Secrets and Lies escrita por Thais LeFey


Capítulo 19
Problemas a galope


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoal, mais um cap para vocês, espero que gostem!



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Quando as gêmeas chegaram em casa Rachel sentou no sofá e encarou sua irmã.

–Santy, você não chamou a Dani para o Glee porque está interessada nela, certo?

–Bom... não...hum - Santana ficou corada – Ela não é o tipo de garota que faz meu tipo, mas ela...

–Eu entendi, quando nós a vimos sentada sozinha no refeitório e eu vi o seu olhar para ela eu entendi que ela sofre o que eu sofro ou sofria na escola.

–É, Rachel, eu não quero que pense que eu estou compensando pelo que fiz com você, mas como você mesma viu e como todos viram a Dani tem uma voz potente e ela parece ser uma pessoa muito legal.

–Sim, ela parece ser, eu não estou preocupada com isso Santy e não te preocupa, nós vamos fazer esta menina se sentir aceita na escola, disto você não precisa se preocupar.

–Que bom Rach, fico feliz.

Começou uma tempestade com relâmpagos e trovoadas, Rachel logo pensou em Charlotte que ainda estava na rua.

–A Char vai pegar essa tempestade. – Pegou o celular e ligou para a loira.

–Char onde você está?

–Eu? Presa na universidade, é tudo automático aqui e não tem eletricidade,eu não tenho como sair Rach. – A loira falou desesperada.

–Lottie, eu vou aí te buscar.

–Rachel, não! Está perigoso na rua, não tem como você sair de casa agora, eu vou dar um jeito e sair daqui nem que eu precise pular uma janela.

–Não eu vou ate aí, não te preocupa comigo, só fica calma, certo? Eu vou fazer o possível para chegar rápido.

Charlotte encerrou a ligação e foi sentar em um canto deserto para manter a calma, ficar presa num lugar como aquele e sem luz a lembrou rapidamente da clínica onde ficara depois de matar o Wilden, por ser uma clínica forense eles não davam atenção e não tinham os cuidados devidos com os prisioneiros. Aquele lugar era assustador, a universidade naquelas condições não era muito diferente. Respirou fundo e começou a sussurrar de mil ate um.

Já fazia uma hora desde que Rachel havia ligado ela imaginara que a morena estaria presa no transito, deveria estar impossível de sair de lá, ela já estava ainda mais nervosa.

–Olha se não é a Charlotte DaLua – Falou uma colega da loira – Falando com algum amigo?

–Cala a boca Melanie, me deixa em paz! – Respirou fundo e tentou ignorar embora a mulher não a deixasse em paz.

–Então Da Lua? Me conte como é o lugar para onde você volta? Te colocam em uma camisa de força no momento que os enfermeiros te levam lá para dentro? – Perguntou debochada.

–Olha segue o meu conselho para não dar a ninguém motivos para me enfiarem em uma camisa de força.

–Ai que medo, vai fazer o que? Chamar seus amigos imaginários para me atacar?

Charlotte jogou a mesa em que estivera apoiada para longe, se levantou da cadeira derrubando a mesma em um canto e estava se preparando para se atirar em cima da morena de olhos escuros quando sentiu braços enlaçarem seu corpo trêmulo e fazer carícias em suas costas para que ela se acalmasse.

–Está tudo bem Char, vou te levar para casa. – Sorriu dando um beijo no rosto da loira. – Santana e eu precisamos de um pé de cabra para abrir a porta – sorriu. – Está tudo bem agora. – Santana que estava na porta assentiu rindo ao lembrar da cena.

–Rachel teve seu momento rebelde! – Falou rindo quase contagiando a loira nos braços da morena.

–Ela tentou me atacar. – Falou a morena de olhos escuros que Rachel reconhecera como uma das antigas colegas da loira que sempre implicava com ela.

