e “ajeitei-lhe” a manga da t-shirt, não que estivesse fora do lugar, servia mais de desculpa para ver se aquilo era real.

-Vamos? – Perguntou como se tivesse acabado de sair uma hipnose, como se eu o hipnotizasse como ele me hipnotiza a mim.

-Vamos sim. – Ele tinha me dado a mão para a agarrar, eu sabia que aquilo estava a ser demasiado perfeito para ser verdade…

-E AI CUNHADA? – Aquele estraga momentos perfeitos aparece sempre, se não fosse irmao do Bill eu matava-o, mas aliás, o que é que ele estava a fazer ali?

-Tom? O que é que estás a fazer aqui? – Perguntei, o Bill olhava para mim como se me quisesse pedir desculpas.

-É assim, eu estava em casa com o Bill, quando ele começou a preparar tudo para uma coisa romântica, eu comovido perguntei-lhe se era para mim, só que ele diz não, fiquei muito triste e disse-lhe se é para a Julie tudo bem eu posso sair para vos deixar a sós mas em troca tens que me levar a algum sitio para me manter ocupado, então o Bill disse que não sabia que nenhum lugar, até que eu sugeri vir para aqui! – Entrou na minha casa como se fosse a dele, e deixou-se cair pesadamente para cima do meu sofá como se fosse o dele. Realmente ele e a Kelly não têm nada a ver um com o outro.

-Bill! – Chamei-o. – Leva-me daqui! Tom fica á vontade a gente vai-se embora adeus! – Nem era preciso ter dito que ele podia estar á vontade, ele JÁ estava á vontade.

Mal saímos de casa, e fomos para o carro dele, acalmei-me, estar ali com ele era melhor que tudo, e não era o irmão dele que ia estragar tudo.

A viagem até lá foi sossegada, ele não falou, nem eu. Mal cheguei á frente da porta da casa dele, senti-me nervosa por duas razoes, primeiro, por muito que esta noite seja boa, eu vou morrer quando chegar a casa, a Kelly deve-me estrangular, esfaquear, espancar enquanto se ri, e a segunda razão por estar nervosa é porque é a minha primeira vez. Respira Julie, respira. Quando entrámos dei de caras com uma sala com as luzes no mínimo, vela por todo o lado, lareira acesa, uma mesa com um castiçal e lá duas velas acesas, clima completamente romântico, se a Kelly estivesse ai começava a troçar de nós, ela é tipo um bloco de gelo sabem? Sem romance sem nada, versão feminina do Tom…ESPERA AI, do Tom não, estou a ser má para a Kelly. Vamos parar de falar dela, esta noite é minha, e eu é que vou ser a protagonista.

-Julie! – O Bill chamou-me enquanto arrastava uma cadeira do lugar para eu me sentar.

Sentei-me e observei o Bill a sentar-se, os gestos subtis e silenciosos, os cabelos a moverem-se e o perfume a espalhar-se por ali…

-Espero que estejas com fome, esforcei-me muito para cozinhar, e pelo que o Tom disse, está óptimo.

-Ah o Tom…

-Está descansada que ele não vai aparecer por aqui!

-Estou com medo que ele me queime a casa.

A noite foi tranquila, jantámos, dançámos um pouco, tive que desistir porque os meus pés já estavam doridos, o Bill pisou-me tantas vezes…

CONTINUA