E se Eu Te Deixar Ir? escrita por Anita


Capítulo 8
Capítulo 5- Crucifique Meu Amor, Se Ele é Cego (parte 1 de 2)


Notas iniciais do capítulo

dividido em duas partes para atender aos limites do site



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E Se Eu Te Deixar Ir? § cap 5 Crucifique Meu Amor, Se Ele É Cego

Notas Iniciais:

Este capítulo está um drama só!!! Mas é isso aí! Os personagens e a história é de propriedade de Clamp e outros. Mas os originais são meus apenas!!! Kei, Mistai, Liana, Zubo, Zenks e Tokidori. Este último eu criei o nome da minha cabeça, mas me inspirei em algum aí que nem me lembro!!! Se tiverem algo a comentar mandem para anita_fiction@yahoo.com ou vão para o meu site para novos capítulos e outras fics minhas!

A Olho Azul Production:

E Se Eu te Deixar Ir?

Capítulo 5- Crucifique Meu Amor, Se Ele é Cego.

  Liana tinha tido um belo sonho naquela noite, que estava ao lado de Zubo, bem em seus braços. Não queria abrir os olhos, sua felicidade era tanta. Sentiu alguns tímidos raios de sol passar pelas cortinas de seu quarto e ouviu alguns passarinhos cantando alegre. Sentia-se descansada, mais que ultimamente. Sua cabeça não mais doía.

  Lentamente ela abriu seus olhos.

-Aaaaaaaaaaa!!!-gritou ao se ver nos braços de seu melhor amigo, pulou rapidamente da cama e notou sua nudez. Puxou um lençol que estava jogado no chão e cobriu-se observando Clef acordar assustado num sobressalto.

-O quê foi?-perguntou ele, assustado, então olhou Liana no chão segurando um lençol sobre a nudez e mordendo um de seus dedos. Seus olhos violetas estavam enormes e lágrimas saíam deles.

-Eu sou quem devo perguntar!-Clef a olhou melhor, não entendendo como ela podia agir daquele jeito, como se noite passada nada significasse.-Você não é Zubo!-ela usava um tom de criança, mas não por querer, estava de fato confusa.

-Liana... Você não se lembra? De nós dois ontem?-perguntou o feiticeiro, não querendo chegar à conclusão mais lógica.

  Seus olhos, já cheios de lágrimas, percorreram a cama a sua frente e as imagens de amor da noite passada lhe vieram à cabeça. Logo voltou para a forma de Clef, que a olhava insistentemente, então deu um outro grito, encostou-se na parede, enlaçou as mãos no joelho, já não se importando com o lençol, e começou a chorar, com a cabeça baixa. Ela sabia que era a culpada.

  O feiticeiro, depois de tanto lutar contra o pensamento, logo concluiu tudo. E tomou uma facada no peito quando viu a garota que mais amava chorando por ele. Ele era o responsável e não ela, que não estava com a cabeça ali no momento.

  Vestiu sua roupa e saiu do quarto, não querendo mais ver aquela cena que tanto lhe cortava o coração.

  Chegando em sua sala, ordenou que um guarda chamasse imediatamente uma linha para o Conselho.

  No dia seguinte, Zubo chegava desesperado no palácio, indo imediatamente à sala de seu amigo.

  Lembrava suas palavras:

“Zubo, precisamos conversar, volte logo, Liana está muito doente... Sinto muito...”

  Ele não conseguia entender, mas havia muita culpa nas palavras dele. Zenks veio acompanhando-o, por precaução, também estava preocupado com sua cunhada.

  Os dois entraram na sala e encontraram Clef ali sentado olhando curioso para o teto. Em seu rosto estava o caminho de muitas lágrimas. Liana não havia saído do quarto por nada. Pelo ao menos a convenceram a comer algo, nada além. Ele não tinha coragem de ir falar-lhe, não ainda.

-Clef... O que há com ela?-perguntou Zubo, quase sem fôlego.

-Ele sai, é só entre nós.-disse Clef, apontando para Zenks.

-Até parece a Liana falando assim, cara. Eu vou saber depois mesmo.-comentou Zenks.

-Então saiba depois...-Zubo olhou autoritário para Zenks, que obedeceu piamente.

-Fale Clef!-falou o feiticeiro, logo que o irmão saiu.

-Eu sinto muito Zubo...-começou Clef, mais lágrimas lhe escapavam. Já tinha chorado tanto, era incrível ainda ter como sair mais.-Liana gritava por você toda a noite então com medo de algo pior acontecer, passei a ficar em seu quarto a fim de lhe vigiar. Noite retrasada ela me confundiu com você e eu tolo, cego de paixão, não me detive, então nós...-não teve coragem de completar.

