POV Bella

 - Sabe o caminho, certo? - perguntou Pie na janela do meu Skyline.

 - Como se eu pudesse esquecer. Você foi la 3 dias pra vermos como iriamos decorar a casa. - ele riu.

 - Vamos logo Tchuca - eu ri. Esse era o apelido que ele me deu, e eu o apelidei de Pitchulo.

Ele entrou no carro e ligou o motor e fomos para estrada. Tivemos sorte da estrada estava vazia. Pietro parou do meu abrindo o vidro e me fitando.

 - 50 dolares - falou sorrindo.

 - 100! - falei ruindo da cara que ele fez.

Como se concordasse, colocou um óculos de sol, apesar de não estar, e acelerou fazendo motor rugir. Eu pra não ficar pra trás, acelerei também. Finalmente o farol abriu e nós arrancamos.

Eu fiquei em primeiro lugar, olhei pra trás e vi Pie um pouco afastado. Olhei pra frente e uma van estava em meu caminho. Era tão boa sentir o vento em meus cabelos, mas nada se igualava a minha velocidade vampirica.

Faltava um pouco menos que 5 metros, quando Pietro Bocó Pitchulo, me passou. Sem antes fazer piadinha.

 - Quero meus 100 doláres - gritou da janela e freou em frente de casa. Freei atrás ficando centimetros perto dele. Os pintores que estava em frente de casa estavam com os olhos arregalados e com a boca aberta. Quando viram Pie sair do carro, deram um sorriso. Assim que abri minha porta e sai, eles sobressaltaram.

Feia eu não estava, mas acho que eles pensaram que uma mulher não era capaz de ser tão abilidoda.

 - Passa a grana - estendeu as mãos.

 - Chato - abri minha carteira e lhe dei o dinheiro.

Ele sorriu, guardando no bolso e virou-se pra fitar os pintores que nos olhavam embabascados. Enquanto eu ria e Pie segurava pra não rir.

 - Descupe nossa chegada senhores. Tive que dar a revanche em minha irmã, ela sempre ganha - os homens olharam pra mim me analisando, um deles piscou e eu ergui uma sombrancelha.

Te enchenga homem!

Pietro conduziu eles até dentro da casa e foi dando as instruções. Os pisos seriam trocados por um preto, com leves figuras de rosas vermelhas desbotadas e as paredes num tom de branco. Seria assim em todos os cômodos, menos quartos e banheiros. O quarto dele seria um piso azul céu com linhas verdes, a parede de um azul água com estampa de um dragão, e o banheiro preto. E o meu lindo, amado, idolatrado, salve salve quarto, seria o piso roxo escuro e branco, as paredes lilás com um desenho de um gato preto de costas, olhando uma borboleta. E meu banheiro branco.  - Senhorita, onde quer o desenho? - perguntou um senhor de cabelos grisalhos arrumando as latas de tinta.

 - A cama ficara ali - apontei pra parede do lado esquerdo da janela - então quero que seja em cima, da mais ou menos aqui - apontei.

Saí do quarto deixando eles fazerem o serviço e encontrei Pie na varanda da sala.

 - Como esta? - perguntei me apoiando na grade.

 - Bem e você? - ele fitava o horizonte.

 - Ótima! - olhei pro lado, depois pra ele - Você prometeu me contar sobre Nessie.

Ele suspirou e abaixou a cabeça, depois olhou pra mim e fez uma careta, fazendo eu rir.

 - Você não vai sussegar, né? - neguei com a cabeça e ele prosseguiu - Aquele dia quando nos vimos, foi como amor a primeira vista, entende? - assenti, sabia aquilo melhor que ninguém - Então, e acho que ela também sentiu, acho que ela é minha parceira.

 - Nós vamos encontrala, nem que eu tenha que trazer ela aqui - nós rimos - Oh! Meu irmão está apaoixonado. Ele vai me deixar só - fiz bico. Um aperto em meu peito. Se ele e Nessie fossem viver juntos, e não me levassem, eu ficaria sozinha de novo, sofrendo por duas razões.

 - Ei. Nunca vou te deixar minha irmã sabes disso. Aliás, o que seria de mim sem minha Tchuca pra me defender? - o abraçei e solucei de tanta emoção.

 - Mas é você que cuida de mim. - disse no seu pescoço.

- É, e você que ganha de mim sempre - ele me soltou rindo- sempre é bom ter uma competição.

Pelo menos nós eramos uma família unida. Suspirei. Acho que essa é minha verdadeira família vampira.

(...)

 - Pronto senhor, fizemos todo o trabalho, agora só esperar amanhã que tudo estara seco. Usamos uma tinta que não tem cheiro, e o cimento é ráoido também - falou o chefe dos pintores, com as roupas todas cheias de tinta.

 - Obrigado John, esta aqui o pagamento - Pie entregou um pacote - Até mais.

 - Inté - falou com um sotaque.

Eu e pi nos viramos pra ver a casa. Estava linda.

