Apaixonado Por Um Poste! escrita por bubbigless


Capítulo 10
O fim do acampamento e o jantar.


Notas iniciais do capítulo

HEEEY, gente! Hoje é quarta, eu sei... Maas, o capítulo já estava pronto, pra que esperar, né?
Tá, eu sou ansiosa, e não consigo esperar para postar, não cumpro com datas, nem horários, mas, fazer o que? Aparentemente, a vida não é uma fábrica de realização de desejos (tá certo isso? Tem efeitos colaterais aqui? *w*)
Eu escrevi aproximadamente 700 palavras mais do que estou acostumada, fiquei com um pouco de preguiça, mas como tinha gente reclamando que os capítulos estavam curtinhos, resolvi realizar esse 'desejo'.




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Notas iniciais :)

— Então quer dizer que você me carregou para barraca? — indago me sentindo mais refrescante após um banho; meus fios dourados ainda estavam úmidos e exalavam o cheiro delicioso do shampoo de Charlie (e Carl, eu acho). Além disso, vestia uma calça de moletom (sim, eu uso moletons mesmo sendo a casa dos outros) e uma blusa de mangas finas e compridas, da cor cinza.

— Uhum. Eu queria deixa-lo dormir aqui mesmo, no meu quarto — se sentou ao meu lado, fazendo com que seu perfume entrasse pelas minhas narinas. Tão... ah... — Mas Camily iria ficar uma fera se não dormisse lá fora.

— Eu ainda não sei como consegui dormir com você por perto — admiti, o observando. Seu cabelo preto ainda estava pingando, já que tomara banho a pouco tempo.

— Eu fiquei cantando no seu ouvido — aproximou seu rosto, roçando a ponta de seu nariz de leve em minha bochecha. Arrepio. — E fazendo carinho... — pousou sua mão em minha coxa, acariciando-a. Arrepio duplo. — E te enchendo de beijinhos — raspou sua língua em meu rosto. Arrepio triplo.

— Exatamente por isso — sussurro, tentando me recompor. — Como consegui dormir com você... Fazendo essas coisas?

Charlie sorri em minha direção.

— Você estava cansado — propõe. — De tanto me beijar.

— Não tem a mínima chance de ser isso — afirmo, colocando uma de minhas mãos em seu rosto, encarando-o fixamente. — Eu nunca, nunquinha, me cansaria de te beijar.

— Isso é uma indireta, senhor Sebastian? — indaga, com as sobrancelhas arqueadas.

— Interprete como quiser, senhor Charlie.

Quando estava prestes a me beijar – de novo – a porta é aberta bruscamente. Ao olhar para trás assustado, encontro uma Camily, vestindo uma camiseta da Nirvana, acompanhando sua calça legging justa.

— Ei, vocês dois — diz ela irritada. — Vão ficar aí, se isolando, enquanto o Carl fica de vela lá na sala, comigo e com Ethan?

— Sinto lhe dizer que ele continuaria de vela se descêssemos — Charlie lança um olhar irônico para a irmã, que devolve com um barulho estranho.

— Mesmo assim... — choraminga.

— Não é minha culpa se Carl não arranjou nenhum boy magia, Cam — espera; como assim? Boy magia? Ou seja, um homem, certo? O gordinho também é gay?! Essa me pegou de surpresa.

— Você podia dividir o Sebastian com ele — propôs, me fazendo me engasgar. — Só hoje, claro.

Claro que não — estava me sentindo invisível naquele diálogo. — Por dois motivos; primeiro, óbvio que não vou dividi-lo com ninguém. Segundo, se Carl provar o beijo do Sebastian ele não vai querer larga-lo. E, como eu citei na primeira opção, e repito, não vou dividi-lo com ninguém.

— Não seja egoísta — bufa.

— Vamos ficar aqui, ponto final — Charlie encerra o assunto. — Até porque, Sebastian me disse que daqui a pouco tem que ir embora; por isso tenho que aproveita-lo o máximo — o duplo sentido me fez ficar com bastante vergonha.

Camily me olha com uma interrogação no olhar.

— Você já vai, Seb? — murmura desanimada.

— Tenho que ajudar minha mãe — finalmente me pronuncio. — Meus avós vão alocar lá em casa.

— Que pena — faz biquinho. — Tem certeza que não pode ficar?