-Como!?-Zubo o olhou nos olhos lacrimosos. Não conseguia acreditar no que ouvia, era muita coisa, tudo junto. Liana muito doente, por sua causa, Clef e sua esposa, a traição, sua cabeça rodava.-Eu não acredito...-finalmente disse, e caíram num longo silêncio. Neste, Clef tentou conter suas lágrimas e Zubo refletia.

-Ela acordou na manhã seguinte e... Estava arrependida, Zubo...

-Imagino! Como pôde, Clef? Meu amigo... Você me traiu com ela, Clef! Eu não consigo acreditar! Sabe que ela me ama... Bem, mas isso não interessa, onde ela está?

-Trancada no quarto...-ele disse numa voz rouca. O homem de cabelos negros saiu como um furacão da sala, atropelando o irmão no caminho e foi falar com Liana, que ainda chorava, ao seu lado, pratos cheios de refeições.

  Por um mês inteiro os dois saíram do planeta, para viverem no Conselho. Zagar ficou praticamente aos cuidados da babá e de Clef. O garoto tinha voltado a participara de vários movimentos.

  Mas passado este mês veio a notícia da volta de Liana e Zubo. Liana estava magra e pálida.

-Ela está se sentindo mal, às vezes come demais e às vezes não sente vontade de comer. E de manhã... O café nunca fica em sua barriga. Resolvi confiar no médico de Zefir.-disse Zubo, explicando a Esmeralda a doença de Ia. Clef ouvia, mas estava recolhido em seu canto.

-Ela vai ficar bem!-a princesa sorriu.

-Você sabe o que ela tem?-perguntou Zubo, assustado, ele já conhecia as proezas daquela menina... Mulher... Ela era mais velha que seu filho e ele não conseguia acreditar naquilo.

-Sei... Mas é melhor você esperar o médico!-falou Esmeralda, se levantando e indo até seu Mestre.-Vamos rezar?

  Então os dois se separaram. Esmeralda estava ali só para ver Ia, mas não podia esquece de seus deveres. Ao saírem da sala, Clef continuava com a mente ausente. Ela sabia de seu erro, mas não o punia.

-Todos erram.-tinha dito ela, no dia seguinte á partida de Zubo e Liana, quando se encontraram numa reunião de projetos para as alianças de Zefir com outros planetas.

-Clef... Não fica assim, eu já disse que ela estará bem.-falou a garota, enquanto entravam na sala do novo palácio, ela já estava pronta e futuramente seria a da princesa.

-Eu sei que está. Liana é forte.

-Sim! E isso era o que ela queria... É maravilhoso!

-Como assim o que ela queria, Princesa?

-Ela não queria um filho? Ela e Zubo não tentaram tantas vezes depois de Zagar? Bem, ela conseguiu!

-Liana está grávida!?-o mago via tudo ao seu redor rodar.

-Sim... Torço para que vocês tenham uma garota... Assim poderei brincar com ela!

-Nós!?

-É... O bebê é de vocês dois.-Clef desmaiou.

  Logo que foi anunciada a gravidez de Liana ficou óbvio para quem sabia de tudo que o filho era de Clef.

  Foi uma gravidez um pouco difícil, que pegou Liana de jeito, talvez pela carga psicológica da culpa. Mas ela prosseguia e a barriga crescia. Quem não conhecia a história dizia que era um milagre aquele bebê e que seria muito forte e por isso já dava trabalho para a mãe, desde a barriga.

  Um dia Liana andava com Zubo pelo jardim, ele tinha acabado de chegar de uma missão e descansaria por ora, até o bebê ter dois meses pelo ao menos. Ficou decidido que ele seria o pai no papel e na ativa, Clef só seria o pai genético da criança.

  Liana com o tempo passou a ficar ansiosa para o nascimento do filho e passou a perdoar Clef e até voltou a falar com ele, ainda havia um pouco de polidez, mas já estava quase tudo de volta ao normal.

-Clef está muito puxa-saco dele, antes de nascer!-dizia ela, no jardim. Zubo a olhava com ternura e sorriu de leve. Com o vento leve o cabelo de ambos dançava e se misturavam, de longe quem visse pensaria que eram irmãos, andavam iguais e um parecia te uma grande afeição pelo outro.

-Bem, então eu teria que educar este aí bem longe!-brincou Zubo, colocando a mão sobre o ombro da amada, fazendo com que assim sua cabeça descansasse no seu próprio.-Algum problema? Ficou triste de repente, querida.

-Eu... Quando esperava nosso Zagar... Podia dizer o seu sexo e acho que inconsciente até sabia seu nome... Sonhava com ele e tudo o mais. Já com este... Não sei nada, não sinto nada, Zubo.

