Undisclosed Desires escrita por Larissa Redfield


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Hey, não sei o que dizer apenas sentir pelos comentários! Obrigado a todos e espero que gostem.
Música do capítulo - The Monster do Eminem e Rihanna. - https://www.youtube.com/watch?v=EHkozMIXZ8w



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635245/chapter/8

The Monster

Felicity encarava a porta com ódio. Por que diabos ele havia a deixado de fora da parte mais importante da missão? Em seus delírios mais loucos Felicity diria que era por conta daquela cena com Cooper lá fora.

Ela saiu de seus pensamentos ao ver cinco homens, provavelmente capangas de Slade, começarem a se movimentar em direção a porta. Eles estavam cambaleando, provavelmente bêbados e essa era a deixa para Felicity esgueirar seu corpo pequeno para dentro da porta.

O corredor era estreito e escuro, Felicity passou por ele em passos apertados, com os capangas de Slade logo atrás de si.

Pode ver a silhueta de Oliver no final do corredor, para sua sorte os capangas estavam bêbados, ou ele teria de enfrentar os cinco. Acabando com seu disfarce ou pior levando um tiro, já que agora ele era lento e pouco ágil.

Ela puxou Oliver pelo braço que por pouco não socou seu rosto, suspirando aliviado ao ver de quem se tratava.

— O que diabos você estava pensando?! – Resmungou Felicity. — Esquece, não temos tempo.

Ela puxou a mão de Oliver no intuito de tentar sair por onde entraram, mas já era tarde demais, mais um passo e os capangas os veriam.

Oliver encarou Felicity com aquela cara presunçosa de sempre a mesma deu de ombros, fazendo a primeira coisa que veio em sua mente, coisa que ela já havia se imaginado fazendo diversas vezes: beija-lo.

...

Felicity

Senti suas mãos firmes em meus quadris e sua boca macia contra a minha, eu passava as mãos exasperadamente pelos seus cabelos curtos. Eu não sabia o porquê de ter agido assim. Mas seriamos pegos de qualquer modo e eu não tinha nenhum plano em mente, e pela cara de Oliver ele também não. Então resolvi fingir que éramos o casal que dizemos que éramos e beija-lo. Afinal, era isso que casais faziam não é? Eu não sabia a resposta.

Só sabia o quanto estava aproveitando aquele momento, que nunca mais se repetiria, até que ouvi vozes.

— Ei! Esse lugar é restrito. – Nos soltamos com a respiração entrecortada, mas Oliver não soltou minha cintura. Me virei a tempo de ver um dos capangas nos encarando com um misto de diversão e seriedade.

— Desculpe cara. Nós não sabíamos. – Oliver murmurou em um tom de divertimento.

Os capangas estavam prontos para nos expulsar, quando a porta se abriu e um Slade sorridente saiu de lá de dentro.

— Oliver, Sandra! – Murmurou e eu sorri falsamente. — O que está acontecendo aqui?

— Os encontramos aqui, chefe. E bem eles estavam... – Percebi o cara ficando cada vez mais vermelho. — E como eu disse a eles, é uma área restrita.

Slade deu um sorriso de canto.

— Está tudo bem, Alex. – Alex ia protestar quando ele foi mais rápido. — Por que não tomam uma bebida comigo?

Eu e Oliver concordamos de imediato, então nos soltamos, mas por incrível que pareça Oliver fez questão de segurar minha mão quando entramos. Devia para continuar com s aparências.

— Então... – Slade ia se pronunciar enquanto enchia um copo com bebida, mas eu fui mais rápida, me levantando, indo até ele e colocando minha pistola em suas costas.

— Por que não senta aí, Slade?

Ele não pareceu surpreso, e claro que eu sabia que Oliver ia perceber isso então eu fui mais rápida.

Ele se sentou na cadeira com as mãos para cima em sinal de rendição.

— Sabia que de Sandra, não tinha nada Felicity Smoak. – Ele disse numa risada curta e eu o encarei.