–Verdade? - Perguntou zombeteira – Que pena que não conseguiu – Sussurrou no ouvido da loira que soltou uma gargalhada. – Bom Melanie, se ela quase, te atacou então não há nada com o que nos preocuparmos, não é mesmo? Vamos Lottie, meu carro está no estacionamento coberto. – As três saíram deixando a morena enfurecida no outro lado da sala.

Quando entraram no carro de Rachel finalmente conseguiram relaxar. Charlotte havia ido com Rachel para a universidade pois seu carro estava na revisão.

–O que aquela imbecil fez dessa vez?

–Bom eu estava fazendo exercícios de relaxamento que a psicóloga me recomendou, sussurrando de 1000 para baixo e ela viu, começou a implicar que eu estava falando sozinha ou com amigos imaginários, falou um monte de merda sobre eu morar num hospital psiquiátrico, eu tentei Rach, eu juro que tentei manter a calma mas ela...

–Eu sei, não te preocupa, está tudo bem agora.

–Por sorte você chegou a tempo eu iria me jogar em cima dela.

–E com razão – Santana disse, o olhar de Rachel para ela fez com que a latina se arrependesse do que falara na mesma hora.

–O problema Santana é que se eu agredir alguém... Bom, estão só esperando eu sair um dedinho da linha para me mandarem daqui para uma clínica psiquiátrica.

–Mas eles sabem que não podem a menos que eu autorize isto não acontecerá!

–Eu sei! Só estou explicando a situação para a Santana.

–Bom de qualquer forma, agora está tudo bem. Vamos chegar em casa comer e relaxar um pouco, certo?

–Certo.

–Rachel, olhe! – Santana apontou para uma caixa na calçada onde um pequeno filhote de labrador caramelo colocou a cabecinha para fora, a caixa estava quase se desfazendo. – Por favor, deixa eu levar para casa se não ele pode morrer de frio.

–Tudo bem! – Rachel aproveitou que o carro estava parado e saiu do mesmo a fim de pegar o pequeno e colocar ele envolvido em uma manta que ficava dentro do carro. – Agora pegue ele Santy. – Estendeu o cachorrinho que tremia muito para a irmã que logo o abraçou tentando ao máximo aquecê-lo.

Depois de uma hora e meia de engarrafamento, finalmente conseguiram chegar em casa abaixo de uma chuva torrencial.Santana correu para o quarto e deu um banho no bichinho, para aquecê-lo tentaria convencer Rachel a ficar com ele.

Charlotte e Rachel foram para o banho trocaram de roupa e desceram para começar a preparar o jantar.

–Você sabe que a Santana vai querer ficar com o cachorro né?

–Eu sei.

–Você concorda?

–Se ela cuidar do cachorro e você também quiser que ele fique aqui, não vejo problema.

–Nem eu, sempre gostei de cachorros, então acho que uma companhia peluda é bom.

Santana desceu minutos depois com o cachorrinho no colo e um sorriso de orelha a orelha principalmente quando ele lhe lambia o rosto.

–Rach, Char, eu queria perguntar uma coisa.

–A resposta é sim – As duas responderam.

–Mas eu nem fiz a pergunta.

–Eu sei que você quer o cachorro, e sei que você ia perguntar se podemos ficar com ele, então a resposta é sim.

Santana soltou o pequeno no chão e se atirou nas duas.

–Isso é sério? – Perguntou com os olhos cheios de lágrimas.

–Sim, seu sonho sempre foi ter um cachorro, Charlotte também quer e eu também gosto, então não vejo problema algum. Mas vocês duas são responsáveis por ele assim que o natal passar eu não vou ter mais tempo.

–Eu sei, amanhã vamos na pet comprar coisinhas para ele e fazer um check-up para ter certeza que ele está bem. Eu vou ver uma coisa pra ele comer.

–Da leite, na falta da ração da leite. – Charlotte aconselhou e Santana colocou leite em uma tigela que o cachorro bebeu tudo com satisfação,

–Quinchel vai dormir comigo. – Santana avisou.

