Doce Rendição escrita por NutellaCruz, Mrs Fox


Capítulo 11
Inicio da Fisioterapia


Notas iniciais do capítulo

[Lee] e ae galerinha (:
Como devem saber o Nyah estava fora e não deu pra posta antes ;x sorry guys..
Porém ake esta mais um cap saindo pra vces, espero que gostem.. esse foi feito pela nossa querida Mari hahaha
CAP DEDICADO A LINDA DA REH UCHIHA PELA LIIIIIIIIINDA RECOMENDAÇÃO *-* #APROVEITE sz'
vejo vces nos comentários .-.

bejooooow ;*



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Tontura, uma forte dor percorrendo os meus braços, ví alguns pontos brilhando, mas ignorei tudo aquilo focando o chakra nas minhas mãos, fazendo interagir com cada célula e tecido que precisava ser curado. Estava no final no meu horário no hospital quando uma mãe entrou desesperada na minha sala junto de uma enfermeira carregando seu filho nos braços, o ɢѧяoţo tinha aproveitado o momento em que a mãe estava recebendo uma encomenda para passar correndo perto do fogão e esbarou em uma panela de óleo, que derramou todo líquido em cima da criança.

O garoto não tinha mais do que 5 anos e estava com quase metade do seu corpo queimado, não hesitei em correr para o laboratório e pegar a última mistura das ervas que eu tinha preparado, não podia deixar uma criança crescer com marcas tão horríveis pelo corpo, e a única forma seria usando a erva. Mas depois de quase meia hora meu corpo reclamava pelo uso da planta de uma forma ainda mais intensa do que quando o usei pela última vez, e ainda assim ignorei até que tohavias queimaduras tivessem desaparecido do menino e eu pudesse levá-lo para um quarto para ficar em observação.

Estava na minha sala descansando quando percebi que já estava atrasada para ir na casa do Sasuke-kun, me levantei em um pulo do sofá e saí andando o mais rápido possível para fora do hospital, antes que eu percebesse já estava me arrastando pelo meio da rua ainda de jaleco. Por um momento pensei se por acaso a forma do Sasuke-kun de me tratar estaria diferente depois da nossa conversa de ontem, que aliás tinha me deixado muito feliz, já que ele nunca se abria, sempre tão calado e fechado, entretanto tinha feito um claro esforço em contar tudo aquilo para mim.

Não precisei bater mais do que duas vezes na porta para ela ser aberta, sorri enquanto sua expressão apática de sempre continuava no rosto, sem falar nada ele saiu da porta a deixando aberta, um sinal claro para eu entrar. Deixei minhas sandálias na entrada vendo como tudo no apartamento continuava devidamente organizado, bem diferente do que seria se fosse o de Naruto.

– Boa tarde, Sasuke-kun. - o cumprimentei enquanto entrava na sala - Me desculpe pela demora, tive de fazer algumas coisas no hospital.

– Tudo bem. - ele se sentou no sofá e ficou me encarando, era difícil manter uma conversa com ele.

– Bom, vamos começar. - observei que ele usava uma blusa preta de mangas compridas, o que ajudaria em nada no tratamento - Preciso que você tire a blusa.

Sem contestar ele tirou a blusa, respirei fundo me concentrando na situação, nunca me importei em ver homens sem camisa, mas ele me causava um certo desconforto, afinal era aquele que eu amava e desejava por toda a vida, e que tinha ficado ainda mais bonito com o passar do tempo. Mas só era olhar para o seu braço que logo eu assumia uma postura médica, tirei o jaleco deixando em cima de uma poltrona e me sentei do seu lado no sofá, comecei a passar o dedo por toda extensão do braço pressionando alguns pontos, ora o esticando ou dobrando. Depois de terminar minha avaliação comecei a espalhar chakra por todo seu braço, porém os efeitos da última cura ainda estavam me afetando e senti certa dificuldade em concentrar chakra, o que fez o jutsu oscilar, franzi a testa me concentrando para controlar o fluxo de chakra, era um ninjutsu simples e eu não me conformaria em não executá-lo de maneira correta, passei um tempo sentindo as oscilações e a gota de suor escorrendo pelo meu pescoço, até que de repente Sasuke afastou o seu braço segurando meus pulsos de leve com uma única mão.

– O-o que foi Sasuke-kun? - perguntei assustada vendo seu olhar duro em minha direção.

– Falei com você três vezes e não me escutou. - seus olhos se estreitaram como quando analisava um adversário.

