O Nosso Amor escrita por ElaineBDQ


Capítulo 22
Perto de Você.




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Helena lutava intensamente contra a vontade de chorar, mas era tão difícil porque sentia tanta tristeza ao recordar as palavras de Rafael ofendendo-a de maneira tão agressiva. Ela sentou na beira da cama e se negando a ceder suas emoções levantou e foi ver sua filha que pareceu notar a entrada da mãe e abriu os olhos e logo levantou da cama.

_ Oi meu anjo.

_ Mamãe... _ ela pareceu achar estranho lugar onde estava e levantou indo em sua direção.

_ Esse é meu quarto, mamãe?

_ E sim minha filha.

Ela olhou encantada para os pequenos brinquedos de pelúcias que tinham no local, algumas casinhas de boneca e mais um monte de coisa para entreter a pequena, mas o que logo lhe encantou foram os livros de colorir, uma grande alegria para Rebeca.

Olhar para sua filha era o mesmo que recordar a Rafael, pois as semelhanças eram muitas. O que mais a admirava era o modo como ela virava o rostinho quando ficava com duvida, era idêntico ao pai. Suspeitava que isso não tardasse a passar despercebido ao olhar de todos. Quando isso acontecesse, estaria perdida!

_ Você esta com fome?

_ Humm humm _ ela gesticulou com a cabeça em sinal afirmativo e acabou fazendo com que o laço escorregasse nos fios cacheados.

_ Vou dizer pra tia Melissa trazer coisinhas gostosas. Você quer?

_ Sim!

Ela riu quando a pequena disse um sim bem alto como qualquer criança em sua idade.

_ Já volto, não saia daqui!

Mas a menina tinha vontade própria e não atendeu a sua ordem.

Naquele momento Rafael saia do seu antigo quarto que ficava naquele mesmo corredor e logo avistou a pequena de cabelos loiros e lindos olhos verdes. Aquela certamente sai era a filha de Helena e seu pai.

Quando a menina o avistou ela o fitou com aquele mesmo olhar de sua mãe e abriu um sorriso de criança inocente, apesar da indiferença com a mãe da pequena, era impossível não se encantar com a meiguice dela.

_ Oi.

_ Oi pequena.

_ Meu nome é Rebeca, mas minha mamãe me chama de Beca.

_ Então, oi Beca... Onde está sua mamãe?

_ Ela foi buscar docinhos com a tia Melissa.

_ Humm

_ Você quer docinhos?

_ Não, querida.

_ Você é meu tio também?

_ Não, eu não sou seu tio.

_ Hummm _ ela virou o cabeça pro lado e colocou a mão no queixo em sinal de que estava pensando e foi impossível não rir da cena de curiosidade natural da pequena e quando estava prestes a dizer que era seu irmão, Helena apareceu no corredor e avistou-os.

_ Beca, eu não mandei você ficar no quarto?

A menina abaixou o olhar em sinal de arrependimento por ter desobedecido a mãe.

_ Ela estava apenas conversando comigo.

_ Já disse a minha filha que não deve falar com estranhos!

_ Mas eu não sou estranho!

_ Para mim é! Não esqueça isso nunca Rafael, eu nunca vou perdoar o modo como você me enganou!

Dizendo isso ela pegou a mão da filha e seguiu em direção a cozinha.

***

Aos poucos durante a semana ela foi se habituando ao novo cargo, deu graças por não ter que se encontrar com Rafael novamente apesar de estarem trabalhando na mesma empresa sob que eram andares diferentes.

Apesar da hostilidade de alguns, já conseguia se adaptar a falsidade que convivia nesse ambiente onde um queria derrubar o outro. Por ter concluído seu curso de Administração já conseguia entender muitas coisas que antes tinha dificuldade. E claro que com a ajuda de Armando facilitou muito, pois ele entendia muito bem as funcionalidades na empresa.

Sua alegria era chegar em casa e desfrutar de momentos ao lado de sua filha Rebeca que sempre contava cenas engraçadas de algum desenho infantil que via na TV. Assim que desceu do carro avistou Melissa com Beca que vinha em sua direção , ela desceu do veiculo e pegou a filha no colo.

