Incompletos escrita por P4ndora


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu esperava postar esse capítulo só próxima semana, porém minhas provas vão começar e eu não vou ter tempo nenhum pelo menos até próximo sábado. Então fiquem com mais esse capítulo escrito com todo o meu heart.
OBS: nas notas finais vai ter finalmente um aviso, ou seja, NÃO ESQUEÇAM DE LER HEIN.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/634999/chapter/4

— Então vocês simplesmente apareceram na caverna?

Skye e Edmundo estavam tendo uma longa conversa. A garota estava extremamente curiosa sobre como eles voltaram para Nárnia, e por isso não mediu esforços para fazer Edmundo contar-lhe.

— Exato, depois encontramos Cair Paravel.

— Então quer dizer que existe mesmo um castelo?

— Claro que sim. – respondeu Edmundo, como se fosse algo óbvio – Bem, pelo menos as ruínas dele. Mas enfim, fale-me de você.

— O que você quer saber?

— Eu não sei. Qualquer coisa.

— Tudo bem, vamos ver. – Skye pensou um pouco, e então começou – Tive uma ideia! Vou fazer um resumo rápido. Prepare-se porque será muita informação em pouco tempo.

— Estou pronto.

— Então vamos começar do começo. – disse Skye, fazendo Edmundo rir – Meu pai morreu antes mesmo de eu nascer, e minha mãe quando eu tinha dois anos, e por isso eu fui criada pelos meus terríveis tios. Miraz cuidava da educação de Caspian e Prunaprismia da minha. Ou seja, fui educada para ser uma princesa, o que é muito chato. Da para acreditar que o dia de uma princesa consiste em dormir cedo, acordar tarde e aprender etiqueta? Enquanto a educação de Caspian era muita excitante, eu tinha que viver daquele jeito tedioso. Assim que Caspian fez 10 anos, Miraz resolveu que ele precisava de um tutor. Às vezes, ele ia até meu quarto à noite e me contava as histórias que seu tutor havia lhe contado. Então eu resolvi por conta própria que ele também seria meu tutor, mas era óbvio que Miraz não podia saber.

— Então você já era impulsiva desde criança? – interrompeu Edmundo.

— Eu não chamo isso de “ser impulsiva”. É só o meu jeito de ser. – declarou Skye.

— Um jeito bem impulsivo de ser...

— Eu ainda não acabei. – cortou Skye, não dando ouvidos a última frase de Edmundo – Enfim, uma noite, eu escutei os passos de Caspian e do professor no corredor. Decidi que os seguiria. O professor aceitou ser meu tutor secreto, mas nós só podíamos nos ver à noite, às escondidas. Concluindo a história: Eu era obrigada a aprender etiqueta de dia, e pela noite eu aprendia esgrima, astronomia e história. Às vezes o professor se arriscava até a me ensinar a cavalgar. Bem, é isso.

A garota falara tão rápido que Edmundo mal teve tempo para respirar e ela já havia terminado de contar tudo.

— Sua vida parece ter sido bem interessante.

— Acredite, não era. – respondeu Skye – O ponto alto do meu dia era andar pelo castelo à noite.

— Isso quer dizer que você não é como Susana. – sussurrou Edmundo.

— E como Susana é?

— Bem, ela se importa muito com vestidos – disse ele, apontando para o vestido rasgado de Skye – e gosta deles.  É uma dama.

— Mas que calúnia! – exclamou Skye indignada – Eu sou uma dama.

— Eu não disse que você não era uma – disse Edmundo rindo.

— Mas deixou a entender. Escute, eu fui educada para ser uma dama, eu apenas não gosto. Sou uma dama que não se preocupa com vestido nem gosta deles, que sabe usar a espada, e que gosta de aventuras. Você pode lidar com isso?

Aquilo deixou Edmundo um pouco chocado. Ninguém – tirando Pedro – nunca falara daquele jeito com ele.

De repente Skye simplesmente teve um ataque de riso, chamando a atenção de quem estava ao redor deles.

— Pela a sua cara, você deve ter realmente levado a sério o que eu disse. – disse ela, parando de rir – Eu não sou uma dama mesmo. Só estava brincando.