–Quem?

–Quinchel, nosso cachorro! – Explicou.

“Que tipo de nome é esse?”-Rachel perguntou em pensamento. – Oh meu Deus, você não colocou o meu nome e o da Quinn no cachorro Santana!

–Sim coloquei e combina, olha, ele tem os seus olhos e é “loiro” como a Quinn. – Falou com um olhar inocente.

–A Quinn vai te matar. – Rachel caiu na gargalhada.

–Gostei do nome, combina com ele. – Charlotte entrou na brincadeira.

–Isso é um complô! – Rachel gritou dramática.

Já era tarde quando todas foram dormir, Santana fez uma caminha para Quinchel em seu quarto com cobertores puídos, Rachel não fez objeção alguma.

Nos dias que passaram Santana e Rachel sempre ficavam com Dani, Quinn foi mais uma que se aproximou da garota.
Quinn e Rachel estavam ficando abertamente na escola,não ligavam de ter demonstrações públicas de carinho. Os colegas sempre que as duas passavam de mãos entrelaçadas ficavam surpresos, e Finn furioso.

–Ela está fazendo isso só para me deixar com ciúmes. – Vibrou para Puck como se tivesse descoberto a América.

–Cara, não viaja, a Rachel não te quer, não seja idiota, ela ama a Fabray.

–Pense o que quiser Puck eu vou ter a Rachel de volta.

–Se você acha isso, eu desisto, ela não quer você, eu se fosse você seguia em frente. - Saiu deixando Finn pensativo.

Dani sofria bullying mas perto do trio ninguém mexia com ela, as meninas não permitiam isto.

–Quem diria Quinn Fabray virou protetora dos perdedores – Uma das Cheerios riu.

–Eu pensei que havia deixado claro que não permitiria mais bullying e preconceito nesta escola.

–Olha Fabray no momento que eu te vi pegando a anã na coisa que vocês chamaram de festa...

–Que você aproveitou muito, bebeu todas e dançou o tempo todo além de ter entrado de penetra porque a minha irmã é uma pessoa legal e permitiu quando a festa era somente para os amigos dela de fora da cidade... – Santana zombou da garota que fingiu não ter ouvido.

–Você perdeu meu respeito Fabray.

–Posso ter perdido o seu respeito Kara, mas o respeito ao meu distintivo você não perderá tão cedo. A menos que não queira que eu te prenda numa cela cheia de baratas e aranhas em uma penitenciária pública, é melhor que você se mantenha calada no seu canto.

Quinn saiu rindo com as outras três, Dani já estava acostumada a andar com o trio, as meninas se tornaram as únicas amigas que ela conquistara desde que chegara, no glee as pessoas eram educadas com ela mas não passava disso, apenas Tina que mantinha uma conversa que durava mais de dez minutos com a garota.

–Essas pessoas desta escola são as criaturas mais metidas, eles parecem não lembrar que isto é uma escola pública, que todos somos iguais.

–Infelizmente Quinnie todo lugar é assim, lembra a escola do FBI?

–Não me lembra Rachel aquele lugar... Era um nojo! Uma pessoa querendo se sobressair e contando vantagem do quanto os pais eram melhores agentes do que os dos outros. A Rachel sempre foi a mais humilde, mesmo sabendo que os pais dela eram superiores dos pais deles na sede. – A loira contou para Dani.

–Deve ser legal ser Agente federal.

–Eu não acho. – Santana falou emburrada. – Eu que estou de fora morro de medo quando a Rachel se mete num tiroteio.

–Você só viu a sua irmã uma vez em ação Santana, não conta muito.

–Ok, foi legal ela agindo mas tiveram alguns momentos em que eu quase desmaiei.

–Eu acho que não iria conseguir ser uma agente – Dani lamentou. – Eu não consigo nem atirar no tiro ao alvo do parque.

