Accidentally in Love escrita por Shei


Capítulo 52
De volta a Storybrooke


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas.
Eu queria agradecer a todos, pois a fic recebeu o seu comentário de número 500 e eu não podia ter ficado mais feliz, muto obrigada a cada um que deixou um recado por aqui :D

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Assim que chegaram em Storybrooke, Regina e Emma deixaram Zelena em sua casa e se dirigiram para o loft da morena, aonde iriam morar a partir de agora. Logo que abriu a porta, Regina se surpreendeu ao encontrar o loft totalmente reformulado. Estava do jeito que ambas tinham planejado. A morena entrou junto de Emma que olhava tudo em volta encantada.

— Amor, você não me falou que tinha mandado executar a reforma. – Emma sorria, admirando cada detalhe e canto do lar que iria dividir com sua amada. – Ficou divino!

— Não te falei por um simples motivo.

— Queria fazer uma surpresa?

— Surpresa estou eu. Eu não te falei nada pelo simples fato que eu não fazia ideia. Só pode ser coisa da Zelena, ela conhecia nossos planos para o lugar. – Regina sorriu e negou com a cabeça. – Essa ruiva gosta de grandes gestos.

— Ah, isso sem dúvidas ela gosta. – Emma sorriu e abraçou a morena pela cintura. – Zelena se superou, o loft ficou da forma que imaginamos, ele ficou incrível. Devemos um grande obrigado para a nossa amiga.

— Sim, ficou perfeito mesmo. – Regina deu um selinho em Emma e puxou ela pela mão para olhar o resto do loft. – Iremos pensar em uma forma de agradecer a ela, pois definitivamente ela merece.

— Podemos ajudar com Ruby. – Emma sorriu de lado, erguendo uma sobrancelha. – Zelena definitivamente precisa de ajuda nesse departamento. Nem parece a mesma pessoa que ajudou a gente a reatar.

— Quando se trata de nossos próprios problemas amorosos é sempre mais difícil. Zel nunca foi muito boa em notar quando alguém gostava dela de verdade. Mas confesso que me surpreendi com essas duas, pois ambas sempre foram muito livres. – Regina comenta pensativa, enquanto caminha pelo loft. – Acho que chega um dia, que simplesmente relacionamentos vazios não são mais o suficiente. Eu vejo por mim, antes de você entrar na minha vida eu não sabia o que estava perdendo.

Emma sorri ternamente e se aproxima da morena, parando em sua frente, faz um carinho na bochecha da namorada e fala suavemente.

— Eu entendo o que você quer disser. Eu sempre gostei de viver pelo mundo, sem nada e nem ninguém para me prender em algum lugar. Agora eu entendo, que eu agia assim porque ainda não tinha amado de verdade, por isso as aventuras mundo afora eram tão atraentes. Mal sabia eu, que a maior e melhor aventura da minha vida seria amar você. – Emma selou seus lábios com a morena, que correspondeu ao beijo carinhoso com delicadeza.

— Nem me diga em não saber. – Regina sorriu brincalhona. – Nunca gostei tanto de um souvenir assim antes. Ai, isso foi um elogio. – A morena reclamou esfregando o braço, aonde Emma tinha dado um tapa. – Melhor presente de viagem que já ganhei.

— Você é uma idiota, sempre estragando nossos bons momentos. – Emma sorriu e beliscou o braço de Regina, que reclamou de novo. – Isso é pela forma que você me tratava no início, eu odiava tuas ironias e deboches. Perdi as contas de quantas vezes quis estapear você.

— Não seja por isso, fique à vontade para me estapear agora. – Regina sorriu arrogante. – Pode me dar umas palmadas também, eu juro que não vou reclamar.

— Regina! – Emma nega com a cabeça, olhando abismada para a namorada sem vergonha.

— Estou brincando, meu anjo. – Regina enlaça a cintura da loira e continua. – Mas mudando de assunto, estou morrendo de fome. Vamos sair para comer algo?

— Brincando, sei. – Emma olha desconfiada para a namorada, que apenas sorri amplo. – Aonde você quer ir?

— Qualquer lugar, contanto que tenha boa comida.

— Granny’s?

