Despedi-me dos meus pais e fui andando até ele, ele estava muito charmoso naquela tarde estava com uma calça jeans preta escura, usando uma camiseta branca colada ao corpo e uma jaqueta preta por cima, estava com um, vans preto, ele estava literalmente lindo, seu cabelo castanho escuro jogado de lado não muito arrumado como se ele tivesse saído atrasado de casa, dei um sorriso de leve, seus olhos azuis me acompanhavam pelo estacionamento atentamente, quando cheguei perto dele ele não disse nada simplesmente me abraçou , e eu correspondi ao abraço o abraçando mais forte que consegui. Entramos no carro e ele começou a dirigir acho que o sol estava começando a incomodar os olhos dele por que ele pegou um óculos escuro no porta-luvas e colocou o que o deixou mais charmoso e lindo. Ele estava dirigindo havia alguns minutos quando percebi que estava ficando um silêncio um tanto constrangedor então resolvi quebrar o silêncio.

–O que você tem? –Perguntei olhando para ele fixamente.

–Por que da pergunta? –Ele virou para mim por um instante e depois voltou seus olhos para a pista.

–Você está quieto demais, não está do jeito que é normalmente.

–Bom, quando eu fui embora –Ele parou por um momento – qual foi sua reação?

Eu fiquei pensativa, não entendia o porquê voltar tanto assim no passado, depois de pensar um pouco respondi.

–Bom, eu lembro que há primeira semana eu chorei muito, depois fiquei bem triste, mais ai entendi que você tinha ido por uma boa causa e que voltaria logo então fiquei feliz por você, mais por que você está me perguntando isso?

Ele não me respondeu nada continuou olhando fixamente para a estrada estávamos quase chegando então resolvi não falar nada, estava morrendo de fome e eu não ia falar nada mais estava com muita fome então disse:

–Eu estou com fome, por favor, para na padaria preciso comprar alguma coisa para comer.

Ele não me disse nada, mais paramos na frente da padaria, eu saí do carro, peguei uma cestinha de compras e entrei no mercado, comprei três croissants de queijo, e um pote de nutela por que lembrei que tinha acabado em casa, comprei também algumas bolachas doce, uma geléia de morango um pote de doce de leite e vários sucos e me lembrei por que eu sempre quis morar sozinha e ter meu emprego, você pode sair a hora quiser chegar e hora que quiser e comprar o que quiser, comprei também alguns bolinhos de chocolate suíço que eram meus favoritos, e claro não me esqueci do meu vinho favorito comprei duas garrafas. Passei no caixa e comprei algumas balinhas e uma barra de chocolate paguei e voltei rapidamente para o carro quando entrei Arthur estava falando ao telefone.

–Claro... Mais quando você vai estar livre... Então tudo bem... Ah sei claro que sei... Ótimo então esse horário claro que estou livre... Não, claro que não até lá então.

Ele desligou o telefone e me olhou ainda com o carro parado e desligado.

–Laura, você está bem? –Ele me perguntou me examinando bem.

–Bom, não sei me diz você estava sem falar comigo desde que me pegou no hospital ficou lembrando sobre o passado e agora recebe uma ligação de não sei quem fica todo feliz e vem me perguntar se estou bem? –Respondi meio que alterando a voz não sei bem por que, ele ligou o carro e começou a dirigir.

–Me desculpa Laura, antes de você sair do médico Alice me ligou disse que estava vindo pra Los Angeles e que ia ficar uma semana aqui hoje é quinta então ela só vai voltar para os EUA quinta que vem, ela disse que precisava muito falar comigo o que me deixou muito pensativo. –Ele parou por um minuto, o que deu o tempo certo para chegarmos em casa, ele estacionou na minha garagem, não eu não tinha carro mais tinha comprado uma casa com garagem para quando eu fosse comprar meu carro embora fosse demorar um pouco. Quando eu entrei coloquei as compras na mesa e ui para o quarto trocar de roupa, ele foi logo atrás de mim e se sentou ao meu lado na cama então continuou. –Eu estava lembrando que foi realmente bom para mim ter ido embora, eu conheci a Alice, mais também fiquei curiosa pra saber como você se sentiu em relação a isso por isso perguntei, na hora que você saiu do quarto resolvi ligar para Alice e ficamos conversando enquanto você estava no mercado quando eu estava quase terminando a conversa entrou no carro por isso me pegou falando no celular, era ela.

Eu fiquei com uma expressão notavelmente vazia e com toda certeza ele percebeu, não sei por que havia ficado tão triste com aquilo que ele havia me dito mais a única coisa que consegui falar após juntar todas as minhas forças foram:

–Entendi. –Falei quase sussurrando olhando para baixo.

Ele pegou meu queixo e me obrigou a levantar minha cabeça, foi quando percebi que nossas bocas estavam bem próximas uma da outra.

–Laura, não quero que fique triste, eu não vou voltar a namorar com ela nem vou voltar com ela, nós só vamos conversar eu não vou voltar a morar nos EUA então não precisa ficar triste.

–É só que – Eu estava procurado as palavras certas para falar – eu gosto muito de você, você é um ótimo amigo e não quero que você vá embora de novo e me deixe aqui.

