A Orfã Black escrita por BlackPotter


Capítulo 19
Qual é a cor do amor?


Notas iniciais do capítulo

HEY!
APROVEITEM!!
NARRY IS LIFE



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/634820/chapter/19

Ao voltarem perto do pôr-do-sol, seguir direto para o salão principal.
Ate passou pela cabeça de Rony e Hermione finalmente perguntarem aonde Nicoly foi parar e a recuperação rápida de Harry. Mas estavam tão cansados que deixaram isso de lado e foram para os dormitórios com a promessa que amanha Nicoly não escaparia das perguntas.
Nicoly já ia seguir Hermione, quando Harry segurou seu braço.
—E a minha surpresa?
—Não é nada —disse rindo da indignação de Harry— Era apenas uma motivação porco-espinho.
—Como assim?
—Isso mesmo —confirmou risonha.
—Então ta.
Essa fala deixou Nicoly extremamente confusa. Harry era teimoso demais para aceitar tão facilmente.
—Mas não sem antes dar o troco —e mordeu a bochecha de Nicoly, depois depositando um beijo e correndo para a escada que ligava os dormitórios.

O Natal se aproximava. Certa manhã em meados de dezembro, Hogwarts acordou coberta com mais de um metro de neve. O lago congelou e os gêmeos Weasley receberam castigo por terem enfeitiçado várias bolas de neve fazendo-as seguir Quirrell aonde ele ia e quicarem na parte de trás do seu turbante e Nicoly também ao contribuir jogando uma avalanche de neve sobre o pobre professor com seus poderes. As poucas corujas que conseguiam se orientar no céu tempestuoso para entregar correspondência tinham de ser tratadas por Hagrid para recuperar a saúde antes de voltarem a voar.
Nicoly perto da véspera de natal enviou uma carta com uma listinha por meio de Edwiges pedindo que Tia Molly, como a chamava, comprasse alguns presentes para Harry, Rony e Hermione assim como também suas filhas e os gêmeos e Cedrico, com uma boa quantia de galeões que havia trazido desde a visita ao Beco Diagonal, e mandou mais outra quantia em galeões para a própria Molly em forma de agradecimento, mas como sabia que ela iria recusar já que ás vezes a sua humildade chegava a níveis muito altos -o que irritava muito Nicoly-, pediu para Edwiges entregasse a carta e voltasse direto para o castelo.
Todos mal agüentavam esperar as férias de Natal. E embora o Salão Comunal da Grifinória e o Salão Principal tivessem grandes fogos nas lareiras, os corredores varridos por correntes de ar tinham se tornado gélidos e um vento cortante sacudia as janelas das salas de aula, e Nicoly secretamente as vezes conseguia os controlar -descobriu isso quando desviou uma geada-. As piores eram as aulas do Professor Snape nas masmorras, onde a respiração dos alunos virava uma névoa diante deles e eles procuravam ficar o mais próximo possível dos seus caldeirões.
— Tenho tanta pena — disse Draco Malfoy, na aula de Poções — dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as querem casa.
Olhou para Harry e Nicoly ao dizer isso. Crabbe e Goyle miraram os dois, que estavam medindo pó de espinha de peixe-leão, e não lhes deram atenção. Malfoy andava muito mais desagradável do que de costume desde a partida de Quadribol. Aborrecido porque Sonserina perdera, tentara fazer as pessoas rirem dizendo que um sapo iria substituir Harry como apanhador no próximo jogo e Nicoly que nem perto de uma vassoura poderia chegar, e a menina se sentia muito nervosa, tanto que um dia "Sem querer" a ruiva fez os três escorregarem no piso que tinha uma forte camada de gelo, e por sorte tinha a desculpa da causa ser o inverno.
Mal ele sabia que Nicoly ainda teria sua chance no quadribol.
