O Nosso Amor escrita por ElaineBDQ


Capítulo 23
Controlando os Sentimentos.




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“Você pode fingir sorrisos e até controlar
seus sentimentos, mas só você realmente
sabe o que está sentindo...
Não é tristeza! Mas é que às vezes,você
acorda e só espera que o dia passe..."

Helena colocou empenho em sua produção e teve êxito, pois ao se olhar no espelho o que se via era uma mulher bela, trajando um vestido de noite deslumbrante confeccionado por um dos maiores estilistas da Europa.

Era mais do que tinha almejado, pensou ela ajeitando seu tomara que caia , pegou a bolsa de mão e antes de sair foi até o quarto da filha que dormia profundamente. Agradeceu por isso ou então a pequena choraria pedindo para ir junto com ela.

Com passos firmes desceu a escada e encontrou com Armando que a aguardava. Ele estava muito bonito e elegante, com sua postura firme, mas que ao mesmo tempo fazia com que ela se sentisse tranqüila.

_ Estas bela!

Quando ele a viu descer a escada foi impossível esconder a admiração em seus olhos. Aquela mulher não era apenas bonita, ela era doce e suave. Possuía uma feminidade única que despertava nele o desejo de proteção, era algo que sobressaia a qualquer beleza.

_ Muito obrigada.

Ele segurou a mão dela e colocou em seu braço em sinal de cavalheirismo e ela sorriu em gentileza.

_ Estamos prontos!

_ Sim!

Quando chegou ao carro ele fez questão de abrir a porta para que ela entrasse. Sem duvida aquele era um homem gentil, completamente o oposto ao irmão. Ao pensar nele se atentou que talvez ele fosse está presente na festa.

Quando Armado deu a volta e entrou no carro dando partida ela perguntou:

_ E o Rafael?

_ Já deve está lá. Disse que iria à frente, você o conhece.

_ Sim, eu o conheço.

Conhecia tão bem que sabia o porquê de fazer questão de ir na frente!

Como era um coquetel voltado a área social, estavam presentes vários parceiros da Fundação, mas a maioria deles era desconhecido para ela, apesar disso cumprimentou a metade deles já que ela era uma pessoa muito notada na alta sociedade. Isso já começava a lhe deixar agoniada. Esse era o malefício do dinheiro! Muitas pessoas faziam questão de se aproximar só para dizer que era amigo dela com a intenção de serem beneficiadas no futuro.

Quando se afastou mais um pouco da multidão na tentativa de não ser notada avistou Rafael junto a uma jovem do outro lado do salão, eles conversavam e riam como se já se conhecessem há tempos.

Começou a tocar uma musica suave e logo se formaram alguns pares que dançavam segundo o ritmo da melodia. Armando que tinha se afastado por um segundo se aproximou lentamente e depositou a mão em sua cintura e disse em seu ouvido:

_ Me acompanha nessa dança?

Helena pensou em dizer que não sabia dançar, mas não tinha motivos para ficar apreensiva. Ela seguiu com Armando para o salão e em pequenos passos acompanhavam ao ritmo da música.

_ Pensei que fosse levar um fora.

Ela riu e olhou para ele que mantinha o rosto colado ao dela.

_ Confesso que pensei nisso.

_ Eu sei.

_ Como assim?

_Você tem um olhar que é fácil de ler e pude logo ver sua apreensão.

A música parou e ela seguiu em passos lentos em direção a sacada e por alguns segundos ficou parada olhando para o belo Rio Tejo que cortava a capital portuguesa.

_ Você tem razão, às vezes eu sinto insegurança.

_ Não sei por que Helena, pensei que tivesse muito claro que você poderia se sentir a vontade comigo.

Helena levantou o olhar para o homem vestido elegantemente a sua frente. Ele parecia sincero e ela não duvidava disso, mas ainda sim era difícil quebrar essa barreira.

_ Do que exatamente você tem receio, Helena?

Ela não era boba, há tempos que tinha notado os sentimentos dele para com ela, mas sempre se fez de desentendida, porém sabia que logo ele iria deixar isso bem claro.

Ao fitar o rosto dele queria dizer tais palavras, mas elas morreram em sua boca devido à grande insegurança que sentia então ele se adiantou:

_ Eu sei que você já notou meus sentimentos... Eu nunca quis levar adianta porque sempre te dei espaço, mas acho que agora me sinto a vontade para falar isso.