– Desculpe Sasuke-kun, eu estava concentrada no jutsu. - respondi e ele soltou meus pulsos.

– Mais concentrada que o normal, diria eu. - ele se levantou e saiu andando, sem saber o que fazer o segui - Seu chakra estava oscilando como o de uma criança na academia.

Entramos na pequena cozinha verde de seu apartamento, ele abriu um dos armário e pegou um bulê, o encheu de aguá e colocou sobre o fogo do fogão, jogando logo em seguida algumas ervas para um chá. Permaneci encostada na parede de braços cruzados o observando se mover enquanto éramos separados pela mesa.

– É que eu tive uma caso complicado no hospital e acabei usando muito chakra. - justifiquei-me, não aceitava ser comparada a uma criança, ele se virou de frente pra mim espremendo novamente os olhos.

– Não achei que no seu nível houvesse caso complicado. - arregalei os olhos com sua declaração, mesmo que meio grosseiro, para vir dele aquilo era um elogio. - Sente. - poderia ser uma ordem, mas não me importei em segui-la naquele momento.

– Ninjutsu não é capaz de curar tudo Sasuke-kun, - falei apoiando meu queixo nos meus braços em cima da mesa, enquanto ele se mantinha em pé, encostado no balcão do pequeno armário bege. - ainda mais quando estamos falando de queimaduras de terceiro grau em quase cinquenta por cento do corpo de um menininho que se machucou por um momento que a mãe saiu da cozinha. - suspirei cansada me lembrando do estado do corpo do menino quando ele tinha sido deixado sobre os meus cuidados. - Tive que usar muito chakra pra fazer toda pele dele voltar a ser como antes, seria horrível para uma criança crescer com marcas de queimadura.

– Até onde eu saiba ninjutsu não são capazes de reconstruírem áreas queimadas. - ele estava certo, isso era do conhecimento geral de qualquer ninja.

– Essa é a vantagem de ter tido Tsunade-sama como minha shisou, foi graças a ela que aprendi a criar uma solução quando não se tem nenhuma. - sorri ao dizer aquilo, se tinha algo que eu me orgulhava era da minha capacidade como ninja médica.

O bule apitou, mas tive a impressão que enquanto se virava um sorriso pequeno tinha surgido na boca do Sasuke-kun. Sem dizer nada, ele colocou o chá recém feito em um copo e entregou para mim, me surpreendi com sua atitude, um chá seria ideal para relaxar o corpo e era exatamente o que eu precisava naquele momento. Sorri e lhe agradeci, tomei o chá enquanto ele permanecia em silêncio, observando alguma coisa na rua. Quando o chamei para continuarmos a fisioterapia no campo de treinamento ele me encarou, uma demonstração bem clara que me achava irresponsável por querer continuar o tratamento naquele dia com o chakra instável, mas fingi não perceber o pedindo para levar kunais e shurikens. O caminho foi todo em silêncio, mas não me importei, afinal aquele era Sasuke, vez ou outra alguém me cumprimentava e eu acenava de volta, já tinha curado tantas pessoas daquela vila que nem conseguia memorizar o rosto de todos.

– Eu iria fazer o procedimento comum de fisioterapia, mas acho que será mais eficaz e mais produtivo se fizermos isso como um treino, igualmente feito com Naruto, assim você não terá que passar por nenhum processo de adaptação e não terá nenhum tipo de problema com o braço quando entrar para a ANBU. - ele balançou a cabeça em concordância. - Sasuke-kun, você é canhoto ou destro?

– Ambidestro. - ele disse, me olhando com uma mistura engraçada de desentendimento e desconfiança.

– Ótimo, - andei até um dos troncos postos para treinamento, e usando uma kunai que tinha sido esquecida alí, marquei um ponto na madeira - você terá que acertar esse ponto usando uma shuriken tão precisamente quanto faria com seu braço natural.

– Você está brincando comigo? - ele levantou uma sobrancelha, logicamente inconformado com o julgamento que eu fazia de sua capacidade.

– Não Sasuke-kun, - lhe respondi enquanto fui me sentar sobre um tronco caído - você verá que é mais difícil do que parece.