Então percebeu que ninguém achara graça, porque estavam todos muito impressionados com a maneira com que Harry conseguira se segurar na vassoura corcoveante. Por isso Drago, invejoso e zangado, voltara a irritar Harry e Nicole dizendo que não tinham família como os outros e amava xingar de apelidos bruxos horrorosos mas nas maioria das vezes Nicole era apelidada de "Escoria da família Black"...
Era verdade que Harry não ia voltar à Rua dos Alfeneiros para o Natal, Nicoly ainda teria os Weasley's e poder passar o Natal com suas filhas, mas recebeu a noticia que eles irão viajar para a Romênia visitar Carlinhos, mas isso não atrasaria a encomenda dos presentes.
Quando deixaram as masmorras ao final da aula de Poções, encontraram um grande tronco de pinheiro bloqueando o corredor à frente. Dois pés enormes que apareciam por baixo do tronco e alguém bufando alto denunciou a todos que Hagrid estava por trás dele.
— Oi, Rúbeo quer ajuda? — perguntou Rony, metendo a cabeça por entre os ramos.
— Não, estou bem, obrigado, Rony.
— Você se importaria de sair do caminho? — ouviu-se a voz arrastada e seca de Draco atrás deles. — Está tentando ganhar uns trocadinhos, Weasley? Vai ver quer virar guarda-caça quando terminar Hogwarts. A cabana de Rúbeo deve parecer um palácio comparada ao que sua família está acostumada.
Rony avançou para Draco justamente na hora em que Snape subia as escadas.
Rony agarrou a frente das vestes de Draco.
— Ele foi provocado, Professor Snape — explicou Hagrid, deixando aparecer por trás da árvore a cara peluda. — Draco ofendeu a família dele.
— Seja por que for, brigar é contra o regulamento de Hogwarts, Hagrid — disse Snape insinuante. — Cinco pontos a menos para Grifinória, Weasley, e dê graças a Deus por não ser mais. Agora, vamos andando, todos vocês.
Draco, Crabbe e Goyle passaram pela árvore com brutalidade, espalhando folhas para todo lado com sorrisos nos rostos.
— Eu pego ele — prometeu Rony, rilhando os dentes as costas de Draco — um dia desses, eu pego ele.
— Odeio os dois — disse Harry — Draco e Snape.
— Eu ainda mais — completou Nicoly.
— Vamos, ânimo, o Natal está aí — disse Hagrid — Vou lhes dizer o que vamos fazer, venham comigo ver o Salão Principal, está lindo.
Então os três acompanharam Hagrid e sua árvore até o Salão Principal, onde a Professora Minerva e o Professor Flitwick estavam trabalhando na decoração para o Natal.
— Ah, Hagrid, a última árvore, ponha naquele canto ali, por favor.
O salão estava espetacular. Festões de azevinho e visco pendurados em todas as paredes e nada menos que doze enormes árvores de Natal estavam dispostas pelo salão, umas cintilando com cristais de neve, outras iluminadas por centenas de velas. E Nicoly até contribuiu com seu poderes, fazendo algumas fadinhas de gelo flutuarem pelo salão encantando á todos.
— Quantos dias ainda faltam até as férias? — perguntou Hagrid.
— Um — respondeu Hermione — Ah, isso me lembra: Harry, Rony, e Nicoly falta meia hora para o almoço, devíamos estar na biblioteca.
— Ih, é mesmo — disse Rony, despregando os olhos do Professor Flitwick, que fazia sair bolhas azuis da ponta da varinha e as levava para cima dos galhos da árvore que acabara de chegar.
— Biblioteca? — espantou-se Hagrid, acompanhando-os para fora da sala. — Na véspera das férias? Não estão estudando demais?
— Ah, não estamos estudando — respondeu Nicoly, animada. — Desde que você mencionou o Nicolau Flamel, estamos tentando descobrir quem ele é.
— Vocês o quê? — Hagrid parecia chocado. — Ouçam aqui: já disse a vocês, parem com isso. Não é da sua conta o que o cachorro está guardando.
— Só queremos saber quem é Nicolau Flamel, só isso — falou Hermione.
— A não ser que você queira nos dizer e nos poupar o trabalho — acrescentou Harry. — Já devemos ter consultado uns cem livros e não o encontramos em lugar nenhum. Que tal nos dar uma pista? Sei que já li o nome dele em algum lugar.
