A segunda cicatriz escrita por Myrra Batch


Capítulo 1
Capítulo 1- Despedida


Notas iniciais do capítulo

I'm Back.



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Era mais um dia ensolarado no Acampamento Meio Sangue quando uma garota de olhos multicoloridos se remexia na cama, relutando contra a vontade de ignorar o despertador.

A garota desliga o despertador e encara o relógio branco: 8:00 A.M

Em um salto, ela pula para a fora da cama, se lembrando do quão importante era aquele dia.

Mellinda analisou seu canto do quarto. No acampamento, os campistas viviam em chalés. O dela, parecia um gigantesco quarto, com cinco camas e guarda roupas ao lado da mesma. As paredes negras do quarto, deveriam passar um sentimento mórbido, um quarto sombrio e escuro. No entanto, o teto do lugar, enfeitiçado para parecer o céu durante a noite fazia o efeito contrário. Era como se o quarto se quer tivesse paredes.

As cinco gigantescas malas da menina estavam dispostas ao lado da lareira. Não que é que ela tivesse muitas roupas, na realidade, mais da metade das malas estavam abarrotadas de livros e estoque de ingredientes de suas poções.

Naquela época do ano, o acampamento começava a esvaziar novamente, os campistas que haviam ido passar as férias, estavam voltando para suas famílias. Ela não era filha única, mas eram raras as vezes em que via sua irmã, Melanie.

Mellinda não tinha uma família lá fora. A garota havia sido criada naquele lugar a sua vida toda, era por isso que chamava Quíron, o diretor do acampamento ( que por sinal era um centauro) de pai. Seu pai biológico havia a abandonado quando tinha apenas três anos de idade, desde então, ela vivia ali.

Ela sempre quis conhecer o pai, e sabia parte de sua história, sabia que seu nome era Tom Ridle, e também sabia que ele havia lhe dado uma cicatriz na testa e que tentara assassina-la.

Mas algo a tornava diferente.

Mellinda era filha de uma das Deusas Gregas mais poderosas que já existiu, Nyx. A deusa da noite, deusa dos mistérios, dos segredos e que deu origem a infinitas divindades. Apesar de ter uma irmã e poderes parecidos com outros filhos de deuses da escuridão, algo a diferenciava. Seu lado Mortal, não era Humano.

Mellinda se espreguiçou. Era bastante raro ela acordar durante o dia, na verdade, sua rotina era dormir durante o dia ou parte da tarde e fazer o que tinha que fazer durante a noite. Mas hoje, ela não podia se dar ao luxo de fazer isso.

A garota se dirigiu ao banheiro fez sua higiene matinal e colocou a roupa dobrada em cima da cômoda, uma camisa básica de cor preta, uma calça jeans, seu all star, apanhou a sua capa da invisibilidade- um presente de sua mãe no dia de sua reclamação- e uma pequena bolsa de veludo sem fundo onde ela havia escondido suas armas ( havia prometido a Quíron que nunca pararia de treinar ) seu escudo, sua foice, seu conjunto de arcos e flechas e seu leque encantado; ela também havia posto na bolsa o uniforme da escola, uma câmera fotográfica semi profissional e sua edição de Hogwarts Uma História.

Sim, sim, meus caros, uma semideusa cujo o pai era um dos bruxos mais poderosos e temidos de todos os tempos estava finalmente indo para Hogwarts. Tecnicamente, Mellinda já estudava em Hogwarts. Os professores viajavam até o acampamento para ensina-la. "Se ela não poderá ir a escola, a escola ira até ela" - Dissera Dumbledor.

Mas, como ela finalmente tornou-se digna o bastante para Nyx, e tivera sucesso em sua missão ela fora autorizada a ir para a escola naquele ano.

Apenas alguns minutos haviam se passado quando ela escutara alguém batendo na porta. A menina rapidamente fizera um coque bagunçado e sexy no cabelo e se deparou com Nico cujos olhos inchados denunciavam seu choro.

– Me prometa que me mandará cartas toda semana! Ou melhor, todos os dias! - Ele diz com a cara emburrada, entrando no lugar antes de ter sido recebido.

– Eu mando toda a semana, prometo. Onde estão os outros ?

– Os Stolls estão no refeitório, Anabeth foi acordar Percy e o Grover está na floresta, ele disse algo sobre colher morangos.

Enquanto ela e Nico caminhavam em direção ao refeitório, um silêncio constrangedor os atingiu.

PDV Mellinda.

Quase não podia esconder a ansiedade, meus olhos provavelmente estavam cor de rosa. Quando eu e Nico, meu melhor amigo, chegamos ao refeitório levei um susto. Um gigante cartaz escrito "BOA SORTE, NÓS TE AMAMOS" estava estampado bem na entrada. Vi nico sorrindo torto, Deuses, como era lindo.

Annabeth foi a primeira a me abraçar.

– Meus parabéns, você foi incrível, vou sentir sua falta.