— Pode ser, eu estou com fome demais para implicar com seu gosto duvidoso em relação a comida. – Regina dá um selinho na loira. – Preparada para virar o assunto da semana? Pois as fofocas voam rápido por aqui. Aliás me admiro que a dona Cora Mills ainda não tenha batido em nossa porta.

— Ah, amor. Não faz nem uma hora que chegamos, sua mãe não poderia vir voando. Mas não se preocupe, com certeza até o final do dia ela vai se fazer presente de alguma forma. – Emma sorriu e Regina gargalhou.

— Ela deve estar sem sua vassoura, é isso que você quis falar, não é? – Regina sorria.

— Eu? – Emma fingiu falsa inocência. – Nunca iria falar isso da minha querida sogra, não pense besteiras meu amor.

— Bom, vamos aproveitar a calmaria enquanto podemos. – A morena deu mais um selinho nos lábios rosados. – Enquanto o clã Mills se mantem nas montanhas.

Emma gargalhou com o deboche da namorada. Ambas trocaram de roupas e saíram do loft. Enquanto andavam de mãos dadas pelas ruas da cidade, recebiam olhares curiosos e alguns até julgadores. Regina lançava olhares homicidas para o segundo tipo, enquanto Emma apertava sua mão para ela parar com isso. A loira realmente não se importava com toda a atenção que estava recebendo, pois, a felicidade de andar livremente e mostrando a todos que estava em um relacionamento com Regina era imensa. Chegaram na lanchonete e logo foram atendidas, enquanto esperavam seus pedidos ficarem prontos, conversavam animadas sobre assuntos aleatórios. Até serem interrompidas por uma voz que se fez presente.

— Então é verdade mesmo. Eu não queria acreditar que Regina Mills tinha roubado a namorada do irmão, pois isso é desprezível demais, mas não é que agora tudo faz mais sentido? – Anita olhava com desprezo para Emma e Regina. – Toda essa confusão por uma simples loira? Me explica Regina, porque uma mulher que pode ter quem quiser em sua cama, resolve investir na própria cunhada?

— Anita, vai embora daqui, antes que eu perca a minha paciência com você. – Regina tinha a mandíbula travada, tentando de todas as formas manter o controle, pois sua irritação já estava no nível máximo. – Não te devemos explicação nenhuma e exijo respeito. Modere suas palavras para se referir a Emma.

— Está tudo bem, baby. – Emma segurou uma das mãos da morena sobre a mesa, tentando tranquilizar a namorada. – A dor de cotovelo alheia não me incomoda. Já estou acostumada com o despeito de Anita, que não consegue aceitar que você não a deseja mais. – Emma sorriu para Regina, que sorriu de volta, sentido um orgulho enorme da postura da loira.

— Não é questão de despeito, apesar de claramente não enxergar como alguém pode preferir uma loira sem graça como você. – Anita revidou. – Uma mulher que traiu o namorado com a própria irmã dele? Me diga Regina, você não espera lealdade de uma pessoa assim, espera? O que te garante que ela não vá fazer o mesmo com você?

— Anita, mais um insulto e eu vou me esquecer que já tive simpatia por você um dia. – Regina olhou com raiva para a ex-amante. – Saia daqui. – A morena praticamente rosnou.

— Você se esqueceu que eu sou uma das donas do Granny’s? – Anita falava com deboche evidente em seu tom de voz. – Se tem alguém aqui, que tem poder de expulsar alguém, sou eu.

— Poder de expulsar alguém? Não sei desde quando. - Ruby apareceu ao lado da mesa de Regina e Emma, olhando com o cenho franzido para sua irmã. – Anita, pare de atormentar minhas amigas, você está sendo inconveniente.

— Suas amigas? – Anita riu. – Ah, me esqueci que você compartilha da falta de vergonha delas. Afinal, vocês fazem festinhas juntas, não fazem? Sexo grupal é a nova prática de vocês?

— Por que? Você gostaria de ser convidada para as nossas festinhas particulares? – Zelena chegou e se colocou ao lado de Ruby, passando uma mão por sua cintura, enquanto encarava Anita. – Sinto te informar que é um clube exclusivo, não aceitamos qualquer uma. – A ruiva piscou para Anita e se virou para Ruby. – Querida, avise sua irmã que por mais que ela tente, ela não vai conseguir o que deseja. – Zelena deu um selinho em Ruby, que ficou surpresa pelo gesto. – Agora podemos pedir para viagem? Assim podemos saborear uma refeição sem presenças repugnantes. – Agora a ruiva olhava para as duas amigas sentadas a mesa, que apenas riam da cena toda.