— Não digo uma palavra — respondeu Hagrid, decidido.
— Então vamos ter que descobrir sozinhos — disse Rony, e saíram depressa para a biblioteca, deixando Hagrid desapontado.
Andavam realmente procurando o nome de Flamel nos livros desde que Hagrid deixara escapá-lo, porque de que outra maneira iam descobrir o que Snape estava tentando roubar? O problema é que era muito difícil saber por onde começar, sem saber o que Flamel poderia ter feito para aparecer em um livro. Não se encontrava em Grandes sábios do século, nem em Nomes notáveis da mágica do nosso tempo, não era encontrável tampouco em Importantes descobertas modernas da mata nem em Um estudo aos avanços recentes na magia. E, é claro, havia também o tamanho da biblioteca em si, dezenas de milhares de livros, milhares de prateleiras, centenas de corredores estreitos.
Hermione puxou uma lista de assuntos e títulos que decidira pesquisar enquanto Rony se dirigiu a uma carreira de livros e começou a tirá-los da prateleira aleatoriamente. Harry e Nicoly vagaram até a Seção Reservada. Vinham discutindo há algum tempo se Flamel não estaria ali. Infelizmente, o estudante precisava de um bilhete assinado por um professor para consultar qualquer livro reservado e ele sabia que nenhum jamais lhe daria o bilhete.
Eram livros que continham poderosa magia negra jamais ensinada em Hogwarts e somente lida por alunos mais velhos que estudavam no curso avançado de Defesa Contra as Artes das Trevas.
— O que é que você está procurando, crianças?
— Apenas dando uma olhada — disse Nicoly calmamente.
Madame Pince, a bibliotecária, apontou-lhes um espanador de penas.
— Então olhem outro lugar. Vamos, fora!
Ela, Harry, Rony e Hermione já tinham concordado que era melhor não perguntar a Madame Pince onde poderiam encontrar Flamel. Apesar da ruiva argumentar que poderia encontrar uma desculpa. Tinham certeza de que ela saberia informar, mas não podiam arriscar que Snape ouvisse o que andavam tramando.
Os dois esperaram do lado de fora no corredor para saber se os outros dois tinham encontrado alguma coisa, mas não alimentava muitas esperanças. Afinal estavam procurando havia quinze dias, mas como só tinham breves momentos entre as aulas, não era surpresa que não tivessem achado nada. O que realmente precisavam era de uma longa busca sem Madame Pince bafejar o pescoço deles.
Cinco minutos depois, Rony e Hermione se reuniram a ele balançando negativamente a cabeça. E foram almoçar.
— Vocês vão continuar procurando enquanto eu estiver fora, não vão? — recomendou Hermione. — E me mandem uma coruja se encontrarem alguma coisa.
— E você poderia perguntar aos seus pais se sabem quem é Flamel — disse Rony. — Não haveria perigo em perguntar a eles.
— Nenhum perigo, os dois são dentistas.
Uma vez começadas as férias, Rony, Harry e Nicoly estavam se divertindo à beça para se lembrar de Flamel. Tinham o dormitório masculino só para eles e o Salão Comunal estava muito mais vazia do que o normal, por isso podiam usar as poltronas confortáveis ao pé da lareira. Sentavam-se a toda hora para comer tudo que pudessem espetar em um garfo de assar: pão, bolinhos, marshmallows e tramavam maneiras de fazer Draco e Pansy serem expulsos, o que se divertiam em discutir mesmo que não fosse produzir resultados.
Nicoly quando acordou cedo na manhã seguinte, porém, a primeira coisa que viu foi uma pequena pilha de embrulhos ao pé de sua cama, os pegou desajeitadamente pela quantidade e correu para o dormitorio masculino.
— Feliz Natal — disse para Rony e Harry que olhavam ansiosos alguns presentes aos pés das camas dos mesmos.

