Como recuperar o tempo perdido? escrita por bells


Capítulo 33
CAPÍTULO 32


Notas iniciais do capítulo

BOA NOITE! PRIMEIRO: ESTOU OFICIALMENTE DE FERIAS! ENTÃO VOU TENTAR POSTAR COM MAIS FREQUÊNCIA. SEI QUE JÁ DISSO ISTO ANTES, MAS ESTAMOS CHEGANDO NO FINAL! =(



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Precisava pensar rápido, não sabia do que essa pessoa era capaz, tinha que correr, mas não sabia o que fazer. Podia falar com Gail e explicar o que está acontecendo, assim Christian saberia e iria atrás de mim, mas eu não sei se isso é seguro, ele disse que estava de olho em mim. Não sei que ele fará com meus filhos se souber que eu falei com alguém. Merda! Só tenho uma opção.

Levantei do chão e lavei o rosto na pia da cozinha, precisava ser convincente, Gail não podia suspeitar de nada. Sequei as lagrimas e tentei me acalmar. Chamei Gail e ela apareceu logo em seguida.

_Gail, preciso que você cuide da Emma por algumas horas, preciso sair para resolver uns problemas.

_Sim, senhora. Está bem? – Perguntou. Droga, será que ela percebeu?

_Só estou um pouco preocupada com a Emma. Mas preciso realmente sair.

_Tudo bem, pode ficar tranquila que eu vou cuidar dela.

_Obrigada Gail. – Ela ainda me olhou desconfiada, mas não disse nada.

Peguei minhas coisas e saí correndo, sair sem ser vista seria fácil, desde a morte de Jack, Christian tinha diminuído a segurança e ela estava mais concentrada nos meninos. Eu sabia que Emma estaria segura em casa. Corri até a garagem e peguei um dos carros de Christian, ainda não tinha carteira, mas isso não me importava no momento. Dirigi o mais rápido que consegui, não me importei com os sinais ou limites de velocidade, só esperava não ser parada por nenhum policial.

Cheguei ao terreno em construção em uns 10 minutos, parei o carro de qualquer jeito e saí dele. Fiquei olhando para os lados, procurando por alguém ou por algum sinal, mas antes de que pudesse ver alguma coisa, uma voz me pegou de surpresa.

_Fico feliz de que tenha chegado a tempo, senhorita Steele. – Me virei rapidamente e vi um homem de pé na minha frente. Ele parecia ser jovem, tinha o cabelo escuro, assim como os olhos, não devia ser mais velho que eu. Mas porque ele estava fazendo isso comigo, com meus filhos?

_Onde estão meus filhos? – Perguntei.

_Eles não estão aqui, estão em um lugar seguro. Só vim leva-la.

_Pra onde? Por que está fazendo isto? É por dinheiro? – Perguntei de forma nervosa. _Se for isso, posso conseguir dinheiro para você, só devolva meus filhos. – Tentei convence-lo.

_Desculpe, senhorita, mas eu só estou seguindo ordens. E agora preciso que você que você entre no carro e vá comigo. – Disse abrindo a porta de um carro preto. _Mas antes preciso revista-la. – Dizendo isso começou a revisar meus bolsos até achar meu celular. _Você não vai precisar disse. – Disse jogando meu celular pra longe. _Agora entre no carro.

Antes de entrar no carro ele colou uma venda em meus olhos e prendeu minhas mãos. O carro começou a se movimentar, mas eu apenas conseguia ouvir o barulho da rua, não sabia para onde estávamos indo e isso me deixava a inda mais nervosa e assustada. Como conseguiria me comunicar com Christian, eu sabia que o meu celular tinha GPS, mas agora não podia contar com isso. Me restava apenas acreditar em Christian e esperar que ele nos encontrasse.

O carro parou e ouvi as portas sendo abertas, alguém me segurou pelo braço e me puxou para fora, comecei a ser arrastada e ninguém disse nada, tudo estava em silencio, isso queria dizer que estávamos longe da cidade ou de estradas. A pessoa que segurava meu braço me conduziu pelo caminho até que entramos em uma casa ou prédio, não tinha certeza, mas podia sentir o piso de madeira sobe meus pés. Senti uma porta sendo aberta e logo em seguida fui jogada para o chão. Levantei rapidamente, tentando manter o equilíbrio.

_Onde estão meus filhos? – Perguntei nervosa. _Você disse que me traria até eles! – Gritei desta vez.

_Fique quietinha, minha linda. Daqui a pouco o chefe vem falar com você. – Disse uma voz diferente a do homem que me trousse.

_Por favor, eu só quero vê-los, quero saber se estão bem. Devem estar assustados. – Disse chorando, estava ficando desesperada. Mas ninguém respondeu, apenas ouvi a porta batendo e passos se afastando de mim.

O que eu faria agora? Estava presa em um quarto sem poder ver e não sabia onde estavam meus filhos. Christian não fazia a menor ideia do que estava acontecendo. Será que ele já notou minha falta? Não, ele ainda deve estar ocupado com o trabalho. Sentei no chão tentando pensar em alguma coisa, mas nenhuma das minhas ideias parecia eficaz. Eu estava amarrada, não sabia onde e nem quantas pessoas estavam aqui. Fiquei sentada alguns minutos, mas logo em seguida alguém entrou pela porta.

