A Guerra de Kovir escrita por Gabriel


Capítulo 2
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

A história começa de verdade agora. Espero que gostem.

LEGENDA:

P.V= Ponto de vista



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P.V Emhyr

Droga. Apesar de Ciri não morrer de amores por mim, era minha única herdeira. Agora, Nilfgaard vai ficar fraca após a minha morte, pois é o que acontece com qualquer reino na troca de uma dinastia para outra. Assim, pode ser que uma brecha para os reinos do norte seja aberta e eles vençam a guerra.

Não acredito que aquele bruxo inútil não conseguiu achar minha filha. E depois dizem que eles são os melhores rastreadores. Talvez se eu tivesse contratado um cachorro, Ciri estaria aqui.

P.V Geralt

Enfim tudo isso acabou. Ciri foi seguir sua vida. Não a vejo faz quase um ano. Mas a vida segue de qualquer forma. Estou indo ao Poleiro do Corvo, pois parece que há um grifo rei rondando a área.

Grifos reis são muito raros, mas também muito infernais. Os ácidos expelidos por todo o corpo garantem letalidade aos seus "predadores" e às suas presas. Um óleo draconídeo misturado a um óleo de híbrido devem me ajudar bastante, entretanto, bastante habilidade era necessária. Habilidade de Bruxo.

Geralt seguiu seu caminho de Vizima ao Poleiro do Corvo sem grandes problemas. Apenas teve que deixar Carpeado em um canto para cuidar de uns bandidos que estavam saqueando uma vila. Depois de 3 horas, chegou no comandante que havia substituído o Barão Sanguinário para falar do contrato:

–O contrato que está espalhado por toda Velen e Novigrad... Você deu a ordem?

–Exatamente Geralt. Sim, sei quem você é. Era eu o comandante do exército do Barão. Sei que você ajudou a achar Anna e o exército me contou que você foi um dos culpados pela morte de...

–Já chega. Estou atrás do contrato e não de conversa.

–Que seja. Um Grifo Rei está rondando a área. Já chegamos a ver dois. Depois que a fêmea foi caçar, nunca mais a vimos. Você pode procurar rastros ao sudeste daqui, mas tenho de avisar que soldados nilfgaardianos se abrigam lá.

–Interessante...

–Além disso acreditamos que o ninho esteja em uma caverna próxima. Todos os tolos que tentaram adentrar nunca mais voltaram. Até uma mulher, de cabelos grisalhos como você, bem parecida com uma que esteve aqui quando eu voltei de uma longa patrulha. Não a vi direito, pois ela partiu assim que cheguei.

–Mais interessante do que imaginei. Mas vamos falar da minha recompensa antes de partir. Quero 450 coroas. Nada a menos. Estamos falando de um grifo rei, não de um grifo qualquer, não de uma cocatriz.

–Estamos em tempos difíceis, mas que seja do seu jeito. Você é o bruxo mais famoso por resolver esse tipo de problemas e creio que seja o único capaz dentre os que já passaram por aqui.

–Só uma coisa. Sobre a moça que passou por aqui: Ela disse para onde foi?

–Ela disse que iria diretamente verificar os rastros da fêmea.

Apenas pela descrição do cabelo grisalho, algo me dizia ser a Ciri. Parece ser pouco o tempo de um ano, mas estava com bastantes saudades. Vou verificar a fêmea também, com alguma esperança, talvez.

Geralt então montou em Carpeado e seguiu o mais rápido possível para os últimos rastros da fêmea grifo rei.

Ao chegar no local indicado como a última aparição da fêmea, vi penas com cerca de 80cm, características de um grifo rei. Além disso, há um cheiro forte de veneno, o que indica que o misterioso sumiço da fêmea não tem muito tempo. Algumas pegadas, de pés pequenos, ou seja, de uma mulher, ali também se encontravam.

Segui as pegadas, até chegar em um acampamento nilfgaardiano. Lá, estavam em festa por um motivo que ainda desconhecia. Contudo, após conversar com alguns guardas, percebi que haviam encontrado a filha morta do imperador, ou seja, Ciri.