— Uhum, eu adoraria... Mas...

— Agora que já está tudo esclarecido, poderia nós deixar, Cam? — Charlie, interrompe, sem paciência, enquanto apertava minha mão delicadamente (e bem discretamente).

— Ah, não dá pra te pedir um favor, não é mesmo, Charlie? — reclama.

— Desculpe irmãzinha, mas não dá mesmo — sorri zambeiro.

Sem dizer mais nada, Camily fecha a porta, batendo-a com força.

— Ela não vai ficar chateada? — pergunto, calmamente, fitando suas safiras.

— Não vai — afirma convencido. — Além do mais, ela sabe que eu quero mais um tempo com você...

— Moro na casa da frente — sorrio levemente. — Pode me ver quando quiser.

— Não é tão fácil assim — acaricia meu rosto, com as pontas gélidas dos dedos.

— Para mim, parece bem fácil — arqueio as sobrancelhas.

— Ei, ei — sussurra. — Quer mesmo perder tempo discutindo se será fácil ou não continuarmos nos encontrando? — queria dizer que era óbvio que iríamos nos encontrar (afinal, ele me dá carona todo dia pra escola), mas não poderíamos ficar trocando beijos o tempo todo, nem conversando coisas íntimas; entretanto, o jeito que ele me olhava era... Uau. Me fez esquecer o que iria dizer.

— Hm... Definitivamente não — enlaço meus braços em seu pescoço. — Prefiro perder tempo com outra coisa.

— Não considero isso, como perda de tempo — foi a última coisa que ouvi, antes de meus lábios – e pensamentos – serem tomados por Charlie. Era um beijo urgente e que emitia luxúria e posse. Quando me dei por conta, já estava sentado em seu colo, com minhas penas contornando sua cintura, e minhas mãos em seus fios escuros. Ficamos assim, uma boca se movimentando sob a outra, por alguns minutos, até o oxigênio acabar, e eu me afastar lentamente. Ele juntou nossas testas, e não dissemos nada, só ouvimos a respiração um do outro; digno de um filme de romance.

— Você... Vai fazer alguma coisa amanhã a noite? — perguntou de repente, se virando para mim fixamente.

— Hum... Acho que não — digo, ainda no seu colo. Sentia-me tão seguro ali, com suas mãos firmes em minhas costas.

— Tá afim de... Dar uma saidinha comigo? — indaga sorrindo abertamente. Ah, as covinhas.

— Sério? — franzo a testa.

— Claro... Por que não? Podemos ir... Comer pizza, talvez?

— Você não tem cara que saí com as pessoas — o fito desconfiado.

— Adoro sair com as pessoas — faz um biquinho irresistível, me curvo para tocar minha boca na sua levemente. — Combinado então, pequeno Sebastian?

— Claro...

— Te pego ás oito.

— Te espero ás oito — sorrimos juntos.

Um pouco hesitante, saio de seu colo, e Charlie fez careta, mas me puxa para deitar com ele na cama. Ficamos por um tempo em silêncio, apenas encarando o teto, deitados e abraçados. Um momento perfeito.

— Ah! — exclama ele, do nada, me fazendo dar um pulo. — Você ainda tem que me responder.

— Te responder?

— É. Ontem eu pedi pra me falar sobre você, mas Camily acabou nos interrompendo com o violão — explica calmamente. — Lembra?

— Oh... Sim... — murmuro desanimado.

— Então pode ir falando, Sr. Sebastian.

— Você vai falar sobre você depois, né? — pergunto manhoso.

— Se você pedir com jeitinho... Talvez — nós deitamos de lado, e pude encarar aquelas safiras me fitando com intensidade. — Mas, anda, fala, estou curioso.

— Como eu já disse minha vida não é nada interessante — ele dá ombros, esperando minha continuação. — Hum... Gosto de doces, música, e todo tipo de jogo, desde os mais antigos, até os atuais, que jogo online. Também curto gibis, como a Liga da Justiça, do Batman, especificamente, e Homem de Ferro — sinto minhas bochechas corarem. Lado nerd revelado com sucesso. — Gosto de dormir e lasanha. Amo minha mãe, e não tenho nada contra meu pai, mas não quero mais saber dele. Também, descobri recentemente, que gosto de garotos. Eu acho que é só. Como falei, nada de extraordinário.