_Vejo que você foi uma menina obediente. – Disse um homem rindo. _Deixa eu tirar isso de você. – Pude sentir ele se aproximando e logo em seguida a venda em meus olhos foi retirada. _Acho que agora podemos conversar melhor.

Fechei e abri meus olhos algumas vezes, tentando me acostumar com a luz. Levantei meu olhar e pude ver um homem alto, loiro com o cabelo em um rabo de cavalo, demorei um pouco, mas logo em seguida percebi quem ele era.

_Não pode ser, você está morto. A polícia... – Comecei a dizer em choque.

_Você não faz ideia de como é fácil fingir a morte de alguém, você só precisa de um pobre coitado e muito dinheiro. – Ainda não conseguia acreditar que isso fosse verdade. Era para ter acabado, estávamos livres dele!

_Por que está fazendo isto? O que fizemos para você? – Perguntei chorando, não conseguia mais segurar.

_Você? Nada, mas seu namoradinho arruinou minha vida eu vou fazê-lo pagar... fora outros motivos. – Disse rindo. Uma risada que gelou minha espinha.

_Por favor, eu não sei o que aconteceu com vocês, mas não meta meus filhos nisso, eles são apenas crianças, não tem culpa de nada.

_Eu sei e queria poder deixá-los de fora, mas não posso. – Disse se aproximando. _Sabe, eu conheço Christian Grey e sei qual é seu ponto fraco dele, sua família. Não tem melhor vingança do que faze-lo perder o que ele mais ama, assim como ele fez comigo.

_Quem é capaz de machucar crianças por uma vingança? – Perguntei assustada. Ele parecia estar falando sério.

_Eu perdi muita coisa nesta vida, docinho. Não tenho mais o que perder, nem mesmo minha humanidade.

_Por favor, eu suplico, não os machuque. – Implorei mais uma vez.

_Prometo que não vai demorar muito. – Respondeu se aproximando de mim e me dando um beijo na bochecha.

_Deixe-me vê-los, por favor? – Pedi antes que ele saísse.

_Não se preocupe, daqui a pouco alguém vai traze-los aqui. Ninguém mais aguenta ouvi-los chorar, talvez você consiga cala-los. – Meu coração ficou apertado com suas palavras. Meus bebês devem estar aterrorizados.

Jack saiu pela porta, me deixando sozinha. Comecei a andar em círculos. Se antes estava com medo, agora estava em pânico. Ele ia nos matar, pelo menos estava disposto a isso. Eu não me importo em morrer, mas não podia deixar que o mesmo acontecesse com meus filhos. Fiquei andando em círculos quando um homem entrou pela porta, era o mesmo que me trousse até aqui.

_Vim desamarrar você, mas não tente fazer nada idiota, você está presa aqui e não tem como fugir. – Eu apenas balancei a cabeça em afirmação. O homem se aproximou e soltou minhas mãos, meus pulsos agradeceram por isso. Antes de que pudesse falar alguma coisa ouvi meus bebês chorando.

_Quelo minha mamãe! – Gritava meu filho enquanto chorava. Eu tentei correr em direção à porta mais uma mão me deteve.

_Eles estão vindo, você vai ficar aqui. – Disse olhando sério. No segundo seguinte senti um alivio enorme ao ver meus filhos na porta. Noah estava de pé segurando a mão de um homem e Sofia estava no colo dele. Assim que me viu Noah correu na minha direção.

_Mamãe! – Gritou e se jogou em cima de mim.

_Meu amor! Você está bem? Está machucado? – Perguntei enquanto analisava seu corpinho.

_Mama! – Ouvi um gritinho e me levante em seguida. Peguei Sofia no colo a abracei com força.

_Mamão está aqui meu amor. – Disse beijando seu rostinho. Me sentei no chão e abracei meus dois filhos, um pouco mais tranquila por ver que estão bem... mesmo não sabendo por quanto tempo.

_Vamos deixar eles aqui com você, espero que consiga mantê-los em silêncio ou a gente vai ter que fazer algo para cala-los. – Disse o homem saindo pela porta.

_Vocês estão bem? – Perguntei olhando pros meus filhos. Os dois tinha os olhinhos vermelhos e húmidos. Sofia estava agarrada na minha blusa com seu rostinho escondido em meu pescoço e Noah estava sentado na minha perna passando seus bracinhos pela minha cintura.

_Eu quelo ir pla casa, mamãe. – Disse Noah chorando.

_Eu sei meu amor, eu também quero, mas a gente vai ter que ficar um pouquinho aqui, OK? – Falei tentando permanecer calma.

_Polque, mamãe? Eu queli ir embola. Não gosto desse moço, ele é malvado.

_O papai vai vir buscar a gente, meu amor. A gente tem que esperar o papai.

_Papai ta vindo? – Perguntou Noah.

_Papa, papa... – Disse Sofia.

