Daughter of Rebirth escrita por kuronek097


Capítulo 3
Alvo 3 - Young blood Vongola




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Tsunayoshi Sawada, o famoso “bom em nada Tsuna”, para o rapaz começava mais um dia de aula normal, uma pequena parte de seu dia em que ele se via livre de seu professor particular e hitman, Reborn.

– Bom dia classe! Hoje nós teremos uma aluna nova em nossa classe, vinda de um programa de intercâmbio. Ela deve estar arrumando a transferência dela, já voltarei para apresentá-la a vocês.

Nada de anormal para os alunos daquela turma, alunos estrangeiros vêm e vão todo dia. Menos essa aluna em particular.

__________

– Então é aqui que o aluno do papai estuda? – Ettore tinha acabado de chegar até a escola e se dirigia para a sala de Hibari Kyoya para poder terminar sua transferência. – Tem alguém aí? – Ettore batia na porta.

– Entre logo e pare de bater. – Hibari disse delicado como sempre.

– Você poderia ser um pouco mais gentil, sabia? – Ela disse enquanto adentrava a sala.

– Realmente, eu poderia, mas não sou.

Ettore se aproximou de Hibari entregando para ele os papéis da transferência, os quais Hibari apenas arquivou, sem nem chegar a ler.

– Você não vai nem conferir se estão todos certos? – Ettore indagou.

– Acho que ninguém seria ousado e maluco o suficiente a ponto de trazer documentos falsos a minha escola? Ou será que sim? – Ele lançou um olhar levemente ameaçador para a garota.

– Não acho... – Ettore disse assustada, já que os papéis que diziam que ela era uma aluna de intercâmbio eram todos falsos.

– Vejamos, a julgar pelo seu tamanho você deve estar indo para o primário, certo? – Ele riu.

– Nós temos praticamente a mesma altura, e não, eu não estou indo para o primário, estou indo para o primeiro ano do colegial. – A garota retrucou.

– Me acompanhe, eu lhe mandarei para uma sala de alunos que vivem me dando problemas, você vai se dar bem lá. A sala tem alunos desnecessários ao mundo como o Hayato e o Sawada.

Sawada? Sawada Tsunayoshi?

– Sim. Você conhece o idiota?

– Digamos apenas que sim... – Ela respondeu.

Ettore respirou fundo olhando diretamente para a janela do corredor de onde se conseguia ver todo o pátio da escola, ela ficou imaginando suas futuras aulas e futuros colegas, apenas desejando sair daquele lugar.

Ela não suportava escola.

– Pare de olhar para o nada e me acompanhe, levarei você para a sala de aula. – Disse Hibari enquanto seguia andando.

– Ok. – Ettore seguiu Hibari.

Hibari adentrou na sala de aula com seu olhar ameaçador o qual impunha respeito sobre os alunos, tal como também criava algumas desavenças entre eles, pois alguns odiavam aquele olhar sádico do rapaz.

Entregando apenas o histórico de Ettore para o professor, Hibari se retirou da sala sem dizer nada.

– Então alunos, temos aqui uma aluna nova, entre, por favor. – Disse o professor enquanto olhava para a porta da sala.

Olá! – Disse Ettore enquanto entrava e ficava de costas para o quadro negro, japonês não era o idioma mãe da garota então todos os alunos sentiram um sotaque na pronúncia da garota italiana.

– Se apresente, por favor.

– Eu sou Ettore, Ettore Vongola.

– Belo nome! – Disse o professor. – Aqui diz que você veio da Itália, certo?

– Sim.

– Da capital?

– Sim! – Ela sorriu.

– Ora! É um prazer conhecê-la senhorita Ettore. Eu serei o seu professor de matemática! E como professor eu gosto de propor desafios aos meus alunos. Inclusive os novos.

– Desafios?

– Sim, e você parece ser bem esperta, irei lhe propor um desafio cinco estrelas.

O professor virou-se para o quadro negro e começou a escrever, conforme os alunos iam lendo podia-se claramente ver uma interrogação formando-se sob as cabeças de todos os alunos, menos a de Ettore.

– Então jovem, entendeu o desafio?

Ettore olhava fixamente para o quadro, então, em um par de segundos ela pegou o giz e escreveu a resposta.

– 42! – Ela sorriu.

– Incrível! Você é mesmo aluna do primeiro ano? Nunca vi alguém resolver esse desafio tão rápido.

– Meu pai é... Professor particular. – Ettore disse e sorriu olhando em direção a Tsuna.

– Muito inteligente realmente admirável.

– Obrigada.

– Bem, pode sentar-se ali. – O professor apontou para uma carteira mais ao fundo, atrás de Yamamoto Takeshi.

A aula passou normalmente e quando o sinal tocou para a próxima aula Ettore não sabia qual era e perguntou ao colega Yamamoto.

– Com licença... Qual a próxima aula?

– Ah. – Ele sorriu. – Educação física! – Podia-se claramente ver e empolgação nos olhos dele.

