Era o ano de 1983 uns anos antes do incidente, época boa, cidade crescendo e não havia tanto perigo nas ruas da grande cidade. Eu tinha 5 anos de idade e cheio de imaginações e criatividade. Naquele dia estava um tempo tão limpo, o sol saíra e iluminava a estrada, eu e meu irmão estávamos no centro da cidade para visitar uns velhos amigos que acabaram de se mudar. Ele não cuidava direito de mim e sempre me esquecia que foi o caso de agora, me perdi dele.

Aproximei-me de um homem que estava comprando um jornal em uma banca e segurava um copo de café.

— Moço... Eu me perdi do meu irmão pode me ajudar? — Ele era alto comparado ao jornaleiro, era um pouco magro e usava um sobretudo de couro preto sobre uma camisa social meio azul. Ele me olhou sério, contudo quando me viu pareceu que ele deu um sorriso de leve e disse:

— Perdeu-se de seu irmão? — Ele colocou o copo no balcão e se agachou para chegar à minha altura — Onde você o viu por último?

— Foi em um prédio um pouco antigo, mas então eu decidi andar um pouco e esqueci onde era. — O jornaleiro olhou para mim e falou ao homem:

— Sei onde fica esse prédio... Perto do encontro das ruas de 8th August com a Grand Park. — O homem agradeceu e dirigiu-se até um carro estacionado na calçada.

— Venha! Eu te levo até lá... — No momento fiquei receoso com o que poderia acontecer comigo, mas precisava ver meu irmão então eu entrei no carro e sentei ao lado dele. Ele ligou o carro e seguimos até o local. Chegamos ao prédio e ele desceu, meu irmão veio correndo até mim.

— O que você aprontou dessa vez Carlos? Obrigado senhor por trazê-lo aqui... — O homem chegou até ele e deu um tapa de leve em sua nuca:

— Nunca deixe seu irmão sozinho principalmente em cidade grande. — Ele olhou para mim e entrou no carro sem dizer nada. Antes de sair ele olhou para o local à frente que era um enorme restaurante que dizia Fredbear’s Family Diner e ligou o carro saindo.

— Foi mau irmãozinho, eu deveria cuidar de você venha vamos para casa... — Pegamos um ônibus e seguimos de volta ao lar. Durante a viagem eu não parava de pensar naquele lugar... A Fredbear’s parecia um lugar tão mágico e queria ir lá.

— Porque está tão sério Carlos? Por causa do restaurante? — Perguntou ele.

— Eu gostaria de ir lá, mas provavelmente a mamãe não deixaria. — Respondi triste.

— Eu tenho um dinheiro guardado e se a nossa mãe não deixar podemos ir lá sem ela saber. — Eu dei um grande sorriso e quase pulei de alegria dentro do ônibus que por sinal estava bem vazio.

Chegamos ao ponto final e seguimos andando até nossa casa. Nossa casa era uma casa normal e ficava em uma pequena vila longe do centro. Eu gostava por causa das árvores e do silêncio do campo.

Eu subi para o meu quarto e fui deitar na cama para descansar e meu irmão apareceu quicando a bola no chão:

— Vamos jogar um pouco de tênis?

— Falou com a mamãe? — Perguntei.

— Acho que vou ter que guardar o meu dinheiro, pois a mamãe deixou nós irmos! — Deixei a emoção fluir e pulei de alegria em cima da cama.

— Amanhã iremos e ela irá nos levar e nos pegar...

A noite caiu e fomos dormir, no alvorecer já estava acordado e muito ansioso. Tomamos um café da manha leve já que iriamos comer muito lá e as 9 AM fomos para lá de carro.

— Divirtam-se e tomem cuidado crianças! — Entramos e o lugar estava um pouco cheio, mas conseguimos sentar-nos a uma mesa. Estava muito feliz e logo as cortinas abriram-se e um urso e um coelho dourados começaram a falar:

— Olá pessoal! Bem-vindos ao Fredbear’s Family Diner!!! Eu sou o Fredbear e vou cantar para vocês junto com meu amigo Springbonnie. — Eles começaram a cantar e divertir as pessoas enquanto um homem vestindo um terno marrom e gravata borboleta ao longe vigiava todos da sala.

Olhei para meu irmão e ele sumiu! Novamente ele saiu e me esqueceu. Fiquei vendo o show encantado com aqueles animadores, parecia mágica. O homem de terno marrom saiu de onde estava e começou a andar pela sala conversando com os adultos presentes.

— Está tudo certo? Onde está seu responsável? — Olhei para ele e era uma pessoa jovem que deveria ter uns 20 anos ou menos.

— Meu irmão estava aqui... mas ele deve ter saído sem me avisar. — Senti-me triste por mais uma vez ele ter desaparecido sem falar nada.

— Levante e siga-me... — Ele falou isso e saiu e então eu o segui. Fomos a uma porta no final da sala que dizia em uma placa:

“Charles Fazbear”

Entramos e ele deixou a porta aberta talvez para eu não ficar assustado.

— Onde foi que eu deixei?... Aqui! — Ele estava mexendo em um armário atrás de uma escrivaninha bem antiga e um pouco desgastada. Ele tirou lá de dentro um ursinho de pelúcia do Fredbear bem novo que tinha até cheiro perfumado. Na hora que eu vi fiquei extremamente alegre e queria muito ele para mim.

— Este é o Fredbear eu mesmo que fiz. Ele é muito especial sabe por quê? Ele é único e ninguém além de você vai ter... — Ele me entregou e deu um enorme sorriso de felicidade... Pelo menos a minha tristeza sumiu já que agora tinha um amigo para mim.

Charles me levou até meu irmão que estava na outra sala conversando com crianças maiores e me entregou a ele. Logo o dia estava terminando e nossa mãe havia chegado para nos levar de volta.

— De quem é esse urso de pelúcia? — Perguntou minha mãe.

— É meu... Um homem me deu de presente... — Ela ficou séria talvez por eu ter falado com um estranho, no entanto fomos para casa felizes pelo dia.