_Sim, meus anjos, papai está vindo. Já já, a gente volta pra casa. – Eu mesma queria acreditar em minhas palavras.

Fiquei sentada no chão com os dois no meu colo. Não sei quanto tempo passou, mas eles acabaram caindo no sono, pelo menos eles estavam descansando. Ajeitei os dois na cama que estava em um canto do quarto e me sentei no chão olhando pra eles. Quando vi que os dois estavam profundamente dormidos comecei a chorar. Todo aquele desespero que estava guardado dentro de mim me atingiu de uma vez só. Eu tinha duas crianças para cuidar e precisava manter a cala. Mas como poderia fazer isso quando estava morrendo de medo?

Até o momento sabia que tinham pelos menos três homens aqui. Jack, o homem que me trousse até aqui e mais um que veio com os meninos. Eu não conseguiria lidar com três homens, isso considerando que só tinham três, até onde eu sei poderiam ter mais. Não tinha forma de me cominar com Christian ou com qualquer pessoa. As janelas do quarto estavam fechadas com tabuas de madeira, impendi que visse onde estávamos.

Fiquei horas sentada naquele chão tentando pensar em alguma solução, mas nada veio, apenas consegui aumentar meu medo e desespero. Estava ficando com fome e imaginei que os meninos estivessem também, eles tinham saído cedo e não sabia se tinham comido alguma coisa desde então. Assim que pensei nisso alguém entrou pela porta me fazendo tremer.

_Trousse algo para vocês comerem. Não sei se a pequena come isso, mas é só o que tem. – Disse botando uma bandeja com sanduiches e copos com agua em cima da mesa.

_Tudo bem, ela já come de tudo. – Respondi me levantando. _Obrigada... não sei seu nome.

_Thomas. – Respondei serio.

_Obrigada, Thomas. Meu nome é Anastásia.

_Eu sei.

_Thomas, eu poderia te pedir um favor? – Perguntei baixinho, tinha medo da reação dele.

_Não acho que esteja em condições de pedir favores, senhorita Steele.

_Por favor, Sofia ainda usa fraldas e a pele dela fica irritada quando não é trocada. Eu só preciso de algumas fraldas e panos humedecidos. – pedi mesmo sabendo que podia dizer que não.

Thomas ficou olhando pra mim por alguns segundos, ele parecia pensar no que tinha acabado de falar. Por um segundo pude ver pena em seus olhos.

_Vou ver o que posso fazer. – Disse saindo do quarto.

Thomas era diferente aos outros, pude notar isso desde que o encontrei. Não me tratou de forma grosseira como os outros e parecia sentir um pouco de remorso pelo que estava acontecendo. Talvez ele fosse minha porta de saída daqui, se eu conseguisse falar com ele por alguns minutos podia convence-lo, talvez ele me ajudasse. Meus pensamentos foram interrompidos por uma vozinha me chamando, olhei para trás e vi Noah sentando na cama.

_Oi amor. Está com fome? – Perguntei pra ele e ele balançou a cabeça. Peguei a bandeja e a levei até a cama.

Noah pegou um sanduiche e começou a come-lo rapidamente, ele deveria estar morrendo de fome. Eu me forcei a comer um, não sentia vontade de comer, mas se eu queria fugir precisava ter forças. Sofia acordou enquanto comíamos, dividi o sanduiche dela e ela começou a comer devagarinho.

Duas horas depois Thomas apareceu com umas sacolas e me entregou, nelas encontrei fraldas e produtos para bebês. Eu queria agradecer, mas ele foi embora assim que largou as sacolas. Eu precisava encontrar uma forma de falar com ele. Tirei tudo da sacola e arrumei as coisas na mesa, peguei o necessário e fui trocar a fralda da Sofia, a coitada estava toda molhada.

_Você precisa aprender a usar o pinico, meu amor. – Disse beijando sua barriguinha. Tentava agir o mais normal possível perto deles.

_O papai já chegou? – Perguntou Noah e eu respirei fundo antes de responder.

_Não, meu amor. Mas daqui a pouco ele chega. – Respondi sorrindo.

Tentei distrair os meninos com brincadeiras e historias, estava sendo difícil, eles ficavam entediados muito rápido. Apesar das janelas estarem fechadas, podia notar que estava escurecendo, algumas frestas permitiam ver a um pouco de luz, que foi desaparecendo aos poucos. Quando anoiteceu botei os meninos na cama e consegui faze-los dormidor, com muito esforço. Eu por outro lado não conseguia dormir, não tinha como. O medo me manteve acordada, a pesar do cansaço. Sentei em uma cadeira e fiquei olhando meus filhos dormir. Ouvi a porta se abrir e me virei imediatamente.

_Olha só quem está aqui, a vadiazinha de Christian Grey!


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Notas finais do capítulo

OBRIGADA POR LER! ESPERO QUE TENHAM GOSTADO. TEREMOS POV DO CHRISTIAN NO PROXIMO CAPITULO! QUERO SABER A OPINIÃO DE VOCÊ SOBRE CAPITULO... ESTÃO MUITO CALADOS! BEIJOS!