–A Santana também não conseguia, então eu a ensinei a atirar.

–Sério?

–Sim, mas não te anima, eu prefiro que vocês fiquem longe das armas.

–Começou, lá vai ela usar a sabedoria da “Mestre” dela – Santana fechou a cara. – Sabedoria antes das armas Santana – Imitou a voz da irmã.

–Oh isso é uma fala da Xena! – Dani vibrou. – Você também gosta! – Concluiu animada.

–O que eu não aprendi no FBI eu aprendi com ela.

–Muito legal!

O sinal tocou para o final do intervalo e cada uma foi para sua sala de aula, naquele dia combinaram de fazer um trabalho de Literatura na casa de Rachel, iriam direto depois do Glee para a casa das gêmeas.

No caminho para a casa das morenas, as meninas iam cantando as músicas que tocavam no rádio do carro de Rachel quando o telefone de Quinn avisou a chegada de uma mensagem,

–Ah não! – Falou a outra frustrada.

–Algum problema Quinnie? – Rachel virou preocupada para ela?

–Sim, a Kitty vai estudar no McKinley.

–Não entendi o problema.

–Mesmo Rachel? – A loira perguntou estupefata. – A Kitty nos idolatra, ela vai querer nos seguir para tudo o que for lugar daquela escola.

–Quinn ela vai fazer amigos no ano dela.

–Espera, a Kitty não tem quatorze anos? – Santana perguntou surpresa.

–Ela é o que chamam de criança prodígio.

–Ah, está explicado, eu gosto da Kitty ela é uma vadia, mas uma vadia legal. – Santana riu.

–Assim como você. – Dani zombou da amiga.

–Mais respeito garota. – Falou brincando.

–Vai me pegar? Perguntou quando Rachel estacionou e todas saíram do carro.

–Pode apostar!

–Então vem! – Santana saiu correndo atrás de Dani e entraram na casa e Quinchel foi atrás delas balançando o rabinho e pulando nas duas querendo participar da brincadeira.

As duas acabaram no chão com o cachorrinho lambendo o rosto delas sendo observadas por Quinn e Rachel que riam revirando os olhos.

–Ok gente, nós temos que estudar, o trabalho não vai se fazer sozinho.

As quatro foram para o escritório de Rachel onde sentaram em volta da escrivaninha da morena e começaram a trabalhar, depois de feito fizeram um lanche e as meninas foram embora deixando as gêmeas sozinhas.

Há noite Charlotte avisou que não dormiria na casa de Jason que estava mudando para Lima.

–Então seremos só nós hoje?

–É o que parece. – Rachel sorriu para a latina.

–Rach, você já falou com a nossa mãe?

–Sim, uma ou duas vezes, porque? Você tem vontade de conhecê-la? – Subiu um calafrio nas costas da baixinha, ela não queria que Santana conhecesse Shelby, não queria que a irmã se decepcionasse.

–Não, eu acho que é só curiosidade. Quero dizer eu nem sei o nome dela.

–É Shelby, ela mora em Nova York, eu a conheci em Rosewood dois anos atrás. San se você quiser conhecê-la eu não me oponho, só não quero que ela te decepcione.

–Eu não...-Foram interrompidas pelo toque estridente do celular de Rachel.

–Holly? – Rachel perguntou surpresa, Holly gerallmente só lhe ligava em emergências.

–Rach, temos uma situação.

–O que houve?

–Sua mãe está em Lima e quer marcar um encontro com vocês.

–Eu vou falar com a Santana. Depois conversamos Holly.

Rachel encerrou a ligação desceu correndo para o porão e se trancou lá sem dar qualquer explicação, Santana ficou atordoada, ela precisava saber o que estava acontecendo, Santana Lopez odiava ficar sem saber o que acontecia em volta dela.


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Notas finais do capítulo

Começou o drama kkkkkkkk espero que gostem, ate o próximo!



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