— Vocês são nojentas e se merecem. – Anita falou e saiu da lanchonete.

As quatro amigas se olharam e explodiram em gargalhadas. Quando finalmente conseguiram parar de rir, Zelena e Ruby se juntaram ao casal na mesa. Entre piadas e conversas amenas, o almoço transcorreu tranquilamente. Regina e Emma agradeceram pelo presente surpresa da ruiva, que falou que era sua obrigação de cupido e madrinha da relação delas, deixar o ninho de amor delas prontinho e aconchegante. Depois que se despediram de Ruby e Zelena, as duas namoradas resolveram passear pelas ruas de Storybrooke, pouco se importando em serem motivos de comentários e olhares pelos moradores da pequena cidade.

Já de volta ao loft, Emma organizava as roupas no closet delas, enquanto Regina estava deitada em cima da cama, lendo um livro de suspense.

— Uma ajudinha aqui seria muito bem-vinda. – Emma falou enquanto dobrava algumas roupas. – Não acha muita folga da sua parte, deixar eu arrumando tudo, enquanto coloca a sua leitura em dia?

— Você não falou nada antes. – Regina ainda mantinha os olhos no livro. – Pensei que não era necessário, por isso peguei esse livro para ler. – Quando a morena levantou os olhos do livro, viu Emma parada lhe olhando. – Que foi?

— Sério mesmo? – Emma rolou os olhos. – Precisava eu pedir a sua ajuda, para arrumar as nossas roupas no lugar certo? – A loira bufou e deu as costas para a namorada, voltando para o dentro do closet.

Regina respirou fundo, antes de fechar o livro e o deixar em cima da cama, levantando e indo até o closet. Ficou observando a namorada organizando as roupas por um tempo, até perceber que a loira não iria parar para falar consigo. Então se aproximou devagar, abraçando Emma por trás e deixando um suave beijo em seu pescoço.

— Não fique chateada comigo. – Pediu em um sussurro. – Prometo arrumar a cozinha sozinha.

Emma sorriu e se virou de frente para a morena.

— Não estou chateada. – Deu um selinho nos lábios carnudos e depois mordiscou o queixo de Regina. – E é obvio que você vai arrumar a cozinha sozinha, aquele é o seu departamento, baby.

— Ah, então cozinhar e nos alimentar é o meu departamento? Que bela futura esposa eu fui arrumar, se tenho que fazer todo o trabalho pesado. – Regina fingiu indignação. – Acho que vou reclamar no sindicato isso.

— Futura esposa? – Emma ergueu uma sobrancelha. – Achei que você não acreditava em casamentos.

— E eu realmente não acreditava, mas meio que mudei de ideia. – Regina deu de ombros. – A mãe dos meus filhos, merece o título de esposa, não acha?

— Filhos? – Emma sorriu, negando com a cabeça. – Eu concordei com um filho, no singular. Aceite a vitória e não force a barra.

— Isso é injusto, eu concordei em te dar até 101 dálmatas, porque não mereço a mesma cortesia? – Regina fez um bico.

— Eu vou fingir que não ouvi isso. – Emma beijou a morena, encerrando o beijo com vários selinhos. – Eu vou adorar receber o título de esposa de Regina Mills. Mas a cozinha vai continuar sendo o teu departamento. – Emma piscou para a amada e voltou a arrumar as roupas em seus lugares.

— Acho que vou ter que me conformar então. – Regina deu de ombros sorrindo.

O som da campainha do loft, fez Emma olhar para a morena, que fez sinal de ir atender a porta. Quando Regina voltou para o closet, tinha um envelope em suas mãos, que fez Emma se aproximar para ler.

— Um convite formal de jantar? – A loira questionou olhando para os olhos da amada. – Sério mesmo?

— Minha mãe não pode ser normal. – Regina negou com a cabeça. – E ela está maluca em esperar a nossa presença na mansão.

— Pois eu acho que devemos ir. Devemos mostrar para a sua mãe o casal incrível que formamos juntas. – Emma sorriu, alisando o braço da morena. – Eu vou estar ao seu lado o tempo todo, iremos passar por isso juntas.

