Imagine escrita por lizziewho


Capítulo 5
Imagine... Rendição


Notas iniciais do capítulo

Esta fanfic se passa depois dos acontecimentos ocorridos nos episódios “The Magician’s Apprentice e “The Witch’s Familiar”, da nona temporada. Alguns fatos foram modificados para melhor se encaixarem nesta história. Boa leitura.



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Parte I

Desde que o Doutor se regenerara pela décima terceira vez, o interior da Tardis nunca mais soube o significado de silêncio. O Senhor do Tempo dedicava-se a praticar sua guitarra durante horas a fio.

– Eu preciso de férias – Clara devolveu um livro na prateleira – férias de verdade. Um tempo longe da escola... de tudo.

O Doutor suspirou e mudou a sequência de acordes.

– Metron é um ótimo lugar. Praias limpas, zero aquecimento global e o povo é minúsculo. Você vai se sentir em casa! – Ele sorriu ironicamente e largou o instrumento na escada. Andou apressado até o centro da nave, digitando as coordenadas do planeta, contudo a mão da moça o deteve.

– Não.... Por favor, nada alienígena – o Doutor levantou uma sobrancelha – você entendeu o que eu quis dizer. Quero ficar pela Terra, só que em algum lugar distante da minha rotina. Já sei! Que tal um tour pelo Palácio de Versalhes?

– Sério? Todo o tempo-espaço ao seu dispor e você quer passar suas férias em um palácio mofado?

– O que eu posso dizer? Acho que tenho um fraco por coisas antigas.

Um sorriso brincou nos lábios da baixinha, fazendo o Doutor revirar os olhos. Poucos botões precisaram ser pressionados para se chegar ao destino escolhido por Clara, lugares turísticos sempre eram mais fáceis de serem encontrados.

A Tardis fez seu habitual barulho de máquina quebrada ao aterrissar nos verdes campos do jardim francês. Sem esperar a fala do Doutor, Clara correu até a porta, abriu e deixou a brisa do verão tocar seu corpo.

Seus grandes olhos castanhos não sabiam onde focar: nos turistas estranhos, nos arbustos gigantes cortados em forma de cone ou no lago que mais parecia um extenso espelho. Parou de respirar por alguns segundos, quando avistou a magnífica construção dourada do palacete.

– Como você deve saber, ou espero que saiba, afinal você é professora; o edifício é o símbolo da Monarquia Absolutista. Luís XIV mandou construí-lo num local próximo de Paris, mas suficientemente longe de rebeliões e doenças – O Doutor colocou seus óculos escuros – Já conheci o castelo por dentro... bela história aquela! Bela dama, aliás! Madame de Pompadour...

– Eu não acredito! Não acredito! Isso é tão lindo! – A pequena companheira dava pulos de alegria. Segurou delicadamente os braços do Doutor e o puxou para a entrada do palácio – Era disso que eu precisava!

Os dois passaram horas, talvez dias ou até mesmo semanas, passeando pelo local. A morena não se deu por satisfeita enquanto não viu cada detalhe e sempre pedia para seu amigo contar fofocas da família real que já morara ali.

Em algum momento, a moça ficou cansada e teve a brilhante ideia de fazer um piquenique nos jardins. O Doutor observava a contagiante felicidade de Clara, enquanto ela estendia uma toalha na grama e voltava à Tardis para fazer o famoso suflê de sua mãe.

– Oi! Não sou sua empregada, sabia? Trate de trazer os copos e pratos.

Quando terminou de arrumar tudo, o escocês deitou apoiado em seus cotovelos, esperando a moça trazer a comida. Um policial ofegante e roliço aproximou-se, segurando um telefone na mão.

– O que você está fazendo aí?

– Tudo bem, oficial – o Senhor do Tempo tirou o papel psíquico de dentro do bolso e entregou ao homem.

– Eu sei quem você é, Doutor. Preciso que me siga... e ah! Este telefonema é para você.

O alienígena pegou o aparelho, desconfiado. Nesse momento, Clara saiu de dentro da nave com o suflê nas mãos.