Bufando ele jogou a primeira shuriken, que caiu no chão antes mesmo de atingir a metade da distância até o ponto, o que claramente o tinha irritado, ele voltou a jogar e desta vez a arma flutuou pelo ar por uma distância bem maior, mas ainda em uma rota totalmente diferente daquela necessária pra acertar o tronco, o que resultou numa mínima careta em sua face. A cada tentativa ele ficava cada vez mais irritado, o que era refletido em seu rosto de forma sutil, em um momento a shuriken passou três metros acima do tronco, e vi um pequeno bico se formar em sua boca, naquele momento não resisti e comecei a rir, o que só piorou quando ele me olhou como se eu cometesse o pior dos pecados. Depois daquilo eu ria a cada expressão de indignação que ele fazia quando errava, ele fingia não me ouvir, porém era evidente que não gostava; eu mesma estava surpresa, à uns anos nunca tinha me imaginado rir da cara do Sasuke-kun durante um treino, aliás, a ideia de rir dele me era inconcebível. Quando a primeira shuriken atingiu o tronco, vi a satisfação tomar seu rosto quase de forma imperceptível, ele era assim, demonstrava suas emoções em gestos mínimos na face.

– Por hoje esse exercício está bom Sasuke-kun, - falei andando em sua direção - pegue uma kunai e tente me atacar, e nada de chutes ou golpes com o outro braço.

– Você não está em condições. - novamente o olhar reprovador me foi direcionado, e como da primeira vez ignorei.

– Isso vai te ajudar a recuperar a força e os movimentos, - me coloquei em posição de defesa - estou pronta.

Novamente ele bufou antes de começar, seus movimentos corporais, como giros e a movimentação no espaço que usávamos juntamente com a velocidade estavam excepcionais como de costume, mas todos os ataques eram mal finalizados por conta das condições do seu braço. Não senti nenhuma dificuldade em desviar dos ataques mesmo sem uma kunai para me defender, ele cada vez mais tentava investidas mais eficazes, porém sempre falhava no final. Acabei me divertindo com a nossa pequena luta, conforme meu sangue esquentava e a adrenalina ia percorrendo meu corpo, os efeitos da cura foram esquecido pela empolgação do momento, a cada nova tentativa eu me sentia mais leve perto do Sasuke-kun e antes que eu percebesse estava soltando algumas pequenas provocações durante a luta, que eram contestadas com grunhidos que me faziam rir. Ficamos assim pelo resto da tarde, quando o sol deu os primeiros sinais de que iria se pôr decidimos acabar com a luta.

– Suas habilidades em manejar a kunai estão iguais a de uma criança na academia, Sasuke-kun. - lhe devolvi o comentário enquanto caminhávamos de volta para o centro da vila, ele me olhou de esguelha e soltei um riso.

– Tsc. Irritante. - ele soltou virando o rosto de novo para o caminho.

Aquilo foi o suficiente para me calar. Irritante. Me lembrei das três vezes que eu a tinha escutado, e percebi que dessa vez havia algo diferente das demais, um tom afetuoso de uma provocação entre companheiros, algo que ele nunca tinha usado para mim. Virei a cabeça para lado fingindo olhar alguma coisa no caminho enquanto escondia o rubor que tomava conta das minhas bochechas junto do sorriso envergonhado.

– Haruno Sakura!

Olhei para trás assustada vendo Tsunade-shisou saindo de uma casa de jogos, pela bochecha corada e a forma como era arrastada por Shizune percebi que era um dos seus dias regados a apostas e saquê, olhei para a mulher morena e vi que essa me passava um pedido de socorro no olhar. Do meu lado Sasuke-kun encarava a cena, conhecendo bem a sua disciplina um ato como aquele sobre o seu olhar seria totalmente condenado, suspirei tomando coragem para enfrentar a embriaguez de minha mestra.

– Amanhã continuamos com a fisioterapia Sasuke-kun.

Acenei para ele e saí correndo para evitar uma queda de Tsunade-shisou.

[...]

– Não era você que reclamava da minha comida? - perguntei para Ino, que por algum milagre resolveu me visitar.

– Você melhorou consideravelmente depois que saiu da casa dos seus pais, Testuda. - ela arrumava a mesa enquanto eu terminava a comida.

– Não me chame assim sua Porquinha, ou vou te deixar sem comida.

– Você não seria assim tão cruel. - ela colocou uma mão sobre o peito me olhando como se estivesse ultrajada, o que me fez rir.

Logo depois estávamos sentadas à mesa, Ino contava animada sobre a sua última missão, e eu lhe provocava falando de Sai, o que a deixava emburrada e corada.

– Mas como anda as coisas com o Sasuke-kun? - seus olhos azuis tinham um brilho provocativo.

