Undisclosed Desires escrita por Larissa Redfield


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Esse é o cap. do dia gente, obrigado a quem comentou e quem não comentou por favor comentem, é sempre bom ter um incentivo.
Música do capítulo - Everybody Wants To Rule The World na versão da Lorde - https://www.youtube.com/watch?v=DaVA6sgOpws



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Everyobody Wants To Rule The World 

Um silêncio ridículo pairava sobre o ar. Felicity encarava o nada pela janela, Oliver encarava o nada pela janela frontal e Diggle engolia em seco em ser obrigado a ficar no meio com aqueles dois.
Eles haviam acabado de descer do avião indo direto para um caminhão do exército, haviam apenas quatro deles e os lugares eram contados.
Como haviam três lugares na frente do caminhão e Oliver e Diggle eram só dois, algum soldado deveria ir na frente junto com eles.
E por conta do "destino", havia sido como uma dança das cadeiras para conseguir lugar e Felicity não havia conseguido nenhum. Sendo obrigada a dividir lugar com Oliver e Diggle.
Já estavam nisso há alguns minutos e ninguém havia dito nenhuma palavra e Diggle sabia o porquê.
Oliver e Felicity não haviam dito nenhuma palavra desde aquela briga, nenhuma mesmo. Oliver era orgulhoso demais para pedir desculpas e Felicity orgulhosa demais para admitir que havia exagerado.
— Há algo que eu precise saber? - Diggle murmurou encarando um e outro.
— Não! - Gritaram em uníssono sem ao menos se darem o trabalho de encarar John.
John se calou e o resto da viagem correu normalmente.


...


Oliver

Chegamos na base por volta do pôr do sol, os soldados estavam com um olhar assustado e extremamente atentos, até uma folha caindo no chão os fazia tremer. Felicity parecia indiferente, ela estava junto com os outros descarregando as caixas com armas e utensílios do exército do caminhão.
Eu me sentia inquieto, aquele era um ambiente horrível e por ser a primeira vez de todos aqui só piorava a situação.
— O que faremos agora, General? - Fui cortado de meus devaneios por uma voz então me virei e me defrontei com um Drake, um dos soldados.
— Descansar. Tirem o dia de folga. Amanhã acordaremos cedo. - Ele apenas assentiu e pegou sua mala do chão se dirigindo a sua tenda.
Aos poucos todos os outros foram fazendo o mesmo, no final acabou por sobrar eu e Felicity. Que clichê!
Felicity descarregava um último lote de caixas de munição dentro da caminhão. Poderia evitar falar com ela mais uma vez, mas pude ver um Diggle imaginário dizendo "Vá ajuda-la, essa é sua chance." e foi o que eu fui fazer.
Me dirigi a passos lentos até ela que nem se quer me encarou.
— Deixa que eu pego essa. - Disse murmurando enquanto puxava uma caixa no mesmo momento que ela iria pega-la.
— Não preciso de ajuda. - Murmurou sem menos se dar ao trabalho de me olhar, com isso ela puxou a caixa pra si.
— Não precisa fazer tudo sozinha. - Declarei puxando a caixa de volta para mim.
— Eu posso me controlar as vezes, sabia? - Disse ironicamente puxando a caixa mais uma vez para si mesma.
— Poderia facilitar as coisas sabia? – Puxei a caixa para mim.
— Eu realmente acho que não, já que eu não tenho equilíbrio nenhum! - Disse rude por fim puxando a caixa para ela mesma uma uma ultima vez e a caixa acabou caindo e derrubando todos os pentes no chão. Felicity estreitou os olhos para mim.
— Merda! - Lamuriou se agachado. Achei errado apenas ela fazer isso, então acabei me agachando junto e pegando as balas do chão e colocando de volta na caixa ao lado dela.
Felicity encarava o chão em silêncio, e parecia realmente magoada, então suspirei cansado. Era a hora de me redimir.
— Olha eu sinto muito pela outra noite.
— Mesmo? Isso muda tudo. - ironizou.
— É sério, Smoak. Não devia ter dito aquelas coisas.
Felicity pareceu ponderar enquanto parava de jogar as munições dentro da caixa e olhava para o nada.
— Eu jamais mataria uma inocente Oliver. Isso é questão de caráter, de honra. – Suspirou. — Meu pai dizia que matar um homem de Deus, faz de Deus um assassino.
A encarei perplexo com a sobrancelha franzida.
— Pensei que não houvesse conhecido seu pai.
Felicity ia dizer algo quando um grito nos interrompeu. Logo que nos levantamos nos dirigimos a uma cabana, que era de onde os gritos estavam vindo.
Rapidamente entrei na cabana com Felicity atrás de mim, para me deparar com uma cena horrível.
Barry estava todo ensanguentado, como se tivesse levado uma surra daquelas e junto com ele havia um bilhete,agachei-me ao seu lado pegando o bilhete. O bilhete parecia ter sido escrito com o sangue dele.
Barry grunhia chorando e logo Felicity se pôs ao seu lado segurando sua mão e murmurando um “Acalme-se”.
— São só rabiscos. - Murmurei enquanto jogava o bilhete de lado.
Em menos de um minuto todos os soldados começaram a entrar, arregalando os olhos quando entravam. Milhares de perguntas me rondavam, “Quem fez isso?” “Como conseguiram fazer isso?” “Foi Ted?”, e eu simplesmente não conseguia responder nenhuma delas.
— É árabe. - Murmurou Felicity ao encarar o bilhete que eu havia jogado no chão. — Significa "Olá amigos".
É, pelo jeito eles já sabiam da nossa chegada.