 - Vamos por os carros na garagem, e ficamos na floresta até de manhã quando chegar os móveis.

Guardamos os carros, e ficamosna floresta. Estava uma noite nem fria, nem quente. Mas havia estrelas no céu.

 - Bells - chamou ele.

 - Sim? - me virei pra ele.

 - Você ainda não superou - acho que era pra ser uma pergunta.

 - Não, ainda não superei - suspirei.

Ficamos em silêncio por um longo momento até ele quebra-lo.

 - Mesmo que você queira, nunca irá esquece-lo.

 - Eu sei – me deitei novamente.

Se tem uma coisa que nunca podia esquecer era meu amor por Edward Cullen. Me feria por dentro só de pensar, falar dele. Pietro vendo meu combate em silêncio, me abraçou ternamente. Pietro era tudo pra mim. Não o que seria se ele partisse. Ele era meu melhor amigo, meu irmão,um filho e as vezes um pai. Apesar de fazer brincadeiras 24Hs por dia.

 - Você algum dia vai enfrenta-lo, e este dia pode estar muito próximo - sussurou em meus cabelos - E quero que saiba que quando esse dia chegar, pode ter certeza que estarei ao seu lado minha irmã - sorrimos um pro outro.

 - E quando você encontrar Nessie, terá minha ajuda - ele ficou sem graça e abaixou a cabeça rindo baixo. Só meu irmão mesmo.

Ja era de manhã em 2hs o caminhão de móveis chegaria. Fomos até a casa e olhamos tudo pra ver se estava certo. As paredes e o piso estavam secos e mesmo se tivesse cheiro não sentiriamos. Fiquei no meu quarto vendo onde iria colocar tudo, depois ao quarto do Pie e ele estava parado no meio do quarto. Ora olhava pra esquerda, depois pra direita, com a mão no queixo pensando.

 - Dúvida? - perguntei perto dele, fazendo-o sobressaltar.

 - Quer me matar é? - respirou fundo.

 - Você ja ta morto mesmo, nem teria graça - dei os ombros e ele me olhou incrédulo.

Dim Dom [/barulhodacampainha]

 - Eu atendo! - gritamos e corremos em direção da escada.

Eu estava ganhando quando Pie me deu uma rasteira. Me levantei e pulei de la de cima mesmo empurrando ele pro lado. Quando estava na porta nos dois pegamos a maçaneta. Ficamos empurrando um ao outro, quando novamente a campainha é tocada. Abrimos a porta no mesmo tempo.

 - Olá! - falamos juntos e começamos a rir que nem bobos. O carinha com uma pancheta na mão nos olhou como se fossemos loucos.

 - Er... - pigarreou e nós paramos - Senhores Hindeburg? - leu no papel - Somos da loja, viemos entregar os móveis.

 - Ah sim, traga pra sala - Pietro abriu caminho me empurrando pro lado.

"metido" falei em pensamento. Acho que vou mudar o nome do Pietro, deveria ser, Pietro metido pra caramba pitchulo, combina bem com ele.

Os homens foram entrando e colocando as caixas na sala. Me sentei na ponta da escada observando tudo. Céus quanta caixa!

 - Com licença moça - falou um homem, pedindo passagem para levar um caixa pra cima.

 - Pode deixar que eu levo - sorri me levantando.

 - Não acho pode aguentar moça - riu, dava pra ver o esforço que fazia para sustentar a caixa.

Suspirei e peguei a caixa, tão leve. Ele me olhou abismado e eu ri. Depois olhei pra Pietro que me olhava como se fosse de outro mundo e mexeu os lábios falando, Mantenha as aparencias. Eu odiava ter de fazer a fraca, mas era para o bem.

 - Ai ai - fui pondo a caixa no chão - acho que não aguento mesmo - puis a mão na coluna. Ta! Eu tava parecendo mais uma velha.

 - Viu, é muito pesado - ele pegou a caixa - Onde ponho essa cama? - ele perguntou. Olhei pra ver o que estava escrito na caixa.

 - Na primeira porta a esquerda, é meu quarto - sorri e ele subiu as escadas.

Me sentei novamente na ponta  da escada para não atrapalhar o trabalho deles. Eu queria ajudar, não ser uma fraca que só ficava olhando. Olhei para Pie e ele estava ajudando, o fuzilei com o olhar e ele sorriu divertido, pois a caixa no canto da parede e veio na minha direção. Virei a cara e cruzei os braços. Eu não posso ajudar e ele pode? Onde esta os direitos iguais quando se precisa dele?

 - Ah Bells, não fica assim - se sentou ao meu lado.

Não respondi, acho que não iria falar com ele pelo resto do dia.

 - Você pode ajudar pegando as roupas de cama e nossas roupas que estão na v...

 - Onde? - perguntei me virando pra ele sorrindo. Eu ia ajudar, Yeah!

 - Na Van la fora - disse rindo.