– Sente esse cheiro que mara... O que está acontecendo? Doutor? – O amigo apontou para o celular e fez sinal de silêncio – Mas nem no meu dia de folga? Você! Quem é você? Com quem o Doutor está falando? ESTÁ TODO MUNDO FINGINDO QUE NÃO ESTOU AQUI?

O rosto do gallifreyano estava mais branco do que o normal, a boca semiaberta, os olhos paralisados. Desligou o aparelho e, lentamente, o entregou ao policial.

– Doutor, me responda! O que está acontecendo?

– Olhe de novo para o Palácio de Versalhes.

Tanto o policial quanto Clara deram meia volta e ficaram sem fôlego. Na gigantesca fachada do palacete, escritas circulares semelhantes ao interior de um relógio foram pintadas em um vermelho gritante.

– Isso é....?

– Sim.

– Desculpa, Doutor. “Sim” o que? – O oficial limpou o suor da careca e arrumou o cinto em volta de sua gordura semicircular.

– Clara – o escocês virou levemente o rosto para a esquerda e disse num sussurro – traga o verme.

As pernas curtas da moça correram o mais depressa que puderam, lembrava de ter guardado os bichos “sugadores de memória” dentro da cabine azul; na segunda sala à direita, depois da piscina.

– Cadê? Cadê? Aqui! Ótimo! - Voltou correndo em direção à saída da nave, com o animal molengo escorregando entre suas luvas – Hey! Abra a porta! O que pensa que está fazendo? O Doutor precisa disso! Pare de ser chata! Estou aqui há três anos e você ainda não gosta de mim? Qual é! DOUTOR!

Mas a Tardis não cedeu. Clara esmurrou a porta, porém sabia que não conseguiria abrir se a máquina não a permitisse. Um pensamento fluiu em sua mente: e se o Senhor do Tempo quisesse deixa-la presa?

– Não! Não! Não! Doutor, por favor! De novo não! – Com as mãos cansadas de tanto bater na porta e segurar o verme, Clara deslizou lentamente até o chão, vencida.

– Aonde você ia me levar, oficial ...

– Sigman. Oficial Sigman, senhor. Meu superior me ligou e pediu para que eu lhe procurasse pelos jardins, entregasse o celular e dissesse aquelas palavras.

– Seu superior... Oficial Sigman, seus serviços não são mais necessários. Você está dispensado, tire o dia de folga, vá assistir um filme, ou sei lá o que você faz para se divertir.

Sem entender nada da situação na qual se encontrava; Sigman ficou parado assistindo aquele estranho escocês dirigir-se ao palácio.

Com o vestido roxo no estilo vitoriano e um cantarolar irritante; Missy esperava seu companheiro de longa data na sala do trono.

O homem não demorou a chegar, um ar mortífero tomava conta de todo seu corpo. Quão excitante. Vagorosamente, ele andou até a mulher, sem quebrar o contato visual.

– Eu disse para você fugir.

– Oh! Bom te ver também. Onde estávamos? Oh, sim, sim! Skaros!

– O que você quer? O que faz aqui?

– Você sabe meu ponto fraco. Saudade.

Missy sentou-se no trono e cruzou as pernas.

– Como soube onde me encontrar?

– Doutor, Doutor! Você ainda não sabe o quão óbvio é? – Ria largamente – Você está visitando todos os locais do estúpido livro “101 Lugares Para Se Ver” que aquela ridícula escre...

– Não ouse falar dela, Missy.

Em mais de dois mil anos, o Doutor nunca sentira tanta repulsa por outro ser vivo como a que sentia pela mulher à sua frente. Mesmo ela sendo a única outra “Senhora do Tempo” sobrevivente, além dele próprio.

– Você está em fase de negação, querido... vim para lhe tirar do luto.

– EU NÃO QUERO SUA AJUDA – uma veia pulsava na têmpora do homem – Quanta exibição barata! Usar a voz de alguém com alto cargo na polícia, escrever “Venha me pegar, gatinho” em gallifreyano no Palácio de Versalhes!