...

Roy Harper.
Já haviam 15 dias que eu havia deixado o exército. Não havia pedido dispensa, apenas pedi ao General para ver minha avó doente. Avó doente que eu nem tinha.
Eu havia resolvido ir até Aalborg a pé, já que se eu fosse de avião chegaria lá logo e aquele não era meu objetivo.
Não sabia como enfrentar Felicity, muito menos o que dizer.
Eu estava em alguma cidade pequena ao longo da estrada, eu geralmente pegava algum hotel barato pela cidade e ficava pela noite e logo cedo já voltava minha caminhada.
Sabia que provavelmente eles já haveriam se mudado quando eu chegasse lá, mas eu sentia que estava procurando algo. E que talvez esse algo fosse ela. Ou talvez não.
— Quer algo mais? - Perguntou a garçonete e eu saí dos meus pensamentos.
— Não. Obrigado. - Ela deu um pequeno sorriso e saiu me deixando sozinho.
Eu estava tomando meu café quando ouvi meu celular tocar.
Era uma mensagem daquele Soldado do Exército, o qual tinha me dado informações.
“ Eles estão no Irã, boa sorte.”
— Irâ? – Murmurei atônito jogando meu celular na mesa e colocando as mãos na cabeça.
— O que tem o Irã? – Murmurou uma voz atrás de mim. Me virei e pude ver a garçonete abrir um sorriso de lado.
— Hã ... Uma amiga está lá. – Disse uma meia verdade.
— Jura? Ela é terrorista? – Falou enquanto se sentava na minha frente na mesa.
— Não. – Ri. — Ela está servindo lá.
Ela pareceu relaxar colocando o rosto entre as mãos rindo.
— Claro. Como não pensei nisso. – A garçonete sorriu. E era um belo sorriso. — Porque não pensei nisso. Meu irmão está servindo lá também. Me mandou uma carta.
— Mesmo? Ele é soldado?
— General. General Queen.
Um clique soou em minha cabeça. Ela era irmã do tal Oliver. Disfarcei para que ela não notasse nenhuma mudança em minha feição.
— Então quer dizer que é irmã de um General? – Murmurei sorrindo. — Sou o Roy.
Ela mordeu o lábio olhando para baixo.
— Thea Queen.
— Então Thea Queen, irmã do General Queen, por que diabos trabalha numa lanchonete de beira de estrada? – Arqueei as sobrancelhas.
— Ei! Eu gosto daqui. – Disse sorrindo. — E além do mais é o que se encontra de emprego para uma adolescente de 17 anos.
Revirei os olhos.
— Não é pior que servir o exército.
Ela me encarou.
— Você é do exército? Conhece Oliver?
— Sim e não. Sou do exército, mas do exército Russo.
— Ah. – Murmurou. — Devia imaginar. Você fala de um jeito esquisito. – Sorriu de canto.
— O quê? Não falo não.
— Fala sim! – Rimos juntos.
Ficamos sorrindo um para o outro até que eu resolvi dizer algo.
— Então, que horas você sai?


...