— Como sabe o nome dela? – Oliver disse com os punhos cerrados.

— Não tente achar que está um passo a frente de mim, Oliver. Assim que colocou os pés no exército, eu já estava sabendo. As noticias correm, acha mesmo que eu não ia ficar sabendo que colocou uma vadiazinha para dentro do exército?

Encarei Slade com raiva, ele sabia muito bem que havia passado dos limites no teatrinho dele. Eu ia socar sua cara, mas Oliver foi mais rápido e socou sua cara, Slade abriu um sorriso ensanguentado logo depois.

— É tudo o que tem, campeão?

Oliver ia desferir outro soco nele, mas eu intervi.

— Poupe nosso tempo, Slade. Sabe muito bem porque estamos aqui.

Ele arqueou as sobrancelhas.

— Por que não refresca minha memória, querida?

— O que é, o que tantos países estão atrás? – Disse Oliver e eu voltei a encarar Slade.

— Não sei do que está falando.

Revirei os olhos e dei um tiro em sua perna e ele gritou batendo a mão contra a mesa.

— Vadia!

— Que tal agora?

Ele permaneceu em silêncio e eu peguei uma caneta do pote de canetas que havia em cima da mesa.

— Sabe, eu fui criada no meio da guerra. – Disse enquanto virava a caneta entre meus dedos. — E para quem foi criada na guerra, a paz nunca existiu. E com isso, eu aprendi, por bem e pelo mal, que tortura é a melhor forma de se conseguir o quer.

Nisso eu enfiei a caneta em sua mão, deixando-a presa na mesa. Slade grunhiu alto de dor.

— Os homens de Slade não poderão ouvir? – Oliver questionou.

— Não. – Garanti. — A sala é antirruído, vi isso assim que entrei. – Dei uma piscada e ele abriu um sorriso.

Oliver então colocou as duas mãos na mesa e encarou Slade nos olhos.

— Não quero ter que te matar, irmão. Que tal nos contar o que queremos saber?

Slade sorriu com o rosto encharcado de suor.

— Vá para o inferno, Queen. – Disse cuspindo na cara de Oliver.

Pude ver fúria logo depois nos olhos dele, e então ele começou a socar Slade, pude perceber que ele ia deixa-lo inconsciente então intervi segurando seu braço.

— Deixe-o lúcido. – Slade estava tonto, mas definitivamente acordado. Ele me encarou com confusão e então eu apenas apertei meu comunicador.

— Robbie? – Murmurei e ele atendeu. — Traga-a.

Slade levantou o olhar para mim com confusão, pois isso não estava no plano. Mas eu preferi me prevenir, não confiava no Slade.

Robbie entrou com uma mulher chorando, e ao perceber quem era Slade tentou se levantar por Oliver que me encarava com confusão. Já que no caso, eu não havia o dito sobre isso.

— Shado! – Gritou. — Não a machuquem, por favor!

Shado gritava e chorava, tentando se desvilinciar dos braços de Robbie, em vão claro. Podia ver nos olhos de Oliver que ele não estava gostando nem um pouco disso.

— Vai nos dizer, o que é que estamos procurando ou precisarei mata-la? – Disse rude. Oliver e Robbie me encaravam com os olhos arregalados. Slade chorava com o olhar abaixado. — Ótimo. – Murmurei e coloquei a arma na cabeça de Shado que gritava loucamente.

— Felicity, não! – Murmurou Shado chorando e eu apertei mais a arma. Não acreditava que ela havia dito meu nome.

— Cale a boca! – Gritei exasperada e me virei para Slade. — Vou contar até três. Um... – Slade começou a gritar “Não” enquanto Shado olhava para o chão. — Dois...

Eu não iria atirar em Shado, mas Slade não precisava saber disso. Robbie também sabia então não disse nada. Mas Oliver começou a se pronunciar.

— Felicity, não! – Ele disse me encarando. Me manti firme, não ia o deixar estragar tudo.

