A segunda cicatriz escrita por Myrra Batch


Capítulo 4
Draco Malfoy


Notas iniciais do capítulo

E já voltou -q * facepalm*

YEY
Gente, desculpa por eu ter demorado a postar, é que meu pc deu problema e eu tive que mandar arrumar >< Mas agora tudo certo, capítulo novo está ai, nos vemos lá em baixo

~~ TAN TAN TAAAAAN ~~



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PDV Mellinda.

Você pode me chamar de anormal, mas eu nunca gostei de sábados. No acampamento, sábado não era apenas o dia da inspeção, mas também era quando fazíamos inúmeras atividades ao ar livre, como caça a bandeiras e outras atividades das quais eu nunca me importei muito em me dedicar. É, eu não gostava de caça a bandeira. O dia ainda estava amanhecendo quando Hermione me acordou me lembrando do café da manhã antes do passeio que eu não iria.

Dava pra perceber, o clima entre os alunos estava ficando cada vez mais tenso. Dolores não aliviava em nada. As regras que ela estava criando tomavam proporções cada vez mais ridículas, e isso deixava os Weasley mais animados.

Por alguma razão, eu não cheguei no melhor ano de Hogwarts. Harry insistia que Voldemort havia voltado, o profeta Diário insistia em chama-lo de mentiroso, e todo mundo falando em suas costas.

Sim, eu acreditava nele. No instante em que Voldemort retornou eu soube. Sonhei com ele. Sonhei com a morte de do garoto que recentemente descobri se chamar Cedrico, Sonhei com Harry no cemitério e tudo mais.

– AAAAAAAAAAHHH – Meus devaneios foram interrompidos com um fino e agudo grito. Levantei tão rápido que fiquei tonta. Olhei em volta tentando entender o que aconteceu e me deparei com Gina me olhando com olhos arregalados, como um trouxa ao ver um fantasma pela primeira vez.

Hermione saiu do banheiro as pressas, com a varinha na mão, Rony provavelmente teria um ataque se a visse desse jeito. Ela usava um sutiã branco e simples, o short do pijama e seus cachos ainda estavam emaranhados.

O pior de tudo, foi eu pegando minhas espadas. Porra, eu não to acostumada com varinhas.

– Guarde a es...- Hermione se interrompeu quando seu rosto ficara na mesma.

– O que deu em vocês duas?- Perguntei confusa fazendo minhas espadas voltarem a ser palitinhos chineses de prender o cabelo.

– V-v-oc-ê cic-a-t... – Arqueei a sobrancelha esquerda confusa com o que gina queria dizer. Vi Hermione perplexa, apontando para a minha testa.

PUTA MERDA, A CICATRIZ.

Saltei da cama e corri para o banheiro, suspirei derrotada. Puta que pariu, isso ia me render dores de cabeça

– VOCÊ TEM A CICA.. – Tampei a boca de Hermione antes que ela berrasse isso para toda Hogwarts.

– Calma, eu vou explicar, não grita! Vou te soltar ta?- Falo um pouco baixo tentando acalma-la. Hermione assentiu com a cabeça, ainda com os olhos arregalados. Senti meus olhos ficando verdes.

– Como isso é possível?- Gina perguntou.

– Digamos que Harry Potter não foi o único que sobreviveu. – Respondi. Olhei para o teto tentando achar a melhor forma de explicar, sem eu ter que dizer que era filha de Voldemort.

– Impossível – Hermione murmurou- Como... quem fez isso com você? Você tem conexão? Você e o Harry deviam...

– Ei, ei, não é assim tão simples ok? – Digo interrompendo Hermione. – Eu... não cheguei realmente a sobreviver. Quer dizer, eu morri, mas voltei. É uma Longa história, mas por favor, não contem pro Harry.

Hermione franziu o cenho.

– Você tem ideia do quanto isso é serio?

– Sim, é exatamente por isso que não pode contar a ele, isso.. é complicado. – Esfreguei as mãos no rosto tentando formular uma resposta plausível, e eu não queria mentir. – Foi a muito tempo, eu deveria ter 3 anos de idade.

– Por que não quer que ele saiba? Vocês dois deveriam treinar juntos, consegue fazer o feitiço do patrono? – Foi a vez de Gina derramar as perguntas. – Isso.. é muito estranho.

– Harry tem um tipo de... ligação com Você sabe quem. – Hermione começou a falar prendendo minha atenção. – A Cicatriz dele, parece que os ligou de alguma forma. Voldemort consegue entrar na mente dele. Quem fez isso com você? Também tem pesadelos ?