– Você não respondia minhas mensagens!

– Apague a escrita e suma da minha frente – conforme a discussão aflorava, ambos se aproximaram e agora estavam quase se tocando – Missy, eu tenho motivos suficientes para acabar com sua vida neste exato momento, se você ainda está aqui hoje, é por respeito ao nosso povo.

A Senhora do Tempo fez vários estalos com a língua e deu uma volta completa em torno do Doutor.

– Temos que encontrar nosso planeta, Gallifrey. Você sabe disso. Deixarei você viver esse tedioso luto por mais algum tempo. Depois, nossa busca será iniciada.

Missy tentou beijar a face do Doutor, contudo este afastou-se com repulsa e foi embora do Palácio.

Parte II

Duas semanas atrás

Tudo aconteceu muito rápido, em um momento, Missy recebeu o disco de confissão (“testamento”, na língua humana) do Doutor e aliou-se com Clara; para juntas, poderem encontrar o Senhor do Tempo desaparecido. No outro, os três viajantes, depois de reencontrarem-se em uma luta medieval, foram sequestrados pela Colônia Scaff e levados para uma nave suspeita.

A nave, na realidade, era o planeta Skaro; o habitat da espécie mais cruel do Universo: os Daleks. Por que o trio foi levado até lá? Simples. O criador desses desprezíveis seres, Davros, estava morrendo e queria ter uma última conversa com o Doutor.

É claro que a iminência da morte não tornou Davros um ser melhor, muito pelo contrário, ele se utilizou da compaixão do Doutor e tentou enganá-lo, fazendo com que o Senhor do Tempo entregasse parte de seu poder de regeneração para criar Daleks híbridos.

O tiro saiu pela culatra, o Doutor sabia exatamente o que Davros queria e o deixou fazê-lo. Ao dar poder a todos os Dalekes, o escocês também deu poder ao esgoto de Skaro.

“Esgoto” na língua daquelas criaturas, era o sinônimo para “cemitério”; com o tempo, o corpo de um Dalek se quebra e se liquefaz. Ou seja, o Doutor deu poder para velhos e raivosos Daleks à procura de vingança contra sua própria espécie.

Nesse meio tempo, enquanto Davros e o Doutor tinha seu “reencontro”; Missy e Clara ficaram no salão principal, cercadas pelos “enlatados”. Foram atacadas, mas sobreviveram e tentavam encontrar aonde Senhor do Tempo fora levado. Foi nesse momento que tudo deixou de acontecer “muito rápido”. Escolhas fazem os relógios pararem seus ponteiros.

– Entre - Missy ordenou à Clara.

– O que? Você acha mesmo que eu vou entrar em um Dalek? – As duas haviam conseguido capturar um desses seres e retirá-lo de sua casca.

– Você quer salvar o Doutor? Então, entre. Eu vou ser a capturada e você se finge de homem-de-lata.

– Missy...

– Clara, Clara. Você sempre soube que esse dia chegaria, não é mesmo?

O Doutor deixou Davros em sua cadeira mecânica, definhando com a própria idade. Quase na saída da Sede Dalek, ele conseguiu se encontrar com a gallifreyana, suas roupas estavam rasgadas e ela estava desacompanhada.

– Onde está Clara? Se você está viva, então ela também está.

– Eu estou ótima, obrigada por se importar.

– Missy. Onde. Está. Clara?

– No lugar que sempre foi dela – a mulher deu um sorriso sombrio e direcionou o escocês até um corredor cheio de destroços.

Um dalek veio apressado ao encontro de ambos.

– Você. Criatura. Onde está Clara Oswald?

– Dou... tor... – a voz metálica o respondeu.

– Sim, esse sou eu. Mas procuro por Clara Oswald.

– Eu sou um Dalek! Eu sou um Dalek!

– Pare de falar coisas óbvias.

– Eu sou um Dalek! Eu sou um Dalek!

O Doutor observou curioso aquela criatura, ao contrário dos outros de sua espécie, este não tentava lhe matar.