– Eu também, baixinha- Sim, eu era amiga de Clarisse.

– Parabéns, tente não arrumar muitas encrencas por lá, mas deixe sua marca de semideusa. Disse Percy após me abraçar.

Era estranho eu me sentir assim, bom, eu havia ido em duas missões com Annabeth e Percy, e ajudamos a reconstruir o Olimpo após a guerra, por isso ficamos amigos. Eu não sabia ser sociável, e sempre me dava muito bem com os filhos da Noite, mas ali, era exceção. Eu os adorava. Me lembrei de quando fui com Nico ao tártaro e de quando ele salvou minha vida na missão, eu nunca teria conseguido completar sem eles.

Alguns outros campistas vieram me abraçar, os mais próximos a mim sabiam o motivo de eu nunca ter saído daqui.

– Obrigada gente, eu juro que...

– NÃO ACREDITO QUE COMEÇARAM SEM MIM - Um grover atrapalhado e apressado surge trotando com uma vasilha enrolada em um papel toalha. - Mel.. isso é pra você, são morangos. Eu mesmo coli, pra você comer no Trem.

–Obrigada, grover, eu adorei digo o abraçando e pegando o pote, realmente, morango era a minha fruta favorita.


Após a despedida, Annabeth me fez prometer que eu mandaria uma mensagem de íris assim que chegasse la, eque eu levaria um pouco mais de Ambrósia e Néctar, por precaução.

Já eram dez horas da manhã quando eu finalmente consegui entrar na lareira. Me apertei junto com as malas e lancei o pó de flu, minha ultima visão fora dos meus amigos acenando e o sorriso orgulhoso de Quíron na janela.

– Plataforma Nove três quartos.- Uma fumaça verde me envolve e eu logo avisto o gigante Expresso vermelho. Lembro-me da câmera em meu pescoço e não esqueço de tirar uma magnífica foto. A minha primeira foto fora do Acampamento.

Espera, eu estava fora do acampamento.

Sinto minhas pernas fraquejarem e sou obrigada a me sentar em uma das malas. Parei para observar o lugar. Famílias se despedindo, alunos entrando no trem. Respirei fundo tentando controlar as minhas emoções.

Me concentrei em meu plano.

Eu havia lido muito sobre o famoso bruxo de nome Harry Potter. O que tínhamos em comum era uma cicatriz dada pelo mesmo homem. A diferença entre eles é que ninguém me conhecia, meu pai deveria achar que eu estava morta e eu consegui cobrir minha cicatriz perfeitamente com maquiagem.

Todos esses anos, eu estava á espreita.

Observava seus passos através de minha irmã ( sim, ela podia sair do acampamento e eu não ¬¬ ), Melanie, que passava a maior parte do tempo os espionando e interferindo discretamente em sua vida. Eu só sabia o que ela havia me mandado por cartas, enquanto eu a dizia o que fazer.

Agora finalmente, eu estaria em campo.

Respirei fundo e me apressei para colocar as minhas malas no porta malas do Expresso de Hogwarts e entrei nele carregando apenas a minha bolsa e a gaiola de Jade, minha raposa. Eu sabia que não era permitido, mas tínhamos um laço de sangue.

Ela fazia parte de mim, assim como eu fazia parte dela. Jade ainda era uma filhotinha e tinha apenas três meses. Andei pelo corredor do trem até o vagão do quinto ano, ignorando os murmúrios e os olhares que se voltavam para mim.

Sim, eu sabia que seria complicado.

O garoto não parava de arrumar confusão. Melanie o ajudava o máximo que podia, tomando cuidado para não interferir, mas era complicado. Ela não podia ser vista. Ainda eram dez e meia quando encontrei uma cabine vazia. Entrei nela e coloquei a gaiola de Jade no chão. Eu a abri, mas Jade continuou na gaiola. Revirei os olhos e me sentei na poltrona da cadeira, e posicionei a câmera. Comecei a tirar fotos. Pessoas sorrindo e se despedindo. Muitas emoções ali. Observei o movimento quando avistei uma família de ruivos. Pela descrição de Melanie, deduzi serem os Weasley.

Vi uma garota loira de cachos, Hermione. Os fotografei com todos os seus momentos e despedidas. Liguei na filmadora e comecei a registrar tudo em vídeos. É, eu gostava mesmo de câmeras. Reconheci Harry. Hermione e Rony estavam entrando, mas, pela câmera, eu vi Harry olhar fixamente para algum lugar e levar a mão na testa. Repeti o movimento por instinto. Queria entender o que se passava ali. Olhei em sua direção e não vi nada. Ele acordou do transe quando Hermione o chamou e assim que eles entraram no trem, guardei a câmera. Jade pulou no meu colo e encolheu, se aninhou em meu colo


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Notas finais do capítulo

Oe. Bom, essa fic é movida a comentários, quanto mais comentários mais rápido eu postarei, até lá, um cap por semana ^^Xoxo, Mel



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