— Três... – Murmurei e engatilhei a arma, e então senti o peso de Oliver sobre mim, ele tentou tirar a arma de mim, e nisso resultou em um tiro no teto e nós dois caindo no chão, mas resultou também na confissão de Slade em meio aos gritos de Shado.

— ÁTOMO! Chama-se átomo. – Ele gritou exasperado e todos o encaramos. — É uma bomba. Uma bomba nuclear. Ela foi vendida, sinto muito. Era um projeto russo. – Slade disse num sorriso sombrio para mim e eu engoli em seco.

— Quem o comprou?

— Eu não sei ao certo. A única coisa que eu sei é que está no Irã.

Levantei-me do chão, e peguei minha arma me dirigindo a Slade.

— Espero para o seu bem, que isso seja verdade.

Slade suspirou aliviado com a cabeça contra a mesa, e eu me dirigi a Shado e Robbie, sem dar ao menos importância a Oliver.

— Solte-a.

Sai da sala em passos largos, podia ouvir o choro de Shado e Slade dizendo que ia ficar tudo bem, cerrei meus punhos, havia dado tudo errado.

Podia ouvir Oliver me seguindo a passos largos até o salão, onde eu me dirigi para fora, murmurando um “Está feito” para um dos soldados vestidos de garçom, que pareceu entender e se dirigiu para onde deveria ser a cozinha.

Eu havia mexido com Shado, não duvidaria nada que Slade mandaria alguém me matar se eu não saísse de lá em minutos, ou pior contar tudo para Oliver.

Ah, Oliver! Eu me recusava a acreditar que ele havia me humilhado daquele modo na frente de todos. Tudo para o que? Salvar a vida daquela garota? Não era como se ela fosse matar a pobre garota, era só intimida-la, nada demais.

Quem Oliver pensava que ela era? Uma assassina?

Bufei enquanto me abraçava por conta do frio que agora fazia lá fora. Oliver parou ao meu lado com a expressão indescritível.

— Não vai dizer nada? – Oliver murmurou e eu o encarei com o semblante fechado.

— Eu deveria dizer algo?

— Não, não deveria. Nada, por que você não fez nada não é mesmo? Você quase mata uma inocente e não tem nada a dizer! – Gritou exasperado e eu cerrei os punhos.

— Eu não iria mata-la, deveria saber disso! – Gritei de volta.

— Deveria? Eu nem te conheço garota. Acha mesmo que eu deveria saber de algo sobre você? – Cada palavra que ele dizia parecia ser uma adaga enfiada em mim. — E pelo que vi hoje, você é dissimulada e descontrolada, eu confiei na sua ajuda e você provou mais uma vez que sua falta de autocontrole e limite é o que te define! – Oliver disse com o tom de voz alterado.

Nesse momento meu olho já estava cheio de lágrimas, eu estava com tanto ódio dele, nessa altura já havia diversas pessoas lá fora acompanhando a briga. Tal como os soldados que me encaravam com presunção e John que deu um pigarro ao nos ver.

Nós dois nos viramos ao ponto de ver todos nos encarando, Oliver enfiou a mão no bolso um pouco desconcertado.

Fui saindo em passos rápidos, tendo uma única certeza em mente: Oliver Queen estava morto.

...

Oliver

Cheguei a base com John em meu encalço. Não tinha nem ideia de como Felicity havia ido embora da festa, mas eu não sentia nem um pouco de remorso. Ela havia sido imprudente com Shado, afinal, nós protegemos as pessoas, não as ameaçamos.

Entrei em minha tenda, tirando o paletó, a gravata e a camisa, me jogando em minha cama, pois minha perna parecia que iria explodir de tanto que doía.

John me encarava com as mãos no bolso e com aquele olhar silencioso.

— O que você quer John?

— Entender.

Levantei a cabeça.

— Entender o quê, John?

— O que aconteceu lá dentro. O modo como falou com Felicity, Oliver. Foi cruel. – Disse ele cruzando os braços.