E entregou os pacotes - que Molly teve o favor de entiqueta-los - para os dois, deixando para entregar os outros quando os visse.

Harry ao abrir seu presente viu uma delicada pulseira de prata com cristais brancos com um pingente de raio. Mas curiosamente ao Harry colocar no pulso, os cristais se tornaram um vermelho que parecia pulsar na pouca luminidade do dormitório, assim como a pulseira idêntica que se encontrava no pulso de Nicoly - e ninguém sabe porque mais ela corou -.

—Olhe tem um papel!

Harry abriu. E apenas estava escrito Amor em vermelho.

—É uma pulseira que muda de cor levando em conta o que sentimos. -disse Nicoly.

—E o que significa o vermelho? -perguntou Harry moído de curiosidade.

—A não sei -na verdade sim, mas não iria contar- Abra o seu Rony!

Ao abrir viu que eram luvas de goleiro. Rony abriu um enorme sorriso para depois fechá-lo.

—Brigada Nicky, mas não jogo bem quadribol...

—Aé? Então porque alguns certos ruivos me disseram que você deveria entrar para o time? Mas não irei pressioná-lo, quais são esses?
Harry apanhou o pacote de cima. Estava embrulhado em papel pardo grosso e trazia escrito em garranchos: Para o Harry, de Hagrid. Dentro havia uma flauta tosca de madeira. Era óbvio que Hagrid a entalhara pessoalmente.Harry soprou-a, parecia um pouco com um pio de coruja.

—Ah eu ganhei uma também! -exclamou Nicoly.
Um segundo embrulho, muito pequeno, continha um bilhete.

Recebemos sua mensagem e estamos enviando o seu presente.
Tio Válter e Tia Petúnia.

Presa com fita adesiva na nota havia uma moeda de cinquenta pence.
— Que simpático! — exclamou Harry.

—Que tios patéticos - Nicoly resmugou baixo.
Rony ficou fascinado pela moeda de cinquenta pence.
— Que esquisito! — disse. — Que formato! Isso é dinheiro?
— Pode ficar com ela — disse Harry, rindo-se ao ver a satisfação de Rony — Rúbeo, minha tia e meu tio. E quem mandou esses?
— Acho que sei quem mandou esse — disse Rony, ficando um pouco vermelho e apontando para um embrulho disforme que Nicoly também tinha em mãos. — Mamãe. Eu disse a ela que você não estava esperando receber presentes e nem Nicoly... Ah, não... — gemeu — ela fez para vocês um suéter Weasley.
Nicoly e Harry rasgaram o papel e encontraram um suéter tricotado com linha grossa o de Nicoly era azul com bolinhas brancas e de Harry verde-claro e uma grande caixa de barras de chocolate feito em casa.
— Todos os anos ela faz para nós um suéter — disse Rony, desembrulhando a dele — e o meu é sempre cor de tijolo.
O presente seguinte também continha doces, uma grande caixa de sapos de chocolate dados por Hermione.

E todos olharam curiosos para o ultimo presente de Harry.
E Harry desembrulhou e uma coisa sedosa e prateada escorregou para o chão onde se acomodou em dobras refulgentes. Rony soltou uma exclamação:
— Já ouvi falar nisso — disse em voz baixa, deixando cair a caixa de feijõezinhos de todos os sabores que ganhara de Hermione. — Se isso é o que eu penso que é, é realmente raro e realmente valioso.
— E o que é? -perguntou Nicoly.
Harry apanhou o pano brilhoso e prateado do chão. Tinha uma textura estranha, parecia tecida com fios de água.
— É uma capa da invisibilidade — disse Rony, com uma expressão de assombro no tosto. — Tenho certeza de que é. Experimente.
Harry jogou a capa em volta dos ombros e Rony deu um berro e Nicoly engasgou com a caixa de sapos de chocolate que ganhou de suas filhas.
— É sim! Olhe para baixo!
Harry olhou para os pés, mas eles tinham desaparecido. Correu então para o espelho. Não deu outra, o espelho refletiu sua imagem, só a cabeça suspensa no ar, o corpo completamente invisível. Ele cobriu a cabeça e a imagem desapareceu completamente.
— Tem um cartão! — disse Nicoly de repente. — Caiu um cartão!
Harry tirou a capa e apanhou o cartão. Escritas numa caligrafia fina e rebuscada que ele nunca vira antes estavam as seguintes palavras:

“Seu pai deixou isto comigo antes de morrer. Está na hora de devolvê-la a você.
Use-a bem.
Um Natal muito feliz para você”.

Agora restava apenas um para Nicoly.

Ao abrir um colar escorregou do embrulho.

Tinha uma aparência de um medalhão, tinha uma pedra que poderia ser reconhecida como ônix com um corvo pousado em uma caveira.

—Que sinistro! -exclamou Rony- Mas olhe! Também tem um cartão.

''Isso era de sua mãe, minha única lembrança dela, achei que isso seria mais importante para você do que para mim e estava comigo, até agora... Estou em um lugar onde aparento nunca mais sair, mas saiba, um dia ainda vou te encontrar. S.B''.

—S.B? Quem poderia ser?

Colocou o colar e nesse exato momento Freddie e George entraram aos pulos.

— Feliz Natal!

— Ei, olhe só, o Harry e Nicky ganharam um suéter Weasley também!