— Uau! – exclamou Edmundo – Mais uma vez isso prova que você e Susana são muito diferentes. Ela nunca faz piadas, até porque é muito certinha para brincar.

— Depois de você falar várias vezes que nós somos diferentes, eu estou começando a me perguntar o porquê de eu já considerar ela uma amiga.

— Uma vez, no meu mundo, um sábio disse que “os opostos se atraem”. – explicou Edmundo.

— Seu mundo é bem estranho. – falou Skye sorrindo de lado.

Edmundo também sorriu. Ele não sabia o que dizer sobre o sorriso dela. Era um sorriso diferente de qualquer coisa que ele já havia visto.

E os dois ficaram assim, Skye observando a densa floresta por onde passavam e Edmundo olhando para a garota, pelo menos até a voz de Caspian dizer:

— Chegamos!

A expedição estava na borda da floresta, e à frente existia um enorme descampado. No lado oposto do descampado se encontrava o Monte de Aslam. Na frente do Monte existia um pequeno pátio com um arco, onde vários centauros esperavam, com suas espadas erguidas.

Os reis e rainha tomaram à dianteira, e entraram no Monte, enquanto Caspian e Skye seguiam atrás, com o resto dos narnianos.

Lá dentro, muitos narnianos trabalhavam na construção de armas, tomando como base as armas telmarinas que haviam sido roubadas.

Caspian, Pedro e Edmundo ficaram conversando, enquanto as três garotas exploravam o Monte.

— Pode não ser o que esperava, mas é defensável. – começou Caspian.

— Pedro! – chamava Susana – É melhor ver isso aqui.

Susana levou Pedro, Edmundo e Caspian, até um corredor escuro, onde estavam Lúcia e Skye. Com ajuda de archotes conseguiram ver que as paredes estavam cobertas por desenhos. A maioria era dos quatro Reis e Rainhas.

— Somos nós.

— Que lugar é esse? – perguntou Lúcia.

— Vocês não sabem? – Caspian e Skye perguntaram, espantados.

Os quatro ficaram calados e Skye e Caspian se entreolharam. Caspian pegou outro archote.

— Venham! Vão querer ver isso. – disse Skye, guiando os quatro.

Eles seguiram até uma enorme caverna escura. Skye sabia que aquela era caverna central do Monte por apenas um motivo. De repente, enormes línguas de fogo circundaram toda a caverna, e finalmente deu para ver o porquê dela ser tão importante.

A famosa Mesa de Pedra, onde um dia Aslam se sacrificara por Edmundo, se encontrava no meio da caverna. Atrás dela, existia um enorme arco, onde pela a abertura do mesmo, dava-se para ver uma grande gravura de leão esculpida na parede: era Aslam.

Skye continuou ao lado de Caspian, pois sabia que não era uma boa hora para interromper o momento.

Aos poucos, os quatro Reis e Rainhas se aproximaram da Mesa, mais foi Lúcia, a primeira a criar coragem para tocá-la.

— Aslam deve saber o que faz. – disse ela virando-se para os irmãos.

— Acho que cabe a nós agora. –decidiu Pedro.

— Vocês não estarão sozinhos. – falou Skye. Todos na sala olharam para ela, e a garota ficou se perguntando se aquilo era bom ou ruim.

Seus olhos encontraram com os de Edmundo, e ela abaixou a cabeça, envergonhada. Após a conversa com Edmundo, Skye sentia que algo estava mudando nela, ela só não sabia o que era. Mas de uma coisa tinha certeza: ela não estava gostando nem um pouco daquilo.

Um longo silêncio se instalou na sala e Skye estava ficando desconfortável. Porém, segundos depois, um fauno apareceu correndo.

— Eu avistei um soldado telmarino espionando-nos.

Caspian e Pedro se entreolharam. Aquilo não era nada bom, e por isso entraram num acordo que um Conselho de Guerra deveria ser feito.

— Vá chamar os outros. – pediu Skye ao fauno.

Minutos depois, todos estavam reunidos na caverna central.

— É só uma questão de tempo. – disse Pedro – Os homens e as armas de guerra de Miraz estão a caminho. Ou seja, esses mesmos homens não protegem o castelo.