– Por favor, me escute. Eu sou Clara Oswald. Eu sou Clara Oswald! – A morena tentava falar entre lágrimas, porém suas palavras eram transformadas em “Eu sou um Dalek. Eu sou um Dalek”.

O homem à sua frente voltou o rosto para Missy, tentando entender a situação.

– Ela é um Dalek, queridinho. E você sempre soube que acabaria assim.

– Não! Não! - De joelhos, o Senhor do Tempo passou a mão por toda a extensão da lataria – Não! Clara! Minha Clara! Não!

– Eu estou aqui, me veja Doutor. Eu estou aqui.

Um estalo alto saiu do Dalek e os gallifreyanos deram um salto para trás. A casca abriu-se de cima a baixo; em seu interior, Clara Oswald, muito pálido e quase sem vida, jazia choramingando.

– Minha Clara! Minha Clara! – O Doutor beijou toda a face da moça – O que você fez?

– Estou lhe salvando – conseguiu dizer com muita dificuldade.

– Isso não era necessário, eu iria descobri outro jeito.

– Não, Doutor. Nós dois sabemos que acabaria assim.

Da testa de Clara, um terceiro olho Dalek esticava-se para frente, a conversão fora completa. Nos últimos suspiros de vida da baixinha de cabelos negros, o mar castanho se misturou com o frio mar verde.

– Doutor, eu ...

– Não. Clara, por favor, não diga.

Daleks são guerreiros perfeitos, modificados geneticamente para sobreviverem em qualquer situação... a não ser que a criatura seja contagiada com a pior doença imaginável.

– Corra Garoto Experto e lembre-se de quem mais lhe amou em todo o Universo – E, gradativamente, as pálpebras de Clara se fecharam. Ela não sobreviveu ao pior de todas as pestes: o amor.

“Autodestruição ativada”

Missy, com muito esforço, conseguiu arrastar o homem para fora da Sede Dalek, em direção à Tardis. Mal chegaram na nave e o barulho de explosões foi ouvido às suas costas.

– Por que fez isso? – O Doutor ficou entre a cabine azul e a mulher.

– Você sabe. Você sempre soube.

– Eu estava procurando por um meio de salvá-la...

– Sua esposa morta, River Song, nasceu para mata-lo, entretanto acabou salvando sua vida. Clara Oswald, seu... bichinho de estimação, nasceu para lhe salvar. Segundo a lógica, qual seria a próxima etapa?

O planeta estava a ponto de se desintegrar, mas os dois não se importavam.

– Quando vi que estávamos em Skaro, eu soube. Se ela não morresse, você morreria.

Nenhuma palavra dita por Missy era novidade ao Doutor. A Garota Impossível entrou, literalmente, na linha do tempo do gallifreyano; dividindo-se em milhões de pedaços, cada uma de suas versões tinha como função salvar a vida do alienígena em épocas diferentes do tempo-espaço.

Na primeira vez que se encontraram, a nave de Clara havia colidido com o Asilo Dalek e emitia um sinal de pedido de resgate. O Doutor conseguiu chegar até a moça, mas o que encontrou não era nada agradável.

O ar do Asilo era impregnado de micromáquinas, robôs do tamanho de moléculas cuja função principal era transformar qualquer material orgânico em marionete Dalek. Como Clara não usava a pulseira do Doutor que impedia a entrada desses micro seres, os nano genes fizeram a conversão total; ela era um gênio, Daleks precisavam de gênios. A última frase da garota permitiu que Senhor do Tempo saísse à procura de sua salvadora: “Corra. Corra Garoto Experto e lembre-se de mim”.

Depois de alguns meses, o Doutor conseguiu encontrar a versão original de Clara, nela, todas as outras estavam refletidas: a governanta mandona, a roqueira, a hippie dos anos 60, a inteligente futurista. E é claro, para receio do homem, os nano robôs continuaram no corpo da baixinha.