-Não comece a chorar por causa de besteira. Saberemos o sexo em breve, então escolheremos um nome.

-É... Tem razão...-então ela parou de andar.-Está doendo Zubo! Vai nascer!

  O rapaz a levou imediatamente até o médico e o parto foi feito, Liana estava bem acordada, e a seu lado estavam Clef e Zubo. O médico tirou a pequena criatura do ventre de Liana e a olhou.

-É uma menina!-gritou Zubo, observando-a quieta no colo do médico, que sussurrava algo para enfermeira, que pegou a linda menina de ralos cabelos lilases e a banhou.

-Vai dar um banho nela...-anunciou Clef, também olhava a pequena forma pacífica, quase angelical de sua filha.

-Isto está errado...-comentou Liana, fraca do parto. Os dois homens a olharam interrogando-a.-Ela... Está muito quieta!

  Logo o médico voltou-se para os três, mas Liana já sabia e desmaiou. Zubo saiu da sala, sem ouvir ao médico e Clef ficou paralisado, sem ação, ouvindo as palavras do doutor.

-Ela deve ter morrido durante o parto... É uma pena, seria uma bela menina... Cabelos lilases e olhos violetas. Porém era muito fraquinha, talvez pelas condições psicológicas da mãe durante a gravidez. Eu sinto muito.

  Zagar foi o único que não usou preto no dia seguinte. Não por contrariar simplesmente, mas como um protesto. Ele sabia de tudo, foi ouvindo de pouco a pouco, até botou seu pai na parede e ele contou tudo o que sabia. Odiou não Clef, mas Zubo, por tê-la deixado. Mas é óbvio que o perdoou. Foi a Clef que nunca o fará. Tinha decidido descontar no bebê que nasceria, mas isto nunca acontecerá. Por isso ele usou amarelo, a cor da alegria.

  Liana se aproximou mais do Clef, Zubo não se sentia tão doído quanto ela. Mas Clef sim. Os dois agora eram mais que amigos. Com o tempo tudo voltou ao normal, a exceção era Zagar que não melhorava, continuava ele e seus movimentos.

  Tinha quinze agora e só respeitava a mãe... Mesmo assim, não a obedecia. Foi num dia seguinte a uma bronca (coisa rara) dela que ele conheceu um novo aprendiz de soldado no palácio, ele dizia que queria ser espadachim.

-É um prazer, meu nome é Zagar. Sou o único aqui com quinze anos, o resto é tudo velho.

-Eu sou Raffaga é um prazer.

-Minha mãe é uma espadachim muito famosa!

-E quem em toda Zefir nunca ouviu falar da grande Comandante da Guarda Liana? Eu a admiro muito! Mas vim aqui pedir para Clef me treinar. Ele me disse que eu teria que ter um trinamento  militar primeiro e depois talvez ele me treinasse.

-Que legal! Mas esse Clef é muito estrelinha não é?

-Ele é um grande e respeitado mago, Zagar.

-Gosto não se discute, mas o seu é péssimo, o que salva é a parte da minha mãe, ela é um máximo!

-Essa é a sua opinião... Agora eu tenho que ir. Tem uma gata me esperando pra um encontro na floresta... Não quero me atrasar.

-Claro. Até mais, dá um beijo nela por mim!-e Rafaga se foi. Zagar ficou olhando o espaço pensando na raiva que sentia por Clef e como sentia pena de sua mãe, ela era tão boa que o perdoara, só porque o maldito bebê morreu, concluíra.

  Zagar era mulherengo. O tio não tinha sido má influência, na verdade nem o via direito e quando era assim, ambos falavam das mulheres de Zefir e Zenks lhe dava bons conselhos.

  Ele tinha, agora, quatro namoradas, uma em cada vila próxima, mas como cada vila era auto-suficiente não havia problema, numa quinta vila hoje ele tinha dois encontros, sendo que no segundo ele tinha grandes planos. Rafaga tinha razão, não era bom deixá-la esperando. E como seu tio dizia: “Mulheres são as melhores invenções que existem, ao invés de terem um botão para se autodestruir, elas levam o parceiro junto”.

  Tentou de quando sua mãe voltava do Conselho, assim ele não marcava encontro algum para aquele dia.

“Semana-que-vem... Ela prometeu...” -pensou ele, Liana costumava cumprir suas promessas, encarando tal coisa como um desafio. Zagar odiava desafios, sabia que sempre se tinha uma maneira melhor para resolvê-los, sem ter que apelar para apostas, esta era a mente de um feiticeiro, dizia seu pai.

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