Fred e Jorge estavam usando suéteres amarelos, um com um grande F, o outro com um J.

—Odeio cor de tijolo - lamentou Rony.

— Pelo menos você não tem uma letra no seu — comentou Jorge. — Ela deve pensar que você não esquece o seu nome. Mas nós não somos burros, sabemos que nos chamamos Feorge e Jreddie.

— Que barulheira é essa?

Percy Weasley meteu a cabeça para dentro da porta, com um olhar de censura. Era visível que já desembrulhara metade dos seus presentes porque trazia também um suéter grosso pendurado no braço, que Fred logo agarrou.

— M de monitor! Vista logo, Percy, todos estamos usando os nossos, até Harry e Nicky ganharam um.

— Eu... Não... Quero — disse Percy com a voz embargada, enquanto os gêmeos forçavam o suéter por sua cabeça, entortando seus óculos.

— E você hoje não vai se sentar com os monitores — disse Jorge. — Natal é uma festa da família.

E os dois carregaram Percy para fora do quarto, com os braços presos dos lados pelo suéter.

Nicoly nunca tivera em toda a vida um almoço de Natal igual àquele. Cem perus gordos assados, montanhas de batatas assadas e cozidas, travessas de salsichas, terrinas de ervilhas passadas na manteiga, molheiras com uva-do-monte em molho espesso e bem temperado e, a pequenos intervalos sobre a mesa, pilhas de bombinhas de bruxo, no orfanato nunca tiveram dinheiro para tanto. E enquanto comia lançou um aceno para Cedrico como sinal para conversarem quando possivel.

Nicoly, Hermione, Harry e os Weasley passaram uma tarde muito alegre ocupados em uma furiosa guerra de bolas de neve, onde é claro, Nicoly levou vantagem podendo controlar as bolas de gelo em pleno ar, conseguindo lançá-las novamente em maiores quantidades. Depois, frios, molhados e ofegantes, voltaram para junto da lareira no Salão Comunal de Grifinória. Depois de lancharem sanduíches de peru, bolinhos, gelatina e bolo de frutas, todos se sentiram demasiado fartos e sonolentos para fazer outra coisa senão sentar e assistir a Percy correr atrás de Fred e Jorge por toda a torre da Grifinória porque eles tinham furtado seu crachá de monitor, enquanto contava baixinho oque se lembrava de ter feito nos dias do seu desaparecimento.

—Mas como? Mamãe não me aviso nada sobre você ir para nossa casa...

Como isso ocorreu ainda era um mistério, mas deixaram por hora de lado.

Fora o melhor Natal da vida de Nicoly. Mas ainda faltava algo. companhia de suas filhas e provalvemente Edith estava se aventurando por entre os dragões mais perigosos com Margot correndo como louca atrás. Mas ao deitar deixou todas as preocupações de lado e dormiu.

—Harry porque não está comendo nada? -perguntou Nicoly preocupada.

—Estou sem fome!

Nicoly não poderia dizer que não ficou um pouco ressentida com isso.

A neve ainda não derretera na manhã seguinte.

— Quer jogar xadrez, Harry? — convidou Rony.

— Não.

— Por que não descemos para visitar Rúbeo? -perguntou Nicoly.

— Não... Vai você...

— Sei o que é que você está pensando, Harry, naquele espelho. Não volte lá hoje à noite.

—Espelho? Que espelho?

—Vimos um espelho que mostrou a família de Harry -respondeu Rony apressado.

—Por que não me contou sobre isso Harry?

—Porque não queria! -respondeu irritado.

Nicoly se sentiu tão magoada com o tom do moreno que levantou da mesa da Gryffindor e seguiu para a Hufflepuff levando o presente de Cedric que pode entregar no dia anterior já que o mesmo estava ocupado, e sentou ao seu lado o cumprimentando com um abraço.

Ela não olhou para trás, mas o olhar de Harry se encontrava ainda mais magoado.

Naquela noite Nicoly bolou um plano. Quando Harry saísse para ir ao encontro do espelho ela o impediria.

—Aonde pensa que vai porco-espinho?

Nicoly estava na poltrona do salão comunal.

—Eu vou e você não vai me impedir!

—Harry, não percebe? Esse espelho esta te levando a loucura! Mas se não posso impedir -enfiou-se debaixo da capa- Eu vou junto! E nem tente me impedir!