Armando lentamente se aproximou e tocou de leve em sua face fazendo caricias suaves, ela apenas se deixou guiar por aquele gesto tocante. Ela era uma mulher e sentia vontade de ser amada e o carinho dele era tão sincero, quase impossível de se rejeitar , mas ainda assim existia uma barreira. Tudo o que ela pôde fazer foi agradecer o carinho que lhe era dado.

_ Você é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci, Armando.

_ Eu quero bem mais que isso, você sabe.

_ Sei. Na verdade, eu também quero muito essa chance, mas vamos com calma. Tudo bem?

Ele pareceu feliz ao ouvir aquelas palavras dita por ela e de um jeito amistoso comentou:

_ Você já respondeu um sim, para o restante eu tenho toda a paciência. Mas...

_ Mas?

Certamente que ele não se contentaria apenas com aquilo! Pensou ela quando sentiu as mãos de Armando em sua cintura e levando-a em sua direção.

_ Mas você está muito linda essa noite para eu me segurar por mais tempo...

_ Verdade? _ ela também entrou no clima da brincado com ele. Pelo olhar dele sabia muito bem que a intenção dele era beijá-la?

_ Helena... Você me provoca!

Antes que ela falasse algo sentiu seu corpo ser tomado pelo de Armando e logo seus lábios se encontraram num beijo dele era suave e delicado, mas ao mesmo tempo apaixonado. Ele queria deixar bem claro tudo que sentia e o beijo foi se intensificando ainda mais, apesar de se sentir estranha Helena deixou que ele a beijasse e tentou se relaxar se entregando ao momento.

***

Rafael não poderia estar mais entediado já que nunca foi amante desses eventos sociais. Na opinião dele metade das pessoas que estavam ali só queriam se promover à custa das causas sociais. Se alguém queria fazer o bem ao próximo que o fizesse, mas sem promoção pessoal! Devido a sua mãe ele começou a ajudar algumas instituições, mas sempre exigiu segredo absoluto sobre isso

Ele pegou a taça de champanha e bebeu só num gole e em seguida fitou Camila, uma grande amiga sua da época da faculdade que realmente tinha amor pela área social.

_ Estas distraída? _ disse ao ver que ela fitava o outro lado do salão.

_ Aquele não é teu irmão?

Seguindo a indicação de Camila avistou seu irmão e a ex-madrasta se abraçando como um casal apaixonado. Por um segundo sua visão se deteve neles, mas não conseguia manter o olhar por muito tempo ou então poderia sucumbir a esse sentimento de inquietação que brotava dentro dele.

_ Aquela é a sua madrasta?

_ Sim, é a Helena com meu irmão!

_ Não sabia que seu irmão estava saindo com alguém!

_ Nem eu!

_ E eles parecem está apaixonados.

Muito mais que apaixonados, pensou ele. Por um segundo talvez tivessem se esquecido das etiquetas que regiam aquela sociedade e ficavam aos beijos pelos cantos.

_ Desculpa Camila, mas eu preciso ir.

_ Rafael eu...

Ele se afastou ouvindo a voz de Camila que confusa não entendia o que estava acontecendo e nem ele fez questão de explicar, tudo o que queria era se afastar da sua frente aquela cena do casal de apaixonados!

Só que não teve êxito! Enquanto dirigia o carro em sua mente apenas vagava a cena onde via Helena e seu irmão se beijando de maneira apaixonada. Nunca foi o tipo de homem ciumento, mas imaginar ela e Armando juntos era algo que lhe desagradava tremendamente e sabia muito bem o motivo de tudo aquilo.

Tentou esquecê-la de todas as maneiras e não conseguia! Saia com outras mulheres, mas sempre o que esperava encontrar era aquele sorriso suave capaz de fazê-lo esquecer de tudo. Por tantas noites imaginou sentir novamente aqueles lábios sobre os seus e sentir o toque suave de se pele quando ela se entregava com amor.

Negou para si diversas vezes, mas seria um inútil se continuasse fazendo, pois tinha se apaixonado por Helena desde a primeira vez que a beijou, mas por causa daquele sentindo de rancor que havia entre eles era impossível levar isso adiante!

***


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