Me levantei num pulo e corri, em velocidade humana até la fora. Avistei uma Van preta parada na frente do caminhão, e fui até la.

 - Oi, posso ajudar? - perguntei á uma garota que estava pegando umas bagagens.

 - Oh sim, obrigada - disse ela aliviada.

Peguei umas 3 sacolas que mais pareciam malas de viajem de tão grande. A menina me olhou assustada, acho que estava pesado.

 - Faço academia - dei um sorriso amarelo e sai dali o mais rápido que pude.

A menina olhou para seus braços e analisando. Acho que hoje mesmo iria se inscrever em uma academia.

Ajudei a menina levando as roupas em seus devidos lugares, e assim passou o dia. Eles terminaram de descarregar, mas ainda estava empacotado nas caixas. Mas Pietro garantiu-os, de que nossos decoradores arrumariam, que no caso, seriamos nós mesmos. Era 16hs quando terminaram.

 - Bom, agora o trabalho é todo nosso - disse ele fechando a porta, e ligando as luzes. Aqui na época que é frio, esse horario parece que é noite.

 - Eu arrumo meu quarto e depois a cozinha - falei e ele assentiu.

Subi as escadas, agora na minha velocidade vampira, e cheguei ao meu quarto. Tinha poucas caixas e muitas, muitas sacolas de roupa no meu closet. Primeiro começei pelo banheiro. Abri a primeira caixa e era a pia, li o manual de instruções e comecei a montar. Em pouco tempo acabei. Se fosse humana teria levado horas, tirando os jeitos errados que teria posto. A privada ja estava lá, e a banheira também então esse cômodo ja estava pronto. Fui ao closet, deixaria o quarto por último. Entrei e fui me movendo no meio de tantas sacolas. Fui tirando as roupas das sacolas e colocando nos cabides que comprei e pondo nos ferros do guarda-roupa que ocupava a parede inteira. Separei tudo por cores, as blusas de manga comprida, as de manga curta, as batas entre outras. As calças nos ferros que corria, e as roupas intimas e pijamas nas gavetas. Peguei aquele bando de sacolas vazias, juntei em uma bola gigante e coloquei na porta do quarto. Suspirei, agora minha as partes difíceis. Fui até a primeira caixa e li. Estante de livros. Olhei aonde ia colocá-la e arrastei até a parede do lado da porta. Abri e li o manual. Terminei rápido e fui pros outros móveis. A cama foi um pouco difícil, mas consegui. Quando terminei era 17:15 hs. Peguei as roupas de cama e arrumei tudo bonitinho. Ela era roxa com estampas de varias flores entrelaçadas preta, e os travesseiros iguais. Peguei as sacolas e caixas, amassei tudo e levei ao andar de baixo. Ainda bem que tinha força. Pietro ja tinha terminado seu quarto e estava na sala arrumando.

 - Bells me ajuda aqui depois? - perguntou baixo, enquanto estava na porta da cozinha jogando tudo lá fora, depois colocaria o lixo.

Fui até ele e o fitei. Ele estava parado em frente ao sofá olhando onde colocaria.

 - Poim aqui - puxei o sofá - Assim tem mais espaço.

 - Obrigada.

 - Disponha - sorri.

Arrumamos a sala e cozinha juntos e quando acabou, sentamos no sofá da sala.

 - Sabe que podiamos fazer? - perguntou ele na poltrona.

 - O que? - me deitei no espaçoso sofá, até que preto era bonitinho.

 - Sabe aqueles filmes de vampiros, que eles poim o sangue em garrafas e na geladeira de casa - ele riu.

 - Ah, não, você quer fazer isso? - me sentei. Será que a mente de meu irmão sofreu algum dano na tranformação?

 - É mais prático, não precisariamos sair pra caçar toda vez, só quando acabasse - falou calmo.

 - Até que não é ruim - fiquei pensando.

 - Quer ir agora? - perguntou se levantando. Parecia aquelas crianças que vai no parquinho.

 - Vamos, assim ja fica tudo pronto - levantei.

Saimos em direção á mata, e caçamos 3 leoas que estavam perto. Levamos pro quintal e Pie fez um furinho no pescoço da primeira, e deixou vazar dentro da garrafa de 200ml. Nos seguramos para não beber o sangue dos animais ali mesmo. Logo terminamos e caçamos mais presas. Quando acabou, largamos os animais longe, voltamos e colocamos as garrafas na geladeira. No total deu umas 86 garrafas de 200ml, que preencheu metade da geladeira.

 - Vou ler um livro dos que comprei - falei levantando da mesa depois de beber uma garrafinha.

 - Ok, vou surfar na internet - foi em direção ao seu quarto.

Desliguei as luzes da parte inferior da casa e fui para meu quarto. Olhei minha estante repleta de livros que Pietro comprou pra mim e escolhi um que achei interessante, Twilight era o nome. Peguei ele e sentei na minha cama e começei a le-lo.

Agora sim, tinhamos um lar. Lar morto lar. Sorri da minha piada horrivel.