É eu tinha pesadelos. Mas são pesadelos de semideuses.

– Eu teria pesadelos mesmo se não tivesse a cicatriz. – Respondi em um fio de voz.

– Mellinda, explique, o que exatamente é ser uma... semideusa. – Hermione perguntou, aparentemente constrangida com a própria pergunta.

DROGA!

– E-eu não sei se tenho permissão.. mas, eu sou filha de Nyx. Uma divindade primordial, na mitologia, ela é a patrona das feiticeiras, deusa da noite e mãe de todas as criaturas noturnas. Ela tem muitos títulos, e bom, eu herdei parte de seus poderes, mas sou mestiça. Metade grega e metade bruxa.

PDV HERMIONE

Ver Mellinda falando da mãe era estranho. Ela parecia realmente venerar a deusa. Mesmo no mundo da magia, aquilo era difícil de acreditar. Seus olhos tomaram uma cor levemente rosada, e por um segundo me perguntei se estavam rosa ou azuis.

PDV GINA

Da onde eu tirei aquela ideia de eles treinarem juntos?

SE ELA CHEGAR PERTO DO MEU NAMORADO EU JURO QUE...

– TOC TOC TOC – Nós três nos sobressaltamos em um susto com batidas vindas da porta. – VOCÊS ESTÃO VIVAS AI ?

Revirei os olhos me perguntando o quanto Rony ainda poderia ser tão irritante. Hermione corou e correu para o banheiro, vi Mellinda se apressar pegando um objeto redondo que julguei ser a maquiagem que ela usava para esconder a cicatriz.

É, sobrou pra mim.

– Que foi ? – Pergunto colocando apenas a cabeça para fora do quarto.

– Ouvimos gritos, o que foi?- Harry me olhou um pouco confuso. Ele estava um pouco descabelado, e com os primeiros botões da camisa desabotoados...

FOCO, GINA FOCO.

– Er... tinha... uma barata. Mellinda matou. – Merda, eu gaguejei.

– Vocês vão tomar café ou não? Estou com fome! – É claro que isso veio da boca do meu irmão tapado.

– Descemos em dez minutos. – Mellinda disse aparecendo ao meu lado. Analisei seu rosto vendo que ela já havia coberto a cicatriz, e seus olhos estavam castanhos.

PDV MELLINDA

Cerca de meia hora depois, estávamos todos descendo das escadas, rumo ao refeitório. Rony reclamava de fome, Harry parecia absorto em pensamentos e Hermione segurava os cadernos, apreensiva.

O Silêncio constrangedor que surgiu foi interrompido por uma cabeleira loira entrando no corredor

– Mais uma pro time do ballet Potter?

Vi Hermione revirar os olhos e Harry suspirou impaciente.

– O que você quer Malfoy?

– Eu estive pensando, acho que o Ministro deveria mandar mentirosos para Askaban também.

Quanta imbecilidade.

– Quantos anos você tem? Quatro?- Perguntei franzindo o cenho. Vi Rony prendendo o Riso e por empatia, percebi que o loiro havia ficado frustrado.

– Deveria pensar duas vezes antes de andar com esses traidores de sangue, Mellinda. Seu pai não ia gostar nada nada disso.

QUE PORRA É ESSA?

– Você definitivamente não conhece meu pai. Como sabe meu nome?- Franzi o cenho e senti meus olhos ficarem vermelhos por baixo da Névoa.

Malfoy deu uma risada irônica que me fez estremecer. Serrei os punhos controlando o impulso de socar o ensebado. É, eu tinha um pavio muito curto.

– O que ele quis dizer com isso Mellinda?- Harry perguntou claramente preocupado, vi Hermione morder o lábio inferior.

– É claro que o Santo Potter não sabe – Ele revirou os olhos após dizer Santo Potter praticamente vomitando

– VAI A MERDA, MALFOY! – Esbravejei ele apenas riu e saiu de cena.

– Do que ele estava falando?- Rony perguntou confuso.

Esfreguei as mãos no rosto tentando me acalmar. Guardar um maldito segredo não deveria ser tão difícil!

– Sinceramente, não sei do que ele esta falando. Eu cresci em uma espécie de... acampamento, não posso dizer a localização, mas eu nunca sai de lá. Bom, até agora. Eu não sei exatamente qual a relação entre vocês, mas com certeza não é das melhores.