Felicity
Os soldados carregaram Barry para dentro da enfermaria, Oliver havia ordenado que todos fôssemos dormir, já que não havia nada que pudéssemos fazer, mas ninguém havia movido um palmo desde então. Ninguém tinha coragem de dizer nada, quem dirá dormir.
Sara estava prestando os devidos primeiros socorros a Barry e todos nós estávamos lá em pé na porta da tenda cruzando os braços.
— Sabe o que eu acho mais engraçado? – Uma voz surgiu e todos levantamos o olhar. Era Ted. Como sempre. Fiz questão de revirar os olhos.
— Nem comece, Grant. – Murmurei entre dentes. — Ninguém está a fim de ouvir qualquer piadinha sua.
— Não é piada, Smoak. Só acho engraçado como algum terrorista entrou aqui dentro sem que ninguém perceba.
— Mesmo? E o que sugere? – Disse levantando a sobrancelha.
— Ainda não tenho nada em mente. – Disse sorrindo. — Mas cá entre nós, é dois mais dois, quem é a única de fora aqui e que misteriosamente desvendou o bilhete. Estranho não?
Eu dei uma risada sem humor e voltei a me encostar, não estava disposta a arrumar briga.
— Não fale merda, Ted – Dick Grayson murmurou.
— Qual é vai defender essa aí?
— Qual o seu problema, Ted? Por que não senta aí e cala a porra da sua boca antes que eu mesmo faça isso ? – Gritou Dick.
— Qual foi cara? Pensei que fôssemos amigos. Está transando com ela? Por que se for isso ... – Ele mal pode terminar quando o punho de Dick acertou sua face, Ted caiu no chão enquanto Dick o esmurrava.
Nenhum soldado se moveu, eu mesma iria até lá separa-los mas Oliver foi mais rápido.
— Já chega! – Gritou enquanto puxava Dick de cima de Ted. — Estão se comportando como moleques!
— Vai deixar ele falar assim dela, primo? – Rugiu Dick apontando para mim.
— Aqui sou seu General, Grayson. E acho que Felicity sabe se defender muito bem. – Encarou Ted. — E além do mais Felicity estava comigo, Grant. Acho quase impossível ela ter feito algo com Barry.
— Acho mais provável você ter feito algo com ele, Ted. – Murmurei.
— Felicity? Também está transando com ela, General? Por que se não eu também gostaria de entrar na fila. – Disse ele e eu senti meu sangue ferver. Quem diabos ele pensava que era pra falar isso de mim?
Estava me dirigindo a passos rápidos a ele quando a mão de Oliver me parou.
— Não vale a pena. – Murmurou em meu ouvido e eu estremeci por dentro. Não sei o por quê mas aquilo me acalmou, foi como apagar um incêndio com um oceano. Não sabia ao menos explicar o porque de Oliver me causar esse sentimento.
Apenas assenti soltando-me dele antes que qualquer outro comentário surgisse e eu me dirigi até a tenda de Barry, parando só ao lado de Dick.
— Hey. – Falei e ele me encarou. — Obrigado. Por me defender.
Dick me deu um sorriso mínimo.
— É só ... Você me lembra alguém. Fisicamente. – Riu sem humor.
Eu apenas sorri para ele e entrei na cabana.
Sara estava mexendo em algo que parecia ser soro no braço de Barry, pigarreei e ela se virou para mim vindo em minha direção e me abraçando.
— Felicity. – Suspirou alegremente Sara apertando minha mão.
— Como ele está? – Questionei parando ao lado de Barry, que estava desacordado.
Sara suspirou triste.
— Nada bem, Felicity. – Disse com a voz embargada. — Terei que induzi-lo ao coma, para ao menos ele ter alguma chance.
Abri minha boca diversas vezes mas não tive nada o que dizer, apenas abracei Sara. Dei um beijo na testa de Barry e então sai da tenda e todos me encaravam com expectativa.
— Ele está vivo.
Diversos soldados suspiraram aliviados se abraçando, mas todos pararam quando eu disse as próximas palavras.
— Mas está em coma.
Oliver pareceu ser o que mais sentiu pois ele socou a parede e deu um grito de raiva, que mais parecia um uivo.
— E o que faremos agora? – Murmurou Dick.
— Contra-atacaremos. – Dissemos Oliver e eu ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

E então?? O que acharam? Até o próximo. Colar de beijos de gente ♥♥



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