Regina suspirou alto, olhou para o convite em suas mãos e voltou o olhar para a loira, que lhe sorria ternamente.

— Acho que não adianta adiar, não é mesmo? – Regina bufou. – Não quero fazer você passar pelos comentários maldosos do Killian, eu duvido que ele se contenha perto de nós duas juntas.

— Sua mãe não vai permitir que ele extrapole, e eu posso aguentar os comentários dele, baby. – Emma deu um selinho na morena e continuou. – Eles são a sua família, devemos tentar uma aproximação.

Regina suspirou fundo, concordando com a cabeça.

— Certo. Mas eu não vou permitir que ninguém te trate mal, então esteja avisada. Não adianta tentar apaziguar as coisas, Emma. Se eu falar para virmos embora, é isso que iremos fazer, está de acordo?

— Combinado, contanto que você não exagere.

— Eu não sou exagerada. – Regina resmungou.

— Se você diz. – Emma sorriu. – Vem, vamos escolher nossas roupas para esse jantar.

Algumas horas mais tarde, já devidamente prontas para o jantar, as duas se dirigiram para a mansão Mills. Regina estava tensa, com receio desse jantar em família, já que a última coisa que sentia, era fazer parte de verdade da própria família. Emma se mostrava calma para a namorada, mas por dentro estava ansiosa e temerosa. Tinha muito medo que Cora magoasse ainda mais a filha, e não sabia o que esperar de Killian.

Quando Regina estacionou em frente a mansão em que cresceu, olhou para o lugar e respirou fundo. Emma enlaçou suas mãos, plantando um beijo singelo na mão de sua namorada.

— Amor, vai ficar tudo bem.

— Assim espero. Vamos entrar. – Regina deu um selinho em Emma, antes de descer do carro e caminhar em direção a porta da frente. – Acho que é a primeira vez que toco a campainha da mansão.

— Eu imagino que sim. – Emma sorriu.

Quando a porta da mansão foi aberta, uma Cora Mills, com um enorme sorriso no rosto as recebeu alegremente.

— Fico feliz que vocês puderam se juntar a nós essa noite. Eu não tinha certeza que aceitariam meu convite. – Cora fez menção de abraçar a filha, que se esquivou de tal gesto. – Entrem e fiquem à vontade. – Continuou um pouco sem graça, frente a rejeição de sua primogênita. – O jantar vai ser servido em breve, aceitam algo para beber enquanto isso?

— O que tiver de mais forte. – Regina se pronunciou, caminhando de mãos dadas com Emma, em direção a sala de estar.

As duas se acomodaram em um sofá de dois lugares, ainda de mãos dadas. Cora entregou as bebidas e sentou em sua poltrona.

— Fizeram uma boa viagem de volta? – Cora perguntou cordial.

— Sim, a viagem foi tranquila. – Emma respondeu prontamente, sentindo o quão desconfortável sua namorada estava se sentindo no momento, tentou quebrar o clima tenso. – Como vai o The Mirror?

— Sentindo falta de sua redatora chefe. – Cora sorriu amarelo. – Eu não tenho mais a mesma disposição para os negócios de antigamente.

— Seu filho não te ajuda? – Regina perguntou com sarcasmo.

— Você sabe perfeitamente bem, que administrar o jornal não está entre as habilidades do seu irmão. – Cora frisou a palavra irmão.

— Ah, sobre isso eu não tenho dúvidas. – Regina rebateu.

— Mas me conte sobre você, eu sinto a sua falta filha. – Cora falou ternamente.

Regina se remexeu desconfortável no sofá, não esperava essas palavras de sua mãe. Quando ia responder, teve sua atenção desviada para o portal da sala, aonde um Killian cambaleando entrou, com uma garrafa de rum na mão e um sorriso debochado no rosto.

— Família, eu cheguei. – Killian olhou para as duas, sorrindo perversamente. - Eu não via a hora de me juntar a mesa, com a vagabunda que eu trouxe para dentro desta casa e a lésbica da minha querida e leal irmã.


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Notas finais do capítulo

Me contem seus pensamentos.
O que acharam?
O que esperam para o próximo capitulo?
Beijos e boa semana a todos