Acampamento De Férias escrita por Fire


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda , mais um capítulo para vocês.



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Autora Pov.

Se passou uma semana desde que a Valéria acordou. Tudo está indo bem em sua recuperação, todos os familiares e amigos vieram lhe visitar, até mesmo o Paulo. Ele estava todo dia no hospital desde o acidente até o momento em que acordou. A garota de laço na cabeça, notou que todos os seus amigos estavam presentes nesse momento difícil e viu o quanto todos a adoram.

Valéria Pov.

— Senhorita Valéria, vejo o quanto está se recuperando bem – Sorriu o Doutor Rafael. Me sinto bem melhor com essa notícia, não vejo a hora de sair daqui e aproveitar o pouco que falta minhas férias. Acho que nunca fiz tantos exames na minha vida, tenho que admitir que foi bem doloroso.

— Estou feliz pela notícia Doutor. Mas quando poderei sair daqui? – Pergunto. Eu estava bem ansiosa para voltar a fazer folia com os meus amigos. Preciso recuperar o tempo perdido e principalmente, lembrar das coisas que já passei com cada um deles, ainda estou muito confusa.

— Amanhã. Você tem apresentado melhoras fantásticas, nunca vi uma paciente assim antes. Parabéns Valéria – Falou Rafael. Sorri com o que ele falou, tenho que contar para os meus amigos e principalmente para os meus familiares.

Paulo Pov.

Faz um mês desde que a Valéria sofreu aquele acidente e ficou em coma. Foi o pior mês da minha vida. Fazia um tempo que eu e a Valéria estávamos ficando, alguns dos nossos amigos sabiam e o restante só soube depois que houve aquele acidente. Admito que eu não queria assumir nada com ela naquele momento e ela dizia que queria muito namorar comigo. Eu estava em dúvida dos meus sentimentos e queria ter certeza do que eu sentia por Valéria.

O pior de tudo foi que brigamos alguns minutos antes de acontecer aquele acidente e me arrependo disso até agora. Passou de tudo pela minha cabeça, eu realmente pensei que a perdi para sempre. Tenho certeza agora do que sinto por ela e tudo que mais quero é estar ao lado dela no que for preciso.

— Paulo? Você ainda aqui? – Perguntou a Maria Joaquina. Estou aqui no hospital faz algumas horas. Pensei que poderia ver a Valéria mais cedo, porém me enganei. Ao invés de ir para casa preferi ficar aqui sabendo notícias de como ela está. A mesma teve que passar por mais alguns exames e isso me deixa aflito, pois vê-la passando por tudo isso me incomoda.

— Estou esperando o médico autorizar a minha visita. Quero muito vê-la – Falo. A Maria Joaquina senta em meu lado e me abraça. Admito que ela tem sido uma grande amiga e parceira, sempre me dando apoio. Ela pode ter todos os defeitos do mundo, mas jamais irá ter alguém que me compreende assim como a Maria Chatonilda.

— Calma Paulo, eu sei o que está sentindo. Amanhã ela sairá desse hospital e você terá todo o tempo que quiser com ela – Responde. Por mais que isso seja verdade, não quero deixar de ver a pessoa que eu amo. Depois de tudo que passamos, não posso simplesmente a ignora-la.

— Eu a amo e me arrependo de ter descoberto isso logo após o acidente. Quero que ela se torne totalmente minha e de mais ninguém – Falo meio enciumado. O motivo é que antes de começarmos a ficar, a Valéria ficava com um tal de Lucas e até hoje ele a persegue. O mesmo veio até visitar a minha Valéria, mas eu não deixei. Egoísta? Talvez, porém, é o jeito de proteger quem eu amo.

— Sério Paulo, não sabia que você era ciumento – Diz Maria Joaquina. Ela começa a rir do jeito que falei, fico até vermelho quando eu penso no tal Lucas beijando a minha garota. Meus amigos até debocham de mim porque agora eu estou apaixonado e antes eu odiava qualquer tipo de garota.

— Hahaha’ muito engraçada você hein, mas e você veio com quem? – Pergunto. Aposto que ela veio com o motorista dela, até porque de a pé essa aí não viria nem pagando.

— Eu vim com o Daniel. Antes que pergunte, eu estou sim saindo com ele ok? – Fala rapidamente. Demoro para processar, porém, logo entendo. Até a Maria está com um rolo, as coisas vem mudando muito. Em apenas dois meses muitas coisas aconteceram e eu estou tentando acompanhar tudo.

— Até você? Conseguiu conquistar o garoto com quem sempre quis? Merece palmas – Começo a bater palmas e a mesma segura as minhas mãos. Todos que estava por ali olharam para nós e conhecendo como é a Chatonilda, ela odeia pagar “mico”.

Depois de um tempo conversando com a Maria Joaquina, o Mário e a Alicia chegaram para visitar a Valéria. Faltava pouco para poder vê-la e pelo menos conversar um pouco. Preciso toca-la e ver como ela está se sentindo. Queria está sempre por perto dela e a enchendo de carinho.

— Paulo Guerra? Já pode ver a paciente – Chamou-me o médico. Levanto às pressas e o sigo até o quarto onde ela está. Eu venho todos os dias ver como a Valéria está e ver se ela apresenta alguma lembrança. Pode demorar meses até a mesma lembrar de tudo ou até anos. Isto me preocupa, pois quero que ela saiba tudo que já passamos.

O médico me deixa em frente ao quarto da Valéria e diz para eu entrar assim que eu quiser. O mesmo saí e me deixa sozinho. Abro lentamente a porta e a vejo mexendo cochilando. Chego mais perto da cama e sento na beirada. Tento não acorda-la e começo a observar o seu braço, que está cheio de hematomas e machucados. Seu rosto está bem pálido e a mesma emagreceu bastante desde o acidente.

