Perdida no tempo escrita por DreamUp


Capítulo 19
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eae, pessoas? Preparadas para o ponto final ? *--*



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Encontrar Mary, Jack e Cameron depois desses meses foi uma das melhores coisas que aconteceram desde que voltei. Complicado foi explicar meu pequeno sumiço. Eles compreenderam quando disse que viajei sem programar, uma pequena loucura da herdeira entediada, e vieram cheios de surpresas para cima de mim.

Cameron arrumou uma namorada e estava bem feliz com ela. Contou que pretendia morar com ela numa região mais rural, uma espécie de sitiozinho, e viveria disso.

Mary e Jack, por sua vez, disseram que refletiram enquanto eu estava fora e decidiram que, nessa etapa da vida deles, o tempo não poderia ser desperdiçado com coisas banais como o trabalho. Portanto planejaram "a viagem da vida deles": gastariam o resto de sua existência conhecendo lugares e pessoas. Parecia um bom plano.

Não queria perder o conforto que eles me proporcionavam, mas era a vida deles e eu apoiaria qualquer decisão que tomassem.

Cerca de um mês depois que voltei, Mary e Jack partiram oficialmente e Cam se mudo. Isso me deu mais liberdade para sair daquela casa enorme e solitária. Reformei o apartamento do Alan – agora ele estava lindo e organizado – e moro lá desde então.

O negócio é que quando cheguei, percebi que não fazia nada que prestasse com minha vida. Então decidi aproveitar meu sucesso com o desodorante de bicarbonato de sódio que fiz em 1868 e investir nessa área. Como dinheiro nunca foi problema, pude abrir minha própria fábrica de cosméticos e produtos de higiene pessoal.

Não pense que dei a louca, comprei quilos e quilos de bicarbonato e comecei a fazer desodorante loucamente. É demais até para mim. Contratei químicos e outros profissionais para fazer o serviço. O diferencial da minha empresa – ai, como eu adoro dizer isso – Charm & Beauty é que procuramos produzir com os ingredientes mais naturais e ecologicamente saudáveis possíveis. Sim, eu me preocupo com o planeta. Para tal, tornei Cameron responsável pela produção e controle de qualidade dos componentes.

Lancei os produtos mês passado e, com o tanto que investi em propaganda, tem sido um sucesso. Quando contei para Alan, ele quase surtou de felicidade. Até consegui imaginá-lo sorrindo de orelha a orelha.

Não, não abandonei meu irmão no século XVIII e esqueci dele. Trocamos cartas toda semana. Ele agora ocupa o antigo cargo de McAdams, é o braço direito. Comprou uma casa próxima a dos Declair e vive lá com Ana que é, oficialmente, sua esposa. Isso mesmo, esposa!

Mark d’Franklin assumiu a administração da primeira fábrica de Dick Declair em Londres e vinha fazendo um excelente trabalho. Alan, por sua vez, fazia de tudo para que a fábrica do Dick não fosse a carniçaria costumeira da indústria do século XVIII.

Sim, é claro que fico tentada a perguntar de Jeremy, mas procuro não demonstrar. Vez ou outra, meu irmão solta alguma informação sobre ele de livre e espontânea vontade, me contento com essas migalhas.

Alan contou que McAdams nunca mais deu as caras por lá. Havia desaparecido completamente. Por um lado, era um alívio, pois não tinham que se preocupar com o lunático. Por outro, uma preocupação, sabe-se lá o que ele estaria fazendo e onde estaria fazendo.

Mas por hora, eu aproveitaria minha vida suavemente e esperava que Alan e todos os outros fizessem o mesmo, afinal agora eu era uma mulher de negócios!

 

Enquanto isso no século XVIII....

Alan estava na minha frente e me encarava nervoso, mas divertido. Conseguia imaginar o porquê.

— Você tem certeza, Jeremy? – Me perguntou pela centésima vez naquele dia. Minha resposta ele já sabia.

— Sim, Alan, eu tenho certeza. Agora aperte logo esse botão.

E foi o que ele fez, apertou o botão.

Senti um formigamento começando nos meus pés e subindo até tomar meu corpo todo. Foi como se eu me despedaçasse em um milhão de pedaços e me reconstruísse em questão de segundos.

Abri meus olhos e encarei um cômodo branco com uma porta enorme e preta, cheio de equipamentos. Caminhei até lá e abri silenciosamente.

A primeira coisa que avistei foram seus lindos cabelos ruivos chacoalhando enquanto ela andava de um lado para o outro numa sala espaçosa segurando algo no ouvido.

Perfeita, como na primeira vez que a vi. Senti um leve sorriso se esboçar no meu rosto e soube que eu estava onde deveria estar: com ela.  


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Notas finais do capítulo

Bom, pessoal! Sei que foi um caminho longo (até demais, sei que poderia ter postado mais frequentemente), mas chegamos ao fim e é isso que importa!

Pessoas que nunca comentaram, mas leram, sintam-se a vontade para dizer (e eu aqui imploro :] ) se aprovariam uma segunda temporada.
Se isso for acontecer mesmo, colocarei o link no Disclaimer!

Adeus, companheiras !

*--*



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