Algo estranho aconteceu... abri meus olhos e estava no meu quarto e já era de manhã.

— Como isso é possível? — Eu estava na minha cama e a única coisa que me lembro é eu saindo do restaurante com o Fritz... Olhei para o relógio e já era 9:30 da manhã e estava um dia lindo com o sol batendo na janela e iluminando o meu quarto. Minha mãe entrou no quarto com Henry segurando um presente:

— Feliz aniversário querido! Mais um aninho de vida para você!— Ela me entregou o presente.

— Queríamos guardar o segredo, mas você ia descobrir de qualquer maneira, estamos fazendo uma festa para você na Fredbear’s maninho! — Falou Henry. Pulei da cama e abracei os dois que pareciam estar muito felizes. Peguei o presente e na tampa estava um bilhete que dizia:

— "Feliz aniversário, que este dia especial lhe traga boas memórias no futuro...".

— Eu já volto, abra seu presente... — Abri e era uma roupa novinha que deve ser para eu usar na festa.

— Olha Carlos sobre ontem... Eu não queria ter feito aquilo com a Fredbear’s eu sei, mas se eu não fosse com eles, eles iriam me ferrar.

— Tudo bem, eu só quero aproveitar o meu dia com vocês. — O abracei e perguntei:

— Posso ir lá antes da festa para ver alguém?

— Quem? — Ele perguntou.

— Fritz... — Ele ficou quieto e me falou com uma voz baixa:

— Ele é perigoso Carlos, eu algo nos olhos dele que me deixou extremamente assustado. Não faça isso, por favor... — Mesmo sabendo que aquilo com os olhos que Fritz fez foi um truque para afastar eles eu não podia deixa-lo preocupado comigo, então falei o para ele apenas que então iria ver o Charles. Ele aceitou.

A manhã passou rápido e a tarde chegava, era umas 16h da tarde quando resolvi ir me arrumar já que a festa começava às 18h. Coloquei o moletom listrado e me arrumei para dar uma visita ao Charles e possivelmente o Fritz.

— Não vá lá agora... Não agora... — Ignorei os avisos do Plushbear achando que nada aconteceria, mas estava redondamente enganado... Eu não pensava nas consequências. Meu irmão falou para minha mãe que eu queria ir mais cedo e ela não questionou, portanto fomos para lá. No caminho enquanto olhava pela janela do ônibus, eu via um vulto roxo me seguindo... A minha imaginação está me pregando peças de novo, foi o que pensei... Segurando o Plushbear pensava atentamente nos vultos que via.

— Será que estou delirando? — Pensava enquanto observava Henry com um olhar animado. Ele está muito feliz e isso levantou mu astral.

— Chegamos! — A Fredbear’s estava bem decorada e bem bonita por fora. Descemos e do ônibus e entramos... O local estava todo enfeitado com balões e vários tipos de decoração infantil. Os funcionários estavam terminando de decorar as mesas com lembrancinhas e vários doces.

— Olha o nosso aniversariante! Veio mais cedo por quê? — Perguntou Charles que estava supervisionando o local.

— Ele quis ver como estava a festa, por que os animatrônics no palco? — Perguntou Henry.

— Eu sei que eles foram retirados da atração, contudo alguém precisaria cantar não é? Então eu resolvi deixá-los cantando enquanto os atores fantasiados andam pela sala. — Respondeu Charles.

Aproveitei para falar com Fritz... Fui até a sala de segurança, no entanto ele não estava lá. Utilizei as câmeras para procurá-lo no restaurante.

— Onde está? — Ele não estava em nenhuma das câmeras, até pensei que ele não veio só que alguém esteve na sala e provavelmente foi ele... O monitor começou a ficar estática apagando totalmente a imagem. Fiquei confuso, já que geralmente a imagem está bem limpa. A tela apagou totalmente e uma palavra surgiu: You Can’t...

— Você não pode... O que é isso? — Das sombras apareceu Fritz só que ele estava diferente, sua pele estava roxa, seus olhos negros como antes e seu enorme sorriso na cara. Era igual ao que vi no pesadelo...

— Fritz?... O que houve com você?... — Aquilo me deixou totalmente assustado e minha amizade com ele desapareceu totalmente em um simples olhar.

Uma risada ecoou na sala enquanto meus olhos não desgrudavam dele:

— Consegue me ver?... — Sua voz estava mais forte e também percebi que ele parecia mais velho que antes. Plushbear apareceu na mesa da sala e em uma fumaça roxa ele desapareceu... Comecei a chorar novamente só que desta vez foi de leve já que o medo me possuiu novamente.

Abracei o Plushbear e corri para a área de refeições do restaurante onde estava Henry. Ele me viu e correu até mim:

— O que houve Carlos? Foram os animatrônics? Fale-Me! — Engoli um pouco o choro e falei ainda tremendo:

— Ele apareceu e... sumiu... Roxo. Vamos embora por favor. — Charles estava na sala dele e os funcionários estavam em outra sala.