– Estão normais Ino.

– Como assim normais? Esse tempo todo e ele não tentou nenhuma aproximação? - suas sobrancelhas loiras se levantaram junto da sua frase incrédula.

– Não, quero dizer… As coisas estão diferentes. - brinquei com o arroz na tigela me lembrando dos últimos dias, e acabei sorrindo melancólica. -Acho que de um jeito bom.

– Adoraria que você fosse mais específica. - Ino disse apoiando a cabeça inclinada na palma da mão.

– Ele está mais acessível, mais fácil de se manter uma conversa apesar do jeito calado. - coloquei mais um porção de arroz na boca lembrando da noite anterior.

– Normal, afinal é do Sasuke-kun que estamos falando. - ela sorriu apontando seus hashis para mim.

– Eu sei. - suspirei - Esse tempo viajando fez muito bem a ele, não vejo mais aquele peso de antes nos olhos dele, está mais leve, até me elogiou hoje.

– Então ele não está tão devagar assim! O que ele disse?

– Eu estava falando de um caso complicado que eu tive hoje no hospital e ele disse que para o meu nível não haviam casos difíceis, não foi nada muito específico, mas se tratando do Sasuke-kun já é muito.

– Isso é ótimo, talvez seja uma forma dele tentar se aproximar de você. - ela sorriu se remexendo empolgada na cadeira - E na fisioterapia, vocês estão se dando bem?

– Hai! - sorri abertamente me lembrando da tarde. - Eu estava tão à vontade com ele que até mesmo fiz algumas provocações e ri dele, ele ficou um pouco desgostoso, mas não parecia realmente irritado.

– Então vocês estão criando uma amizade… Bom, eu esperava alguma coisa mais romântica, talvez uns beijinhos, mas estão indo bem. - ela fez um sinal positivo com a mão e acabamos caindo na risada. - E o tratamento, está indo bem?

– Sim, ele já conseguiu acertar o tronco com a shuriken, Naruto demorou três dias, até em uma fisioterapia ele é um gênio. - me levantei colocando a louça suja na pia e Ino foi me ajudar. - Próxima semana começarei o treinamento com alguns ninjutsus simples, mas é dificil definir simples pra alguém que conseguia fazer uma Mudança da Natureza com doze anos.

– Verdade, talvez o Chidori possa ser considerado simples, afinal estamos falando do grande Uchiha Sasuke.

Como se um Sharingan fosse aparecer, Ino estreitou as pálpebras com uma expressão séria aproximando seu rosto do meu, numa falha tentativa de imitação, caímos na risada e continuamos daquele jeito enquanto lavávamos a louça trocando provocações, foi quando duas batidas me chamaram a atenção. Ino me perguntou se eu esperava alguém e me limitei a um dar de ombros enquanto fui andando até a porta, tomando um grande susto ao ver quem estava alí.

– Sasuke-kun? O que faz aqui?

– Você esqueceu isso. - ele esticou o braço mostrando o meu jaleco.

– E-eu nem tinha percebido. - peguei o jaleco que estava devidamente dobrado, como com certeza eu tinha deixado. - Obrigada.

– Quem é Sakura? - me virei e vim Ino vindo da cozinha com um pano de prato na mão, ela estancou no meio do caminho ao ver de quem se tratava. - Oi Sasuke-kun, quanto tempo. - ela acenou com a mão da forma animada que só ela sabia fazer.

– Ah, oi. - sua voz grossa, mesmo que em um volume que ela ouviria, não passava de um murmúrio. - Eu vou indo, boa noite.

– S-sim, boa noite Sasuke-kun, até amanhã. - sorri desconcertada com seu aparecimento repentino.

Fiquei observando enquanto suas costas desapareciam conforme descia a escada, quando finalmente fechei a porta e encarei Ino, essa sorria travessa com os olhos brilhando em expectativa.

– Então o que ele queria?

– Ele veio trazer o jaleco que eu esqueci no apartamento dele hoje à tarde.

– E ele veio aqui à essa hora só pra te entregar um misero jaleco sendo que você poderia fazer isso amanhã. - ela soltou uma ruidosa gargalhada - Acho que o Sasuke-kun está mais rápido do que pensamos.


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Notas finais do capítulo

[Mariana] Ola pessoas, espero que voces tenham gostado desse capitulo, confesso que eu estava meio atrapalhada na hora de escrever, mas saiu.
Beijos e até domingo!



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