Eu estava esperando a resposta dele quando ele me beijou, e foi um beijo ótimo melhor do que o beijo do Josh até, foi aí que lembrei que tinha um namorado que havia sumido há dois dias, mais eu não liguei aquilo para mim estava sendo ótimo eu não estava feliz por estar traindo o Josh mais estava feliz por estar "provando" o gosto do Arthur, tivemos que parar por que nossas respirações estavam ofegantes demais, recuperamos o fôlego o voltamos a nos beijar, o beijo dele era doce e quente, embora carinhoso, eu poderia continuar a tarde ali mais ele nos separou.

–Me desculpa por isso Laura, eu agi por impulso, me desculpa mesmo.

–Não precisa se preocupar, eu... Eu até estava gostando para falar a verdade, é só que agora que eu tenho namorado... Você sabe, não é certo fazer isso, parte de mim quer mais a outra parte grita me dizendo que estou errada.

–Eu entendo você completamente, mais vamos comer, você deve estar com fome. –Ele pegou minha mão e me levou até a cozinha, me sentando em uma cadeira ele começou a tirar as coisas da sacola. – O que você vai querer comer?

–Um croissant, por favor.

–Quer que eu faça café?

–A claro senhor cuca.

Rimos um pouco, quando lembrei que estava sem mexer no meu celular a um bom tempo, peguei ele liguei e fui olhas as mensagens haviam mais de 500 fiquei chocada, meu celular estava travando, as meninas queriam saber o que eu tinha como eu estava quando iria voltar do trabalho, várias perguntas de várias pessoas, e a que mais me chamou atenção foi o numero do Josh, havia várias mensagens dele, me sentei novamente na mesa ao lado de Arthur.

–Ele já te mandou quantas mensagens? –Arthur perguntou em quanto colocava uma xícara com café na minha frente e se sentava.

–23 Para ser exata, não sei por que ele esta pirando. Resolvi então abri para lê-las.

Laura onde você está, não chegou em casa ainda, estou preocupado me liga ou manda mensagem.

Amor, por favor, me responde to enlouquecendo aqui eu te amo, fala comigo???

Laura o que está acontecendo você não fala comigo desde ontem meu amor, foi algo que eu fiz? Volta pra casa, por favor, eu te amo.

Laura por que você não me avisou que havia saido com o Arthur? Você mentiu para mima Escarlat me contou tudo.

Estou furioso com você sabia Laura sai com o Athur, e ainda por cima não me conta a verdade fora que fica dois dias inteiros sem falar comigo.

Laura meu amor, me desculpa eu não sabia que você estava no hospital, estou indo pra í.

O resto das mensagens dizia a mesma coisa: (Te Amo) Eu não sei por que ele imaginou que eu ia ficar no meu celular sendo que tinha desmaiado. Tentei ligar para ele inúmeras vezes.

–Por que você não vai até casa dele? –Percebi que o Arthur me olhava atentamente, olhei no relógio eram 17h47mn então assenti com a cabeça, então peguei meu celular e coloquei uma roupa de frio. Quando saí de casa estava um pouco frio e o céu já estava meio escuro fui caminhando até a casa dele que por minha sorte era ao lado da minha, e não o chamei resolvi fazer uma surpresa. Peguei a chave reserva que ficava em um vaso que havia ao lado da porta, abri com cuidado não havia ninguém na sala, fui para a cozinha também não tinha ninguém, passei pelo banheiro e nada, subi as escadas passei primeiro pelo escritório dele não tinha ninguém, sabia que ele estava no quarto quando cheguei lá vi que ele estava falando com alguém, com uma menina para ser mais exata.

–Você sabe que ela não merece você Josh, eu amo você bem mais do que ela ama.

Já havia reconhecido aquela voz era da Scarlat, mais o que ela estava fazendo aqui, e desde quando.

–Scar, eu amo a Laura, nada que você fale vai mudar o que sinto por ela, eu admito gosto muito de você mais somente como amiga depois do que passamos juntos percebi que eu realmente amo a Laura.

Percebi que o quarto havia ficado silencioso então entrei, com um enorme sorriso em meu rosto pronta para gozar da cara da Scar, mais meu sorriso se dês fez do meu rosto com a imagem que vi, não acreditava no que estava vendo. Eles estavam deitados, juntos, ela estava nua e ele também estava, deixando cobertas apenas algumas partes de seu corpo, não agüentei comecei a chorar, saí correndo não queria mais ficar ali, não merecia aquilo, talvez um pouco pelo beijo mais eles poderiam ter só se beijado, não sabia para onde iria mais não queria voltar para casa e ter que enfrentar o Arthur, ou melhor chorar na frente dele, quando cheguei na sala senti uma mão me puxando.

–Laura eu posso explicar tudo o que esta acontecendo aqui.

Puxei meu braço para que ele pudesse me soltar.

–Então, explica. –Disse em meio aos soluços que insistiam em cair.

Ele continuou quieto, o que me fez me virar, e sair andando.

–Eu amo você. –Ele disse quase que em sussurro.

–Se me amasse, Não teria feito isso. –E saí sem permitir que ele falasse mais alguma coisa.