— Cruel? – Ri em escárnio. — Devia ver o que ela fez lá dentro.

— Tortura? Nada que não faríamos Oliver.

Me sentei na cama com a expressão fechada.

— Não, Diggle. Ela quase ia matar uma inocente! Matar! – Gritei. — Se eu não houvesse intervindo, ela mataria a namorada do Slade.

— Ela não faria isso. – John murmurou descrente e eu perdi o que me restou de paciência.

— Como pode saber? Não a conhecemos! – Murmurei exasperado. — Aquele papinho todo de ser criada na Somália e salvar sua vida depois ... É ridículo. E você acreditar... – Neguei com a cabeça. — É pior ainda.

John deu uma risada irônica.

— Eu confio nela. E o que mais?

O encarei.

— Mais o que?

— Tem algo mais. O jeito que brigavam, podia jurar que vi um casal brigando.

Ri exasperado.

— Um casal? Se eu não a mata-la até amanhã é um milagre!

Ele deu um sorriso.

— Só confirmou minhas suspeitas. Vocês já se beijaram não é?

Engoli em seco. Como ele podia fazer tão boas deduções.

— Ela me beijou. – admiti dando de ombros. — Mas foi para termos uma desculpa.

John aumentou mais ainda o sorriso.

— Ninguém beija ninguém apenas para desculpa.

Nisso ele saiu da tenda me deixando sozinho. Eu tinha que admitir tinha sido um beijo e tanto, sempre havia me imaginado beijando-a, alias eu fazia isso com todas. Mas com ela... Havia tido uma coisa diferente. Havia sido incrível e eu podia jurar que havia desejo por trás disso, e eu me perguntava se em outra situação não haveríamos transado loucamente. Mas não havia significado nada. Pelo menos era o que eu dizia para mim mesmo.

...

Felicity encarava a noite no terraço da mansão de Slade. Tinha admitir, Aalborg tinha uma vista maravilhosa lá de cima.

Ouviu passos atrás de si, mas não precisava virar para saber quem era. E logo sentiu uma arma em sua cabeça.

— Vire-se.

— Ei, vamos com calma.

— Vire-se! - Exigiu e Felicity virou-se com as mãos na altura da cabeça e revirando os olhos.

— Agora somos só você e eu. – Slade disse com um sorriso maldoso.

Felicity então puxou uma mala que estava em seu pé, a chutando para Slade, que se agachou abrindo a mala e contando os dólares, sem nunca desviar a arma de Felicity que revirava os olhos com toda aquela situação.

Quando Slade concluiu que todo o dinheiro estava lá, ficou na altura de Felicity a encarando.

— Como pôde fazer aquilo? – Murmurou com cuidado. Pois dependendo da resposta poderia meter uma bala na testa daquela garota no mesmo instante. “Aquela vadia já estava testando sua paciência.” – pensou.

— Sabia que não mataria Shado, não depois dela me salvar. – Murmurou Felicity com cautela. — Foi tudo um teatro, Slade. Sabia que se fizesse isso, Oliver dirigiria sua raiva para mim e não notaria nada de estranho.

Aquilo era uma tremenda mentira, Felicity não esperava uma reação positiva de Oliver, mas não esperava também aquilo.

Slade pareceu ponderar então abaixou a arma suspirando pesadamente. Felicity também relaxou, não confiava no Slade.

— Irã? – Murmurou Felicity com divertimento. — Esperava China, Japão... Mas Irã... – Ponderou. — Me surpreendeu.

Ele deu uma risada maldosa.

— É verdade, Felicity. ÁTOMO está lá.

Felicity estancou. Havia mandado Slade inventar algo, não a mandar para a toca do lobo.

— Você enlouqueceu? Eu posso ser morta! – Felicity deu um passo à frente, mas parou quando ele apontou a arma para ela.

Olho por olho, dente por dente, querida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então é isso, quanto mais comentários, mais rápido eu volto. Beijos e até ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Undisclosed Desires" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.