Completou ao ver que ele teimaria em não levá-la.

Harry deu espaço para Nicoly olhar no espelho. Ao ver aquele espelho seu coração doeu de uma forma que nunca ocorreu. Estava ali. Todas as pessoas que um dia perdeu. Kristopher, D.Dulce, até mesmo duas pessoas que nunca conheceu. O homes de cabelos negros lisos que batiam no ombro com olhos azuis como os seus, e a mulher ao seu lado. Era tão bela. Com cabelos ruivos como os delas também, mas tinha lindos olhos castanhos brilhosos. Seria aqueles seus pais?

— Então, outra vez aqui, Harry? E trouxe uma compahia?

Os dois olharam para trás. Sentado em uma das mesas junto à parede estava ninguém menos que Albus Dumbledore.

— Eu... Eu não vi o senhor.

— É estranho como você pode ficar míope quando está invisível — disse Dumbledore, e os dois sentiram alívio ao ver que ele sorria. — Então — continuou Dumbledore. — você, como centenas antes de você, descobriu os prazeres do Espelho de Ojesed e assim como Nicoly.

— Eu não sabia que se chamava assim, professor.

— Mas espero que a essa altura você já tenha percebido o que ele faz?

— Bom... Me mostra a minha família...

— E mostrou o seu amigo Rony como chefe dos monitores.

—E a mim... —Travou Nicoly.

—As pessoas que você de alguma forma perdeu. Sinto muito. —completou Dumbledore.

— Como é que o senhor soube?

— Eu não preciso de uma capa para me tornar invisível — disse Dumbledore com brandura. — Agora, vocês são capazes de concluir o que é que o Espelho de Ojesed mostra a nós todos?

Harry sacudiu negativamente a cabeça. Mas Nicoly confirmou.

—O nosso maior desejo. Assim como o nome ao contrário: Desejo.

—Exatamente Sra. Black, mas deixe-me explicar melhor. O homem mais feliz do mundo poderia usar o Espelho de Ojesed como um espelho normal, ou seja, ele olharia e se veria exatamente como é. Isso o ajuda a pensar Sr Poter?

Harry pensou. Então respondeu lentamente:

— Ele nos mostra o que desejamos... Seja o que for que desejemos...

— Sim e não — disse Dumbledore — Mostra-nos nada mais nem menos do que o desejo mais íntimo, mais desesperado de nossos corações. Você, que nunca conheceu sua família, a vê de pé a sua volta. Ronald Weasley, que sempre teve os irmãos a lhe fazerem sombra, vê-se sozinho, melhor que todos os irmãos. Nicoly tem o desejo ter ter de volta aqueles que ama. Porém, o espelho não nos dá nem o conhecimento nem a verdade. Já houve homens que definharam diante dele, fascinados pelo que viam, ou enlouqueceram sem saber se o que o espelho mostrava era real ou sequer possível. O espelho vai ser levado para uma nova casa amanhã, Harry e Nicoly, e peço que você não voltem a procurá-lo. Se algum dia o encontrar, Harry, voce estará preparado. Não faz bem viver sonhando e se esquecer de viver, lembre-se. E agora, por que vocês não põem essa capa admirável outra vez e vão dormir?

— Senhor... Professor Dumbledore? Posso lhe perguntar uma coisa?

— Obviamente você acabou de me perguntar — sorriu Dumbledore. — Mas pode me perguntar mais uma coisa.

— O que é que o senhor vê quando se olha no espelho? - Nicoly beliscou Harry, será que a insensibilidade de Rony era transmissível e passou para o moreno ao seu lado?

— Eu? Eu me vejo segurando um par de grossas meias de lã.

Harry arregalou os olhos. Mas Nicoly apenas sorriu era claro que ele mentia.

— As meias nunca são suficientes. Mais um Natal chegou e passou e não ganhei nem um par. As pessoas insistem em me dar livros.

—Então fique tranquilo professor. No próximo Natal meias de lã de aguardam, agora vamos Harry.

—Pobre criança, como desejar ter de volta algo que nunca teve?

Nicoly não contou para nínguem, apenas Molly sabia das cores das pulseiras.

Mas qual é a cor do amor?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sorry a demora tava atrasada nas séries e comecei a assistir Doctor Who? *-*
Bjokas



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Orfã Black" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.