No entanto, mesmo com tudo isso, ela continua linda e amável. Nada muda o que eu sinto por ela, eu só quero mesmo que a Valéria volte a alegrar a nossa turma com suas palhaças e travessuras. Quero ver novamente aquele sorriso encantador, aquela tiara ou fita em seu cabelo e o seu jeito ciumento. Quem diria que eu, Paulo Guerra, iria se apaixonar pela garota mais travessa e marrenta do colégio.

Começo a acaricia-la no rosto. Gosto de observar ela enquanto dorme e até mesmo sentir como ela respira. Sim, podem me dar um soco, mudei muito mesmo. Mas é como a minha querida e peste da minha irmã diz, Deus sabe o que faz. Bom, eu realmente espero que ele saiba o que está fazendo.

— Hm... – Ouço a Valéria resmungando. A mesma começa a se remexer e logo abre os olhos. Paro de acariciar seu rosto e espero ela acordar totalmente. A Valéria tenta se mexer, porém, é com dificuldade. Ontem mesmo ela reclamou de dores nos braços por conta de vários tubos injetados e exames feitos – Paulo? A quanto tempo está aqui? – Pergunta assustada.

— Faz pouco tempo. Não quis te acordar – Pego em sua mão em forma de carinho. Ela sorri meigamente e isso me faz sorrir também.

— Que bom que veio. Eu estava mesmo precisando de alguém para conversar – Diz com um pouco de dificuldade. Sua voz ainda era de sono, mas aos poucos ela se recuperava de seu cochilo – Desde que conversei com a Carmem, você age como se não soubesse do que falei a ela. Me conta Paulo, você está com medo de dizer o que houve entre a gente de verdade?

— Desculpa Val. Vou contar tudo que queira saber porque está na hora da verdade – Falo meio nervoso. Sinto seu olhar se pesar sobre mim, seus olhos transmitem curiosidade. Esta conversar deveria ser feita depois de Valéria sair do hospital, porém, eu sei como a mesma é curiosa e gosta de saber as coisas na hora.

Maria Joaquina Pov.

Cá estou em no tédio, esperando o Daniel vir me buscar para irmos comprar a decoração para a festa da Valéria. Amanhã ela estará livre daquele hospital e temos que fazer uma festa para comemorar. A turma toda tá bem empolgada com a festa surpresa. Temos bastante notícias boas para a mesma.

— Desculpa amor, tive que ajudar o meu em algumas coisinhas – Disse o Daniel. O mesmo parecia que tinha corrido uma maratona, de tão exausto.

— Tudo bem, agora vamos. Mais tarde quero dar uma passadinha ainda no hospital – Falo. Puxo o Daniel pelo pulso, pois se não é eu tomar atitude, ninguém se mexe.

— Hey hey hey’ não está esquecendo de algo? – Olho para ele confusa, mas logo entendo. Chego mais perto do mesmo e dou-lhe um beijo. Se eu não tivesse tão atrasada, eu jamais pararia com o beijo.

Alicia Pov.

— Alicia, qual você acha: tulipa ou rosa? – Pergunta a Carmen. Eu já não aguentava mais ver flores, se não fosse pela Valéria, jamais estaria aqui.

Chego mais perto da Carmen e observo bem as flores em suas mãos. A Valéria sempre gostou de tulipas, então será tulipas. Ótimo, tomara que agora eu possa ir para casa e ficar com o Mário em paz.

— As tulipas, a Valéria não gosta de rosas – Respondo. A mesma chama o vendedor e encomenda várias tulipas. Essa festa vai estar linda, admito. Tudo está sendo organizado pela Maria Joaquina, pois a mesma entende muito disso.

Pego o meu celular enquanto a Carmen acerta tudo e ligo para o meu pai vir me buscar. Minhas pernas ainda estão doloridas, desde que comecei a jogar futebol frequentemente. Por mais que eu seja magra, gosto bastante de fazer exercícios, esporte é comigo.

— Carmen eu vou indo nessa. Meu pai vai me buscar ali na esquina da padaria, quer carona também? – Pergunto. Sou educada quando eu quero, mas nem sempre. Só quando estou nos meus dias doce.

— Não, obrigada. Nos vemos amanhã – Respondeu. Dei de ombros e fui em direção a esquina. Quando cheguei lá, o meu pai já estava à minha espera. Entro dentro do carro e me deparo com o Mário junto ao meu pai. Por incrível que pareça os dois se deram bem. O meu pai é bem ciumento, porém gostou do jeito de Mário.

— Oi moreno – Dou um selinho no Mário. O meu pai olha pelo retrovisor e sussurra algo, mas eu não ouvi o que era. Encosto a minha cabeça no ombro de Mário e descanso até em casa. Preciso descansar bastante para amanhã, será bem agitado.

Valéria Pov.

O Paulo me contou tudo sobre o que aconteceu entre mim e ele. Nada do que eu sonhei chegava perto do que ele falou. O me doeu é que no sonho o Paulo me quis e eu não precisei implorar para nada, mas na real, foi ao contrário. O mesmo só descobriu que me ama depois do acidente. Eu era só uma “ficante” dele e nada mais. Porém o jeito de Paulo é o mesmo que no meu sonho, seu jeito meio peralta e malandro de ser.

— Valéria, não quero que pense que eu rejeitava você. Eu te queria sim para mim, só que eu estava em dúvida dos meus sentimentos. Pois tudo que eu menos queria é te machucar ou iludir. Quando esse acidente aconteceu, o meu mundo caiu. Pensei que tinha perdido você para sempre e foi aí que eu vi que “tu” é a garota certa para mim. Valéria, você é garota mais incrível que eu já conheci e quero que saiba que o meu coração pertence a você...


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