— Tem certeza? Acalme-se, vou falar com Charles fique aqui. — Na hora que ele estava indo a porta da frente abriu e os amigos dele entraram com suas máscaras e não pareciam que vieram para a festa.

— O que está fazendo aqui? — Perguntou meu irmão ao Freddy.

— Eu sei que a festa é mais tarde só que viemos dar o presente ao seu irmão porque gostamos muito dele... — Ele se aproximou de mim e meu irmão o segurou:

— Não encosta nele! Por que veio aqui? Já disse que não quero ver mais vocês!

— Magoou, só queremos dar um presente ao Carlos... O que ele merece vencer o seu medo! — Ele deu um soco no Henry que caiu no chão, Bonnie e o Freddy me seguraram enquanto me debatia.

— Wow! seu irmão parece um bebê, não é? — Falou o Bonnie.

— Ele é hilário, porque não o ajudamos a ver mais de perto! Ele vai adorar! — Falou o Freddy.

Eles me seguraram e foram me levando até o palco...

— Não, eu não quero ir! Por favor... — Falei desesperado à espera deles desistirem.

— Solta ele! — Meu irmão tentou me ajudar, no entanto foi impedido pelos seus "amigos".

— Vamos levar esse homenzinho até o palco, hahaha! — Falou o com a máscara da Chica. Eles me levaram até perto dos animatrônics e me seguraram com mais força ainda, me machucando nos braços.

— Ei pessoal, acho que ele quer dar um grande beijo no Fredbear! No três, um... dois... Três! — Eles me colocaram na cabeça do Fredbear, chorava mais que antes e estava completamente preso, pois não poderia me retirar de lá sozinho.

— Para de graça! Tire-o daí! — Gritou Henry.

A mandíbula do Fredbear rachou e a os dentes de cima foi descendo devagar me deixando sem o que fazer...

— NÃO, Carlos! — A mandíbula dele fechou e seus dentes afundaram de vez na minha cabeça... O sangue começou a escorrer pela boca do animatrônic e as risadas deles sumiram... Charles saiu de sua sala e quando viu o que aconteceu se desesperou:

— O que?... O que vocês fizeram com ele? — Charles se apoiou na parede e depois foi até mim.

Henry estava ajoelhado no chão chorando, coisa que ele não fazia há muito tempo enquanto os garotos ficaram paralisados por terem feito algo muito pior que invadir uma propriedade.

— Por que Deus? Ele não... Era só uma criança... Era meu irmão... — Fritz apareceu do nada na sala e começou a tremer, ele se aproximou de mim e seu olhar triste virou uma face de raiva. Suas sobrancelhas arcaram e sua boca ficou séria.

— Vocês sabem o que fizeram? Não só mataram uma pessoa inocente, mas também se meteram em uma coisa que nunca irão descansar... — Essa ameaça derrotou os muros de esperança que eles tinham e a culpa veio como um furacão derrubando tudo dentro das suas almas perturbadas.

Charles destravou a mandíbula do Fredbear e Henry me pegou no colo caindo no choro...

— A culpa é minha, eu deveria protegê-lo... você é meu irmãozinho. — O sangue escorria de vários furos em minha cabeça que estava amassada na parte da ferida. Os dentes dele entraram quebrando meu crânio e furando meu cérebro na parte frontal e assim me deixando em um tipo de sono profundo.

Um funcionário ligou para a ambulância que logo chegaram e os enfermeiros me colocaram na maca, Henry entrou na ambulância comigo e eu ainda desacordado só ouvia barulhos e distintos e minha visão era embaçada já que meus olhos estavam abertos.

Na Fredbear’s Charles sentou-se na cadeira e fechou seus olhos, os garotos saíram do seu transe e Fritz foi até eles:

— Eu deveria matar vocês por terem feito isso com ele, mas seria pouco... Não julguem minha aparência amistosa no fundo eu sou muito mais que apenas um homem... Eu sou a morte, a destruição, a dor... Eu sou púrpura... — Eles se assustaram mais ainda e para terminar com eles, Fritz ficou riu na frente deles e mostrou seu sorriso maníaco e seus olhos assassinos. Charles não viu nada por estar de cabeça baixa e acredito que aquela visão do Fritz nunca irá sair da cabeça dos garotos.

— Por quê? Deu tudo errado... Era para ser apenas uma festa e acabou em tragédia. Espero que ele não tenha morrido. — Lamentou Charles.

...

À caminho do hospital os enfermeiros tentavam me manter vivo até o hospital loque ficava um pouco longe dali. Levantei meu corpo da maca e comecei a tremer que nem louco...

— Ele está tendo convulsões! — Eles conseguiram conter a convulsão... Em um momento eu consegui olhar para o Henry e tentar falar com ele só que quando olhei para ele eu vi o Foxy de um jeito assustador. Os pesadelos voltaram... Parei de tremer e apaguei completamente, eles devem ter dado algum tranquilizante para mim e ele fez efeito e enquanto apagava a única coisa que ouvia era:

— Amanhã é um outro dia...