PDV HERMIONE

Percebi que Mellinda estava ficando nervosa. Se Malfoy sabia de algo que não devia, teria tudo isso a ver com o Lorde das Trevas? Comecei a me questionar se a garota com quem havíamos começado uma amizade merecia isso. Eu sabia que ela era filha de Nyx, mas ela podia estar escondendo muito mais do que as informações que conseguia nos livros.

O café da manhã havia sido silencioso. Novamente, Mellinda comeu feito um passarinho. Após comer apenas um pedaço de bolo de chocolate fiquei observando ela ir conversar com Dumbledor. Snape se intrometeu na conversa, e ela passou um tempo ouvindo ele dizer algo.

Nota mental: Perguntar a ela depois.

Não demorou muito para que todos entrássemos nas carruagens para ir a Hogsmead. Novamente, achei estranho ela ter ficado, mas me explicou que precisava treinar sua mira. Que desculpa mais esfarrapada!

PDV Mellinda

– Professor, preciso falar com o senhor. – Disse me aproximando da mesa de Dumbledor. Ele me olhou com curiosidade, provavelmente imaginando do que se tratava.

– Diga, minha jovem.

– Creio que esteja ciente da minha... condição. Eu preciso ir caçar hoje, queo aproveitar que a maioria dos alunos vai ao passeio... eu queria esperar a noite, mas eles desconfiaram. – Meu tom de voz era baixo, mas alto o suficiente para apenas ele caçar

– Eu espero que não tenha vindo aqui pedir um mapa da Floresta Proibida – Snape disse ouvindo minha conversa com o diretor.

QUE INTROMETIDO!

– Eu sei andar em uma floresta, não há necessidade.

– Você tem a minha permissão, Mellinda de caçar. No entanto, como já lhe disse, eu espero que possa se controlar o bastante para não atacar um aluno.

– Não se preocupe, sou bastante disciplinada quando o assunto é comida. Tenho ciência das minhas limitações, eu não perco o controle. – Afirmei convicta

– Tudo bem então.

A conversa foi breve, andei em passos apressados para fora do salão, eu se quer falei com Harry, Rony e Hermione, a sede estava me torturando mas eu não fui direto para a floresta proibida, precisava me preparar. Subi as escadas do salão comunal da Grifinória e entrei no quarto, pretendendo arrumar as minhas coisas antes das garotas subirem para pegar a bolsa para o passeio.

Troquei de roupa e coloquei uma calça jeans escura, uma blusa regata preta e simples, meu par de coturnos preferidos e coloquei uma das minhas malas em cima da cama. Eu ainda não havia aberto ela, la eu havia colocado a minha armadura, um conjunto de adagas, uma arma cujas balas eram feitas de bronze celestial e todo o meu equipamento de batalha. Ok, eu só estava indo caçar, mas não conhecia a Floresta Proibida e pretendia explora-la ao máximo. E ainda havia o fato de que eu estava sem a barreira para me proteger. A barreira em volta de Hogwarts, era diferente. Não era feita por Zeus e eu não confiava nela.

Por cima da roupa, vesti um corpete resistente marrom. Ele era praticamente indestrutível. Gargalhei me lembrando da cara que Quíron havia feito quando eu arranquei a saia. Ele era exatamente igual ao de Annabeth, mas sem a saia. Coloquei o restante da parte de cima da armadura, e distribui as armas pelo meu corpo. Coloquei as espadas no cinto, e deixei a arma no bolso de trás. Prendi meu cabelo com um coque utilizando minhas espadas. Elas se transformavam em prendedores de cabelo, do tipo palitinhos chinês. Coloquei a capa da Grifinória por cima de tudo, para esconder as armas. Peguei meu arco e flecha e coloquei minha varinha no bolso. Peguei o frasco de névoa em spray e borrifei no arco e nas flechas, uma fumaça escura envolveu minha arma, o transformando visualmente em uma mochila marrom.

Fiz um cheque de abandono.

Eu estava prestes a abrir a porta quando ela se abriu e eu dei de cara com Hermione, Gina e Luna.

– Aonde está indo ? – Hermione perguntou franzindo o cenho

– Biblioteca- Respondi sem pensar. – Não vou a Hogsmead, preciso estudar.

As meninas entraram para pegar as coisas e eu logo sai dali sem dar muitas explicações. Logo atravessei o salão da Grifinória e sai acenando para os meninos que me olhavam confusos. Desci correndo as escadas torcendo para elas não mudarem, virei o corredor e dei a volta na escola. Entrei na Floresta Proibida, olhando para trás, para ter certeza de que não tinha sido seguida.

PDV DRACO.