Sem a morena saber, nos últimos anos, o Doutor pesquisou infinitas maneiras de retirar os organismos da companheira, em vão; já faziam parte do DNA de Clara. Então, a dúvida cresceu dentro dos dois corações: Por que Oswald ainda estava viva? Por que não tinha se transformado ainda? A resposta era nítida, mas o gallifreyano não poderia aceita-la.

Missy estava certa, assim como a filha dos Pond fora criada para matá-lo e acabou o salvando; A Garota Impossível nascera para salvá-lo e acabaria sendo a causa de sua morte. A lógica era simples; o problema, enorme.

– De acordo com a tradição, o disco de confissão deve ser entregue ao melhor amigo do Senhor do Tempo, na véspera de seu último dia – a gallifreyana saltitava em torno do homem – Foi por isso que você mandou para mim, não é?

– Missy, fuja...

– Você é aquele que foge, Doutor. Sempre foi – fez um biquinho e estralou a língua – no final, ela também sabia. Ou pelo menos desconfiava. Não precisei explicar muito para convencê-la a entrar no Dalek. A transformação foi rápida, ela já tinha os nano genes no corpo.

– Eu ia salvá-la – a voz rachada do escocês era um contraste com seus olhos duros.

– Você passou muito tempo com os humanos. Sucumbiu ao extinto mais vil de todos.

Antes que o Doutor pudesse agarrar Missy, a mulher acionou seu transportador e desapareceu no ar.

Agora

O gallifreyano abriu a porta da cabine azul, seu cérebro ainda girava depois de reencontrar Missy no Palácio de Versalhes. Dentro da nave, escutou um choro vindo do corredor lateral.

– Doutor? Doutor! – A garota do suflê veio correndo em sua direção e deu um soco no estomago do amigo – Como ousa? Como ousa! Você me prometeu que nunca mais me deixaria para trás.

A morena observou o mais alto ir para o centro da Tardis e puxar uma alavanca. Clara envolveu o Senhor do Tempo em seus pequenos braços e afundou o rosto nas costas do homem.

– Tudo vai ficar bem agora.

Mais algumas alavancas foram acionadas e o Doutor se virou para a morena, a tempo de ver sua figura dissolver-se no ar. Hologramas eram a forma preferida do escocês expressar seu luto, fizera o mesmo com River Song e não seria diferente com Clara Oswald. Por isso o policial não respondeu à moça, ela só existia na mente do alienígena.

– Você também sempre soube, não é mesmo? Essa era a razão de tanta implicância.

A Tardis, que ao contrário de outras naves, possuía sentimento como qualquer outro ser vivo; soltou alguns bipes confirmando. Desde que sentiu as micromáquinas no corpo de Oswald, a nave se esforçou para deixar explícito sua aversão à Clara.

A guitarra ainda repousava na escada e nela, o Doutor encontrou abrigo. Dedilhou os primeiros acordes. Parou. As mãos tremiam. Continuou a melodia suavemente, acompanhando as notas com a bela voz que esta regeneração o proporcionara.

“You are my sunshine, my only Sunshine

(Você é meu raio de Sol, meu único raio de Sol)

You make me happy, when skies are grey

(Você me faz feliz quando o céu está nublado)

You’ll never know, dear, how much I Love you

(Você nunca saberá, querida, o quanto eu te amo)

Please, don’t take … my sunshine … away”

( Por favor, não leve … meu raio de Sol … para longe)”

A música foi interrompida por grossas lágrimas e lembranças tristes. O instrumento foi atirado contra a parede e se partiu no meio. As luzes da Tardis, gradativamente, apagaram-se; deixando o Doutor sozinho com suas memórias. Em outro momento procuraria Gallifrey, em outro momento perdoaria Missy.

Mas não hoje.

Hoje, ele se renderia ao luto, soluçaria seu desespero, sentiria saudades do suflê e do jeitinho embirrado; mas acima de tudo, seria para sempre o Garoto Experto da Garota Impossível.


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Notas finais do capítulo

Desculpe pelos feels ;--; Essa oneshot foi inspirada em um tweet da @uailennon



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