Coloquei meu capuz e fui até a tenda central onde Ciri estava sendo "glorificada". Quando ela me percebeu, seus olhos me disseram para tirá-la dali.

Esperei até a madrugada e entrei onde Ciri estava dormindo. Sussurrei em seu ouvido:

–Ciri, Ciri! Está na hora de irmos.

–Ok. Ainda bem que você entendeu. Eu não estava conseguindo dormir mesmo –Sussurrou de volta– Vamos antes que um dos soldados nos ouça.

Então partimos sem causar alarde. Tudo estava certo e nenhum guarda nos ouviu. Pegamos os cavalos e fomos para Centrobosque, onde dormimos em uma casa.

Depois de uma semana, conseguimos matar o grifo rei, que estava agitado pela falta da fêmea. Os dois prepararam o ninho e se preparavam também para o acasalamento, que infelizmente não ocorreu, devido a mesma ter sido morta por Ciri.

DURANTE ESTA MESMA SEMANA...

P.V Emhyr

Após acordar em um dia aleatório, um dos meus generais chegou alvoroçado. Após se curvar, ele descansou um pouco e então me falou:

–Vossa Majestade, tenho uma notícia quase inacreditável.

–Diga logo, não tenho tempo.

–Sua filha, Ciri... Ela está viva.

–Quê?! Impossível! O bruxo que contratei... O melhor bruxo foi contratado para rastreá-la e chegou me dizendo que Ciri havia morrido! Como isso é possível?!

–É sim, senhor. Ela está em Velen, no nosso acampamento.

–Organize um transporte para mim. Eu mesmo vou até Velen e ver se realmente é Ciri. Se não for, estará morto, general.

Emhyr Var Emreis então partiu para Velen, em busca de sua herdeira. Se fosse verdade, Geralt seria jurado de morte, junto com todas as feiticeiras que o imperador jurou não atacar. Se fosse uma mentira, então apenas um general genérico morreria.

Então cheguei a Velen. Todos estavam perplexos. Pensei ser por eu estar em um pântano podre como este, mas vi que havia uma multidão em volta da tenda principal.

–O que está acontecendo aqui?! –Perguntei ao soldado que guardava a entrada do acampamento.

–Su... Sua filha, senhor. Ela su... Sumiu –Disse, trêmulo.

–Então é verdade! –Parei por dois segundos– Mas sumiu como?!

–Não sei senhor

–Mas como diabos não sabe? Ninguém sabe?! Seus inúteis! Pelo menos foi visto alguém suspeito?

–O único sujeito estranho foi um homem de cabelos grisalhos que apareceu na tenda principal um dia depois de acharmos sua filha, enquanto festejávamos. Pelo volume em suas costas, parecia ser um bruxo. Pensei que veio em busca de informações do grif...

–Chega! Já sei quem é. Ainda não entendo o porquê da traição, mas logo vou descobrir. Quero que procurem este bruxo. Quero vê-lo na minha frente.

Então, Emhyr escreveu uma carta que deveria ser espalhada por toda Velen e Novigrad:

Por motivos de traição suprema, o Império de Nilfgaard procura Geralt de Rívia, bruxo atuante. Ele foi visto ultimamente com uma mulher de cabelos grisalhos como os seus, mulher essa que foi raptada da corte nilfgaardiana contra sua própria vontade.

Quem entregar Geralt terá direito a um título de nobreza nilfgaardiano, além de 400 mil coroas nilfgaardianas.

Pelo contrário, quem abrigar Geralt será condenado a passar o resto de sua vida miserável com fome em um calabouço de Oxenfurt, até que quebre de tanta fraqueza.

O Império de Nilfgaard declara também guerra a Kovir, paraíso das feiticeiras, algumas inclusive que apoiam o bruxo. Yennefer de Vengerberg, Triss Merigold, Philippa Eilhart e todo o resto da Estada das Feiticeiras.

A Guerra havia sido declarada. Agora, era esperar para que as tropas de Nilfgaard chegassem até Kovir. Geralt saberia disso em pouco tempo. Kovir buscaria aliados para evitar uma derrota, apesar de esta ser iminente e prevista por todos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, mais uma vez. Os capítulos não serão regulares.



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