Era engraçado ver as mulheres irritadas. Foi interessante a forma que Mellinda ficou irritada, quando eu dei a entender que ela fazia parte da minha família. Como já era de se esperar, ela não sabia que o Lorde das Trevas estava mais do que ciente de sua existência. Me neguei a admitir a mim mesmo que havia achado a garota incrivelmente linda. Ela tinha as feições delicadas, a pele clara, os olhos cor de mel me fascinavam.

Mas o que ela estava fazendo em Hogwarts? Eu não era o único que queria saber a resposta. Voldemort, havia me mandado a tarefa de investigar, e era exatamente o que eu ia fazer. Ele estava ameaçando minha mãe.

Meneei a cabeça, me forçando a afastar os pensamentos. Jamais deixaria transparecer o quão frágil minha família era.

Eu estava tão distraído, que quase não percebi a novata se esgueirando do lado de fora da escola e indo em direção a floresta proibida. Lógico que eu ia segui-la. O que diabos ela estava fazendo ?

PDV Mellinda.

Assim que entrei na floresta proibida, senti meus olhos ficarem avermelhados. Caminhei alguns metros por uma trilha e apoiei o arco e flecha em uma pedra. Tirei a capa de Hogwarts e a deixei pendurada na árvore, eu voltaria para buscar depois. Já armada e pronta, caminhei alguns metros. Meus sentindos foram se aguçando aos poucos. Senti minhas unhas virarem garras e minhas presas crescerem. Subi em cima da árvore com o arco em mãos e parei para ouvir a floresta.

Em uma caçada você precisa ter em mente que os animais estão mais próximos do que pensa, apenas estão escondidos. Mesmo durante o dia, a floresta era incrivelmente sombria e fechada. Precisei usar adaga para abrir o caminho. Comecei a trilhar fazendo pequenas marcas nas árvores. Minha garganta ardeu de uma forma inexplicável, me avisando que a fome estava aumentando. Como era dia, muitos animais que estava habitua a me alimentar não estavam ali. Torci para encontrar um urso ou até mesmo um cavalo.

PDV DRACO

Mantive uma distância segura do meu novo alvo. Eu me lembro de quando fiz a aposta com o Blasio, de que a novata seria mais uma inocente garota a cair nos meus encantos. O que? Eu sou irresistível.

#FLASHBACKON#

– Eu já disse blásio, não tem uma garota sangue puro ou mestiça nessa escola que eu nunca tenha pegado! – Confirmei – EU só não fico com sangues ruins.

– Dúvido, impossível. Eu aposto que... – Ele se interrompeu quando as portas do salão se abriram. Me virei para olhar e lá estava ela. Tinha faces delicadas, a pele pálida e realmente parecia ser muito gostosa. Seus cabelos estavam presos em um coque bagunçado que a deixavam ainda mais sexy.

Eu e Blasio estávamos no salão comunal, no primeiro dia de aula, quando Dumbledor anunciou a chegada de Mellinda. O salão inteiro observou ela a andar. Ela era surreal. Prendi o riso vendo Blásio babar. Mas admito, a garota era realmente muito linda. Fizemos uma careta quando ela foi selecionada para a Grifinória. Não consegui tirar os olhos dela. Juro que tentei.

– Terra para Malfoy - Fui tirado dos meus devaneios com Zabine estalando os dedos na minha cara.

– Idiota. - Murmurei.

– Eu aposto que não consegue pegar ela, é muito areia para o seu caminhãozinho.

– Nenhuma mulher é muito areia para o meu caminhãozinho. Se eu quero, eu consigo. - disse simplesmente

– Duvido que pegaria a novata.

– Fechado. _ Nós dois apertamos as mãos combinando a aposta. Sorri imaginando o quão divertido seria.

#FLASHBACKOFF#

Eu caminhei alguns metros dentro da floresta proibida, mantendo uma distância segura para que ela não me visse. Franzi o cenho confuso, vendo que ela havia deixado sua capa da grifinória pendurada em uma árvore.

Mas que porra ela estava escondendo?

Minha curiosidade falou mais alto, me obrigando a seguir o caminho que ela havia aberto com o que me pareceu ser uma faca de cozinha. Quando finalmente a encontrei, entendi porque não queria ser seguida.

Me arrependi amargamente.

(continua... )


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Notas finais do capítulo

OEEEEE
E AI, GOSTARAM?
Comentem, por favor, não sejam leitoras fantasmas! Quero saber se ficou bom, se tem que melhorar se vocês querem capítulos maiores, menores e quem vocês acham que deve ficar com quem!
CADE O SHAPPES?
Comentem!!!!!!

Xoxo, Mel.



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