— O que sugere que façamos majestade? – perguntou Ripchip.

— Atacar o castelo...

— Começar a planejar...

Pedro e Caspian falaram ao mesmo tempo. Aquilo foi bem gozado, pelo menos para Skye, que abafou o riso. Caspian fez sinal para que Pedro continuasse falando.

— A única esperança é ataca-los antes que eles nos ataquem.

— É loucura, ninguém jamais tomou o castelo. – disse Caspian.

— Sempre tem uma primeira vez.

— Teremos o elemento surpresa. – falou Trumpkin.

— Mas temos a vantagem aqui. – rebateu Caspian.

— Tudo o que temos que fazer é nos preparar. – disse Skye.

— Exato. Se nos prepararmos podemos conte-los para sempre. – concordou Susana.

— Não podemos agir impulsivamente, principalmente em momentos como este. Isso soa até engraçado – explicou Skye olhando para Edmundo e lembrando-se de sua conversa – vindo de uma pessoa como eu. Confesso que adoraria invadir aquele maldito castelo, mas se não tivermos uma preparação para uma guerra futura, não adiantará nada. – Skye aproximou-se de Caspian.

Pedro olhou feio para Susana, como se brigasse com a irmã por ficar do lado de Caspian.

— Eu me sinto bem melhor aqui em baixo. – disse Caça-trufas.

— Olha, agradeço o que fizeram aqui. – falou Pedro, olhando para Caspian e Skye – Mas isso não é uma fortaleza. É uma tumba.

— É. Se os telmarinos forem inteligentes só vão esperar a gente morrer de fome. – disse Edmundo.

Skye sentiu uma pontinha de raiva do garoto. Ela esperava que ele ficasse ao seu lado. Mas espere... por que ela se importa com isso? Skye mordeu a própria língua, como se castigasse a si mesma por pensar nesse tipo de bobagem.

— Nós podemos colher nozes! – exclamou o esquilo.

— É, e jogar nos telmarinos. – falou Ripchip irônico – Cale a boca! Conhece a minha opinião senhor.

— Se eu entrar com as suas tropas – perguntou Pedro ao grande centauro, Ciclone – pode lutar com os guardas?

O centauro olhou para Pedro, e depois para Caspian. Skye tinha a impressão de que ele estava escolhendo suas palavras com cautela.

— Ou morrer tentando, soberano.

— É isso que me preocupa. – disse a doce voz de Lúcia.

— O que disse? – perguntou Pedro.

— Estão agindo como se só houvesse duas opções. Morrer aqui, ou morrer lá.

— Acho que não ouviu direito Lu. – disse Pedro.

— Não! É você que não ouve. – falou Lúcia aumentando o tom de voz – Ou você já esqueceu quem derrotou a feiticeira, Pedro?

A sala se encheu de tensão. Aquilo impressionou Skye. Lúcia falara de um jeito que Skye nunca imaginara que uma garotinha pudesse falar. Só depois ela lembrou que aquela era Rainha Lúcia, a destemida.

— Acho que já esperamos tempo demais por Aslam. – disse Pedro, e todos perceberam que aquele foi o final da discussão.

Skye olhou para Edmundo, com a cara amarrada sendo respondida com uma feição confusa de Edmundo. Garotos!

Caspian aceitou a derrota. Então o exercito se pôs a armar um jeito de penetrar no castelo, com a ajuda de Caspian e Skye, que viveram lá a vida toda e conheciam o castelo com a palma da mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nesse capítulo eu quis dar mais informações sobre a Skye. O que acharam ? Digam nos comentários, até porque isso me incentiva a escrever mais.
Enfim vamos ao aviso: Eu criei uma conta no twitter especialmente pra vocês. Isso mesmo! Se tiverem qualquer dúvida ou apenas queiram interagir mais comigo, aqui está o link - https://twitter.com/caixadep4ndora. Vocês provavelmente não me verão muito online, mas sempre que eu entrar eu vou responder as mentions. Bem, era isso. Nada muito importante mas eu queria avisar vocês mesmo assim.
Finalmente, não esqueçam de comentar hein. Bjks no core