_ Que saudade!

_ Oi mamãe.

_ Essa lindinha não deveria está dormindo?

_ Ela não quis de jeito nenhum porque queria esperar por você.

Helena riu e beijou a filha. Ficava preocupado com o fato dela sempre querer lhe esperar todas as noites para dormir, pois tinham vezes que era preciso ela ficar até bem tarde participando de alguma reunião, graças naquele dia foi diferente! Foi acompanhando as duas até a entrada e avistou o carro de Rafael estacionado na garagem e estranhou.

_ O Rafael está em casa?

_ Pior que isso... Mudou-se pra cá!

_ Como?

_ Parece que teve que fazer uma reforma na casa dele... Porque as pessoas que estavam morando deixaram uma bagunça.

Não podia acreditar nisso! Vindo de Rafael certamente tinha o propósito de atormentá-la! Como não havia muito que fazer, era melhor não indagar mais nada. Segurando a filha no colo entrou em casa e o viu subindo a escada, ao notar o movimento na entrada ele fitou-a e a cumprimentou com um riso nos lábios:

_ Oi Helena.

_ Parece que vamos morar juntos por algum tempo.

_ Sim é o que parece...

Ele fazia aquilo de propósito! Ela percebeu ao ver o modo cínico como ele a encarava, mas não ligou e seguiu em frente.

_ Tem certeza que está tudo bem, dona Helena?

_ Sim, Melissa. Você já pode sair, deixe que eu coloque a Rebeca pra dormir.

Era difícil evitar o pensamento de que agora Rafael estaria ali perto durante aqueles dias. Por mais que tentasse ser indiferente, era difícil esconder o que sentia ao vê-lo e pior que isso, tinha medo de com a aproximação ele descobrisse que Rebeca era filha dele.

Os minutos passaram e a garota dormia profundamente abraçada ao seu boneco de pelúcia. Aliviada saiu do quarto da filha agradecendo, pois estava cansada e queria tomar uma bela ducha e descansar. Olhou para a porta ao lado da sua, ali era o quarto dele, o local onde Rafael voltaria a ficar. Ela precisava ser resistente para não entregar o que ainda sentia!

Pela manhã ela se reuniu com os dois irmãos que já estavam sentados à mesa tomando o café e também conversavam sobre o coquetel que haveria em homenagem a Fundação “Lar das Crianças”.

Depois que tinha recebido grande parte de sua herança deixada pelo marido Helena, aplicou grande parte disso nessa fundação que trabalhava apenas com crianças abandonadas e algumas outras causas humanitárias. A empresa tinha se tornado uma grande parceira de algumas Fundações e dedicava uma porcentagem de seus lucros para ajudá-los.

_ O convite chegou nós teremos que ir. Você estará lá, não é Helena?

_ Sim, sem duvida!

Ela era a idealizadora do projeto e Armando o presidente, sem duvida teriam que está presentes!

_ Nossa mãe sempre foi uma divulgadora ampla sobre essas causas humanitárias. Recordei que por causa dela nosso pai começou a ajudar com grandes quantias. Principalmente na parte de arte e musica. Coisa que eles amavam demais!

_ Sua mãe deve ter sido uma pessoa maravilhosa!

Apesar de sincero aquele comentário pareceu irritar Rafael que levantou da mesa e no seu rosto era evidente que ele se continha para não iniciar uma briga àquela hora.

_ Bom, dia para vocês que ficam, mas preciso resolver algumas coisas.

Assim que viu Rafael sair da sala Armando comentou:

_ Vocês precisam fazer uma força para se darem bem.

_ Acho que isso jamais acontecera!

Helena dizia essas palavras com pesar, mas era muito claro isso para ela já que entre ambos havia muitas coisas que precisavam se abrandadas.

_ Quando será a festa?

_ No sábado.

Apesar de está próximo o dia, ela faria o máximo para está brilhante nesse dia.

_ Estarei pronta, sem duvida!

***


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