Charlie, que ouvia tudo com atenção, quando terminei, soltou um riso.

— Você é muito fofo, Sebastian — afirmou. Não sei se considero ou não como um elogio.

— Hum... Obrigada... Eu acho — fico vermelho. — Sua vez.

Ele me manda um sorriso bobo.

— Hum... Acho que não.

Franzo a testa.

— Por que não?

— Por que... Você não acha que eu já contei coisas suficientes sobre mim?

— Além dos seus pais, eu não sei quase nada — insisti no assunto.

— Depois resolvemos isso — ele revira os olhos, entretanto, ainda sorria.

— Mas... — choramingo.

— Deixa de ser birrento! — ele solta uma risada.

— Ah, tá — bufo.

✽✽✽✽✽✽✽✽✽✽

Eu simplesmente odeio roupas sociais.

Tudo bem, eu não estou de terno, mas é bem parecido; e desconfortável igualmente. Essas blusas de mangas compridas pinicam o pescoço, e essas gravatas!, me sinto enforcado quando uso uma dessas.

Fitei mais uma vez meu reflexo, provavelmente a última olhada da noite, já que meus avós já haviam chegado e estavam me aguardando lá na sala de estar. Passei a mão pelo cabelo, abaixando os fios rebeldes, acompanhando um suspiro que saiu involuntariamente de minha boca.

— Sebastian! — mamãe gritou novamente e sua voz continuava aflita. — Venha logo!

— Já vou, já vou — murmurei baixinho, apenas para que eu ouvisse.

Saí do quarto e fechei a porta – não queria nenhum enxerido olhando minhas coisas – já correndo até as escadas e pulando os degraus de dois em dois. Passei pela sala de jantar e fui até a de televisão, sem fazer hora. Ao chegar lá, todos os setes pares de olhos castanhos se viraram em minha direção.

— Oh, olha querido — a única velhinha, provavelmente minha avó, apertou o braço peludo do idoso ao seu lado, meu avô, imagino. — Esse deve ser nosso netinho! — ela é baixinha, o cabelo, uma mistura de loiro com branco (por conta da idade) e bem magrinha, para uma vovó. Seus olhos brilhavam, deixando o castanho mais bonito, e estavam lotados de maquiagem, assim como o resto do rosto.

— Sim, sim — ele balançou a cabeça, fazendo com que seus óculos escorregassem um pouco pelo nariz pontudo. Diferente da senhora, ele, o vovô, é gordinho, e seu cabelo (o que ainda tem na cabeça) é totalmente branco e os fios são bem finos. Seus olhos possuem o mesmo tom que o dela (na verdade, o mesmo tom que todo mundo ali) e são bem pequenos, como se fosse asiático.

— Sebastian, venha cá, amor — mamãe chamou. Andei até ela um pouco relutante, querendo estar mais com o Charlie do que com aquelas pessoas (não sei se posso chama-los de família). Ela passou o braço entorno de meu tronco, me apertando com força. — Então, papai... Mamãe... Maninho e Mary, e meninos, esse é meu filhote — apertou minha bochecha.

— É um prazer, Sebastian — meu tio, eu acho, disse, com sua pose séria e olhar de desprezo. Artur, é seu nome, se não me engano, era alto, magro e careca. E parecia ser ruim; não é a toa que é político.

— Olá, loirinho — a mulher ao seu lado, loira, peituda e com uma bela cintura, diz animada, com sua voz aguda.

— Oh, que felicidade! — a velhinha bateu palmas. — Finalmente a família toda reunida!

— É um prazer conhecer vocês — digo educadamente.

— Esses daqui são sãos primos, Levi e Leon! — a vovó voltou a falar, e, finalmente, pousei meu olhar nos dois garotos. Loiros dos olhos castanhos, assim como eu. Mas, a única diferença, é que são incrivelmente lindos. Não são altos como Charlie, mas tem mais altura que eu, e... A pele de ambos é pálida, causando um contraste com os olhos escuros. E a boca... Ah, a boca. Tão vermelha, tão beijável. Os irmãos usavam coletes de lã, que deixando-os muito charmosos. Acho que estou babando.

— Olá, Sebastian — Levi, aparentemente o mais velho, me cumprimenta simpaticamente.

— Oi... — foi a única coisa que eu consegui dizer.


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