Ettore acabara de chegar à escola, então ela não sabia o horário das aulas e também não tinha o uniforme da educação física, ela decidiu então pedir um emprestado para uma de suas colegas de sala que aparentemente havia trazido um extra, Sasagawa Kyoko.

– Olá. – Ettore disse.

– Oi! Ettore, certo? – Kyoko lhe respondeu simpática.

– Sim... É meio constrangedor dizer isso, mas... Como sou nova aqui eu não tenho um uniforme de educação física, você tem um sobrando para me emprestar?

– Eu tenho, mas... Pode ficar um pouco apertado em você... – Ela riu. – Temos curvas um pouco diferentes.

Minutos depois Ettore aparece no pátio para a aula, o uniforme emprestado havia realmente ficado apertado, considerando a diferença de curvas entre ela e Kyoko, sua respiração estava um pouco difícil, seu busto estava apertado pela blusa e o short estava curto, obrigando ela a puxá-lo para baixo toda hora e a deixando com mais vergonha que o habitual.

– Hoje nós jogaremos um pouco de baseball. – O professor anunciou e pode-se ver o sorriso no rosto de Yamamoto.

Todos foram para as suas posições e para o azar de Ettore, ela era a rebatedora. O toca pesava cerca de um quilo, não era tão pesado, mas ela acabou se sentindo desconfortável e podia-se ver isso no rosto dela.

– Não jogam baseball na Itália? Você precisa de ajuda? – Yamamoto se aproximou ficando por trás de Ettore e segurando sua cintura.

– Não precisa... Está tudo bem... – Ela disse com as bochechas coradas.

– Não se envergonha, estamos aqui para sermos amigos, certo? Eu posso te ajudar!

Yamamoto levou seu braço até o braço direito de Ettore, onde ela segurava o taco, o rapaz segurou também e mostrou o movimento que ela deveria fazer para rebater.

– Isso é o suficiente? – Ele indagou.

– É sim. – Ela respondeu e riu.

O lançador disparou a bola em direção a Ettore, ela suspirou e depois rebateu.

Touchdown.

Lançando a bola para uma altura inimaginável, Ettore surpreendeu a todos, inclusive o próprio Yamamoto que mesmo sendo um veterano no esporte não esperava tal coisa, ainda mais dela que parecia nunca ter jogado e estar desconfortável. A garota sorriu e disse que não sabia se tinha colocado muita força na tacada ou se era sorte de principiante.

Após alguns minutos de jogo, o sinal tocou e todos retornaram a sala ainda pensando o que diabos a aluna nova era, ela se demonstrou incrivelmente habilidosa em tudo o que os professores pediam para ela fazer, e se tratava apenas do primeiro dia de aula dela.

Ainda havia mais dois horários. Duas aulas de história, uma das poucas matérias que Ettore gosta.

– Fiquei sabendo que temos uma aluna nova, quem é? – O professor perguntou assim que chegou a sala.

– Eu. – Ettore levantou a mão.

– Se importa em vir aqui na frente?

– Não. – Ettore levantou-se e foi até a frente da classe, ficando ao lado do professor.

– Então, Ettore, você é italiana?

– Sim! – Ela respondeu.

– É mafiosa também?

– Não! – Ettore quase gritou. Aquela pergunta realmente havia surpreendido ela.

Ettore ficou com as bochechas coradas e pode-se notar a expressão de Tsuna e seus “subordinados” Yamamoto e Gokudera, em estado de alerta. Afinal de contas, ela é uma Vongola desconhecida.

– Eu estava brincando! – O professor riu.

– Ah, claro... – Ettore suspirou aliviada.

– Bem, classe, aproveitando nossa nova colega de classe italiana, que tal darmos início ao estudo da história italiana?

Ettore voltou para seu lugar e quis esconder-se em um buraco de tanta vergonha que sentia. Ao abrir a apostila ela deparou-se com várias ilustrações que representam bem a imagem que os outros povos têm da Itália, o Coliseu, a Basílica de Santa Maria Del Fiore, a torre Pisa, e é claro... Uma foto da Cosa Nostra. A maior família mafiosa italiana que já existiu, porém que atualmente estava extinta.

A aula seguiu com o professor exaltado declarando-se claramente e sem pudor um admirador da máfia. O sinal finalmente tocou depois de uma hora e alguns minutos, foi perceptível o alívio nos olhares dos alunos. Tsuna juntou-se com Gokudera e Yamamoto.

– Reborn disse para vocês irem para a minha casa hoje.

– Irei à casa do juudaime? Oh, deve ser algo importante! – Gokudera disse exaltado.

– Acho que era algo sobre uma visita, deve ter algo a ver com aquela tal de Ettore.

Eles foram até o portão de saída, com certas esperanças de se encontrarem com a Vongola desconhecida e perguntarem sobre ela, mas não a encontraram, ela já deveria ter isso embora... Ou era isso que eles pensavam. Os rapazes foram embora ruma a casa e Tsuna.

Sendo seguidos.


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