O que poderia acontecer com a pobre criança? Deitada na cama do hospital com um enorme curativo em sua cabeça e seu coração quase parando... O que aconteceria a seguir? Agora em um estado de sono profundo ela não teria chances de continuar a viver... A porta do quarto abre e de lá surge o médico trajando o tradicional jaleco branco e o estetoscópio na nuca.

— O que aconteceu com você? — Ele falou com uma voz desconfiada. Ele passou a mão no bolso do jaleco e de lá pegou seu óculos colocando-o em seu rosto abatido de cansaço, se aproximou da cama e verificou as máquinas.

— Com licença doutor... A mãe do menino está perguntando se pode vê-lo. — Perguntou um enfermeiro que entrou no quarto.

— Tudo bem, o garoto vai precisar de uma companhia... — Minha mãe entrou no quarto chorando e veio até mim...

— Meu filho... Eu deveria ter cuidado mais de você... — Ela pegou o Plushbear de sua bolsa e o colocou ao meu lado. O médico saiu e alguém entrou... Era Charles, ele estava com um pouco estranho, ele parecia estar muito triste...

— A culpa é sua! Eram suas máquinas! Era a sua propriedade. — Minha mãe avançou nele, mas Charles a segurou no braço sem machuca-la.

— Uma parte é certa, meus animatrônics não causaram isso... Foi os amigos de seu filho Henry que colocaram Carlos na boca do Fredbear causando isso. Mesmo não sendo culpa minha eu vou ajudar no que for preciso, eu sei que você não tem dinheiro o suficiente para tratar deste tipo de ferimento então eu cuido de tudo, mas esse assunto morre aqui... Não contará a ninguém o que aconteceu aqui ou nosso trato já era. — Ele arcou as sobrancelhas e manteve sua postura séria.

— Agora eu vejo seu caráter, você só pensa em si mesmo e não nos outros... Meu filho quase morrendo e o que o senhor pensa é em salvar sua carreira do fracasso. Parabéns senhor Fazbear, é um exemplo de ser humano! — Charles deu ás costas ainda sério, foi indo até a porta e respondeu:

— Não julgue aqueles que não conhecem senhora, eu não preciso derramar lágrimas para mostrar para os outros que estou triste... —Charles saiu minha mãe continuou no quarto me observando.

A noite se iniciava naquele dia que era para ser especial, o meu aniversário, mas acabou em um pesadelo... O vento era cruel, balançava as cortinas do quarto do hospital e corvos pousavam na janela fazendo um barulho amedrontador.

Na recepção Henry tentava me ver só que o doutor o impedia por causa do horário, um carro parou no estacionamento e de lá desceu um homem... Usava o cabelo meio arrepiado e andava de uma maneira culta trajando um suéter preto sobre uma camisa social roxa com um olhar misterioso... Era Fritz com seu ar sombrio entrava no hospital com os braços cruzados para trás seguiu até a recepção e bateu de frente com Henry:

— Você... o que está fazendo aqui? — Perguntou Henry.

— Algo estranho aconteceu comigo e eu aproveitei para visitar meu médico... — Respondeu Fritz.

— Está doente Sr. Smith? Coincidência procurar o mesmo hospital que meu irmão está internado. — Falou Henry com um ar de deboche.

— *Tosse* Com licença criança, tenho que ir... — Henry sabia que Fritz tinha seus segredos... Fritz saiu do mesmo jeito que entrou, sério com uma expressão diferente que eu não via naquela pessoa antes do acidente.

Ele foi até o corredor e não percebeu que Henry o seguia, olhou para trás e entrou no meu quarto. Henry ficou do lado de fora e ficou vendo pela brecha da porta:

— Sinto muito... Eu deveria estar de guarda lá na Fredbear’s, era o meu trabalho. Você me deu um grande presente que era sorrir novamente como não fazia há anos. Eu vou vigar-te, eu vou acabar com a vida daqueles idiotas que fizeram isso com você... Mas não será agora, espere até o momento certo, estou com tudo planejado.

— O que aconteceu com você?... — Plushbear falou e Fritz olhou para trás com seu sorriso assustador.

— Não parece o jovem Fritz Smith que conheci há muito tempo, parece um louco em busca de vingança...

— Sempre soube que você não desapareceu criatura dos infernos, sempre soube que Charles não teria coragem de te destruir. Nossas aventuras terminaram há muito tempo e você não tem a permissão de falar comigo... Nos vemos por aí velho amigo... — Fritz saiu da sala e respirou fundo com os olhos fechados, seu olhar mudou, seu sorriso assustador predominou e ele foi indo em bora rindo baixo enquanto Plushbear olhava para mim com um olhar triste por causa do coma que me consumia completamente.