Comecei a andar sem rumo eu conhecia bem aquela região morava ali á alguns anos e precisava ir para um lugar onde ninguém me conhecesse, percebi que havia dinheiro na minha bolsa cinco reais, não era muito mais dava corretamente para uma passagem, e com o troco compraria alguma coisa para comer, já que estava realmente com fome. Peguei um ônibus que ia para um lugar que eu não conhecia, desci no último ponto e comecei a caminhar peguei meu celular eram 2h da manhã, mais eu não estava nem ligando, aquela imagem me voltou á memória novamente o que me fez voltar a chorar feito uma criança, percebi meu celular vibrando era o Arthur, ele precisava que eu estava viva por enquanto atendi.

–Alô Laura. –Ele estava com uma voz preocupada.

–Oi. –Foi a única coisa que consegui dizer, mais foi o suficiente para que ele notasse que eu estava chorando

–Laura você precisa, me falar onde está eu vou busca- lá onde quer que eu esteja eu soube do que aconteceu você não vai agüentar vai acabar desmaiando no meio da rua por causa de fome você não comeu nada antes de sair de casa.

–Eu não quero ver ninguém agora –Disse entre soluços e lágrimas que pareciam intermináveis.

–Laura fala agora onde você está você não está em condições de andar à uma hora dessa sozinha na rua ainda mais no estado em que está.

Desliguei o celular, não ia falar pra ele onde estava, até por que pensando bem nem eu mesma sabia. Continuei andando mais um pouco, até que vi uma viela fazia entrei nela, e sentei debaixo de uma escada que havia lá me encolhi, e continuei a chorar, mais impedi que os sons saíssem, fiquei ali por um tempo até que finalmente consegui parar de chorar. Fiquei ali ainda com a barrica pedindo arrego quase roncando, encostei minha cabeça nos joelhos e afundei a cabeça entre meus braços, der repente ouvi passos, eu fiquei realmente com medo e procurei não fazer nenhum barulho para quem quer que estivesse lá não me notasse, não me visse nem me ouvisse, parecia cilada do destino pois na mesma hora meu celular começou a tocar, foi um momento de total pânico, quase tive um ataque do coração, quando ouvi chamarem o meu nome.

–Laura?

Não era qualquer pessoa, era ele, o Arthur ele tinha vindo me buscar, ele estava lá para me levar de volta pra casa. Não respondi nada deixei que ele viesse até mim, quando ele parou na frente da escada se abaixou estendeu uma sacola pra mim e disse.

–Come, você deve estar muito querendo isso.

Eu não recusei estava realmente precisando daquilo, eu sai daquele lugar, e minhas costas estavam doendo muito com a ajuda dele terminei de comer o que ele havia me dado, e fiquei olhando fixamente para ele.

–Como me achou.

–Você nunca fugiu antes não é mesmo – Concordei que não com a cabeça – Você deixou o rastreador do seu celular ligado, por isso vim até aqui, quando estava chegando perto te liguei para ter certeza de que era você, e por sorte era.

Ao ver o que ele tinha feito por mim não resisti e o abracei em seguida comecei a chorar, quando tirei meu rosto do ombro dele ele me pegou no colo. Eu estava muito cansada e apaguei, quando chegamos no carro.

Acordei com o barulho de duas pessoas discutindo, me levantei e fui ver quem era, quando cheguei na sala vi que Arthur estava discutindo com Josh.

–Sai da minha casa agora. –Eu entrei na sala dizendo isso olhando para o Josh.

–Amor eu posso explicar o que aconteceu ontem, me deixa explicar.

–Não quero saber o que você tem a me dizer, quero que você saia da minha casa e não me chame de amor sai da minha casa agora.

Quando terminei de dizer isso fiquei de frente para ele, peguei no braço dele e o levei até o portão.

–Quero que você suma da minha vida, não vou dizer que quero que você me esqueça por que sei que não vai ser possível, mais quero que você não me ligue, não me mande mensagem e nem olhe na minha cara, vai ficar com sua amiga que eu ganho mais. – Quando terminei de dizer isso ele estava fora da minha casa então eu tranquei o portão e entrei em casa, quando entrei Arthur me olhava com um olhar de surpresa.

–Não me olhe com essa cara, eu deveria ter dado um tapa na cara daquele safado.

Ele não disse nada eu estava com fome muita fome, então me sentei á mesa.

–O que temos para o café de hoje?

–Que bom que você perguntou, eu acordei mais cedo e fiz alguns croissants já que os que você comprou eu levei para você comer ontem, na fuga. Também fiz um pouco de cappuccino para você.

–Eu não sei mesmo o que faria sem você Arthur, mais me dá logo isso por que eu estou morrendo de fome.

–Dá próxima vez que você fizer isso, eu não vou atrás de você, vou deixar você morrer de fome.

–Você não pode fazer isso, nenhum super, herói deixa sua mocinha e grande paixão em perigo. –Nos rimos um pouco, e ele bagunçou de leve meu cabelo, ele colocou o café na mesa e se sentou bem peto de mim, vi meu celular quase descarregado vibrar então o peguei.